| 29 de julhO de 2021
Quinta-feira
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Em 29/07/2021
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Fonte: BACEN
| | | | | Curitiba mantém bandeira amarela pela quarta semana consecutiva e passa a permitir o funcionamento das atividades sem restrições de horários, além de outras medidas menos restritivas.
A decisão foi tomada pelo Comitê de Técnica e Ética Médica da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) após avaliação positiva dos indicadores. A cidade mantém a nota 1,7, índice atingido pela primeira vez no dia 7 de julho.
As novas regras estarão no Decreto Municipal 1.210, que será publicado ainda nesta quarta-feira (28/7). O decreto começa a valer a partir da publicação e terá duração de três semanas, até o dia 18 de agosto.
“Nós entendemos que após 21 dias de estabilidade da nota e redução gradativa dos indicadores, podemos dar um passo à frente e diminuir as restrições de funcionamento das atividades”, esclareceu a secretária municipal da saúde, Márcia Huçulak.
O que muda
Após a avaliação dos dados da semana epidemiológica de 21 a 27 de julho, uma das definições foi permitir o funcionamento das atividades sem restrições de horários para abertura e fechamento, desde que seguidos os protocolos específicos de controle da pandemia.
Feiras de varejo e feirões podem voltar a ser realizados seguindo protocolos específicos e limitação de fluxo de pessoas.
Também houve a liberação de consumo de bebidas alcoólicas nas feiras de artesanato e livres, porém trata-se de uma exceção para esses espaços: o consumo de bebidas alcóolicas em demais locais públicos continua proibido.
O documento também libera a ampliação de público para casas de festas e recepções, que antes era de 50 pessoas e agora passou para, no máximo, 300 pessoas.
Essa ampliação também vale para eventos corporativos, que antes podiam receber até 100 pessoas. A limitação máxima, agora de 300 pessoas, deve respeitar a regra de 50% da ocupação do local. Com isso, só poderão receber o limite máximo de pessoas os espaços com capacidade de público acima de 600 pessoas.
Fim do toque de recolher
A taxa de ocupações dos leitos de UTI exclusivos para covid-19 segue em queda. Mesmo com desativação de leitos, a ocupação está em 65% nesta quarta-feira (28/7). Há uma semana, quando havia 19 leitos a mais, a taxa era de 68%.
O número de pessoas internadas em leitos clínicos também diminuiu, na semana anterior eram 323 pessoas internadas, hoje são 290.
A melhora expressiva no sistema de resposta hospitalar possibilitou o fim do toque de recolher, medida que foi adotada para reduzir a circulação de pessoas e os traumas por acidentes e violências nas ruas, dando fôlego para os serviços de saúde se concentrarem no acolhimento aos pacientes da covid-19.
Com mais de 50% da população imunizada com pelo menos uma dose da vacina anticovid e adoção dos protocolos de responsabilidade sanitária e social, Curitiba vive um cenário de estabilidade da pandemia.
O número de casos ativos segue caindo, segundo o último boletim diário. Nesta terça-feira havia 6.718 pessoas na fase ativa da doença, uma queda de 5,9% em relação há 14 dias. O número indica a quantidade de pessoas com capacidade de transmissão do vírus.
A média móvel de novos casos nos últimos sete dias está em 474, uma diminuição de 36,5% em relação há 14 dias.
Veja como ficam as principais atividades
Atividades suspensas
- Estabelecimentos destinados ao entretenimento, tais como casas de shows, casas noturnas e atividades correlatas;
- Eventos esportivos com público externo;
- Tabacarias;
- Reuniões com mais de 300 (trezentas) pessoas, incluindo comemorações, confraternizações e encontros familiares, em espaços localizados em bens públicos ou privados;
- Consumo de bebidas alcoólicas em vias públicas, salvo em feiras livres e de artesanato.
Atividades com restrições
Devem seguir os protocolos de distanciamento social, uso de álcool em gel e máscara, limite máximo de ocupação do espaço, entre outros. Clique aqui e veja os protocolos por área.
- Atividades comerciais de rua não essenciais, galerias, centros comerciais e shopping centers;
- Atividades de prestação de serviços não essenciais, tais como escritórios em geral, salões de beleza,
barbearias, atividades de estética, serviços de banho, tosa e estética de animais, floriculturas e imobiliárias;
- Academias de ginástica e demais espaços para práticas esportivas individuais e coletivas;
- Restaurantes, lanchonetes, panificadoras, padarias, confeitarias e bares;
- Lojas de conveniência em postos de combustíveis;
- Comércio varejista de hortifrutigranjeiros, quitandas, mercearias, sacolões, distribuidoras de bebidas, peixarias, açougues, e comércio de produtos e alimentos para animais;
- Mercados, supermercados, hipermercados e lojas de material de construção;
- Feiras livres;
- Parques infantis e temáticos: sendo permitida apenas a utilização de equipamentos/brinquedos e espaços lúdicos com o distanciamento mínimo de 1,5 (um metro e meio) entre os usuários, em todas as direções, realizada a assepsia após o uso por cada pessoa ou grupo de pessoas, vedado o funcionamento de piscina de bolinhas;
- Feiras de artesanato, teatros, cinemas, museus e circos;
- Casas de festas e de recepções, incluídas aquelas com serviços de buffet, e salões de festas em clubes sociais e condomínios: autorizado até 300 (trezentos) convidados, desde que seja respeitada a capacidade de ocupação de 50% da capacidade do local;
- Eventos corporativos, de interesse profissional, técnico e/ou científico, como jornadas, seminários, simpósios, workshops, cursos, convenções, fóruns e rodadas de negócios: autorizado até 300 (trezentos) participantes, desde que seja respeitada a capacidade de ocupação de 50% da capacidade do local;
- Mostras comerciais, feirões e feiras de varejo;
- Hotéis, resorts, pousadas e hostels deverão funcionar com até 70% (setenta por cento) da sua capacidade de público;
- Nos parques e praças, fica permitida a prática de atividades individuais e coletivas ao ar livre, com uso de máscaras, observado o distanciamento social;
- As igrejas e os templos de qualquer culto deverão observar a Resolução n.º 440, de 30 de abril de 2021, da Secretaria de Estado da Saúde do Paraná, que regulamenta a realização das atividades religiosas de qualquer natureza;
- Hotéis, resorts, pousadas e hostels deverão funcionar com até 70% (setenta por cento) da sua capacidade de público;
- Nos parques e praças, fica permitida a prática de atividades individuais e coletivas ao ar livre, com uso de máscaras, observado o distanciamento social;
- As igrejas e os templos de qualquer culto deverão observar a Resolução n.º 440, de 30 de abril de 2021, da Secretaria de Estado da Saúde do Paraná, que regulamenta a realização das atividades religiosas de qualquer natureza.
| Prefeitura de Curitiba | | | | Mesmo com essa confirmação, a predominância atual ainda é da gama. A Secretaria da Saúde também confirmou mais 16 casos e seis óbitos da delta no Paraná. Ao todo, o Estado já confirmou 29 casos e 12 óbitos pela variante.
A Secretaria de Estado da Saúde, o Ministério da Saúde e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) confirmaram nesta quarta-feira (28) a transmissão comunitária da variante delta do coronavírus no Paraná. O conceito é definido quando o contágio entre pessoas ocorre no mesmo território, entre indivíduos sem histórico de viagem e sem que seja possível definir a origem da transmissão.
Mesmo com essa confirmação, a predominância atual ainda é da cepa gama (P1/amazônica), que apareceu em janeiro. Ela não tem esse status de alerta junto aos organismos internacionais, mas estudos preliminares indicam que ela também é mais contagiosa que a versão original do vírus.
A Secretaria da Saúde também confirmou mais 16 casos e seis óbitos da delta no Paraná. Agora, o Estado soma 29 casos e 12 óbitos da cepa B.1.617 do vírus da Covid-19. São sete mulheres e nove homens com idades de 12 a 83 anos. As novas confirmações foram em Araucária (1), Colombo (1), Curitiba (3), Fazenda Rio Grande (1), Piên (2), Piraquara (1), Pinhais (1), Fernandes Pinheiro (3), Irati (1), Imbituva (1) e Campo Mourão (1).
Quatro casos estão encerrados como cura, um paciente teve alta e cinco estão em investigação. Com relação aos óbitos, ocorridos entre 6 e 28 de julho em Curitiba (2), Piên (2), Imbituva e Irati, foram quatro homens e duas mulheres, com idades de 31 a 83 anos. As informações foram repassadas por meio do relatório de circulação de linhagens Sars-CoV-2, por sequenciamento genômico da Fiocruz.
“Depois de avaliação técnica e investigação epidemiológica ampliada com a participação de todos os entes que sustentam a tríade do SUS, entre eles a equipe do Programa de Epidemiologia Aplicada aos Serviços do Sistema Único de Saúde (EpiSUS-Avançado), confirmamos a transmissão comunitária da variante delta, considerada de preocupação pelas organizações de saúde", disse o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.
"Diante desse quadro, que requer atenção, mas não desespero, ressaltamos mais uma vez a importância fundamental das medidas não farmacológicas, que são o uso de máscara de proteção de forma correta, a higienização frequente das mãos e o distanciamento social, além da imunização na data que a dose estiver disponível”, acrescentou.
A variante delta, linhagem B.1.617.2, originada na Índia em outubro de 2020, é uma das variantes do SARS-CoV-2 que apresenta mutações genéticas múltiplas e é denominada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) "variante de atenção/preocupação" por alterar o comportamento do coronavírus, ser mais transmissível do que outras linhagens. Não há evidências até o momento de que as infecções pela delta provoquem casos mais graves ou óbitos.
INVESTIGAÇÃO – Esse resultado só foi determinado após uma investigação ampliada realizada no Estado, num exemplo nacional de esforço conjunto para rastrear a origem, conforme a recomendação epidemiológica.
A Rede Genômica Fiocruz, através do Laboratório de Vírus Respiratórios e do Sarampo (LVRS), Instituto Oswaldo Cruz no Rio de Janeiro (Fiocruz/Rio de Janeiro), e o Laboratório Central de Saúde Pública do Paraná (Lacen-PR) vêm ampliando o sequenciamento genômico do vírus no Estado por meio de amostragem representativa aleatória, a qual permite saber qual variante está circulando e detectar a introdução de novas variantes.
Esse trabalho já era realizado de maneira natural e foi amplificado com o surgimento da delta. A partir da amostragem aleatória foi possível identificar o primeiro caso. Como medida de resposta, foi realizada investigação epidemiológica e rastreados todos os casos positivos com vínculo e então foi identificado o chamado "caso índice", desencadeando um trabalho mais amplo de investigação de casos confirmados, suspeitos e contatos em diferentes municípios e regionais.
As equipes do EpiSus chegaram ao Paraná no começo do mês e realizaram a pesquisa entre 9 a 24 de julho em diversas regiões. O sequenciamento genômico e a análise filogenética permitiram encontrar duas introduções independentes da variante: uma associada ao caso índice da viajante proveniente do Japão e a outro sem identificação, o que deu origem à conclusão de transmissão comunitária.
TRIAGEM – Como forma de ampliar essa pesquisa, desde a terceira semana de junho o Lacen-PR também realiza um protocolo diferenciado de triagem de RT-PCR em tempo real para detecção de variantes, utilizando o Naveca como ferramenta científica de pesquisa.
São rastreadas 330 amostras semanais e as que apresentam ausência da detecção para a variante P1, predominante no Estado, são encaminhadas para sequenciamento genômico e confirmação pela Fiocruz.
Até o momento foram realizados 2.770 testes com 133 amostras suspeitas da variante encaminhadas para a Fiocruz. Segundo a investigação, a P1 ainda é a mais ativa, presente em 95,63% das amostras avaliadas.
TOTAL DA DELTA – Ao todo, o Paraná já confirmou 29 casos e 12 óbitos pela variante delta, sendo quatro casos e dois óbitos em Apucarana, quatro casos e dois óbitos em Curitiba, três casos e três óbitos em Piên, três casos em Fernandes Pinheiro, dois casos e um óbito em Araucária, dois casos em Piraquara, dois casos e um óbito em São José dos Pinhais, um caso e um óbito em Mandaguari, um caso e um óbito em Irati, um caso e um óbito em Imbituva e um caso em cada um dos seguintes municípios: Colombo, Pinhais, Fazenda Rio Grande, Campo Mourão, Francisco Beltrão e Rolândia.
| Agência Estadual de Notícias | | | | A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) de Curitiba registrou nesta quarta-feira (28/7) mais três casos de covid-19 causados pela variante Delta do novo coronavírus no município. Com estes, já são quatro os casos da Delta confirmados na capital paranaense.
Todas as amostras foram analisadas inicialmente pelo Laboratório Central do Estado do Paraná (Lacen-PR), por meio de um protocolo molecular de pesquisa para mutações que demonstrou características sugestivas da nova variante indiana. Depois, as amostras foram enviadas para a Fiocruz, no Rio de Janeiro, onde foi realizado o sequenciamento genético e a confirmação.
O primeiro caso, divulgado no dia 19 de julho, foi de uma gestante, de 24 anos, que passa bem. Ela não tinha histórico de viagem, mas teve contato com quem viajou no país, e, posteriormente, testou positivo para covid-19.
Entre os três novos casos confirmados nesta quarta-feira (28/7) está o de uma mulher de 43 anos, que foi hospitalizada, recebeu alta e passa bem. Os outros dois casos são de uma mulher de 38 anos e um homem de 83 anos. Ambos tinham histórico de comorbidades e foram a óbito.
Os três novos casos não tinham histórico de viagem recentes, mas seus contatos estão sendo analisados. Em relação à vacina, apenas o homem de 83 anos tinha uma dose do imunizante realizada. Os demais não haviam sido vacinados.
Mais transmissível
De acordo com a médica infectologista da SMS, Marion Burger, a Vigilância Epidemiológica do município realizará uma avaliação mais aprofundada em relação aos contatos dos pacientes, para levantar dados sobre a cadeia de transmissão. “Precisamos averiguar o contexto epidemiológico”, explica.
Segundo Marion, a variante Delta é mais transmissível que as demais, mas ainda não há estudos que apontem se é mais letal. A análise para variante Delta é realizada pelo Governo do Paraná, por meio do Lacen-PR, e posteriormente enviada à Fiocruz, sendo restrita a uma amostra selecionada de casos positivos de covid-19, dentro de um público específico, formado apenas por pessoas que foram a óbitos, gestantes e internados com casos graves.
“Devido a isso, como as amostras são selecionadas dentro deste público restrito, dá a impressão que os casos de Delta confirmados são mais graves. Mas estas amostras selecionadas só estão analisando a ponta do iceberg, pois são coletadas dentro de uma pequena parte deste grupo restrito”, explica Marion.
Segundo ela, por ser mais transmissível, porém, acaba afetando mais pessoas. “O que aumenta a chance de acometer pessoas suscetíveis a complicações. Por isso, os cuidados precisam permanecer”, diz.
De acordo com as autoridades de saúde, independentemente de haver casos de covid-19 por diferentes variantes do novo coronavírus, as medidas de prevenção e métodos de diagnóstico e tratamento da covid-19 seguem os mesmos. Sendo assim, não há alteração nas medidas sanitárias já adotadas, como uso de máscaras e álcool em gel, lavagem das mãos e distanciamento social.
| Prefeitura de Curitiba | | | | O Brasil tinha, em 2019, 1,4 milhão de empresas comerciais com 1,6 milhão de unidades locais, ou lojas, cuja receita operacional líquida alcançava R$ 4 trilhões. As empresas tinham 10,2 milhões de empregados, aos quais foram pagos naquele ano, entre salários, retiradas e outras remunerações, cerca de R$ 246,4 bilhões.
O valor adicionado bruto gerado por essas companhias atingiu R$ 660,7 bilhões. Entre 2014 a 2019, o número de empresas comerciais sofreu redução de 11% (menos 177,3 mil companhias) e o de lojas caiu 8,1% (ou menos 140,6 mil).
Os números constam da Pesquisa Anual do Comércio 2019 (PAC 2019), divulgada hoje (29) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 2019, em comparação a 2010, o comércio por atacado, que é o principal segmento do comércio, ampliou sua participação de 42,7% para 45,2% da receita. Da mesma forma, o varejo subiu de 42% para 44,9%. Por outro lado, o comércio de veículos, peças e motocicletas caiu de 15,3% para 9,9%.
De acordo com a pesquisa, a primeira atividade comercial, em termos de participação na receita operacional líquida, foi a de hipermercados e supermercados, que passou de 10,6% em 2010, para 12,9% em 2019. Situação inversa foi apresentada pelo comércio de veículos automotores, que caiu de uma participação de 11,1%, em 2010, para 4,8%, em 2019.
Comercialização
A margem de comercialização - despesas que consumidores pagam aos intermediários pelo processo de comercialização - das empresas comerciais existentes no Brasil, em 2019, somou R$ 864,3 bilhões, destacando o comércio varejista, que respondeu por 56,1% desse valor, seguido pelo comércio atacadista (36,4%) e pelo comércio de veículos, peças e motocicletas (7,5%).
A taxa de margem de comercialização - divisão da margem de comercialização pelo custo das mercadorias vendidas - foi de 27,6% em 2010, crescendo para 28,8%, em 2019. A pesquisa do IBGE mostra que, com exceção da atividade de comércio varejista de combustíveis e lubrificantes, todas as atividades do segmento do comércio varejista e do comércio de veículos, peças e motocicletas aumentaram a margem de comercialização entre 2010 e 2019.
Já todas as atividades do comércio por atacado reduziram as taxas de margem de comercialização no período analisado, com exceção do comércio por atacado de madeira, ferragens, ferramentas, materiais elétricos e material de construção. No comércio varejista, a taxa de margem de comercialização evoluiu de 35,5% para 37,7%, entre 2010 e 2019, enquanto o comércio por atacado teve a taxa de margem reduzida de 24,1% para 22,3%.
População ocupada
Entre 2010 e 2019, a população ocupada do comércio cresceu 12,5%, chegando a 10,2 milhões de pessoas. O IBGE destacou, contudo, que na comparação com 2014, o setor perdeu 4,4% dos postos de trabalho, ou o correspondente a 466,1 mil empregos.
A perda na ocupação entre 2014 e 2019 atingiu os três grandes segmentos comerciais analisados pela pesquisa. No comércio de veículos, peças e motocicletas, a perda foi de 3,4% ou menos 32 mil postos; no atacado, atingiu 5,9% (ou menos 108 mil vagas); e no varejo, registrou queda de 4,1%, (ou menos 326,2 mil postos de trabalho).
Em termos de postos de trabalho criados, o comércio varejista foi responsável por 74,2% dos empregos, em 2019, contra 73,1%, em 2010. Já o comércio por atacado e o comércio de veículos automotores, peças e motocicletas sofreram declínio, passando de uma participação de 17,2% e 9,7%, em 2010, para 16,9% e 8,9%, em 2019, respectivamente.
No comércio de veículos automotores, peças e motocicletas, embora a média de pessoas ocupadas tenha subido de seis para sete de 2010 para 2019, o salário médio mensal de 2,3 salários mínimos (s.m) caiu para dois mínimos em 2019. No comércio varejista, a média de pessoas ocupadas aumentou de cinco para sete, na mesma base de comparação, mantendo porém o salário mínimo médio mensal de 1,6 s.m. Já no comércio por atacado, foram mantidas tanto a média de pessoas ocupadas (9) como o salário mínimo médio mensal de 2,8 s.m, entre 2010 e 2019.
Segundo a PAC, a atividade com maior variação foi o comércio por atacado de combustíveis e lubrificantes, que diminuiu a média de 7,1 salários mínimos ao mês, em 2010, para 5,7 mínimos mensais em 2019. O IBGE ressaltou, entretanto, que apesar disso, essa foi a atividade que registrou a maior remuneração do comércio.
O salário médio mensal pago pelas empresas comerciais no Brasil, em 2019, foi de 1,9 s.m. A Região Sudeste foi a única que apresentou salário pago acima da média nacional, atingindo dois salários mínimos por mês. A Região Sul registrou salário igual à média do país (1,9 s.m. mensal), enquanto as regiões Norte e Centro-Oeste (1,8 s.m. cada) e a Região Nordeste (1,4 s.m./mês) pagaram salários abaixo da média nacional.
Revenda
A pesquisa revela também que a Região Sudeste concentrava 50% da receita bruta de revenda do comércio do país, em 2019, detendo quase metade (49,6%) das suas unidades locais. A segunda posição foi ocupada pela Região Sul, com 20,8%.
Em 2019, São Paulo foi o único estado brasileiro a registrar empresas comerciais com participação da receita bruta de revenda acima de 50%, aparecendo com 61,1%. Seguem-se com participação superior a 30% o Paraná (37,2%), Pará (36,9%), Rio Grande do Sul (33,8%), Goiás (33,7%) e Mato Grosso (33,2%).
Por grandes regiões, o ganho na receita bruta de revenda evoluiu de 19,5%, em 2010, para 20,8%, em 2019, no Sul do país; de 9,1% para 10,3% na Região Centro-Oeste; e de 3,7% para 4%, na Região Norte. Em contrapartida, houve perda de participação nas regiões Nordeste e Sudeste, que caíram de 15,3% para 14,9% e de 52,4% para 50%, entre 2010 e 2019, respectivamente.
| Agência Brasil | | | | O Brasil gerou 309.114 postos de trabalho em junho deste ano, resultado de 1.601.001 admissões e de 1.291.887 desligamentos de empregos com carteira assinada. No acumulado de 2021, o saldo positivo é de 1.536.717 novos trabalhadores no mercado formal. Os dados são do Ministério da Economia, que divulgou hoje (29) as Estatísticas Mensais do Emprego Formal, o Novo Caged.
O estoque de empregos formais no país, que é a quantidade total de vínculos celetistas ativos, chegou a 40.899.685, em junho, o que representa uma variação de 0,76% em relação ao mês anterior.
De acordo com o ministro da Economia, Paulo Guedes, é a primeira vez desde a crise de 2015 que o país ultrapassa o patamar de mais de 40 milhões de postos formais de trabalho. Ele acredita que a retomada da economia brasileira e o retorno seguro ao trabalho continuarão em ritmo acelerado com o avanço da vacinação da população contra covid-19, em especial nos setores de serviços e comércio, os mais afetados pelas medidas de enfrentamento à crise sanitária.
A próxima divulgação do Caged já deve acontecer sob o comando do ministro Onyx Lorenzoni, que vai assumir o Ministério do Trabalho e Previdência, que está sendo recriado. Guedes destacou que a equipe da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho, que hoje está na Economia, seguirá o trabalho na nova pasta.
Segundo ele, o foco será a geração de oportunidades de trabalho aos jovens e formalização de cerca de 38 milhões de trabalhadores informais que hoje recebem o auxílio emergencial do governo. Em breve, ainda de acordo com Guedes, serão lançados novos programas, como o serviço social voluntário e os bônus de inclusão produtiva (BIP) e de incentivo à qualificação profissional (BIQ).
“Tememos muito o efeito cicatriz, que é a mutilação de uma geração em função de uma pandemia dessa, já no setor educacional, já temos esse receio no setor educacional. E queremos, então, acelerar a absorção desses jovens, seja com treinamento de qualificação profissional, seja com serviço social voluntário para que eles se preparem para o mercado formal de trabalho”, disse o ministro, durante coletiva virtual para divulgar os dados do Caged.
A expectativa é que o BIP e o BIQ gerem cerca de 2 milhões de empregos para jovens de 16 a 22 anos. As vagas deverão ser de meia jornada de trabalho, com bônus de meio salário mínino. Parte do bônus, o BIP, será pago inicialmente com dinheiro público e depois com recursos do Sistema S, e a outra parte, o BIQ, pago pelo empregador.
Dados do emprego
No mês passado, os dados apresentaram saldo positivo no nível de emprego nos cinco grupamentos de atividades econômicas: serviços, com a criação de 125.713 postos, distribuídos principalmente nas atividades de informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas; comércio, que criou 72.877 novos empregos; indústria geral, saldo positivo de 50.145 postos, concentrados na indústria de transformação; agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura, mais 38.005 postos de trabalho gerados; e construção, que registrou 22.460 novos trabalhadores.
Todas as regiões do país tiveram saldo positivo na geração de emprego, sendo que houve aumento de trabalho formal nas 27 unidades da Federação. Em termos relativos, dos estados com maior variação em relação ao estoque do mês anterior, os destaques são para o Piauí, com a abertura de 4.597 postos, aumento de 1,5%; Alagoas que criou 4.651 novas vagas (1,36%); e Maranhão, com saldo positivo de 6.745 postos (1,31%).
Os estados com menor variação relativa de empregos em junho, em relação a maio, são Rio Grande do Sul, que teve criação de 11.446 postos, aumento de 0,44%; Bahia, com saldo positivo de 7.604, alta de 0,43%; e Sergipe, que encerrou o mês passado com mais 1.107 postos de trabalho formal, crescimento de apenas 0,41%.
Em todo o país, o salário médio de admissão em junho de 2021 foi de R$ 1.806,29. Comparado ao mês anterior, houve redução real de R$ 1,59 no salário médio de admissão, uma variação negativa de 0,09%.
As estatísticas completas do Novo Caged estão disponíveis na página do Ministério da Economia. Os dados também podem ser consultados no Painel de Informações do Novo Caged.
| Agência Brasil | | | | O Núcleo de Acesso ao Crédito (NAC) explica como funciona este instrumento que pode facilitar as transações internacionais da sua empresa
A carta de crédito (ou LC, do inglês Letter of Credit) é um documento emitido pelo banco que garante o pagamento de uma compra a quem faz a venda, comumente utilizado em transações internacionais. Podemos dizer que a carta de crédito é como se fosse uma ordem de pagamento condicionada, isto é, o exportador só fará jus ao recebimento se o importador atender a todas as exigências por ela estipuladas.
É uma modalidade que oferece maior respaldo ao exportador, pois envolve operação garantida por um ou mais bancos, que se responsabilizam pelo pagamento.
Para isso, participam da operação pelo menos quatro partes:
- tomador ou proponente (applicant): é aquele para quem o crédito é emitido. É o importador que solicita a abertura desse documento junto ao banco;
- banco emitente (issuing bank): é o banco que emite a carta de crédito;
- banco avisador (advising bank): é o banco que avisa, ou seja, entrega o crédito ao beneficiário;
- beneficiário (beneficiary): é aquele em favor do qual o crédito é emitido. Geralmente, é o vendedor dos bens (exportador, fornecedor).
Adicionalmente, pode haver a figura do banco que assume todas as obrigações do emitente, chamado de banco confirmador (confirming bank), que confirma o crédito, normalmente do país do exportador. O crédito confirmado tem dois compromissos: o do banco emitente e o do confirmador.
Então, o comprador deverá pagar o valor ao banco, não ao vendedor. Normalmente, as instituições cobram uma taxa, calculada a partir de uma porcentagem da carta de crédito, além das tarifas da operação.
Qual é a importância da carta de crédito?
A carta de crédito possibilitou que barreiras tradicionais ao comércio internacional fossem quebradas, facilitando a compra e a venda de produtos entre importadores e exportadores, independentemente do tamanho das empresas ou de diferenças culturais.
Embora seja mais comum no comércio internacional, a carta de crédito também pode ser utilizada para operações domésticas.
Como funciona a carta de crédito?
Uma carta de crédito é regida pelo UCP600 (Uniform Customs and Practice), código internacional de prática que representa um conjunto voluntário de regras elaborado pela Câmara de Comércio Internacional (CCI) e complementada pela ISBP 745 (International Standard Banking Practice).
O comprador define uma lista de termos e condições sob os quais ele gostaria de comprar e despachar a carga do vendedor.
Essa lista geralmente inclui:
- descrição dos bens que serão comprados;
- quantidade das mercadorias;
- descrição técnica, se houver;
- requisitos documentais:
- conhecimentos de embarque;
- fatura comercial;
- lista de embalagem;
- certificado de origem;
- relatórios de análise;
- outros documentos.
- a quem o conhecimento de embarque deve ser consignado — no caso da LC, geralmente o banco emitente será indicado como o consignatário e ele terá o controle da carga até o momento em que receber o valor do comprador;
- detalhes de quem deve ser notificado da chegada da remessa;
- a última data de envio;
- qual meio de transporte deve ser usado.
Quer saber qual é o passo a passo de uma transação com carta de crédito? Acesse o blog do Núcleo de Acesso ao Crédito (NAC) e leia mais.
Ainda ficou com alguma dúvida? O NAC pode ajudar. Compartilhe as necessidades do seu negócio e receba o indicativo das linhas de crédito mais adequadas para a sua empresa.
| CNI | | | |
O SINDIMETAL/PR divulga a nova edição do Informativo de CRÉDITO, publicação do NAC que traz as principais notícias dos últimos 15 dias a respeito de financiamento para micro, pequenas e médias empresas.
Link de acesso: https://bit.ly/Informativo_crédito_2021_nº13
| CNI | | | |
Indicador chegou 66,1 pontos. Dois a mais do que o registrado no mês anterior e 17,6 pontos acima do registrado em julho de 2020
Cada vez mais confiante na economia e nos negócios. É assim que o industrial paranaense tem demonstrado atuar nos últimos quatro meses segundo a avaliação mensal da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), feita em parceria com a Confederação Nacional da Indústria (CNI). O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) em julho chegou a 66,1 pontos. Em junho, havia sido de 64,1. E, no mesmo mês de 2020, 48,5 pontos. O índice segue uma escala que vai de zero a 100, sendo acima de 50 área de otimismo e, abaixo disso, pessimismo.
Na decomposição do resultado, o ICEI é formado pelo indicador de condições – que avalia a economia e os negócios nos últimos seis meses – e pelo de expectativas, que faz a mesma avaliação com relação ao futuro. Em julho, a visão do empresário para o que vai acontecer até o fim do ano pesou mais. O índice de expectativas chegou a 69.6 pontos, 3,3 pontos a mais do que o registrado no mês anterior. Já o de condições teve pequena queda de 0,3, ficando em 59,1.
“Embora tenham influenciado dificuldades como a escassez e o alto custo da matéria-prima para produção desde janeiro, o avanço da vacinação e um maior controle da pandemia, que sugerem uma retomada mais forte da atividade econômica, tiveram maior influência na opinião do empresário”, avalia o economista da Fiep, Marcelo Alves.
Ele pontua que a sinalização do Governo Federal de avançar nas articulações das reformas (administrativa e tributária), que estavam paradas, também pode ter motivado o otimismo maior este mês. “Outra questão é que a economia brasileira tem apresentado sinais de recuperação, como o forte crescimento da produção e dos empregos. E isso também interfere na percepção do empresário de que o cenário está cada vez mais favorável”, completa.
Apesar de ser o quarto mês consecutivo de alta, o ICEI ficou abaixo dos 68,4 pontos alcançados em outubro, melhor resultado de 2020 e após o início da pandemia. Os piores índices foram 35,4 e 32,2, medidos, respectivamente, em abril e maio do ano passado, logo no início da crise sanitária.
Para o economista da Fiep, alguns fatores podem atrapalhar essa boa fase para o industrial. Um deles é a alta acumulada da inflação, medida pelo monitoramento do Índice Geral de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). “Ele é considerado um termômetro da economia porque acompanha os preços dos produtos para o consumidor final e também está atrelado ao rendimento de vários investimentos”, resume.
De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de janeiro a junho deste ano, o IPCA acumula alta de 3,77% e, nos últimos 12 meses, de 8,35%. No ano passado, o acumulado até junho foi de 0,10%, enquanto o registrado no período de julho de 2019 a junho de 2020 foi uma alta de apenas 2,13%.
“Essa diferença é percebida pelo consumidor no preço maior de produtos da cesta básica, por exemplo, que crescem mais do que o IPCA final. Isso ocorre porque o peso destes itens é relativizado, ou seja, compensado por outros que têm maior redução. Juntos eles formam a composição final do indicador”, detalha. “Um orçamento mais apertado tende a reduzir a atividade de consumo e isso impacta na demanda produzida nas indústrias”, complementa.
Sondagem Industrial mensal
A pesquisa mensal da Fiep e da CNI questionou os industriais sobre a utilização da capacidade instalada nas indústrias. Oitenta por cento responderam ser igual ou maior do que o usual para o mês. Da mesma forma, 76% informaram que o volume de itens produzidos no mês ficou igual ou teve crescimento. Em relação aos empregos, apenas 6% dos entrevistados afirmaram queda, 77% estabilidade e, 18%, aumento do quadro de colaboradores. Para os próximos seis meses, 96% acreditam que haverá crescimento ou manutenção de postos de trabalho.
Um dos questionamentos que Alves acredita serem mais relevantes refere-se à margem de lucro operacional. Mais de 50% dos participantes responderam estarem satisfeitos com a rentabilidade de suas operações, enquanto 22% informaram ser muito boa e, 15%, boa. Apenas 8% não estavam satisfeitos com o retorno financeiro em suas empresas. “Esta é uma informação relevante porque a saúde financeira garante empregos e a manutenção das empresas no mercado”, avalia Alves.
O acesso ao crédito permaneceu igual para 38% dos industriais e difícil para 18%. Mas o alto custo da matéria prima para produção foi relatado por 88% dos pesquisados. Aliás, esta foi a principal queixa de 68% dos entrevistados quando questionados sobre os itens que mais geraram problemas em suas empresas. A alta carga tributária foi a segunda maior reclamação, seguida pela volatilidade da taxa de câmbio e a burocracia excessiva.
| Agência Sistema Fiep | | | | Recuperação de áreas ligadas ao setor explicam resultados, diz Abimaq
O faturamento da indústria brasileira de máquinas e equipamentos cresceu 45,4% em junho na comparação com o mesmo mês do ano passado, totalizando R$ 17,5 bilhões em 2021. Em relação ao mês anterior, no entanto, houve estabilidade, com variação de -0,1%. Os dados foram divulgados hoje (28) pela Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq).
Nos últimos 12 meses, as vendas do setor totalizaram R$ 198,7 bilhões, alta de 27,9%. No primeiro semestre do ano, a receita do setor cresceu 40,3% na comparação com igual período de 2020. O faturamento de janeiro a junho passou de R$ 100,2 bilhões. Para este ano, a Abimaq estima crescimento de 18% a 20% no setor.
Segundo a entidade, os resultados são explicados pela manutenção do crescimento nos setores ligados ao agronegócio e pela recuperação das áreas ligadas ao consumo de bens duráveis e semiduráveis. O alto crescimento, acima de 45%, também é justificado porque a base de comparação em 2020 é baixa, tendo em vista as medidas sanitárias exigidas para controle da pandemia de covid-19.
“O crescimento agora está muito grande, de 27,9% [semestral], mas estamos já prevendo um crescimento até o final deste ano que deve ficar entre 18% e 20%. Não é que vai desacelerar, o setor vai continuar acelerado, mas a base baixa vai sendo diluída com outras bases maiores do ano anterior”, explicou o presidente da Abimaq, José Velloso.
Ele acrescenta que “[os números] poderiam ser melhores, se não fossem as exportações que ainda estão ruins em relação à média que tiveram no ano passado”. De uma forma geral, os resultados são considerados animadores para a indústria de máquinas e equipamentos, mas ainda estão 23,8% abaixo da média entre os anos de 2010 e 2013.
Em relação aos empregos, foram criados 61 mil postos de trabalho em junho, na comparação com o ano passado. O setor emprega 357 mil pessoas diretamente.
| Agência Brasil | | | | O governo recriou por meio de medida provisória (MP 1.058/2021) o Ministério do Trabalho e Previdência. A pasta foi desmembrada do Ministério da Economia em momento de reacomodação política e de desemprego recorde. A senadora Zenaide Maia (Pros-RN) diz que basta sair nas ruas para ver o grande número de pessoas desocupadas.
Ouça o áudio acessando o site do Senado Federal
| Senado Notícias | | | | A mudança no parecer deve beneficiar mais de 5,6 milhões de empresas optantes do Simples Nacional
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), anunciou em suas redes sociais nesta quarta-feira (28) que o relator da reforma tributária, deputado Celso Sabino (PSDB-PA), vai seguir sua sugestão de manter isenta a distribuição de lucros e dividendos de micro e pequenas empresas.
A reforma tributária (Projeto de Lei 2337/21) institui tributação de 20% na fonte para distribuição de lucros e dividendos das empresas para pessoas físicas, o que atualmente está isento.
A proposta original do Poder Executivo já previa isenção para lucros e dividendos de micro e pequenas empresas, mas apenas até o limite de R$ 20 mil por mês. Esse limite seria considerado para o conjunto de sócios que forem ligados, ou seja, cônjuges, companheiro ou parentes, consanguíneo ou afim, até o terceiro grau. O dispositivo havia sido mantido no relatório preliminar apresentado por Celso Sabino antes do recesso parlamentar.
A mudança no parecer deve beneficiar mais de 5,6 milhões de empresas optantes do Simples Nacional. O presidente da Câmara destacou a importância das micro e pequenas empresas para economia e geração de empregos. "Sensível a essa importância e após receber inúmeras demandas da sociedade, sugeri ao relator para que essas empresas permanecessem isentas na taxação de dividendos", relatou.
Celso Sabino informou a Arthur Lira que refez os cálculos junto à equipe econômica e vai acatar as sugestões. "Dessa forma, todas as empresas do Simples Nacional continuarão a não pagar tributos em cima de lucro e dividendos", comemorou o presidente da Câmara.
O governo propôs a mudança nas regras para combater a distribuição disfarçada de lucros e desestimular que profissionais usem empresas para evitar o pagamento de impostos.
| Agência Câmara dos Deputados | | | | Presidente elogiou indicação de Ciro Nogueira para a Casa Civil e comentou avanço na vacinação contra a Covid-19
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), declarou nesta quarta-feira (28), em entrevista à imprensa, que espera votar as reformas tributária (PL 2337/21) e política (PEC 125/11) com a volta dos trabalhos após o recesso legislativo, que vai até o dia 31. O presidente da Câmara ainda afirmou que a agenda legislativa inclui a privatização dos serviços postais (PL 591/21) e a reforma administrativa (PEC 32/20), que segundo ele deve entrar na pauta do Plenário até novembro.
Arthur Lira disse que a reforma tributária pode ser votada com "muita tranquilidade", pois segundo ele o assunto já se encontra bem amadurecido entre os líderes partidários. "A Câmara, com muita tranquilidade, transparência e paciência, deixou o projeto por mais 15 dias do recesso para que sofresse críticas construtivas e recebesse propostas para melhorar o ambiente de negócios com um imposto mais justo", explicou.
Lira destacou a importância de baixar o Imposto de Renda do setor produtivo. "No Brasil nós temos que nos acostumar com impostos mais justos, pagar mais quem ganha mais", disse. Ele apontou para a necessidade das reformas e privatizações para ajustar a máquina pública, tornando-a mais simples, mais ágil e mais moderna. "Que o Brasil possa precificar o serviço público, sem retirar de nenhum servidor nenhum direito adquirido."
Partidos e eleições
O presidente da Câmara negou que a reforma política esteja sendo feita às pressas. "Não tem açodamento. A comissão especial ainda tem muito embate e discussão, o que é normal", comentou. Arthur Lira avalia que o sistema eleitoral deve manter a previsão de enxugamento do número de partidos. "Ajustes precisam ser feitos. Estamos indo para o caminho de fusões partidárias e extinção de siglas que não alcançarão a cláusula de barreira. Teremos um sistema político mais estável", prevê.
Arthur Lira ainda destacou a importância de prestigiar o voto para as mulheres, com vagas fixas na Câmara dos Deputados. Ele ainda avalia que o modelo do distritão, que adota as eleições majoritárias para as vagas de deputados federais e estaduais, deve ser decidido apenas no Plenário. "Os presidentes de partido estão pensando de uma forma e os deputados de outra", observou.
Sobre a proposta de adoção do voto impresso, Arthur Lira declarou que confia na Justiça Eleitoral e lembrou que foi eleito pelo sistema atual das urnas eletrônicas por oito vezes. No entanto, o presidente da Câmara considera possível aumentar o rigor de auditagem das eleições. "Vamos ter eleições limpas e transparentes em outubro do ano que vem. Não tem possibilidade de ruptura política democrática no Brasil", assegurou.
"Trabalhamos sempre para apaziguar, manter o equilíbrio e fazer com que o Brasil tenha previsibilidade. Não há outra maneira senão eleições limpas e transparentes. qualquer outra maneira não tem apoio institucional do Congresso", completou Lira.
Fundo Eleitoral e Orçamento
O presidente da Câmara esclareceu que o valor do Fundo para Financiamento da Campanha Eleitoral do ano que vem só será definido com a votação da Lei Orçamentária Anual (LOA), entre novembro e dezembro. Ele observou que uma estimativa, com base no orçamento da Justiça Eleitoral dos últimos anos, aponta que o valor do fundo aumentaria de R$ 2 bilhões para quase R$ 4,4 bilhões, mas não para R$ 5,7 bilhões, como foi divulgado após a aprovação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLN 3/21) antes do recesso parlamentar.
Arthur Lira ponderou que as eleições do ano que vem têm mais candidatos do que as eleições municipais e, sem financiamento privado, o financiamento público é necessário. "Se não tiver orçamento, talvez vai vir recursos das milícias e do tráfico", alertou.
Vacinação e economia
O presidente da Câmara celebrou a aceleração do Programa Nacional de Vacinação contra a Covid-19. "Estamos chegando a 100 milhões de vacinados com a primeira dose. Vamos ser o País que mais vai vacinar no mundo até novembro", aposta. Arthur Lira notou que, com isso, há uma previsão muito forte de crescimento na economia, na indústria e no setor primário.
"Voltaremos ao normal que nós tínhamos. Passamos por momentos muito difíceis. Que tenhamos em 2021 um ano mais arrumado. O Brasil é um país forte, com povo trabalhador e todas as condições para receber investimentos externos", disse.
Lira novamente pediu a união de todos para o combate à pandemia. "Não temos receita pronta, temos que nos unir. No Congresso fizemos tudo para atender estados e municípios, enquanto o governo federal repassou os recursos", lembrou. "Precisamos focar no interesse comum, nas pessoas que estão na linha de frente do combate. O erro a gente apura depois que acabar a guerra. A partir daí a gente pode julgar quem errou."
Casa Civil
Arthur Lira aproveitou para elogiar a indicação do senador Ciro Nogueira (PP-PI) para ministro da Casa Civil. "Ciro Nogueira é um político com vasta experiência, tem bom trânsito e articulação. Faz a boa política que sofre preconceitos. Sem política não melhoramos em nada", ponderou.
O presidente da Câmara espera que o novo ministro proporcione uma articulação maior com o Congresso, com mais conversas e firmeza nas posições do governo. "É o ministério mais importante, que organiza a espinha dorsal do governo. Precisamos ter previsibilidade e tranquilidade, para que o País saia deste sobressalto", disse.
De acordo com Arthur Lira, sua relação com Ciro Nogueira sempre foi de amizade, cordialidade e parceria dentro do partido. "É uma visão clara de que o governo quer conexão política. Demonstra que o caminho é o diálogo e não há risco nenhum à democracia", analisou.
O presidente da Câmara ainda destacou a importância dos partidos de centro para sustentar os presidentes eleitos, que precisam do apoio do Parlamento para votar as propostas das eleições. "Enquanto não avançarmos com a reforma eleitoral e diminuirmos o número de partidos, o governo de coalizão sempre será a saída", analisou. "O importante é que sabemos de nossa missão: dar estabilidade e votar pautas que interessam ao Brasil, independentemente de governo, sabendo dos limites e responsabilidades, ainda mais saindo da pandemia."
Impeachment
Ao comentar sobre os pedidos de abertura de impeachment, Arthur Lira afirmou que não há característica que fundamente uma ruptura institucional no momento. Ele novamente defendeu discussão na Câmara sobre o regime semipresidencialista, que na sua opinião poderia reduzir a instabilidade política. O presidente da Câmara ponderou que o semipresidencialismo seria adotado somente em 2026, e não nas próximas eleições. "Aí sim seria casuísmo", comentou.
Arthur Lira ainda lembrou que todos os presidentes eleitos após a redemocratização tiveram pedidos de abertura de impeachment. "Ibsen Pinheiro abriu o processo contra Collor. Aécio Neves não abriu contra Fernando Henrique Cardoso. Arlindo Chinaglia não abriu contra Lula. E Eduardo Cunha abriu o processo contra Dilma Rousseff", relatou. "Herdei quase 70 pedidos de impeachment que não foram analisados pelo ex-presidente da Câmara", lembrou.
| Agência Câmara dos Deputados | | | | Números são do segundo trimestre deste ano. Maior alta foi no setor industrial, entre os clientes do mercado livre, ou seja, empresas de maior porte, com 26,6%. Já o mercado cativo aumentou 4,8% na comparação com o mesmo período de 2020.
O aumento do consumo de energia dos clientes da Copel no segundo trimestre do ano já reflete a retomada do crescimento econômico do Paraná, motivado especialmente pelos segmentos industrial e comercial. O montante de energia vendido pela companhia aumentou em 12,2% na comparação com o mesmo período de 2020, alcançando 7.950 GWh (gigawatt-hora) entre abril e junho de 2021.
Este resultado é o do chamado “mercado fio” da distribuidora da Copel, que inclui tanto a energia fornecida a consumidores cativos, atendidos pela Copel Distribuição, quanto consumidores livres – empresas com demanda maior que 500 kW (kilowatts) que optam por deixar o mercado regulado para negociar a compra de energia no ambiente livre.
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A maior alta na venda de energia foi observada no setor industrial, entre os clientes do mercado livre, ou seja, empresas de maior porte. O consumo de energia neste segmento subiu 26,6% no segundo trimestre, na comparação com o mesmo período de 2020.
Quando comparado com o segundo trimestre de 2019, a alta deste ano foi de 18,1%. Esta comparação é válida porque a base comparativa do ano passado é baixa, em função do desaquecimento econômico causado pela pandemia do novo coronavírus.
MERCADO CATIVO – Já o consumo de energia no mercado cativo da Copel aumentou 4,8% na comparação entre o segundo trimestre de 2020 e o de 2021. A principal alta, neste caso, foi do setor comercial, que elevou o consumo de energia entre os dois períodos em 7,8%. O setor industrial, no mercado cativo, apresentou alta de 6,4% nesta comparação. Já o segmento rural aumentou em 5,3% e o residencial, 4,3%.
Do total de energia vendida no mercado cativo, a classe comercial comprou 21%. Isto é reflexo da retomada gradual da atividade comercial, especialmente nos setores varejista e de alimentação, por conta do avanço da vacinação contra a Covid-19 no Paraná.
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Esta classe possui cerca de 417 mil clientes no Paraná e consumiu 1.000 GWh no segundo trimestre deste ano. Já o segmento industrial do mercado cativo representou 12,2% do consumo total de energia do trimestre.
RESIDENCIAL – A Copel possui 4 milhões de consumidores residenciais (de um total de cerca de 4,9 milhões de clientes). Esse segmento representou 41,3% do total do consumo de energia do mercado cativo da Copel no segundo trimestre de 2021. O consumo médio mensal teve alta de 1% nos últimos três meses, na comparação com o mesmo período de 2020, passando de 163 kWh/mês para 165 kWh/mês por unidade consumidora, em média.
| Agência Estadual de Notícias | | | |
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