| 08 de juLho de 2022
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Fonte: BACEN
| | | | Informativo de Crédito do Sistema FIEP
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No documento estão as condições das principais linhas de financiamento para a indústria.
Dúvidas: nacpr@sistemafiep.org.br
| Núcleo de Acesso ao Crédito ( NAC) - Sistema Fiep | | | | A produção industrial cresceu em 11 dos 15 locais investigados pela Pesquisa Industrial Mensal (PIM Regional) em maio, quando o índice nacional avançou 0,3%. As maiores altas ocorreram no Amazonas (6,6%) e no Mato Grosso (4,6%), mas o principal destaque foi o Paraná, com alta de 3,5%. Ceará (3,2%), Goiás (3,2%), Espírito Santo (2,8%), Santa Catarina (1,6%) e Rio Grande do Sul (0,7%) também registraram avanços acima da média nacional (0,3%).
O Pará (-13,2%) teve o recuo mais elevado e Rio de Janeiro (-4,1%) e Pernambuco (-2,4%) completaram as taxas negativas. Os dados foram divulgados, hoje (8), pelo IBGE.
“Há um espalhamento de resultados positivos em maio. O Paraná é a maior influência positiva sobre o resultado nacional, após recuar 4,1% em abril. Com esse resultado o estado consegue quase eliminar a perda no mês anterior. O setor de alimentos foi o que mais influenciou o resultado do Paraná, seguido de máquinas e equipamentos, outro setor bastante importante na indústria do estado” explica o analista da pesquisa, Bernardo Almeida.
A segunda maior influência sobre o resultado nacional está na indústria do Amazonas com crescimento de 6,6%, o maior em termos absolutos. Essa alta elimina a perda de 0,1% observada em abril. Os destaques foram a indústria de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos e o setor de bebidas, que influenciaram o crescimento da produção industrial amazonense.
A terceira maior influência veio de São Paulo, com variação positiva de 0,3%, em linha com o índice nacional. Almeida explica que o crescimento tímido teve como influência positiva os setores de veículos automotores e de máquinas e equipamentos. “Esse índice não suprime a perda sofrida no mês anterior de 3,6%. Com esse resultado de 0,3% na passagem de abril para maio, São Paulo continua 1,9% abaixo de seu patamar pré-pandemia e 23,4% abaixo em relação ao patamar mais alto da série histórica, em março de 2011”, destaca o analista da pesquisa.
“Na ponta negativa, podemos destacar o Pará como principal influência e a maior queda (13,2%), que se dá pelo baixo desempenho do setor extrativo, uma vez que a indústria do Pará é pouco diversificada e o setor concentra a maior parte da atividade industrial do estado. Esse é o resultado negativo mais intenso para o estado desde março de 2020, quando atingiu a taxa de -16,0%”, analisa Almeida.
Com índice de 0,4% na média móvel trimestral, em termos regionais houve taxas positivas em 11 dos 15 locais pesquisados. Os destaques foram Amazonas (2,3%), Ceará (1,9%), Rio de Janeiro (1,3%), Bahia (1,2%), Mato Grosso (1,2%), Região Nordeste (1,1%) e Goiás (0,8%). Por outro lado, Pará (-4,7%) registrou a principal perda.
No acumulado do ano, houve queda em dez dos 15 locais pesquisados, com destaque para Pará (-11,9%), Santa Catarina (-6,6%) e Ceará (-6,2%).
Já o acumulado dos últimos 12 meses recuou em nove dos 15 dos quinze locais pesquisados. Amazonas (de 1,5% para -1,8%), Ceará (de -3,7% para -6,5%), Minas Gerais (de 4,7% para 2,0%), Espírito Santo (de 4,0% para 1,3%), Santa Catarina (de 0,1% para -2,3%), São Paulo (de -0,8% para -3,0%), Pará (de -7,6% para -9,3%) e Rio Grande do Sul (de 2,1% para 0,4%) mostraram as principais perdas entre abril e maio de 2022, enquanto Bahia (de -7,0% para -3,9%) e Mato Grosso (de 8,5% para 10,6%) assinalaram os maiores ganhos entre os dois períodos.
Mais sobre a pesquisa
A PIM Regional produz, desde a década de 1970, indicadores de curto prazo relativos ao comportamento do produto real das indústrias extrativa e de transformação. Traz, mensalmente, índices para 14 unidades da federação cuja participação é de, no mínimo, 1% no total do valor da transformação industrial nacional e, também para o Nordeste como um todo: Amazonas, Pará, Ceará, Pernambuco, Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Goiás e Região Nordeste.
| IBGE | | | | Maio foi um mês positivo para a produção industrial do Paraná. Dados divulgados esta manhã (8/7), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontam que o crescimento em relação a abril foi de 3,5%, resultado superior ao dos outros cinco estados mais industrializados do país (SP, RJ, MG, RS e SC) e também acima da média nacional, que registrou ligeira alta de 0,3%. A recuperação em maio contribuiu para diminuir a trajetória de queda que vem ocorrendo no acumulado deste ano, atualmente em -2,6%. Até o mês passado, este mesmo indicador era de uma retração de 3,7%. E na variação mensal (contra março), a produção da indústria havia encolhido 4,1%. Na comparação com maio de 2021, o setor registra crescimento de 1,5% no estado, assim como nos últimos 12 meses, com alta de 0,6%.
Para o economista da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), Evânio Felippe, o resultado de maio contribuiu para que a trajetória de queda no ano fosse reduzida. “Foi o maior crescimento do ano na indústria do Paraná até agora. Uma das explicações é a injeção de recursos do saque extraordinário do FGTS, liberado pelo Governo Federal, que estimulou o consumo das famílias, impactando os setores de comércio e serviços e, consequentemente, demandando mais produtos da indústria”, explica. “Outro fator foi a antecipação do pagamento do 13º salário de pensionistas e aposentados, em maio e junho. Juntas, essas políticas injetaram R$ 87 bilhões na economia brasileira, estimulando o consumo e tracionando setores que estavam performando com certa dificuldade”, complementa.
Até abril, tanto comércio quanto serviços apresentavam resultados negativos em seu desempenho. “Uma das causas é que mesmo com uma certa melhora na empregabilidade, a renda média do trabalhador caiu 10% no Brasil este ano. Isso influencia na atividade de consumo e as pessoas passam a priorizar a compra do essencial, adiando a aquisição de bens e produtos não essenciais”, avalia o economista da Fiep.
Atividades industriais
Um exemplo é o setor de alimentos, que representa de 30 a 32% do PIB industrial do Paraná. Na comparação com maio de 2021, este segmento cresceu 2,3%. Dos 13 segmentos analisados no Paraná pelo IBGE, cinco apresentam queda nesta avaliação com o mesmo mês do ano passado. O mais afetado é o setor automotivo, que fabrica produtos de maior valor agregado e, portanto, mais caros. A redução chegou a 22%. Em seguida aparecem madeira (-13%), minerais não-metálicos (-3,2%), móveis (-2,8%) e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-2%).
De janeiro a maio, apenas quatro atividades estão crescendo. É o caso de bebidas (28%), celulose e papel (2,9%), máquinas e equipamentos (2,6%) e produtos químicos (1%). Os mais prejudicados são móveis (-18,6%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-18,1%), madeira (-9,4%) e automotivo (-7%) “Há tempos a indústria vem sofrendo com pressão sobre os custos de produção. Além de insumos importados que estão mais caros no mercado internacional, questões como energia e combustíveis têm pesado na conta dos empresários, que não estão conseguindo segurar os custos e acabam repassando este aumento ao consumidor final. Isso gera uma redução nas vendas e na produção porque o consumidor prioriza o essencial e aguarda um período mais favorável para adquirir os produtos em que pode adiar a compra”, sugere Felippe.
A guerra na Ucrânia, os lockdowns para conter a covid-19 na China, que interromperam o fornecimento de insumos para o mundo todo, as dificuldades econômicas na Europa e Estados Unidos, são outros elementos que afetam os custos de insumos e matérias-primas no mundo inteiro, incluindo o Brasil e o Paraná. Somado a um período de eleições polarizadas no Brasil, este cenário pode afetar a política cambial do país, com elevação do dólar frente ao real. O economista da Fiep avalia que a moeda americana mais valorizada tende a pressionar ainda mais os custos de produção na indústria. Somada à previsão de manutenção das taxas de juros da economia elevadas, a atividade de consumo é penalizada, impactando no desempenho geral da economia brasileira. “É preciso aguardar como o setor vai se comportar frente a tantos desafios, mesmo com o segundo semestre sendo um período tradicionalmente de maior demanda para a indústria”, conclui.
| Agência Sistema Fiep | | | | Com o avanço de 0,3% na indústria nacional em maio, na série com ajuste sazonal, 11 dos 15 locais pesquisados pelo IBGE apresentaram taxas positivas. As maiores altas foram no Amazonas (6,6%) e no Mato Grosso (4,6%. Paraná (3,5%), Ceará (3,2%), Goiás (3,2%), Espírito Santo (2,8%), Santa Catarina (1,6%) e Rio Grande do Sul (0,7%) também registraram avanços acima da média nacional (0,3%).
Bahia (0,3%), São Paulo (0,3%) e Minas Gerais (0,1%) completaram o conjunto de índices positivos. O recuo mais acentuado foi no Pará (-13,2%), com Rio de Janeiro (-4,1%) e Pernambuco (-2,4%) a seguir. O Nordeste repetiu a variação nula (0,0%) de abril.
A média móvel trimestral (0,4%) ficou positiva em 11 dos 15 locais, liderados por Amazonas (2,3%), Ceará (1,9%) e Rio de Janeiro (1,3%). A menor média foi do Pará (-4,7%).
No acumulado do ano, houve queda em dez dos 15 locais pesquisados, com destaque para Pará (-11,9%), Santa Catarina (-6,6%) e Ceará (-6,2%). Já o acumulado dos últimos 12 meses recuou em nove dos 15 dos quinze locais pesquisados.
Veja a tabela acessando o site do IBGE
Na variação de 0,3% na atividade industrial em maio, na série com ajuste sazonal, 11 dos 15 locais pesquisados mostraram taxas positivas. Amazonas (6,6%) e Mato Grosso (4,6%) assinalaram as expansões mais acentuadas, com ambos eliminando as perdas observadas em abril último: -0,1% e -3,7%, respectivamente. Paraná (3,5%), Ceará (3,2%), Goiás (3,2%), Espírito Santo (2,8%), Santa Catarina (1,6%) e Rio Grande do Sul (0,7%) também registraram avanços mais intensos do que a média nacional (0,3%), enquanto Bahia (0,3%), São Paulo (0,3%) e Minas Gerais (0,1%) completaram o conjunto de locais com índices positivos.
Por outro lado, Pará (-13,2%) apontou o recuo mais acentuado nesse mês e eliminou o crescimento de 1,3% verificado em abril último. Rio de Janeiro (-4,1%) e Pernambuco (-2,4%) assinalaram as demais taxas negativas em maio de 2022, enquanto a Região Nordeste, ao mostrar variação nula (0,0%), repetiu o patamar do mês anterior
O índice de média móvel trimestral para a indústria teve acréscimo de 0,4% no trimestre encerrado em maio frente ao nível do mês anterior e manteve a trajetória predominantemente ascendente iniciada em novembro de 2021. Onze dos quinze locais pesquisados tiveram taxas positivas, com destaque para Amazonas (2,3%), Ceará (1,9%), Rio de Janeiro (1,3%), Bahia (1,2%), Mato Grosso (1,2%), Região Nordeste (1,1%) e Goiás (0,8%). Por outro lado, Pará (-4,7%) registrou a principal magnitude de perda em maio de 2022.
Na comparação com maio de 2021, a indústria nacional teve acréscimo de 0,5% em maio de 2022, com nove dos quinze locais pesquisados apontando resultados positivos. Vale citar que maio de 2022 (22 dias) teve um dia útil a mais do que igual mês do ano anterior (21). Bahia (26,0%) e Mato Grosso (22,8%) tiveram os avanços de dois dígitos e os mais intensos, impulsionados, principalmente, pelas atividades de coque, derivados do petróleo e biocombustíveis (óleo diesel, óleos combustíveis, gasolina automotiva, naftas para petroquímica, parafina e gás liquefeito de petróleo), na Bahia; e de produtos alimentícios, coque, derivados do petróleo e biocombustíveis (álcool etílico) e bebidas, em Mato Grosso.
Amazonas (9,1%), Região Nordeste (8,4%), Ceará (5,3%), Rio Grande do Sul (4,2%), Rio de Janeiro (3,0%), Goiás (2,9%) e Paraná (1,5%) completaram o conjunto de locais com índices positivos nesse mês.
Por outro lado, Pará (-18,3%) apontou o recuo mais elevado, pressionado pelo comportamento negativo das indústrias extrativas. Pernambuco (-4,6%), Minas Gerais (-2,6%), Espírito Santo (-2,4%), São Paulo (-1,0%) e Santa Catarina (-0,1%) mostraram os demais resultados negativos nesse mês.
No acumulado no ano, frente a igual período do ano anterior, a redução na produção nacional alcançou dez dos 15 locais pesquisados, com destaque para Pará (-11,9%), Santa Catarina (-6,6%) e Ceará (-6,2%). Pará foi afetado pelos das indústrias extrativas e do setor de metalurgia. Santa Catarina foi pressionada por produtos têxteis, máquinas, aparelhos e materiais elétricos, máquinas e equipamentos e produtos de borracha e de material plástico.
O Ceará teve o desempenho influenciado pelo setor de confecção de artigos do vestuário e acessórios, produtos alimentícios e máquinas, aparelhos e materiais elétricos. Pernambuco (-5,3%) e São Paulo (-3,5%) registraram taxas negativas mais acentuadas do que a média nacional (-2,6%), enquanto Paraná (-2,6%), Minas Gerais (-2,2%), Espírito Santo (-1,0%), Rio de Grande do Sul (-0,3%) e Região Nordeste (-0,2%) completaram o conjunto de locais com recuo na produção no índice acumulado no ano.
Por outro lado, Mato Grosso (23,3%) teve o avanço mais elevado impulsionado pelo comportamento positivo vindo dos setores de produtos alimentícios e de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis. Bahia (8,9%), Rio de Janeiro (5,2%), Amazonas (2,1%) e Goiás (0,9%) mostraram as demais taxas positivas.
O acumulado dos últimos 12 meses, ao recuar 1,9% em maio de 2022, manteve a trajetória descendente iniciada em agosto de 2021 (7,2%). Em termos regionais, nove dos quinze locais pesquisados registraram taxas negativas em maio de 2022 e onze apontaram menor dinamismo frente aos índices de abril último. Amazonas (de 1,5% para -1,8%), Ceará (de -3,7% para -6,5%), Minas Gerais (de 4,7% para 2,0%), Espírito Santo (de 4,0% para 1,3%), Santa Catarina (de 0,1% para -2,3%), São Paulo (de -0,8% para -3,0%), Pará (de -7,6% para -9,3%) e Rio Grande do Sul (de 2,1% para 0,4%) mostraram as principais perdas entre abril e maio de 2022, enquanto Bahia (de -7,0% para -3,9%) e Mato Grosso (de 8,5% para 10,6%) assinalaram os maiores ganhos entre os dois períodos.
| IBGE | | | | Deputado destaca que houve uma substancial elevação das taxas básicas de juros após a instituição do programa, em maio de 2020
A Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços da Câmara dos Deputados aprovou projeto que estabelece que a União promoverá a renegociação dos empréstimos contratados por empresas até outubro de 2021 no âmbito do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe).
Conforme o Projeto de Lei 4415/21, os créditos concedidos terão prazo de pagamento estendido em até 48 meses, a critério do tomador, e taxa de juros anual máxima de 6% ao ano, a ser aplicada sobre o saldo devedor apurado pela instituição financeira quando da renegociação.
O texto aprovado é de autoria do deputado Efraim Filho (União-PB) e altera a lei que criou o programa de crédito (13.999/20).
Juros
Efraim Filho alega que a elevação recente da taxa de juros oficial da economia (Selic) afetou as empresas de pequeno porte, que perderam vendas. O relator do projeto, deputado Josivaldo JP (PSD-MA), concordou o argumento.
“De fato, houve uma substancial elevação das taxas básicas de juros após a instituição do Pronampe, ocorrida em maio de 2020. Àquela época a meta estipulada para a taxa Selic era de 3% ao ano, sendo que, em junho deste ano essa taxa passou a ser de 12,75% ao ano”, disse Josivaldo Jp.
Iniciativa do Congresso Nacional, o Pronampe é uma linha de crédito subsidiada para microempresas e empresas de pequeno porte. As operações podem ser utilizadas para investimento e capital de giro.
Tramitação
O projeto tramita em caráter conclusivo e ainda será analisado pelas comissões de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ).
| Câmara dos Deputados | | | | PLN 17/2022 desobriga o governo de fazer repasses do FNDCT, principal fundo de financiamento à ciência, tecnologia e inovação. Proposta foi aprovada por comissão mista e segue para votação em plenário
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) considera a aprovação do PLN 17/2022 pela Comissão Mista de Orçamento um enorme risco para a pesquisa e inovação no Brasil. De autoria do governo, o projeto altera procedimentos sobre recursos para o Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), principal fonte de financiamento à inovação do país. O PLN foi aprovado nesta quarta-feira (6) e segue para o plenário do Congresso Nacional, com possibilidade de votação nos próximos dias.
A CNI alerta para os danos que o projeto, se aprovado pelo Congresso Nacional, causará para a ciência, tecnologia e inovação do país, uma vez que desobriga o governo de fazer o repasse de recursos reembolsáveis e não reembolsáveis do FNDCT. Na prática, isso significa que não haverá liberação de orçamento para projetos de pesquisa e desenvolvimento (P&D) importantes para o país.
Apesar de a Lei Complementar 177/2021 proibir o contingenciamento de valores do fundo, os recursos vêm sendo constantemente bloqueados pelo poder público. Para o orçamento de 2022, o governo já havia travado R$ 2,5 bilhões dos R$ 4,5 bilhões de recursos não reembolsáveis do FNDCT.
O presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, destaca que, além de bloquear mais uma vez os recursos para o Brasil investir em pesquisa e inovação, o projeto tem o efeito de inviabilizar a LC 177/2021, que, na avaliação dele, foi uma conquista do meio científico e empresarial por proibir o contingenciamento do FNDCT.
“Esse projeto coloca em risco a destinação de recursos para a ciência não só em 2022, como para os próximos anos. Investir em inovação não é uma opção, é obrigação para os países desenvolverem suas economias e serem competitivos. Com medidas como esta, o Brasil está indo na contramão do mundo”, enfatiza Robson Andrade.
“Faremos o que estiver ao nosso alcance para tentar reverter o bloqueio dos recursos do FNDCT e mostrar à sociedade brasileira a incoerência dos cortes em um fundo que é crucial para promover o desenvolvimento tecnológico e o crescimento econômico e social do país”, acrescenta o presidente da CNI.
Projetos que ficarão sem recursos
Alguns exemplos de iniciativas que ficarão sem recursos para execução são: o apoio ao desenvolvimento de defensivos agrícolas sustentáveis e fertilizantes inovadores, o que se comprovou estratégico diante das restrições decorrentes dos conflitos internacionais; a realização dos ensaios clínicos de fase III de vacinas contra o SARS-CoV-2 desenvolvidas no Brasil; ampliação da oferta de água com qualidade para os habitantes do semiárido brasileiro, que ainda hoje são abastecidos, em sua maioria, por carros-pipa, uma operação onerosa e de difícil alcance para toda a população; desenvolvimento de tecnologias para produção de combustíveis sustentáveis, algo também crítico para o comércio exterior brasileiro diante das barreiras que vão se impor aos países que não cumprirem as metas de redução da emissão de carbono.
A lista segue ainda com a suspensão de recursos para centenas de outros projetos em saúde, agropecuária, mineração, cidades inteligentes e centros de inovação, que vão ser interrompidos ou que poderão não sair do papel.
| CNI | | | |
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