| 05 de outubro de 2021
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Em 05/10/2021
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| | | | | Saldo acumulado de vagas de trabalho pelas micro e pequenas empresas, em 2021, é de 1,5 milhão
As micro e pequenas empresas continuam sendo as grandes responsáveis pela geração de empregos no Brasil. De acordo com levantamento feito pelo Sebrae, com base nos dados do Caged, do Ministério da Economia, das 372, 2 mil novas vagas de trabalho criadas, em agosto, os pequenos negócios foram responsáveis por 265,1 mil, o que corresponde a cerca de sete em cada dez novos postos de trabalho abertos no Brasil, nesse período.
O setor de Serviços, um dos mais impactados pela pandemia do coronavírus, foi o responsável por cerca de 46% das vagas de empregos dos pequenos negócios, contratando 119,3 mil trabalhadores, quase o dobro das contratações feitas pelas médias e grandes empresas de Setor que, em agosto, abriram 60,8 mil novos postos de trabalho. Na sequência, aparecem o setor do Comércio com 69,8 mil, Indústria da Transformação (40,6 mil), Construção (30,7 mil) e Agropecuária (2,5 mil), sendo que apenas neste o último o número de novas vagas foi inferior ao das médias e pequenas que abriram 6,7 mil.
De acordo com o presidente do Sebrae, esse é o oitavo mês consecutivo, tantos para os pequenos negócios quanto para as médias e grandes empresas e a Administração Pública, em que houve um saldo positivo. “Todos abriram vagas, mas precisamos destacar que o maior número de empregos gerados pelas micro e pequenas empresas demonstram a sua importância para a economia do país e reforçam a tendência de que elas vitais para a recuperação da nossa economia”, pontua o presidente do Sebrae, Carlos Melles.
No acumulado do ano, as micro e pequenas empresas figuram com aproximadamente 70% dos postos de trabalho gerados no país. Dos 2,2 milhões de vagas criada nos oito primeiros meses de 2021, mais de 1,5 milhão são dos pequenos negócios, contra 507 mil das médias e grandes empresas. Quando comparado com o mesmo período do ano passado, os dados do Caged revelam uma recuperação da economia e da criação de empregos no Brasil.
Entre janeiro e agosto de 2020, o saldo de empregos gerados pelos pequenos negócios havia sido negativo, com o encerramento de 524,3 mil vagas e as médias e grandes haviam fechado um pouco mais de 466 mil empregos. “Os pequenos negócios são os primeiros a sentir os efeitos de uma grande crise, mas também são os primeiros a conseguir se recuperar, inclusive pela sua estrutura mais enxuta. É por isso que é tão importante a criação e manutenção de políticas públicas que incentivem esse segmento”, observa Melles.
| Agência Sebrae de Notícias | | | | Indicadores de agosto mostram faturamento e horas em queda
Em agosto de 2021, o faturamento da indústria de transformação e as horas trabalhadas na produção mantiveram suas trajetórias de queda. A inflação tem corroído a renda dos trabalhadores e o rendimento médio real também apresenta tendência de queda em 2021. Na contramão desses indicadores, o emprego vem crescendo e a utilização da capacidade instalada permanece elevada.
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| CNI | | | | Em agosto de 2021, a produção industrial nacional caiu 0,7% frente a julho, na série com ajuste sazonal, terceiro resultado negativo consecutivo, acumulando nesse período perda de 2,3%. Já em relação a agosto de 2020, houve queda de 0,7%, interrompendo os onze meses de taxas positivas consecutivas nessa comparação. No ano, a indústria acumula alta de 9,2% e, em doze meses, de 7,2%, intensificando o crescimento de julho (7,0%) e mantendo trajetória ascendente desde agosto de 2020 (-5,7%).
O recuo de 0,7% da atividade industrial, frente ao mês anterior, teve perfil disseminado de taxas negativas, alcançando três das quatro das grandes categorias econômicas e 15 dos 26 ramos pesquisados.
Entre as atividades, as influências negativas mais importantes vieram de outros produtos químicos (-6,4%), intensificando os recuos de julho (-1,8%) e junho (-1,0%); coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-2,6%), interrompendo três meses de taxas positivas consecutivas, período em que acumulou alta de 9,8%; veículos automotores, reboques e carrocerias (-3,1%), marcando o quarto mês seguido de queda na produção e acumulando nesse período perda de 9,5%; e produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-9,3%), eliminando parte do avanço de 12,4% verificado no período maio-julho de 202.
Outras contribuições negativas importantes vieram de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-4,2%), de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-2,0%), de produtos de borracha e de material plástico (-1,1%), de confecção de artigos do vestuário e acessórios (-1,6%) e de celulose, papel e produtos de papel (-0,8%).
Por outro lado, entre as onze atividades em alta, produtos alimentícios (2,1%), bebidas (7,6%) e indústrias extrativas (1,3%) exerceram os principais impactos positivos em agosto de 2021. Vale destacar também os resultados positivos assinalados pelos ramos de metalurgia (1,1%), de produtos de madeira (3,0%) e de produtos têxteis (2,1%).
Entre as grandes categorias econômicas, ainda em relação a julho, bens de consumo duráveis recuaram 3,4%, oitavo mês seguido de redução, acumulando queda de 25,5%. Os segmentos de bens de capital (-0,8%) e de bens intermediários (-0,6%) também recuaram, com o primeiro interrompendo quatro meses seguidos de resultados positivos, período em que acumulou alta de 6,2%; e o segundo com a quinta taxa negativa consecutiva e recuando 3,9% nesse período. Por outro lado, o setor de bens de consumo semi e não-duráveis (0,7%) apontou a única taxa positiva, intensificando, assim, o avanço de 0,5% verificado em julho.
Média móvel trimestral cai 0,8% no trimestre encerrado em agosto
Ainda na série com ajuste sazonal, a média móvel trimestral da indústria caiu 0,8% no trimestre encerrado em agosto de 2021 frente ao nível do mês anterior e manteve a trajetória descendente iniciada em janeiro de 2021.
Entre as grandes categorias econômicas, ainda em relação a julho, bens de consumo duráveis caiu 2,5%, permanecendo com a trajetória descendente iniciada em dezembro de 2020. Os segmentos de bens intermediários (-0,6%) e de bens de consumo semi e não-duráveis (-0,2%) também tiveram resultados negativos, com o primeiro marcando o sexto mês seguido de queda e acumulando redução de 3,3%; e o segundo interrompendo dois meses seguidos de expansão, período em que acumulou crescimento de 1,4%. Por outro lado, o setor produtor de bens de capital (0,5%) teve a única taxa positiva em agosto de 2021, após também avançar em julho (1,0%) e junho (1,7%).
Frente a agosto de 2020, a indústria recua 0,7%
Na comparação com agosto de 2020, a indústria recuou 0,7%, com resultados negativos em três das quatro grandes categorias econômicas, 14 dos 26 ramos, 37 dos 79 grupos e 46,0% dos 805 produtos pesquisados. Vale citar que agosto de 2021 (22 dias) teve um dia útil a mais do que igual mês do ano anterior (21).
Entre as atividades, as principais influências negativas vieram de produtos alimentícios (-7,4%) e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-5,2%). Outras contribuições negativas vieram de produtos de borracha e de material plástico (-6,6%), de bebidas (-6,4%), de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-10,1%), de outros produtos químicos (-3,4%), de indústrias extrativas (-1,6%), de produtos do fumo (-23,3%), de móveis (-12,9%) e de produtos de metal (-3,4%).
Por outro lado, entre as 12 atividades em alta, máquinas e equipamentos (23,7%) e metalurgia (20,0%) exerceram as maiores influências. Outros impactos positivos importantes foram assinalados pelos ramos de veículos automotores, reboques e carrocerias (3,6%), de produtos de minerais não-metálicos (5,6%), de confecção de artigos do vestuário e acessórios (8,5%), de impressão e reprodução de gravações (39,1%), de couro, artigos para viagem e calçados (8,5%), de produtos de madeira (9,8%) e de outros equipamentos de transporte (13,7%).
Entre as grandes categorias econômicas, frente a agosto de 2020, a maior queda foi em bens de consumo duráveis (-17,3%). Os setores produtores de bens intermediários (-2,1%) e de bens de consumo semi e não-duráveis (-0,8%) também mostraram resultados negativos, com ambos apontando recuos mais intensos do que o observado na média da indústria (-0,7%). Por outro lado, o segmento de bens de capital, com avanço de 29,9%, registrou a única taxa positiva.
O setor de bens de consumo duráveis recuou 17,3% frente ao mesmo mês do ano anterior, intensificando a queda de 9,6% de julho, quando interrompeu quatro meses de taxas positivas consecutivas. O setor foi pressionado pela redução na fabricação de automóveis (-27,8%) e de eletrodomésticos da “linha marrom” (-29,1%). Vale citar também os recuos registrados pelos eletrodomésticos da “linha branca” (-11,9%) e pelo grupamento de móveis (-13,1%). Por outro lado, os principais impactos positivos vieram da maior fabricação de motocicletas (23,2%) e de outros eletrodomésticos (6,6%).
A produção de bens intermediários caiu 2,1%, interrompendo treze meses de taxas positivas consecutivas nesta comparação. O resultado de agosto foi explicado, principalmente, pelos recuos nas atividades de produtos alimentícios (-12,2%), de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-9,5%), de produtos de borracha e de material plástico (-5,8%), de outros produtos químicos (-3,4%), de indústrias extrativas (-1,6%), de celulose, papel e produtos de papel (-3,3%) e de produtos de metal (-1,4%).
Já as pressões positivas foram registradas por metalurgia (20,0%), produtos de minerais não-metálicos (5,8%), máquinas e equipamentos (10,9%), produtos têxteis (2,6%) e veículos automotores, reboques e carrocerias (0,4%). Ainda nessa categoria econômica, vale citar também os resultados dos grupamentos de insumos típicos para construção civil (1,4%), com a décima quarta taxa positiva consecutiva, mas a menos intensa dessa sequência; e de embalagens (-2,2%), terceiro recuo seguido na produção.
O segmento de bens de consumo semi e não-duráveis caiu 0,8% em agosto de 2021, após também recuar em julho (-1,9%), quando interrompeu quatro meses de taxas positivas consecutivas. O desempenho negativo nesse mês foi explicado, principalmente, pela redução no grupamento de alimentos e bebidas elaborados para consumo doméstico (-3,4%). Destaca-se também o resultado negativo do grupamento de semiduráveis (-0,7%). Por outro lado, os subsetores de carburantes (4,8%) e de não-duráveis (0,7%) tiveram as taxas positivas.
O setor de bens de capital avançou 29,9% em agosto de 2021 frente a igual período de 2020, décima segunda taxa positiva consecutiva. Houve altas na maior parte dos grupamentos, com destaque para bens de capital para equipamentos de transporte (40,0%). As demais taxas positivas foram registradas pelos grupamentos de bens de capital agrícolas (43,9%), para construção (67,7%), para fins industriais (5,3%) e de uso misto (14,7%). Por outro lado, o único impacto negativo foi no subsetor de bens de capital para energia elétrica (-1,8%).
No acumulado do ano, todas as grandes categorias registram altas
O acumulado no ano, frente a igual período de 2020, chegou a 9,2%, com resultados positivos nas 4 grandes categorias econômicas, 21 dos 26 ramos, 62 dos 79 grupos e 70,6% dos 805 produtos pesquisados.
Entre as atividades, veículos automotores, reboques e carrocerias (42,6%), máquinas e equipamentos (36,8%), metalurgia (25,0%) e produtos de minerais não-metálicos (23,9%) exerceram as maiores influências positivas na formação da média da indústria. Outras contribuições positivas vieram de outros produtos químicos (8,5%), de produtos de metal (16,0%), de produtos de borracha e de material plástico (14,3%), de confecção de artigos do vestuário e acessórios (31,3%), de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (15,6%), de produtos têxteis (25,5%), de couro, artigos para viagem e calçados (24,2%), de produtos de madeira (18,9%), de produtos diversos (22,9%), de bebidas (5,8%), de outros equipamentos de transporte (23,7%) e de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (8,4%). Por outro lado, entre as cinco atividades com redução na produção, a principal influência foi registrada por produtos alimentícios (-6,9%),
Entre as grandes categorias econômicas, o maior dinamismo foi observado para bens de capital (41,3%) e bens de consumo duráveis (19,9%), impulsionadas, em grande parte, pelas altas na fabricação de bens de capital para equipamentos de transporte (61,5%), para fins industriais (23,2%), agrícolas (47,3%) e construção (67,0%), na primeira; e de automóveis (24,1%) e eletrodomésticos da “linha branca” (21,3%), na segunda. Os segmentos de bens intermediários (7,4%) e de bens de consumo semi e não-duráveis (3,7%) também acumularam alta no ano, embora abaixo da média da indústria (9,2%).
| Agência IBGE de Notícias | | | | Redução está associada às dificuldades para obtenção de insumos e matérias-primas. E a renda dos trabalhadores e o rendimento médio real foram corroídos pela inflação
Os Indicadores Industriais, da Confederação Nacional da Indústria (CNI), mostram que o faturamento da indústria de transformação e as horas trabalhadas na produção mantiveram suas trajetórias de queda, com retração acumulada de 6,4% e 4,7% de janeiro a agosto deste ano, respectivamente. Apesar disso, a utilização da capacidade instalada continua elevada, acima de 80%. Esse é o sexto mês em que isso ocorre, algo observado pela última vez em 2014.
De acordo com economista da CNI Maria Carolina Marques, as quedas no faturamento e nas horas trabalhadas ainda refletem os efeitos da pandemia de Covid-19 na interrupção das cadeias produtivas.
“Os diversos setores da indústria de transformação ainda têm dificuldade para obter insumos e matérias-primas, tanto pela falta quanto pelo custo mais elevado. Além disso, a falta de um componente tem efeitos indiretos na produção de outros produtos. Um exemplo é a falta de microchips para indústria automotiva. Quando essa fábrica para, ela para de adquirir aço, plástico, tecido, o que provoca um efeito dominó que afeta vários outros setores da indústria de transformação”, explica Maria Carolina.
O emprego, que apresenta crescimentos mensais desde agosto de 2020, registrou crescimento de 0,1% em agosto de 2021, na comparação com julho. O crescimento acumulado de janeiro a agosto de 2021 é de 3,8%. A alta do emprego, associada à queda do rendimento médio real, resulta em pequena expansão da massa salarial real. No ano, o crescimento acumulado é de 0,7%.
| CNI | | | | As 1.054 sucatas são divididas em 112 lotes, com um valor total estimado de R$ 179 mil. São 727 carros, 321 motos, 4 caminhões, e 2 ônibus. Podem participar empresas devidamente registradas no ramo de desmontagem de veículo. Pregão será online e começa às 14 horas.
O Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER/PR) realiza no dia 18 de outubro seu terceiro leilão online de sucatas de veículos automotores de 2021. Podem participar empresas devidamente registradas no ramo de desmontagem de veículo, acessando a página www.vmleiloes.com.br, a partir das 14 horas, na data marcada.
As 1.054 sucatas são divididas em 112 lotes, com um valor total estimado de R$ 179 mil. São 727 carros, 321 motos, 4 caminhões, e 2 ônibus, todos retirados das faixas de domínio de rodovias estaduais e armazenados nas regionais do DER/PR e postos do Batalhão de Polícia Rodoviária (BPRv) da Polícia Militar do Paraná.
O maior valor estimado é de um ônibus Volvo B58, por R$ 1.500,00, e o menor é de R$ 50,00, para algumas das motos.
As sucatas não podem ser comercializadas ou circularem em via pública, devendo ser destinadas exclusivamente para desmonte e reaproveitamento de peças e partes metálicas. Representantes legais das empresas interessadas poderão avaliar visualmente as sucatas nos locais em que estão armazenadas.
Uma listagem com os veículos disponíveis e valor mínimo de cada lote está disponível no portal do DER/PR, bem como o edital com todas as regras que devem ser seguidas pelos participantes: www.der.pr.gov.br. O leilão será realizado por lotes, não estando disponível a aquisição de uma sucata específica.
LEILÕES – O DER/PR realizou no dia 06 de julho o primeiro leilão de sucatas do ano, consistindo em 269 veículos divididos em 25 lotes, que estavam depositados na Pedreira do Atuba, em Curitiba. E no dia 20 do mesmo mês leiloou um lote único de 132 veículos com restrição judicial ou policial, destinados exclusivamente para reciclagem como material ferroso, também depositados na mesma pedreira.
| Agência Estadual de Notícias | | | | Mercado é dominado por China, EUA, Taiwan, Coreia do Sul e Singapura; decreto acaba com alguns benefícios já em 2022
Entidades ligadas à indústria nacional de artigos de alta tecnologia, como chips e circuitos integrados, defenderam nesta segunda-feira (4), em debate na Câmara, a manutenção, até 2029, dos incentivos fiscais previstos no Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Semicondutores e Displays (Padis).
Segundo os debatedores, a medida é essencial para ampliar a participação do Brasil no mercado global de fabricantes de semicondutores – circuitos integrados usados por toda a indústria eletroeletrônica – atualmente dominado por China, EUA, Taiwan, Coreia do Sul e Singapura.
“O Padis buscou criar um equilíbrio de custos com os demais países, desonerando tributos da cadeia produtiva de semicondutores no Brasil”, disse o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Semicondutores (Abisemi), Rogério Nunes, que participou do debate promovido pela Comissão de Ciência, Tecnologia, Comunicação e Informática.
Ele ressaltou, no entanto, que um decreto publicado pelo governo federal em abril deste ano (10.668/21) retira de empresas do segmento, já a partir de 22 de janeiro de 2022, alguns dos benefícios do programa, como a redução à zero da alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).
"A eliminação desses incentivos elevaria em 20% os custos com insumos, nacionais e importados, e em 40% os custos com aquisição de máquinas e equipamentos. Com isso, investimentos em pesquisa e desenvolvimento (P&D) passariam a ser apenas ônus para as empresas”, acrescentou.
Segundo a Abisemi, as 20 empresas habilitadas no Padis deverão faturar neste ano R$ 4 bilhões, com investimentos já executados da ordem de US$ 2,5 bilhões e empregando mais de 2,5 mil pessoas com salários 2,5 vezes acima da média da indústria. Nunes disse ainda que, entre 2007 e 2021, as empresas do programa investiram cerca de R$ 700 mil em P&D.
Participação estatal
A diretora de inovação da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Gianna Sagazio, demonstrou a intenção da entidade de contribuir com o governo na formulação de políticas para empresas de alta tecnologia, “trazendo a visão do setor”. Ela, no entanto, criticou o fato de o Brasil ainda investir apenas 1,14% do do Produto Interno Bruto (PIB) em P&D, enquanto o montante chega a 5% do PIB em países como Israel e Coreia do Sul.
“Existe uma correlação direta entre a capacidade dos países de inovar e a dinamicidade de suas economias. Países que são mais inovadores e que têm priorizado ciência, tecnologia e inovação têm conquistado posições melhores e, por consequência, gerado mais qualidade de vida para suas populações”, disse Gianna Sagazio.
Os deputados Alceu Moreira (MDB-RS) e Vitor Lippi (PSDB-SP), que sugeriram o debate, comentaram a atual crise mundial na oferta de semicondutores e os impactos da falta de componentes eletrônicos para a cadeia mundial de diversos produtos, principalmente automóveis.
"Um carro hoje usa cerca de 300 circuitos integrados. Daqui a pouco serão 800. Esse é um caminho sem volta”, observou Lippi. “Será que, com o potencial de sermos um dos maiores produtores de silício, nós não poderemos produzir mais componentes eletrônicos e reduzir nossa dependência do exterior? “, indagou.
Moreira, por sua vez, convocou os empresários a participarem efetivamente da construção de uma política nacional de apoio à indústria de semicondutores no Brasil. "Precisamos de uma politica industrial que tenha relação completa com o País, que possa começar na lavoura, mas que passe pela indústria e que chegue aos serviços e comércio e ao poder público”, disse.
Prorrogação do Padis
Lippi e Moreira anunciaram ainda que vão utilizar o documento que deverá ser elaborado por pesquisadores e especialistas ouvidos na audiência pública para convencer o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), a colocar em votação o Projeto de Lei 3042/21, proposto por Lippi, que estende a vigência dos benefícios do Padis até 2029, coincidindo com os benefícios previstos na Lei de Informática.
Eles manifestaram ainda a intenção de criar duas subcomissões: uma para debater a produção estratégica de semicondutores no Brasil e outra para pensar em estratégias para a formação de capital humano voltado à alta tecnologia.
Representando o governo no debate, o secretário de Empreendedorismo e Inovação do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), Paulo Alvim, concordou com a necessidade urgente de prorrogar e ampliar o Padis. “Nós importamos US$ 5 bilhões em semicondutores. É fundamental, para que a gente tenha soberania em tecnologia, que a gente robusteça programas como esse”, disse.
Ao longo dos últimos 15 anos, o governo brasileiro destinou diretamente para o segmento cerca de US$ 400 milhões, o que inclui a construção do Centro Nacional de Tecnologia Eletrônica Avançada (Ceitec) e programas como o CI Brasil e o Sistema Brasileiro de Tecnologia (Sibratec), entre outros.
Pesquisador do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap), André de Carvalho disse que o País precisa ter visão de longo prazo. “A gente precisa muito da participação do Estado. A nova fronteira da politica industrial precisa de uma visão de longo prazo. Ainda que seja indiscutível ampliar e prorrogar o Padis, precisamos ter claro o que se quer com essa indústria. Existem várias sinergias possíveis com diversas áreas, como medicina, militar, entre outras”, disse.
Privatização do Ceitec
O presidente da Associação dos Colaboradores do Ceitec, Silvio Santos Junior, aproveitou a oportunidade para pedir aos deputados que anulem o decreto federal de dezembro de 2020 que autorizou a privatização da estatal. "Entendemos que é completamente inaceitável a liquidação da empresa. Podemos contribuir pois temos profissionais altamente capacitados e infraestrutura no parque tecnológico do Ceitec”, disse.
Abílio de Andrade Neto, oficial da reserva da Marinha e responsável pela privatização do Ceitec, destacou que, no momento, o processo de venda da companhia está suspenso por determinação do Tribunal de Contas da União (TCU). "As atividades foram encerradas, mas a manutenção da fábrica está sendo mantida”, disse.
| Agência Câmara dos Deputados | | | | Em outras regiões, aumento no volume dos mananciais permitiu suspender rodízio. Além da RMC, o rodízio está mantido em Pranchita, Santo Antônio do Sudoeste, Céu Azul, Jardim Alegre e Santo Antônio da Platina.
As chuvas nesses primeiros dias de outubro, em várias regiões do Estado, trouxeram alívio para os sistemas de abastecimento de água que estavam em situação de alerta e até possibilitaram a suspensão de rodízios em algumas cidades. É o caso de Jandaia do Sul, Siqueira Campos, Ibaiti e Quatiguá, no Norte do Estado.
Em Medianeira, na Região Oeste, o rodízio está suspenso até quarta-feira, quando será feita nova avaliação das condições do Rio Alegria e dos poços que abastecem a cidade, e que perderam significativa vazão devido à falta de chuvas.
De olho em inovação, Sanepar vai liberar R$ 1,5 milhão para financiar startups
Em Cascavel, as chuvas em torno de 200 milímetros do fim de semana regularizaram momentaneamente as vazões do Rio Cascavel, do Rio São José e de poços, permitindo que a Sanepar interrompesse o uso de água do Lago Municipal que estava complementando o abastecimento desde o início de agosto.
Na Região Metropolitana de Curitiba, que tem rodízio na Capital e em outras 13 cidades, as chuvas somaram cerca de 60 milímetros nas últimas 24 horas e elevaram o nível dos reservatórios para 50,78% nesta segunda-feira (4), um pouco abaixo do que estavam no início de setembro. No mês passado, as chuvas ficaram cerca de 60% abaixo da média.
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“As chuvas nesses primeiros dias do mês são excelentes, aliviam muitos sistemas no Interior, mas não resolvem a crise hídrica. Há um déficit hídrico e ainda temos um longo caminho até o fim do verão e a volta à normalidade”, afirma o diretor de Meio Ambiente e Ação Social da Sanepar, Julio Gonchorosky.
DÉFICIT – O déficit de chuvas na Região Metropolitana neste ano está em 268 milímetros. Conforme registros do Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar), a média histórica de chuvas de janeiro a setembro é de 1.041 milímetros na RMC, mas choveu 773 mm nesse período em 2021.
Setembro encerra com chuvas abaixo da média no Paraná, segundo Simepar
Além da RMC, o rodízio está mantido em Pranchita, Santo Antônio do Sudoeste, Céu Azul, Jardim Alegre e Santo Antônio da Platina. A Sanepar mantém o monitoramento das vazões de rios e poços e avalia as condições pluviométricas para decidir qualquer alteração no sistema de abastecimento.
| Agência Estadual de Notícias | | | | O prefeito Rafael Greca entregou, nesta segunda-feira (4/10), ao coordenador do Plano Estadual Ferroviário, Luiz Henrique Fagundes, uma carta de apoio da administração municipal da capital ao desenvolvimento e à implementação, pelo Governo do Paraná, do projeto da Nova Ferroeste.
O novo corredor de transporte ferroviário de cargas, projetado pelo Estado, poderá contribuir para que o governo federal oriente a construção dos contornos ferroviários ao leste e a oeste de Curitiba, na renovação da concessão do trecho em operação (hoje sob a responsabilidade da Rumo), retirando os trens de carga do trecho urbano da capital.
“É com grande alegria que vemos esse planejamento estratégico que poderá definir uma nova direção à mobilidade urbana de Curitiba. No momento em que as ferrovias saírem do traçado urbano da cidade teremos um novo horizonte”, disse o prefeito.
Em reunião no Palácio Solar 29 de Março, na tarde desta segunda-feira, Fagundes apresentou a Greca e ao presidente do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc), Luiz Fernando Jamur, o plano de infraestrutura ferroviária paranaense que se soma à intenção do Governo do Estado de fazer do Paraná o hub logístico da América do Sul.
A Nova Ferroeste terá uma extensão de 1.304 quilômetros, ligando a cidade de Maracaju, no Mato Grosso do Sul, ao Porto de Paranaguá, com um ramal a Foz do Iguaçu. Segundo o coordenador do Plano Estadual Ferroviário, os investimentos na obra somam R$ 33 bilhões, com estimativa de dez anos de execução.
No ofício de apoio, o prefeito de Curitiba destaca que a Nova Ferroeste irá contribuir para o fortalecimento da economia do Paraná, ampliando de maneira significativa a movimentação de bens e mercadorias, bem como a interligação da Grande Curitiba ao Mato Grosso do Sul, potencializando as relações econômicas da capital e dos municípios vizinhos nas esferas nacional e internacional, bem como melhorando a qualidade de vida dos cidadãos.
Contornos ferroviários
“O projeto cria uma porta de saída ao Ministério da Infraestrutura para retirar os trilhos da área urbana de Curitiba com os contornos”, disse o coordenador do Plano Estadual Ferroviário.
O presidente do Ippuc e secretário do Governo Municipal, Luiz Fernando Jamur, ressaltou o empenho do prefeito Rafael Greca e da Prefeitura de Curitiba pela melhoria da mobilidade urbana, incluindo no esforço pela construção dos contornos ferroviários pelo governo federal.
“Já oficiamos o Ministério da Infraestrutura, a ANTT e o DNIT da importância da retirada dos trens de carga do trecho urbano e da utilização desta faixa de domínio para melhorar a mobilidade. O reforço do apoio do prefeito ao projeto estratégico de ferrovias do Governo do Paraná se soma a este processo”, observou Jamur.
O eixo ferroviário que passa por Curitiba é gerido por concessão federal à empresa Rumo. A definição pela construção dos contornos pode ser exigida pelo governo federal na renovação da concessão, prevista para 2027, mas que está em processo de antecipação, podendo ocorrer no próximo ano.
| Agência Estadual de Notícias | | | |
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