| 11 de agostO de 2021
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Em 11/08/2021
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| | | | | O SINDIMETAL/PR divulga as principais licitações deste dia, de interesse do setor metalmecânico e de materiais elétricos:
10-08-2021
11-08-2021
| SINDIMETAL/PR/ SISTEMA FIEP/COMDEFESA | | | | Em artigo publicado no portal Poder 360, Claudio de Moura Castro ressalta a importância do Sistema S para a formação de profissionais e sistema educacional brasileiro
Como acompanho o Sistema S, faz décadas, observo a previsibilidade dos botes contra ele ou aos seus orçamentos – que dependem de um tributo de 1% sobre as folhas salariais. E há quem queira até estatizá-lo. Não me lembro de governo que não haja tentado algo nessa linha. Até agora, os danos foram leves. Mas nada garante que não haja uma mordida mais sangrenta. E está em curso mais uma tentativa.
A proposta em pauta é cortar o orçamento do que - como tentaremos demonstrar - é o melhor sistema educacional do país, comparando com jardim de infâncias a até aos doutoramentos.
Há instituições que podem ser desprezadas ou odiadas e não há como fazer-lhes mal, pois tem defesas sólidas. Contudo, o financiamento do Sistema S é vulnerável, pois depende de arranjos legais que podem evaporar do dia para a noite.
Curioso, o Sistema S tenta fazer tudo direitinho e acerta muito mais do que erra. Não obstante, coleciona antipatias e críticas. É mal-amado por muitos, ainda que os milhões de jovens beneficiados, de origem modesta, reconheçam a transformação que trouxe em suas vidas. E as empresas agradecem os ganhos de produtividade.
A esquerda não gosta porque é privado, horrendo pecado original. Os sindicatos da indústria, predominantemente liderados por graduados do SENAI, até que toleram bem. Mas tem certo constrangimento em defendê-lo. O próprio Lula, torneiro do SENAI, ficou em cima do muro.
A direita não gosta por achar que o mercado resolve tudo. Afinal, por que treinar gente com o dinheiro da viúva? Se há demanda, haverá quem vá oferecer a formação. Mas para ter credibilidade esse argumento, falta aos seus defensores apontarem um país bem-sucedido em que a formação profissional não seja abundante, pública e cara (quem faz não importa, o que interessa é quem paga). Simplesmente, não existe nenhum em que isso aconteça, sejam os que proclamam as leis de mercado, sejam socialdemocracias ou regimes coletivistas.
Alguns donos de escolas acham que é concorrência desleal oferecer cursos subsidiados ou gratuitos. Em casos infrequentes, esse pode ser um argumento ponderável. Mas no geral, são cursos que a iniciativa privada não consegue oferecer, pois a clientela tende a ser pobre e os cursos caros. Em particular, a formação inicial não faz sentido para as empresas, pois é cara, demorada e pode ser substancial o risco de perder o graduado para o concorrente.
As federações comerciais, a quem SENAC e SESC dependem, sempre tiveram uma atitude morna. Mostram pouco entusiasmo para defender o sistema.
Muitos educadores têm profunda antipatia, pois acham que oferece puro “adestramento”. Pena que nunca hajam visitado uma escola do SENAI, para comparar com as suas. Além disso – horror! - é privado.
Trata-se de um sistema com seis filhotes, cada um com suas características e preparando para setores igualmente diversos. Ainda assim, algo se pode generalizar.
Todos são bastante bem-organizados, eficientes e dispõe de recursos consideráveis para bater suas metas. Nenhuma das três premissas se cumprem para a rede pública de escolas.
Previsivelmente, há diferenças muito substanciais dentre os filhotes. Alguns são orgulho para o país. Outros estão “na muda”, vacilando diante de novos rumos e até patinando. Sendo assim, se vem uma mordida, que incida mais severamente nos que estão menos calibrados com as necessidades do país. O corte, por si só, é burro, o proporcional mais burro ainda.
Como conheço melhor o SENAI, sinto-me confortável para falar dele. Nos anos setenta, como pesquisador do IPEA, resolvi estudá-lo. Nos termos de referência da pesquisa, postulei como hipótese que era uma instituição séria, porém, pouco eficaz. Com colegas, produzimos dois livros substanciais, em cujo prefácio, anunciamos que a segunda hipótese não era verdadeira.
Ser sério foi fácil verificar, observando o seu funcionamento. Todas as minhas visitas – e têm sido muitas - revelaram escolas infinitamente mais bem cuidadas e um ambiente mais sério e organizado do que em qualquer sistema, em qualquer nível no Brasil.
Na pesquisa mencionada, ficou registrada a eficácia do SENAI. As taxas de retorno para o investimento se revelaram particularmente elevadas. Pesquisas do IPEA recentes, apoiadas no PNAD, apesar de pouco precisas na identificação dos cursos considerados, mostraram também que formação profissional continua sendo um ótimo investimento em Capital Humano.
Nos anos que passei na OIT (Genebra) e no Banco Mundial (Washington), nunca cuidei de elogiar ou defender o SENAI. Eram os alemães e suíços que o faziam. A cooperação alemã considerava como o sistema do Terceiro Mundo mais próximo de suas próprias escolas. Em uma visita ao Brasil, no relatório final, a delegação conta que chegou com ânimo de oferecer assistência técnica. Depois do ciclo de visita, concluiu que intercâmbio seria uma tarefa mais condizente.
Em minha carreira de funcionário internacional, coube-me visitar muitas dezenas de escolas, em todos os continentes. Nos países prósperos, eram muito parecidas às do SENAI. E em todos os outros, nada vi que se aproximasse dele.
No meu julgamento, a rede SENAI é o melhor conjunto de instituições educacionais do Brasil. Incluo aí de jardim de infância a doutoramentos. Um bom número destes últimos é exemplar e atinge os melhores níveis internacionais. Mas a rede como um todo é desigual (e falo isso como ex-Diretor Geral da CAPES). Portanto, tenho para mim que arranhar ou prejudicar o SENAI é causar danos na melhor instituição educacional do Brasil. Não pode ser uma boa ideia.
Inevitavelmente, tem seus cacoetes e suas falhas. Portanto, criticá-lo é mais do que justificável. Mais que isso, é o que necessitam as instituições para corrigir seus enganos e recalibrar rumos.
Em um plano mais quantitativo, o PISA mede o desempenho acadêmico dos países a ele associados. E a WorldSkills faz o mesmo para as competências profissionais dos jovens participantes. No Pisa, o Brasil está sempre abaixo do quinquagésimo lugar. E na WorldSkills, representado majoritariamente por alunos do SENAI, tem estado entre os 5 primeiros nos últimos anos.
Por coincidência, no ano do 7 X 1 na Copa do Mundo, o Brasil obteve o primeiro lugar nesta competição de ofícios, vencendo a Alemanha. O que é mais importante para uma sociedade que quer se desenvolver? Ganhar no futebol ou aperfeiçoar sua mão de obra e demonstrar para o mundo que possui uma força de trabalho competente?
Falta mencionar uma outra característica única do Sistema S. Em países menos prósperos, observa-se uma clara e cruel correlação entre a qualidade do ensino oferecido e a classe social do aluno. Também no Brasil, escola de pobre tende a ser pobre, barata e ruim. Na formação profissional, quase sempre atendendo a uma classe modesta ou pobre, os países gastam muito menos do que na educação acadêmica. É formação para pobre, com gastos avaros.
No Brasil, impressiona muito aos analistas o caráter regressivo dos nossos gastos sociais. Quanto mais pobre, menos recebe de benefícios. É exatamente isso que não acontece no SENAI (e, em grande medida, nos outros irmãos). Com efeito, o SENAI oferece aos pobres educação com padrão de rico. São operários recebendo tratamento de classe média. Não localizo outros exemplos de gastos não-regressivos.
Mesmo diante disso tudo, o plano proposto é tirar 30% do seu orçamento para financiar um programa temporário de inserção de jovens nas empresas. Se isso acontecer, muitas dezenas de escolas do SENAI serão fechadas. Não parece tão boa ideia assim, embora o desemprego de jovens seja um problema angustiante. Consideremos que essas escolas vêm sendo formadas e buriladas ao longo de décadas. Interromper o seu funcionamento é irreversível. Ou seja, propõe-se destruir o permanente para financiar o temporário.
Quem administraria o novo programa proposto? Entre o MEC e o Ministério do Trabalho (MTb) é difícil dizer qual seria a pior aposta. Na década de setenta, havia um programa pelo qual o treinamento feito pelas próprias empresas seria abatido do imposto de renda. Mas era tão trabalhoso e burocrático obter a aprovação no MTb que muitas empresas desistiam de pleitear a isenção.
O PLANFOR (período FHC), também do Ministério do Trabalho, começou com as melhores intenções. Mas foi um desastre. Pesquisas do próprio Ministério mostraram que a empregabilidade dos graduados estava próxima de zero. O PRONATEC, na gestão PT, foi outra catástrofe. Ademais, o MEC não consegue governar as suas próprias escolas técnicas, sempre querendo virar universidades e distanciar-se do chão de fábrica.
Caminharemos para outro fracasso? Como está proposto um programa executado em milhares de empresas, a gestão dos bilhões de reais será um pesadelo, muito além da capacidade gerencial de qualquer dos dois ministérios.
Com certeza, justifica-se uma iniciativa enérgica nesta linha. E agradeçamos ao Ministério da Economia por estar à busca de soluções. Porém, a escolhida não convence.
Lembremo-nos, há uma outra intervenção nesta área que pode ser feita a custo zero. Trata-se de remendar o marco regulatório da Aprendizagem. Em todos os países, a aprendizagem é um refinamento do sistema mestre-aprendiz, estruturado ainda na Idade Média. Até hoje funciona, porque é bom negócio para ambos os lados. Pelo mundo afora, aprendizes trabalham por remuneração menor e fazem todo tipo de trabalho. Mas ao fim e ao cabo, saem dominando uma profissão.
Em contrapartida, as empresas são obrigadas a ensinar o ofício, em todas as suas operações clássicas, mas economizam na folha de pagamentos. Se ambos os lados estão contentes com a proposta, assina-se o contrato. Na Alemanha, Suíça e Áustria, mais da metade da juventude participa do seu Sistema Dual (alternância entre trabalho e estudo). E se as empresas contratam aprendizes é porque consideram um bom negócio, pesando as vantagens e desvantagens para elas. Não é a lei que obriga.
O bom-mocismo brasileiro preocupou-se em proteger os jovens aprendizes da sanha de um capitalismo selvagem. Mas errou na mão. Protegeu tanto que criou uma situação de desequilíbrio. Quase todas as empresas julgam que os benefícios ficam aquém dos custos (não apenas os monetários, mas outros). Sendo assim, apenas contratam aprendizes para cumprir a lei, se não conseguem ludibriar o fiscal do MTb (algumas preferem pagar as multas). E diante do cipoal de restrições e complicações, quando contratam um aprendiz, o empenho em oferecer um programa significativo é muito infrequente.
No setor industrial, a legislação é ainda mais infeliz. Em todo o mundo, os aprendizes, a partir de 14 a 16 anos, vão para as oficinas. No Brasil, até 18, isso está proibido. Assim sendo, uma fábrica contrata um aprendiz menor para aprender marcenaria e tem que enviá-lo para trabalhar no almoxarifado, pois se há máquinas na oficina, está proibido de lá entrar. Obviamente, sai sem saber pregar um prego. Depois dos 18 pode ir para as oficinas, mas os potenciais candidatos já terão tomado outro rumo.
Um canetaço certeiro poderia ter mais impacto do que o programa proposto. Se vier uma nova lei em que passe a ser vantajoso para as empresas contratar aprendizes, os subsídios governamentais poderiam ser drasticamente reduzidos e, em muitos casos, eliminados. Em suma, conserte-se o marco regulatório da Aprendizagem e deixe-se o mercado funcionar. E naturalmente, um programa inteligente pode somar-se a esse aumento espontâneo de empregos.
Em um país de realizações educacionais tão minguadas, bulir com a melhor de todas parece uma ideia inexplicável. Porém, mais uma vez, é isso que está no horizonte.
Cláudio de Moura Castro, 83 anos, é formado em economia pela UFMG. Tem mestrado pela Universidade de Yale e doutorado pela Universidade de Vanderbilt. Foi diretor-geral da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e Secretário Executivo do CNRH/IPEA. Atuou como Chefe da Divisão de Políticas de Formação da OIT (Genebra), economista sênior do Banco Mundial e Chefe da Divisão de Programas Sociais do BID. Atualmente, é consultor da EDUQUALIS. É autor de 50 livros e de mais de 300 artigos científicos.
| CNI | | | |
O SINDIMETAL/PR divulga o informativo MPME nº 29, elaborado pela CNI, publicação que traz as principais notícias da semana sobre as micro, pequenas e médias empresas.
Acesse o informe pelo link: https://bit.ly/Informativo_MPME_nº29
| CNI | | | | Em agosto de 2021, o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) aumentou 1,2 ponto e se situa em 63,2 pontos. É a quarta alta consecutiva do índice, que acumula avanço de 9,5 pontos na comparação com abril. Além disso, é o 13º mês consecutivo em que a indústria demonstra confiança.
Faça o download da última edição na íntegra:
| CNI | | | | O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) atingiu 63,2 pontos, bem acima da média histórica de 54 pontos, e o maior indicador deste ano
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O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI), da Confederação Nacional da Indústria (CNI) aumentou 1,2 ponto em agosto de 2021 em relação a julho e alcançou 63,2 pontos. Este é o quarto mês consecutivo de avanço do indicador, período no qual acumula alta de 9,5 pontos.
O índice varia de 0 a 100, sendo 50 pontos a linha divisória entre falta de confiança e confiança. Foram entrevistados 1.477 empresários, sendo 580 de empresas de pequeno porte, 558 de médio porte e 339 de grande porte, entre 2 e 6 de agosto.
O gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo, explica que esse é o maior índice do ano e está bem distante da média histórica de 54 pontos.
“Já são 13 meses consecutivos de confiança. Por estar bem acima da linha divisória de 50 pontos há alguns meses, o ICEI vem indicando otimismo forte e disseminado na indústria”, destaca.
Gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo, comenta o Índice de Confiança do Empresário Industrial
O indicador é composto pela percepção do momento atual e pela expectativa para os próximos seis meses e esses dois componentes registraram avanço em agosto de 2021.
O Índice de Condições Atuais demonstra uma percepção mais positiva do estado atual da economia brasileira e das empresas. O índice cresceu 1,8 ponto para 57,5 pontos. O Índice de Expectativas, que já estava em um patamar elevado, avançou 0,8 ponto, atingindo 66 pontos.
Faça o download da última edição na íntegra
ICEI - Agosto 2021.pdf (526,8 KB)
| CNI | | | | Com variação nula (0,0%) da indústria nacional de maio para junho de 2021, na série com ajuste sazonal, dez dos 15 locais pesquisados apresentaram taxas negativas. As quedas mais acentuadas ocorreram no Paraná (-5,7%) e no Pará (-5,7%). Já os maiores avanços foram na Bahia (10,5%) e na Região Nordeste (6,4%).
Frente a junho de 2020, dez dos 15 locais pesquisados mostraram resultados positivos.
A média móvel trimestral recuou em oito dos quinze locais pesquisados e as quedas mais acentuadas foram: Paraná (-3,5%), Bahia (-3,1%), Pará (-2,6%), Região Nordeste (-2,5%) e Pernambuco (-1,2%).
O acumulado no ano (janeiro-junho) foi positivo em 12 dos 15 locais pesquisados, com destaque para Ceará (26,8%), Amazonas (26,6%) e Santa Catarina (26,1%.)
Já o acumulado dos últimos 12 meses teve 12 dos 15 locais pesquisados com taxas positivas.
Na série com ajuste sazonal, dez dos quinze locais pesquisados apontaram taxas negativas, com as perdas mais acentuadas assinaladas por Paraná (-5,7%) e Pará (-5,7). O primeiro marcou o terceiro recuo consecutivo e acumulou nesse período redução de 10,2%; já o segundo intensificou a queda observada em maio último (-2,4%).
Pernambuco (-2,8%), Mato Grosso (-1,9%), Espírito Santo (-1,6%), Goiás (-1,1%), Rio Grande do Sul (-0,9%), São Paulo (-0,9%), Minas Gerais (-0,6%) e Santa Catarina (-0,3%) completaram o conjunto de locais com recuo na produção nesse mês.
Por outro lado, Bahia (10,5%) e Região Nordeste (6,4%) apontaram as expansões mais elevadas, com o primeiro local registrando a segunda taxa positiva consecutiva e a mais elevada desde julho de 2020 (11,7%); e o último interrompendo seis meses seguidos de queda na produção, período em que acumulou perda de 21,1%. Amazonas (4,4%), Ceará (3,8%) e Rio de Janeiro (2,8%) assinalaram os demais resultados positivos em junho de 2021.
A média móvel trimestral teve variação nula (0,0%) no trimestre encerrado em junho de 2021 frente ao nível do mês anterior. Em termos regionais, oito dos 15 locais pesquisados apontaram taxas negativas, com destaque para Paraná (-3,5%), Bahia (-3,1%), Pará (-2,6%), Região Nordeste (-2,5%) e Pernambuco (-1,2%).
Por outro lado, Ceará (4,3%), Rio de Janeiro (3,3%), Amazonas (2,2%) e Minas Gerais (1,2%) mostraram os principais avanços em junho de 2021.
Na comparação com junho de 2020, o setor industrial nacional cresceu 12% em junho de 2021, com dez dos 15 locais pesquisados apontando taxas positivas. Espírito Santo (34,3%) e Ceará (31,1%) assinalaram as expansões mais intensas.
Amazonas (24,0%), Santa Catarina (23,2%), Minas Gerais (23,1%), Rio de Janeiro (15,3%), São Paulo (14,6%) e Rio Grande do Sul (13,4%) também registraram avanços mais intensos do que a média da indústria, enquanto Paraná (8,2%) e Região Nordeste (3,5%) completaram o conjunto de locais com índices positivos nesse mês.
Por outro lado, Pará (-8,0%) e Bahia (-7,9%) apontaram os recuos mais elevados em junho de 2021. Mato Grosso (-6,9%), Goiás (-4,2%) e Pernambuco (-2,7%) também mostraram taxas negativas nesse mês.
Nesta comparação, vale citar que junho de 2021 teve o mesmo número de dias úteis do que junho de 2020 (21 dias). Cabe ressaltar ainda que, nesse mês, verifica-se resultados positivos elevados, influenciados, em grande parte, pela baixa base de comparação, já que no mesmo mês do ano anterior, o setor industrial foi pressionado pelo aprofundamento das paralisações ocorridas em diversas plantas industriais, fruto, especialmente, do movimento de isolamento social por conta da pandemia de Covid-19.
No acumulado do ano de 2021 (janeiro-junho), frente a igual período do ano anterior, a expansão nacional (12,9%) alcançou 12 dos 15 locais pesquisados, com destaque para Ceará (26,8%), Amazonas (26,6%) e Santa Catarina (26,1%).
Rio Grande do Sul (20,9%), Minas Gerais (19,1%), Paraná (17,9%) e São Paulo (17,6%) também registraram taxas positivas mais acentuadas do que a média nacional, enquanto Espírito Santo (11,3%), Pernambuco (8,0%), Rio de Janeiro (4,1%), Pará (1,7%) e Região Nordeste (0,4%) completaram o conjunto de locais com avanço na produção neste índice.
Por outro lado, Bahia (-15,0%) apontou o recuo mais elevado no índice acumulado dos seis primeiros meses do ano. Mato Grosso (-5,5%) e Goiás (-4,2%) também mostraram taxas negativas no indicador acumulado do período janeiro-junho de 2021.
Na comparação trimestral, o segundo trimestre de 2021 apontou a expansão mais intensa desde o início da série histórica nesse tipo de comparação contra igual período do ano anterior (22,6%). Houve ganho de ritmo verificado em 14 dos 15 locais pesquisados. Amazonas (de 0,3% para 70,2%), Ceará (de 5,7% para 62,4%), Espírito Santo (de -4,7% para 32,6%), Minas Gerais (de 8,9% para 29,3%), São Paulo (de 8,3% para 27,6%), Santa Catarina (de 17,5% para 36,4%), Rio de Janeiro (de -4,4% para 14,0%), Rio Grande do Sul (de 12,8% para 30,2%), Paraná (de 10,5% para 26,1%) e Região Nordeste (de -6,1% para 9,1%) assinalaram os ganhos mais acentuados entre os dois períodos.
O Pará (de 3,1% para 0,2%) mostrou a única perda. Vale destacar nesses resultados positivos elevados a influência da baixa base de comparação, uma vez que no segundo trimestre de 2020 o setor industrial mostrava perdas relevantes não só para o total nacional, mas também para a maior parte dos locais investigados.
O acumulado dos últimos 12 meses avançou 6,6% e 12 dos 15 locais pesquisados registraram taxas positivas e 12 apontaram maior dinamismo frente aos índices de maio. Espírito Santo (de -4,3% para 0,6%), Ceará (de 11,1% para 15,2%), Santa Catarina (de 12,0% para 15,0%), Amazonas (de 13,3% para 16,1%), Minas Gerais (de 8,6% para 11,1%), São Paulo (de 6,3% para 8,7%) e Rio Grande do Sul (de 9,7% para 12,0%) mostraram os principais ganhos entre maio e junho de 2021.
Mato Grosso (de -5,7% para -7,3%), Goiás (de -0,4% para -1,6%) e Pernambuco (de 9,4% para 9,0%) assinalaram as perdas entre os dois períodos.
| IBGE | | | | Neste vídeo, explicamos como a indústria brasileira mudou de perfil em 10 anos e qual é o impacto para o país
Uma pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) analisou o perfil da indústria brasileira entre os biênios de 2007/2008 e 2017/2018 e concluiu que o setor industrial se tornou mais concentrado em setores tradicionais e que áreas mais intensivas em tecnologia e inovação perderam espaço na nossa base.
Neste vídeo, explicamos direitinho os dados e os impactos dessa mudança no perfil industrial brasileiro.
| CNI | | | | O SINDIMETAL/PR divulga o Informativo de Crédito e Financiamento do Sistema FIEP. O informe traz as condições das principais linha de financiamento para aquisição de máquinas e equipamentos, ampliação de estrutura física e capital de giro ofertadas pelo BNDES para as micro e pequenas empresas.
| Sistema FIEP | | | | Mesmo que a empresa esteja com todas as contas em dia, o pedido pode ser negado. Conheça os principais fatores de restrição de crédito
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Ao se falar em restrição de crédito, logo pensamos em risco de inadimplência, porém a análise de crédito não leva apenas esse aspecto em consideração. Mesmo que a empresa esteja com todas as contas em dia, ainda pode ter uma solicitação de crédito negada.
Por isso, é necessário adotar políticas que façam da empresa uma boa pagadora, mas também que contemplem os fatores que o Núcleo de Acesso ao Crédito (NAC) vai explicar a seguir.
Restrição de crédito e sua relação com o risco
O risco de crédito consiste em admitir a possibilidade de perdas causadas pelo não cumprimento das obrigações assumidas pelo devedor ou de sua contraparte.
Apesar de ser a circunstância mais comum, o risco de crédito vai além, pois também contempla questões como:
- contrato de crédito desvalorizado;
- remunerações ou ganhos reduzidos;
- vantagens obtidas durante renegociações de dívidas;
- custos para a recuperação desse crédito.
Em casos de empresas que tenham filiais, todas as unidades devem seguir políticas, modelos, sistemas e procedimentos que permitam avaliar, decidir, mitigar e mensurar riscos. Além disso, essas políticas devem considerar todas as etapas do ciclo de crédito: pré-concessão, concessão, monitoramento, cobrança, recuperação e renovação.
Por isso que, em muitos contextos, a análise de crédito é realizada de forma tão minuciosa e a restrição de crédito se torna comum.
Não é apenas o histórico de pagamentos que é analisado na concessão de crédito. Existem outros fatores, conhecidos como "os Cs do crédito", que dão uma noção maior quanto à probabilidade de uma empresa quitar suas dívidas e honrar seus compromissos. São eles:
CARÁTER
Refere-se à reputação e idoneidade do negócio no mercado; como ele é visto por seus parceiros, entes públicos e sociedade em geral.
O caráter pode ser verificado pelas políticas internas adotadas pela empresa: com quais tipos de produtos trabalha, maneira que respeita as leis (tributárias, ambientais e trabalhistas) e como trata seus fornecedores, clientes e demais cidadãos.
CAPACIDADE
Essa análise ajuda a identificar se as atividades da empresa possuem condições para quitar suas dívidas, por meio da verificação de seu faturamento, fluxo de caixa, despesas e custos.
Os principais índices utilizados ao calcular a capacidade de pagamento são:
- liquidez corrente;
- liquidez seca;
- liquidez geral;
- dívidas/patrimônio líquido;
- dívidas/ativos.
Eles são analisados com a ajuda de questões como o ramo de atividade da empresa.
CAPITAL
A verificação do capital dá-se por meio da análise de índices financeiros específicos (lucratividade, liquidez, nível de endividamento, etc) e de informações sobre a composição do capital obtidas em relatórios e demonstrativos econômicos da empresa.
COLATERAL
Aqui, verifica-se a capacidade da empresa ou dos sócios disponibilizarem garantias para a quitação dos débitos.
As exigências quanto ao tipo dependerão do crédito que se busca e podem ser reais (a hipoteca e o penhor) ou fidejussórias (o aval e a fiança).
Elas são importantes, pois dão uma maior segurança em caso de inadimplência. Por meio da garantia, o credor tem como recorrer e não sair prejudicado.
CONDIÇÕES
Também é importante verificar a flexibilidade da empresa em se adaptar a situações emergenciais e a agilidade em desenvolver formas de se defender diante de ameaças.
Um exemplo desse tipo de adaptação ocorre quando a empresa é dependente de um único fornecedor e possui plano de ação para continuar suas atividades após finalização do contrato.
Além disso, a maneira como a empresa saiu de instabilidades anteriores serve de ilustração sobre sua desenvoltura nesses momentos.
COLETIVO
Busca investigar como outras entidades que pertencem ao grupo econômico do negócio o afetam. Temos situações em que empresas de um mesmo grupo são fornecedoras e clientes entre si por questões estratégicas. Havendo casualidades no mercado, pode haver prejuízo entre as partes e, consequentemente, afetar o cumprimento de pagamentos.
Ter crédito disponível faz toda diferença para que a empresa consiga superar crises e reduzir danos. Mas não somente isso: esse recurso também serve para manter a saúde do seu negócio e promover o desenvolvimento.
Ainda ficou com alguma dúvida? O NAC pode ajudar. Compartilhe as necessidades do seu negócio e receba o indicativo das linhas de crédito mais adequadas para a sua empresa.
| CNI | | | | A primeira edição virtual do programa Land-to-Launch aconteceu em julho. Seis empresas foram selecionadas para participar do programa de capacitação, tendo como foco hubs internacionais de inovação
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Fortalecer o ecossistema de inovação e ampliar a atuação de startups brasileiras em mercados globais foram os objetivos da primeira edição virtual do programa Land-to-Launch, dentro da parceria da Confederação Nacional da Indústria (CNI) com o SOSA – empresa global de inovação aberta.
Ao longo do mês de julho, representantes de seis startups brasileiras participaram do programa, ministrado em modo virtual direto de Nova Iorque, Londres, Tel Aviv e Abu Dhabi por representantes de empresas multinacionais, além de investidores e especialistas em inovação e tecnologia.
“Esse é um passo importante na direção de processos colaborativos, com foco em inovação aberta. Essa iniciativa permite apresentar a startups brasileiras o que há de mais moderno em inovação e tecnologia no mundo e estimular a inserção dessas empresas de base tecnológica no mercado global”, destaca a diretora de Inovação da CNI, Gianna Sagazio.
O programa Land-to-Launch proporcionou uma imersão das startups participantes em ecossistemas que são referência em inovação, equipando-as com as ferramentas necessárias para expandir seus negócios. Durante as reuniões coletivas, individuais e workshops, as empresas puderam trocar experiências, além de fazer novas conexões estratégicas. Além disso, o programa contempla oportunidades de negócios, vendas e parcerias, consultoria jurídica, marketing e pitching, construção do time e fundraising.
Com base nesses tópicos e no nível de maturidade da startup, o programa será adaptado para atender a necessidades específicas e acelerar os negócios.
Nesta edição participaram: Altave, Decript, I.Systems, Naiad Drug Design, Stattus4 e Vyro Biotherapeutics. As empresas escolhidas desenvolvem tecnologias inovadoras nas áreas de cidades inteligentes, Indústria 4.0, segurança cibernética, biotecnologia, segurança e defesa. As startups foram indicadas pelo Fundo Pitanga e pela Baita Aceleradora.
Para o CFO da Altave, Raphael Galate, especializada em monitoramento inteligente para grandes áreas, o Land-to-Launch é o caminho para o crescimento das startups brasileiras. Ele ressalta que ainda há uma carência de conhecimentos básicos e que o programa preenche essa lacuna, oferecendo orientação de especialistas que contribuem para o crescimento das empresas brasileiras.
“O entendimento de novos conceitos proporcionou uma melhoria no “pitch deck”, nas estratégias de vendas e na prospecção de novos investidores. Além de ter a visão de especialistas e investidores, foi possível aprender com eles as melhores formas de ingressar num mercado novo”, avaliou.
Internacionalização das startups brasileiras
A inovação aberta já é realidade há duas décadas em países mais inovadores, como Estados Unidos, Israel e Alemanha, onde grande parte das universidades mantém departamentos dedicados a colaboração com empresas e transferência de tecnologia. No Brasil, a inovação aberta não é mais novidade no mercado, mas os casos de parcerias para inovações em processos e produtos ainda são tímidos, com mais frequência em grandes empresas.
Promover a internacionalização das startups brasileiras é um dos propósitos do Land-to-Launch. Para Hugo Cabrera, CEO da Vyro Biotechnology, a realização do programa proporcionou tirar as startups da zona de conforto e servir de vitrine a mercados globalmente competitivos. “A inovação de alto impacto tem demanda no Brasil e no mundo inteiro. A troca de experiências foi muito enriquecedora e esclarecedora para refinar nosso plano de internacionalização. Isso tem que acontecer de forma bem planejada na hora certa”, destacou.
De olho em novos espaços de atuação, Marília Lara, CEO da Stattus4 – empresa de tecnologia engajada na construção de Cidades Inteligentes e Sustentabilidade –, participou do programa e reforçou a importância em sair um pouco da rotina de trabalho para pensar em novos desafios estratégicos.
“Essa foi uma oportunidade de conectar com pessoas e empresas de diferentes locais e termos insights dos próximos passos em busca de nossa internacionalização. Estamos de portas abertas com o SOSA e a CNI, para que quando efetivamente formos internacionalizar nossos produtos possamos contar com o apoio deles para os próximos passos”.
Ecossistemas tecnológicos
O ecossistema tecnológico do Brasil está se expandindo a um ritmo nunca visto, com as startups do país arrecadando US$ 3,2 bilhões em financiamento nos primeiros cinco meses deste ano, o que representa 90% do financiamento em todo o ano de 2020. No esforço de ajudar a construir o cenário de recuperação pós-pandemia da América Latina, as empresas brasileiras estão aproveitando este ano para promover soluções inovadoras e expandir estrategicamente o alcance global em novos mercados.
A gerente de estratégia, Raiza Balbino, da I.Systems, startup especializada em inteligência artificial, ressalta que estratégias como essa ajudam a dar visibilidade aos desafios de internacionalização, além de encurtar caminhos para tornar as empresas mais eficientes, consequentemente, tornar o mundo mais eficiente também.
“A realização dessas oficinas, ao longo do mês, foi uma oportunidade de nos preparar e planejar para nosso objetivo de internacionalização nos próximos anos. Quando olhamos para os produtos e modelos de negócio da I.Systems, estamos falando de uma tecnologia de Inteligência Artificial (IA) que é consumida como um serviço capaz de resolver desafios de indústrias em qualquer parte do globo”.
Para o cofundador e diretor-geral da Naiad Drug Design, o Land-to-Launch foi um programa "one-of-a-kind" no Brasil. “A alta qualidade do material que foi apresentado, as diferentes visões de players internacionais e o networking possibilitado, certamente, são determinantes para startups de alta tecnologia no que diz respeito a entender especificidades do mercado e do ecossistema internacional de forma única. Com isso, esperamos um grande aumento de nossa rede de contatos, estruturação de novas parcerias e ganho de tempo em relação ao processo de internacionalização”.
| CNI | | | | Nomeação do diretor adjunto Jurídico da CNI, Cassio Augusto Borges, foi publicada nesta terça-feira. Ele terá mandato de dois anos no órgão responsável pelo acompanhamento da Lei Geral de Proteção de Dados
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O diretor adjunto Jurídico da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Cassio Augusto Borges, foi nomeado nesta terça-feira (10) para uma vaga de integrante do Conselho Nacional de Proteção de Dados Pessoais e da Privacidade (CNPD). Ele foi escolhido pelo presidente Jair Bolsonaro para ocupar uma das cadeiras do recém-criado órgão, vinculado à Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD). A nomeação foi publicada no Diário Oficial da União.
Cassio Borges havia sido indicado em maio para compor uma das listas tríplices para vaga de conselheiro, destinada a confederações sindicais representativas das categorias econômicas e do setor produtivo. No total, foram nomeados 13 integrantes para o CNPD, representando diferentes segmentos da sociedade, que se juntarão a outros 10 indicados por órgãos públicos, como Câmara dos Deputados, Senado e Conselho Nacional de Justiça (CNJ), totalizando 23 membros, titulares e suplentes, com mandato de dois anos, para formar a primeira composição do Conselho.
O CNPD terá como principal função propor diretrizes estratégicas e fornecer subsídios para aplicação da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), além de ser responsável por sugerir ações a serem realizadas pela ANPD, elaborar relatórios e estudos, realizar debates e audiências públicas, assim como disseminar o conhecimento sobre a proteção de dados no Brasil.
Cassio Borges integra a CNI desde 1997. Já exerceu as funções de advogado, gerente-executivo Jurídico, superintendente Jurídico e, atualmente, de diretor adjunto Jurídico. “A indústria brasileira tem muito a contribuir com a Autoridade Nacional de Proteção de Dados, principalmente neste momento em que o órgão está sendo estruturado para cumprir adequadamente todas as funções e desafios impostos pela LGPD”, afirma Borges.
Contribuição da indústria para a aplicação da LGPD
A CNI considera que o segmento industrial tem muito a contribuir com a formulação e o reconhecimento de normas setoriais para a aplicação da LGPD. A indústria responde por 21,6% do PIB do Brasil, por 20,2% do emprego formal do país (9,4 milhões de trabalhadores), por 70,8% das exportações de bens e serviços, por 67,4% da pesquisa no setor privado e por 34,2% dos tributos federais (exceto receitas previdenciárias, que equivalem a 28,7%). Além disso, a cada R$ 1,00 produzido na indústria, são gerados R$ 2,40 na economia brasileira.
Para Cassio Borges, a CNI poderá colaborar com o crescimento e o amadurecimento da ANPD, legitimando o seu agir institucional. “A indústria brasileira tem total capacidade para auxiliar na definição das diretrizes e dos subsídios que servirão de base para a construção de uma política nacional de proteção de dados pessoais”, destaca.
Confira aqui a publicação do Diário Oficial, com a lista com todos os nomeados para o CNPD
| CNI | | | | O Conselho, que é secretariado pela CNI, visa melhorar o ambiente de negócios para impulsionar comércio e investimentos entre as duas economia
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A presidência do Conselho Empresarial Brasil-Chile (Cebrachile) - criado em 2020 pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e pela Sociedade de Fomento Fabril (Sofofa) - está sob comando do diretor executivo de Relações Institucionais e Novos Mercados da Eurofarma, Walker Lahmann. Entre as prioridades da gestão segue a internalização do acordo de livre comércio firmado entre os dois países em 2018.
“A internalização do acordo é de extrema importância e servirá de estímulo para atualização dos demais acordos do Brasil na América do Sul”, pontua Walker.
Desde 1996 o país possui um acordo de livre comércio com o Chile. Celebrado por meio do Mercosul, o ACE 35 eliminou tarifas de importação para todos os produtos comercializados entre Brasil e Chile. Com o objetivo de aprofundar as relações bilaterais, em 2018, acordou-se uma ampliação.
“O novo texto define regras para a abertura de mercado para serviços e compras governamentais, por exemplo, e protege investimentos bilaterais”, completa o presidente do Cebrachile.
O acordo ampliado, no entanto, ainda precisa do aval do Congresso Nacional. Em junho de 2021, os deputados federais aprovaram o texto, que, agora, aguarda a análise dos senadores. Levantamento da CNI identificou que, quando entrar em vigor, o novo acordo abrirá aos empresários brasileiros um mercado estimado em US$ 11 bilhões por ano no Chile.
Na agenda bilateral, Walker lista ainda outras necessidades que estão no radar do setor:
- Atualizar acordo para evitar dupla tributação entre o Brasil e o Chile, alinhando ao modelo da OCDE, com redução do IRRF em operações transfronteiriças em remessas de recursos para pagamento de serviços e royalties e financiamentos bilaterais;
- Concluir o Plano de Trabalho Conjunto para negociação do Acordo Regional de Reconhecimento Mútuo de Operador Econômico Autorizado;
- Avançar na implementação da certificação de origem digital; e
- Restabelecer o sistema de solução de controvérsias da OMC, com celebração de novos acordos na MC12, como comércio eletrônico e facilitação de investimentos.
Comércio entre Brasil e Chile somou US$ 6,7 bilhões em 2020
Considerado um mercado estratégico para a indústria brasileira, o Chile é o segundo maior parceiro comercial do Brasil na América do Sul. Em 2020, a corrente de comércio entre as duas economias somou US$ 6,7 bilhões.
O Cebrachile é um mecanismo que reúne empresas, grupos empresariais e entidades representativas para articular a defesa de interesses do setor empresarial brasileiro, promovendo a interlocução entre as empresas brasileiras, o governo brasileiro e as instâncias governamentais chilenas.
Assumindo a presidência do Conselho, Walker Lahmann é graduado em medicina pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e especialista em oftalmologia. Ele possui ainda MBA em Marketing pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e pós-graduação pela Fundação Dom Cabral.
Profissionalmente, atuou em várias empresas farmacêuticas, principalmente nos setores de marketing, vendas, inovação e novos negócios. Além disso, se dedicou a entidades industriais e, hoje, é diretor executivo da Eurofarma.
| CNI | | | | Em junho de 2021, o comércio varejista nacional recuou 1,7% com relação a maio, na série com ajuste sazonal, após aumento de 2,7% em maio de 2021. A média móvel trimestral teve acréscimo de 1,2% no trimestre encerrado em junho.
Na série sem ajuste sazonal, o comércio varejista aumentou 6,3% em junho de 2021 ante junho de 2020, a quarta taxa positiva consecutiva. O acumulado no ano ficou em 6,7% e o acumulado em 12 meses foi de 5,9% em junho.
No comércio varejista ampliado, que inclui veículos, motos, partes e peças e de material de construção, o volume de vendas recuou 2,3% em relação a maio de 2021. A média móvel do trimestre encerrado em junho (1,6%) foi maior comparada à média móvel no trimestre encerrado em maio (0,7%). Frente a junho de 2020, houve alta de 11,5%. No ano, o varejo ampliado acumula alta de 12,3% e, em 12 meses, as vendas subiram 7,9%.
O volume de vendas no varejo, na passagem de maio para junho de 2021, tem sua primeira queda após dois meses de alta, sentida por cinco das oito atividades. No indicador interanual, todavia, por conta das quedas pronunciadas no período que marca o início da pandemia de Covid-19 no Brasil (de março a junho de 2020), o varejo apresentou ganho, sobretudo nas atividades mais afetadas, como de tecidos, vestuário e calçados e outros artigos de uso pessoal e doméstico, que voltam a registrar taxas de dois dígitos no campo positivo. Com isso, o patamar do varejo volta a se distanciar, em junho, do seu recorde histórico, obtido em outubro de 2020.
Em junho, cinco das oito atividades apresentaram queda na série com ajuste sazonal
Na série com ajuste sazonal, na passagem de maio para junho de 2021, entre os oito setores investigados pela Pesquisa Mensal do Comércio para o comércio varejista e os dez do comércio varejista ampliado, houve predominância de taxas negativas, atingindo cinco das oito atividades pesquisadas: Tecidos, vestuário e calçados (-3,6%), Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-3,5%), Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-2,6%), Combustíveis e lubrificantes (-1,2%), e Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,5%) apresentaram recuo.
Por outro lado, as atividades que tiveram crescimento no volume de vendas de maio para junho foram: Livros, jornais, revistas e papelaria (5,0%), Móveis e eletrodomésticos (1,6%) e Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (0,4%).
Considerando o comércio varejista ampliado, a atividade de Veículos, motos, partes e peças registrou variação de -0,2% entre maio e junho, enquanto Material de construção registrou crescimento de 1,9%, ambos, respectivamente, após aumento de 1,2% e 4,9% registrados no mês anterior.
O acumulado em 12 meses foi de 5,9% em junho, ante 5,4% em maio, sinalizando aceleração no ritmo das vendas.
Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, na série sem ajuste sazonal, a variação de 6,3%, teve seis taxas positivas das oito atividades pesquisadas: Tecidos, vestuário e calçados (61,8%), Outros artigos de uso pessoal e doméstico (22,6%), Livros, jornais, revistas e papelaria (17,1%), Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (13,1%), Combustíveis e lubrificantes (11,4%) e Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (3,3%).
Por outro lado, dois setores tiveram recuo no indicador interanual: Móveis e eletrodomésticos (-5,3%) e Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-3,0%).
Com o aumento de 11,5% frente a junho de 2020, o comércio varejista ampliado registrou 33,1% de alta para a atividade de Veículos e motos, partes e peças e 5,3% de crescimento para o setor de Material de construção.
O setor de Tecidos, vestuário e calçados registrou aumento de 61,8% em relação a junho de 2020, terceira taxa positiva nessa comparação. A atividade exerceu o maior impacto positivo na formação da taxa global do varejo. Com isso, o acumulado no ano passou de 26,3% até maio para 32,6% em junho. O acumulado nos últimos 12 meses, ao passar de queda de 3,9% em maio para aumento de 3,9% em junho, interrompe uma série de 16 taxas negativas para esse indicador.
O segmento de Outros artigos de uso pessoal e doméstico, que engloba lojas de departamentos, óticas, joalherias, artigos esportivos, brinquedos, etc, teve acréscimo de 22,6% em relação a junho de 2020, abaixo do resultado de maio (59,7%). O segmento exerceu a segunda maior contribuição positiva ao resultado geral do varejo (2,8 p.p. de 6,3% no total). O resultado do acumulado no ano, até junho (31,6%), comparado ao mês anterior (33,8%), mostrou perda de ritmo. O indicador acumulado em 12 meses registrou aumento de 20,7%, com ganho de 1,5 p.p. em relação ao resultado de maio (19,2%).
A atividade de Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria, apresentou aumento de 13,1% nas vendas frente a junho de 2020, registrando a décima terceira variação positiva consecutiva, na comparação com igual mês do ano anterior. O acumulado no ano atingiu 16,2%. No resultado acumulado nos últimos 12 meses, passou de 13,9% até maio, para 14,4% em junho.
Já o setor de Combustíveis e lubrificantes, com aumento de 11,4% em relação a junho de 2020, teve seu terceiro mês seguido de taxas positivas para o indicador interanual. A atividade mostra aceleração no ritmo de vendas ao passar de 2,5% até maio para 3,9% até junho, no acumulado do ano. No acumulado nos últimos 12 meses, houve diminuição da perda de ritmo, passando de -4,3% em maio para -2,1% em junho.
A atividade de Livros, jornais, revistas e papelaria subiu 17,1% frente a junho de 2020, terceira alta consecutiva para este indicador. O comportamento desta atividade vem sendo influenciado pela contínua substituição dos produtos impressos pelo meio eletrônico e redução de lojas físicas. O acumulado no ano, ao passar de -27,3% até maio para -22,8% até junho, indica diminuição na perda ritmo, mesmo movimento do acumulado nos últimos 12 meses, que passa de -31,1% até maio para -28,3% até junho.
O segmento de Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação aumentou 3,3% em relação a junho de 2020. No acumulado no ano, registrou alta de 6,4% ante 5,9% até maio. O acumulado nos últimos 12 meses (-3,1%) reduz ritmo de queda nas vendas em relação a maio (-4,1%).
O segmento de Móveis e eletrodomésticos recuou 5,3% em relação a junho de 2020, primeira taxa negativa depois de quatro meses no campo positivo. No acumulado no ano, passou de 15,1% até maio para 11,0% até junho. O acumulado nos últimos 12 meses foi de 16,3%, abaixo do acumulado até maio (18,9%).
O setor de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, com recuo de 3,0% frente a junho de 2020, registrou a quinta taxa negativa consecutiva nessa comparação, com diminuição de perda de ritmo em relação ao resultado de maio (-4,3%). O segmento foi o que mais contribuiu, no campo negativo, para o total do indicador, somando -1,5 p.p. ao indicador interanual do varejo. O acumulado no ano, até junho, foi o mesmo que o registrado até maio (-2,7%). No acumulado nos últimos 12 meses, ao registrar alta 0,8% em junho, mostrou diminuição na intensidade de crescimento em relação a maio (1,5%).
Considerando-se o comércio varejista ampliado, o setor de Veículos, motos, partes e peças ao registrar aumento de 33,1% em relação a junho de 2020, assinalou a quarta taxa seguida positiva, exercendo a maior contribuição positiva no resultado de no mês para o varejo ampliado. O indicador acumulado no ano até junho (27,5%), mostra ganho de ritmo, comparado ao mês de maio (26,4%). No acumulado nos últimos 12 meses, ao registrar até junho 8,3%, mostra crescimento no ritmo de vendas pelo segundo mês consecutivo.
Com aumento de 5,3% em relação a junho o segmento de Material de Construção contabiliza a décima terceira taxa positiva consecutiva, nessa comparação. Ainda assim, o indicador acumulado no ano até junho (21,5%) mostra diminuição no ritmo de vendas quando comparado a maio (25,6%). O acumulado nos últimos 12 meses, ao passar de 23,7% em maio para aumento 22,0% em junho, também sinaliza menor intensidade no campo positivo.
Resultados Semestrais
O primeiro semestre de 2021 do comércio varejista, na comparação com o primeiro semestre de 2020, teve aumento de 6,7%, segundo consecutivo – a mesma taxa do indicador acumulado no ano. A elevação na intensidade das vendas do comércio varejista na passagem do segundo semestre de 2020 para o primeiro semestre de 2021 foi observada em seis das oito atividades: Tecidos, vestuário e calçados (32,6%), Outros artigos de uso pessoal e doméstico (31,6%), Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (16,2%), Móveis e eletrodomésticos (11,0%), Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (5,9%) e Combustíveis e lubrificantes (3,9%).
As únicas atividades que tiveram resultados negativos na comparação com o mesmo período anterior foram: Livros, jornais, revistas e papelaria (-22,8%) e Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-2,7%).
No comércio varejista ampliado, foi observado crescimento em ambos os setores adicionais no semestre: Veículos, motos, partes e peças com 27,5% e Material de construção com 21,5%.
Vendas caem em 18 das 27 Unidades da Federação na comparação com maio
De maio de 2021 para junho de 2021, na série com ajuste sazonal, a taxa média nacional de vendas do comércio varejista recuou 1,7%, com predomínio de resultados negativos em 18 das 27 Unidades da Federação, com destaque para: Amapá (-16,7%), Rio Grande do Sul (-5,1%) e Mato Grosso do Sul (-4,0%). Por outro lado, no campo positivo, figuram nove das 27 Unidades da Federação, com destaque para: Ceará (2,5%), Espírito Santo (2,2%) e Pará (1,9%).
Para a mesma comparação, no comércio varejista ampliado, a variação negativa entre maio e junho (-2,3%), foi seguida por 15 das 27 Unidades da Federação, com destaque para: Amapá (-9,0%), Rio Grande do Sul (-4,8%) e Paraná (-3,3%). Por outro lado, registrando crescimento, figuram 12 das 27 Unidades da Federação, com destaque para: Piauí (3,2%), Sergipe (2,5%) e Rio Grande do Norte (-0,3%).
Frente a junho de 2020, a variação das vendas do comércio varejista nacional teve predomínio de resultados positivos em 23 das 27 Unidades da Federação, com destaque para: Amapá (29,1%), Piauí (21,4%) e Acre (19,0%). Por outro lado, pressionando negativamente, figuram quatro das 27 Unidades da Federação, com destaque para: Tocantins (-19,1%), Amazonas (-4,5%) e Mato Grosso (-1,5%).
Considerando o comércio varejista ampliado, no confronto com junho de 2020, a distribuição regional mostrou predomínio de resultados positivos em 25 das 27 Unidades da Federação, com destaque para: Piauí (33,6%), Pernambuco (29,6%) e Rondônia (26,0%). Por outro lado, pressionando negativamente, figuram duas das 27 Unidades da Federação: Tocantins (-2,6%) e Amazonas (-1,0%).
| IBGE | | | |
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