| 09 de março de 2022
Quarta-feira
- Produção industrial recua -2,4% em janeiro
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- Produção industrial cai 2,4% em janeiro ante dezembro, revela IBGE
- Sem acesso a recurso público, 89% das empresas custeiam inovação
- Apenas 10% das empresas usam recursos públicos para inovação, diz sondagem da CNI
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- Inovação é condição para processo de transformação, diz VP da General Motors
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- Precisamos de visão de longo prazo em que a inovação seja prioridade, diz presidente da CNI
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- CNI: só 10% das empresas usam financiamento público para pesquisa
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- Especialista explica como é feito o processo de recuperação judicial de empresas
- Nota Paraná libera R$ 28,3 milhões em créditos do ICMS para 7,8 milhões de pessoas na quarta
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- Portos batem novos recordes em fevereiro com aumento da movimentação mensal e bimestral
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- Governo lança programa para financiar projetos voltados à formação de lideranças femininas
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- Cartilha reúne os direitos das mulheres conquistados ao longo da história
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- Mulheres apostam na inovação e representação no mercado de startups cresce a cada ano
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- BB e Caixa anunciam medidas de apoio a empreendedorismo feminino
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- Presença feminina no Porto de Paranaguá aumenta 136% em cinco anos
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- Presidente sanciona lei que prevê retorno de grávidas ao presencial
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- INSS: ministro Nunes Marques trava Revisão da Vida Toda no STF, que volta à estaca zero
- A economia brasileira e as crises externas
- Roberto Rocha: Estamos nivelando texto da Reforma Tributária com Economia
- Prévia de fevereiro: IGP-M aumentou 1,94%
- Poucos emergentes deverão normalizar déficits fiscais ainda em 2022, diz IIF
- Bolsonaro convoca ministros e presidente do BC para discutir preço do combustível
- Guedes: não tem congelamento de preços de combustíveis, esquece esse 'troço'
- IBP: Congelamento de preços dos combustíveis teria impacto de até R$ 200 bi em um ano
- Combustíveis fósseis voltam a ter alta. Etanol cai de preço
- Sem defasagem, diesel custaria R$ 7,33/l e gasolina R$ 7,4/l, diz Fecombustíveis
- Autor de PEC defende usar alta da arrecadação para mitigar altas de combustíveis
- Corte no IPI gera queda potencial de até 4,1% nos preços dos carros, diz Anfavea
- Marcas baixam preços de carros 0 km após redução do IPI
- Automóveis nos estoques das concessionárias também terão redução do IPI
- Redução do IPI: por que nem todas as montadoras repassaram o desconto
- IPI menor para carros pode abrir caminho para reforma tributária
- Anfavea lista commodities e chips entre preocupações com guerra
- IPEA: Demanda interna por máquinas e equipamentos registra aumento de 23,6%, no acumulado em doze meses
- Mercado de locação de carros cresceu 33,5% em 2021
- Com menos faltas por Covid, produção de caminhões cresce 20,8% em fevereiro
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Em 09/03/2022
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Fonte: BACEN
| | | | | Em janeiro de 2022, a produção industrial nacional mostrou redução de 2,4% frente ao mês de dezembro de 2021 (série com ajuste sazonal), eliminando, dessa forma, parte da expansão de 2,9% registrada no mês anterior. Já em relação a janeiro de 2021, houve recuo de 7,2%. Em doze meses, a indústria acumula alta de 3,1%.
O recuo (-2,4%) na atividade industrial na passagem de dezembro de 2021 para janeiro de 2022 foi acompanhado por todas as quatro grandes categorias econômicas e pela maior parte (20) dos 26 ramos pesquisados.
Entre as atividades, as influências negativas mais importantes foram assinaladas por veículos automotores, reboques e carrocerias (-17,4%) e indústrias extrativas (-5,2%), que haviam acumulado expansão de 18,2% e de 6,0%, respectivamente, nos dois últimos meses de 2021. Outras contribuições negativas relevantes vieram de bebidas (-4,5%), de metalurgia (-2,8%), de outros produtos químicos (-2,2%), de máquinas e equipamentos (-2,3%), de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-5,4%), de produtos de metal (-3,3%), de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-4,5%) e de produtos de minerais não-metálicos (-2,4%).
Por outro lado, entre as seis atividades que apontaram crescimento, exerceram os principais impactos em janeiro de 2022 as produções de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (3,5%) e de produtos alimentícios (1,4%). A primeira intensificou a taxa positiva verificada no mês anterior (0,1%); e a segunda marcou o terceiro mês seguido de expansão, acumulando nesse período ganho de 13,8%.
Entre as grandes categorias econômicas, ainda na comparação com o mês imediatamente anterior, as produções de bens de consumo duráveis (-11,5%) e de bens de capital (-5,6%) assinalaram as taxas negativas mais acentuadas em janeiro de 2022, com a primeira eliminando o avanço de 9,6% acumulado nos dois últimos meses de 2021; e a segunda revertendo a expansão de 5,4 registrada no mês anterior.
Sendo que os setores de bens intermediários (-1,9%) e de bens de consumo semi e não-duráveis (-0,5%) também mostraram redução nesse mês, com o primeiro eliminando o crescimento de 1,5% verificado nos dois últimos meses de 2021; e o segundo voltando a recuar após crescer 1,5% em dezembro de 2021, quando interrompeu três meses consecutivos de queda na produção, período em que acumulou perda de 1,5%.
Média móvel trimestral fica em 0,1% no trimestre encerrado em janeiro
Ainda na série com ajuste sazonal, a média móvel trimestral da indústria mostrou variação de 0,1% no trimestre encerrado em janeiro de 2022 frente ao nível do mês anterior, quando cresceu 0,8% interrompendo trajetória descendente iniciada desde janeiro de 2021.
Entre as grandes categorias econômicas, o setor de bens de consumo semi e não-duráveis (0,3%) apontou o único resultado positivo nesse comparativo, sendo ligeiramente superior ao verificado no mês anterior (0,1%).
Por outro lado, os setores de bens de capital (-1,2%), de bens de consumo duráveis (-0,9%) e de bens intermediários (-0,2%) assinalaram os recuos em janeiro de 2022, após registrarem crescimento em dezembro de 2021: 1,3%, 2,4% e 0,2%, respectivamente.
Frente a janeiro de 2021, todas as categorias tiveram resultado negativo
Na comparação com janeiro de 2021, a indústria recuou 7,2% em janeiro de 2022, com resultados negativos em todas as grandes categorias econômicas e em 18 dos 26 ramos, 56 dos 79 grupos e 67,0% dos 805 produtos pesquisados. Sendo que janeiro de 2022 (21 dias) teve um dia útil a mais do que igual mês do ano anterior (20).
Entre as atividades, as principais influências negativas vieram de veículos automotores, reboques e carrocerias (-23,5%), de indústrias extrativas (-6,7%), de produtos de borracha e de material plástico (-18,8%) e de produtos de metal (-20,8%).
Outros destaques negativos importantes foram: móveis (-33,0%); produtos têxteis (-26,7%); couro, artigos para viagem e calçados (-22,6%); confecção de artigos do vestuário e acessórios (-22,2%); produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-21,3%); máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-19,6%); bebidas (-9,6%); metalurgia (-6,8%); produtos de minerais não-metálicos (-6,2%) e outros produtos químicos (-3,8%).
Por outro lado, entre as oito atividades que apontaram expansão na produção, a de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (10,0%) exerceu a maior influência na formação da média da indústria.
Entre as grandes categorias econômicas, bens de consumo duráveis (-25,8%) assinalou, em janeiro de 2022, a queda mais acentuada. Mas os setores produtores de bens de consumo semi e não-duráveis (-8,4%), de bens de capital (-8,1%) e de bens intermediários (-5,0%) também mostraram resultados negativos nesse mês, com dois primeiros apontando recuos mais intensos do que o observado na média da indústria (-7,2%); e o último com a redução mais moderada entre as categorias.
O setor de bens de consumo duráveis (-25,8%) apresentou o sétimo resultado negativo consecutivo na comparação com o mesmo mês do ano anterior. O segmento foi pressionado, em grande medida, pela redução na fabricação de automóveis (-29,8%) e de eletrodomésticos da “linha branca” (-28,1%) e da “linha marrom” (-20,1%). Além disso, os grupamentos de outros eletrodomésticos (-29,9%) e de móveis (-41,6%) também tiveram quedas importantes. Por outro lado, o principal impacto positivo veio da maior produção de motocicletas (56,9%).
O setor de bens de consumo semi e não-duráveis (-8,4%) recuou pelo sétimo mês consecutivo, tendo registrado -7,5% em dezembro, -6,4% em novembro, -10,1% em outubro, -5,6% em setembro, -1,1% em agosto e -1,9% em julho. O desempenho negativo em janeiro foi explicado, principalmente, pela redução nos semiduráveis (-24,3%), pressionado, em grande parte, pela menor fabricação de calçados e roupas, além de colchões, piscinas de plástico, telefones celulares e garrafas térmicas.
Mas o grupamento de não-duráveis (-13,6%) também assinalou resultado negativo expressivo, influenciado, principalmente, pelos recuos na produção de medicamentos, artigos de plástico para uso doméstico, isqueiros, artigos descartáveis de plástico e cigarros, entre outros. Por outro lado, o grupamento de carburantes (12,1%) apontou o único resultado positivo, impulsionado, pela maior fabricação de gasolina automotiva.
O segmento de bens intermediários (-5,0%) teve queda pelo sexto mês consecutivo (-4,1% em dezembro, -2,9% em novembro, -6,7% em outubro, -3,6% em setembro e -1,9% em agosto). Os recuos nos produtos associados às atividades de indústrias extrativas (-6,7%), de veículos automotores, reboques e carrocerias (-17,5%), de produtos de borracha e de material plástico (-18,0%), de produtos de metal (-18,1%), de metalurgia (-6,8%), de produtos têxteis (-26,0%), de produtos de minerais não-metálicos (-6,2%), de outros produtos químicos (-3,7%) e de máquinas e equipamentos (-2,1%) são os principais responsáveis pelo resultado da categoria em janeiro.
Ainda nessa categoria econômica, vale citar também os resultados negativos assinalados pelos grupamentos de insumos típicos para construção civil (-10,8%) e de embalagens (-14,8%).
Por outro lado, as pressões positivas foram registradas por coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (9,5%), produtos alimentícios (5,9%) e celulose, papel e produtos de papel (0,4%).
Já a produção de bens de capital (-8,1%) interrompeu uma sequência de dezesseis meses de taxas positivas consecutivas na comparação com o mesmo mês do ano anterior. O segmento foi influenciado em janeiro de 2022 pela redução observada nos grupamentos de bens de capital para equipamentos de transporte (-17,7%) e para fins industriais (-12,5%). Por outro lado, os impactos positivos foram assinalados pelos subsetores de bens de capital de uso misto (9,1%), para energia elétrica (15,2%), agrícolas (8,8%) e para construção (4,6%).
| IBGE | | | | Levantamento realizado junto a 196 empresas industriais e de serviços confirma percepção de que inovação no Brasil é feita sem apoio público. 89% dos entrevistados disseram usar apenas recursos próprios para inovar
Sondagem realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) junto a 196 médias e grandes empresas industriais e de serviços selecionadas mostra que apenas 10% delas utilizaram linhas de financiamento público à pesquisa e desenvolvimento (P&D) ao longo do ano de 2020. De acordo com os dados, 89% das empresas consultadas custearam a atividade inovação com recursos próprios. Os números serão divulgados no 9º Congresso Brasileiro de Inovação da Indústria, promovido pela CNI e pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) nos dias 9 e 10 de março.
Apesar da falta de apoio público, a sondagem empresarial revela que a maior parte das empresas consultadas enxerga a importância de investir em P&D e destina recursos para produtos e processos inovadores. Em 2020, 65% das empresas ouvidas realizaram alguma atividade/investimento em inovação. Os dados apontam que 73% das empresas entrevistadas inovaram em 2020 – o que significa alta de cinco pontos percentuais em relação a 2019, quando 68% dessas empresas informaram ter desenvolvido algum produto ou processo novo.
Na avaliação do presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, os resultados referentes às fontes de financiamento confirmam uma realidade que se arrasta há anos e governos no Brasil: o país não prioriza a área de ciência, tecnologia e inovação (CT&I) e a inovação empresarial é feita com baixo apoio público.
O levantamento nacional mais atual mostra que o Brasil investiu 1,21% do PIB em P&D em 2019, incluindo recursos públicos e privados, contra 1,17% do ano anterior – conforme os dados mais recentes. Ou seja, há duas décadas o Brasil se mantém distante do patamar de 2%, tendo em vista que em 2000 o investimento foi de 1,05%. A título de comparação, o investimento chinês em P&D em relação ao PIB, nesse mesmo período, saltou de 0,89% para 2,23%.
No Brasil, entre os programas e meios de apoio governamental usados pelas empresas destacam-se a Lei do Bem, financiamento a projetos de P&D/inserção de pesquisadores, bolsas de pesquisas, Lei de Informática e subvenção econômica à P&D e à inserção de pesquisadores.
“Estamos na contramão de países desenvolvidos, que reconhecem o papel do Estado no fomento à inovação, ciência e tecnologia. Os frutos de um ambiente nacional mais aberto para a inovação são colhidos pela própria sociedade, com aumento da qualidade de vida das pessoas, redução do custo da tecnologia, criação de empregos melhores. Por isso, o Brasil precisa, urgentemente, de uma estratégia de inovação de longo prazo”, avalia Andrade.
Despesas com pessoal respondem por 57% dos investimentos em inovação
O levantamento da CNI mostra ainda que a maior parte dos investimentos em inovação é destinada a pessoal – em média, 56,9% dos dispêndios entre as empresas ouvidas. Outros 20,6% vão para despesas de capital e 22,6% para outras despesas correntes.
Em média, 19% da receita líquida de vendas das empresas que responderam à consulta da CNI resultaram de lançamento de um produto inovador, um crescimento de dois pontos percentuais em relação ao ano anterior. Por outro lado, o percentual médio de investimento em P&D em relação à receita líquida de vendas das empresas caiu de 2,4%, em 2019, para 2%, em 2020, embora mais empresas tenham inovado de um ano para o outro.
Segundo a diretora de Inovação da CNI, Gianna Sagazio, pode haver um descompasso entre a taxa de inovação e o investimento em P&D pois as inovações podem ser resultado de atividades de pesquisa e desenvolvimento realizadas em anos anteriores. Além disso, nem toda inovação deriva exclusivamente do investimento em pesquisa e desenvolvimento. De todo modo, é razoável supor que o quadro econômico deva ter contribuído para a queda observada de 2019 para 2020, período que coincide com o início da pandemia e de fragilização financeira das empresas.
Mais da metade das indústrias entrevistadas investe em inovação aberta
A sondagem da CNI traz um dado bastante relevante sobre inovação aberta, que significa a união de uma empresa com outra empresa, instituição, universidade ou startup. De acordo com o levantamento, 51,1% das empresas que responderam à consulta tiveram alguma cooperação com outra organização para realização de P&D.
As empresas listaram os clientes e consumidores como os mais importantes parceiros para cooperação. Na sequência, apareceram como os principais parceiros para a inovação os fornecedores de equipamentos e insumos; as universidades e institutos de pesquisa; outras empresas do grupo; e o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI).
Em relação à formação do pessoal que trabalha com inovação, as empresas consultadas apresentaram, em média, 117 pessoas empregadas em atividades de P&D em 2020. Desses, em média, 63 são pesquisadores graduados; 15 são técnicos graduados; 14 são profissionais pesquisadores com de nível médio ou fundamental; 9 são técnicos de nível médio ou fundamental; 8 são mestres; 5 são auxiliares (trabalhadores de suporte) e 3 são doutores.
Questionadas sobre as principais razões para não investir em P&D, as entrevistadas que não realizaram atividade de P&D apontaram custos de implementação muito elevados e a existência de outras estratégias relevantes para a competitividade, seguidos por falta de pessoal qualificado na empresa e falta de linhas de financiamento adequadas.
Saiba mais sobre a consulta empresarial
A consulta empresarial foi realizada pela CNI entre outubro de 2021 e fevereiro de 2022, junto a executivos e CEOs de 196 empresas atuantes no setor de serviços, indústrias extrativas e de transformação com mais de 50 trabalhadores.
Entre as 196 empresas consultadas, 74 fazem parte da Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI), grupo que reúne mais de 400 das principais lideranças de empresas com atuação no país. A sondagem constata que as empresas que integram a MEI são mais inovadoras que a média das demais. Os dados apontam, por exemplo, que 92% dessas companhias inovaram em 2020 e que 79% realizaram inovação aberta.
A CNI considera fundamental o aumento dos investimentos em inovação pelo poder público e privado. A Confederação defende medidas como o aprimoramento da Lei do Bem e a aplicação integral dos recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), maior fonte de financiamento à CT&I do país. No começo de 2021, o Congresso Nacional aprovou uma lei que proíbe o bloqueio de valores do fundo.
“É imprescindível que o governo aplique a quantia disponível no FNDCT integralmente na sua finalidade, que é o fomento à pesquisa, desenvolvimento tecnológico e à inovação”, pontua Gianna Sagazio.
| CNI | | | | Marina Willisch destaca a liderança da GM na transição do carro a combustível fóssil pelo veículo elétrico. Ela será uma das palestrantes do 9º Congresso Brasileiro de Inovação da Indústria
O investimento em inovação está no centro das estratégias da General Motors (GM). A multinacional tem se destacado no processo de substituição do carro a combustível fóssil pelo carro elétrico. Em entrevista à Agência de Notícias da Indústria, a vice-presidente de Relações Governamentais, Comunicação e ESG da GM América do Sul, Marina Willisch, observa que a companhia se comprometeu a atingir a neutralidade das emissões de carbono em 2040.
“A partir de 2035, a GM só lançará veículos elétricos, que não emitem nenhum tipo de gás de efeito estufa, ao contrário dos carros movidos a gasolina, etanol ou híbridos, que ainda possuem motor a combustão”, detalha Marina. A executiva está na função desde 2019, tendo experiência de mais de 15 anos na indústria automotiva.
Para ela, a inovação é condição essencial para o processo de transformação da indústria, de forma mais sustentável e eficiente, a partir do uso de novas tecnologias. Marina alerta que o Brasil tem enorme potencial para ocupar um lugar de destaque na produção do carro elétrico, entre outras razões por ter enormes reservas de matéria-prima utilizada na produção de baterias para veículos elétricos, como Lítio e Nióbio.
Marina Willisch vai ser uma das palestrantes do painel “Transição energética e economia de baixo carbono: a agenda do século XXI”, que faz parte da programação do 9º Congresso Brasileiro de Inovação da Indústria. Ela vai falar na quinta-feira (10) às 14h20. A GM é uma das patrocinadoras do Congresso, que será promovido pela CNI e o Sebrae nos dias 9 e 10 de março. A companhia vai apresentar no espaço o Chevrolet Tracker exposto. Leia a íntegra da entrevista:
Inovação é condição para processo de transformação, diz VP da General Motors
AGÊNCIA DE NOTÍCIAS DA INDÚSTRIA - Como a indústria automobilística tem se preparado para a realidade da economia de baixo carbono?
MARINA WILLISCH - Ao longo do tempo, a indústria automotiva vem passando por uma série de transformações; no início, elas foram muito mais voltadas à melhoria do desempenho dos motores e à eficiência energética. Agora, temos tecnologia de ponta disponível, inclusive para criar motores de zero emissão. E hoje, tudo isso está atrelado a uma grande preocupação com a sustentabilidade e sobre a relação dos automóveis com o meio ambiente. A eletrificação total da mobilidade é o próximo passo dessa transformação da indústria automotiva.
Há uma visão sobre a indústria automotiva que não corresponde mais ao que ela é atualmente. Houve todo um processo de desenvolvimento que durou muitos anos para tornar os carros mais sustentáveis. Houve grande investimento em tempo e metodologia para chegarmos até aqui. A eletrificação da mobilidade envolve também novos modelos de negócio, infraestrutura e toda uma cadeia de fornecedores de produtos, serviços e manutenção, comprometidos com esse futuro mais sustentável. Temos trabalhado para que todo esse ecossistema abrace esse novo momento da indústria, de zero emissão, a partir dos carros elétricos.
AGÊNCIA DE NOTÍCIAS DA INDÚSTRIA - O Brasil está pronto para substituir os combustíveis fósseis pelo carro elétrico?
MARINA WILLISCH - Os carros elétricos já são uma realidade e vêm despertando o interesse por parte dos consumidores brasileiros. Tanto que os primeiros lotes do Chevrolet Bolt EV, que chegaram ao Brasil no final de 2019, esgotaram em poucos dias.
No entanto, ainda é preciso ampliarmos as políticas locais de estímulo à adoção dos carros elétricos no Brasil. Isso inclui, por exemplo, termos uma estrutura de recarga nas cidades ou talvez isentar os carros elétricos do rodízio. Somos otimistas com as perspectivas e o potencial do país em se projetar como um hub de tecnologias para eletrificação no continente.
O Brasil e os países vizinhos possuem as maiores reservas de matéria-prima utilizada na produção de baterias para veículos elétricos, como o Lítio, Níquel, Manganês, Grafite e Nióbio. Isso, aliado ao fato de que o Brasil tem um parque industrial automotivo muito bem desenvolvido, engenharia qualificada e um grande mercado consumidor, mostra que temos capacidade para ocupar um lugar de destaque no desenvolvimento, produção e comercialização internacional de veículos elétricos dentro de alguns anos.
Inovação é condição para processo de transformação, diz VP da General Motors
AGÊNCIA DE NOTÍCIAS DA INDÚSTRIA - Como está essa transição na GM?
MARINA WILLISCH - Estamos liderando esse movimento. No último ano, a companhia anunciou que se compromete a atingir a neutralidade das emissões de carbono em 2040 e que, a partir de 2035, só lançará veículos elétricos, que não emitem nenhum tipo de gás de efeito estufa, ao contrário dos carros movidos a gasolina, etanol ou híbridos, que ainda possuem motor a combustão.
Vamos investir 35 bilhões de dólares em veículos elétricos e autônomos e temos planos para lançar mais de 30 modelos elétricos em todo o mundo até 2025. Nós da General Motors acreditamos que o futuro da mobilidade é elétrico, com zero emissão, zero acidente e zero congestionamento, graças à novas tecnologias que tornam os carros cada vez mais conectados, mais seguros e mais sustentáveis.
AGÊNCIA DE NOTÍCIAS DA INDÚSTRIA - Quais projetos de transição energética e sustentabilidade a GM tem colocado em prática no Brasil?
MARINA WILLISCH - Nas nossas unidades fabris, adotamos uma série de processos sustentáveis. No Brasil e na América do Sul, todas as fábricas são Zero Aterro, ou seja, nenhum resíduo é enviado para aterro sanitário, tudo é reciclado, reaproveitado ou coprocessado. As fábricas de São Caetano do Sul e de Joinville já contam com painéis solares, que geram energia para o aquecimento de água, evitando o uso de gás natural.
Em 2019, a GM anunciou um investimento de R$ 10 bilhões em suas plantas produtivas no Estado de S. Paulo. Isso inclui a renovação das fábricas, levando em conta o mais alto padrão de processos produtivos sustentáveis. Na fábrica de São Caetano do Sul, o reaproveitamento de água em processos de pintura de carros chegará a 75% e o consumo de gás para esta atividade será reduzido em 47%. Isso citando apenas um exemplo entre outros que já estão em andamento no Brasil.
Inovação é condição para processo de transformação, diz VP da General Motors
AGÊNCIA DE NOTÍCIAS DA INDÚSTRIA - De que forma a inovação colabora com as soluções sustentáveis na indústria automobilística?
MARINA WILLISCH - Inovação é a condição para esse processo de transformação da indústria, para que ela seja mais sustentável e eficiente, a partir do uso de novas tecnologias. Com a renovação da fábrica de São Caetano do Sul, por exemplo, a montagem de um carro passará a contar com 265 robôs, o torna o processo mais seguro e sustentável. Só no transporte de peças, o consumo de energia será reduzido em até 35%.
A inovação também está na busca de melhorias de gestão dos processos. Desenvolvemos, dentro da fábrica de Gravataí, um sistema para redução anual de mais de mais de 400 toneladas de insumos e deixamos de emitir cerca de 330 toneladas de CO2 entre 2020 e 2021, por meio de um modelo de gestão inovador, que integrou todas as áreas e identificou as sinergias dentro da operação.
AGÊNCIA DE NOTÍCIAS DA INDÚSTRIA - Quais os principais desafios para as indústrias inovarem no Brasil?
MARINA WILLISCH - O maior desafio para qualquer indústria neste quesito é construir uma cultura corporativa sólida e voltada para o estímulo à inovação. Tudo o que chega para o consumidor é resultado de um compromisso profundo com a inovação e com a melhoria contínua. De grande investimento em treinamento e uma cultura que tenha esse mindset em todos os níveis.
Outro ponto importante é nossa solidez enquanto país produtor de bens, o que garante as condições necessárias para que a indústria de diversos setores continue se desenvolvendo, gerando empregos e riquezas. Há um conjunto de fatores que precisam estar bem azeitados do ponto de vista institucional para proporcionar um cenário propício para novos investimentos e que colaborem no sentido de movimentar positivamente a economia, gerando um ciclo virtuoso de novas oportunidades para todos.
| CNI | | | | Robson Andrade defendeu aumento dos investimentos na área e atenção à formação de mão de obra especializada. Ele fez o discurso de abertura do 9º Congresso Brasileiro de Inovação da Indústria
O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, defendeu que o Brasil priorize uma política de longo prazo para a área de inovação. A afirmação foi feita na manhã desta quarta-feira (9), durante o discurso de abertura do 9º Congresso Brasileiro de Inovação da Indústria, promovido pela CNI e pelo Sebrae, em São Paulo.
“Devemos construir, com urgência, uma visão de longo prazo em que a inovação seja a prioridade e o principal vetor para a inserção internacional do Brasil na era do conhecimento”, pontuou o presidente da CNI.
Segundo ele, as adversidades inéditas trazidas pela pandemia de Covid-19 reforçaram a importância da inovação para a retomada do crescimento econômico e para a melhoria da qualidade de vida da população.
Robson Andrade alertou que o desafio da inovação no Brasil precisa ser compartilhado pelo poder público e iniciativa privada. “O esforço dos setores público e privado para estimular o desenvolvimento tecnológico é imprescindível para aumentar a produtividade, acelerar o crescimento econômico e promover o bem-estar da população brasileira”, disse.
Além de uma política de longo prazo para ciência, tecnologia e inovação (CT&I), o presidente da CNI recomendou que o país promova melhorias no ambiente regulatório, amplie os investimentos em CT&I para patamares internacionais e priorize a formação de recursos humanos para áreas ligadas à transformação digital.
O Brasil ocupa a 57ª posição no Índice Global de Inovação, ranking que avalia 132 países. Robson Andrade pontuou que essa colocação é incompatível com a grandeza do país, com a sofisticação do setor empresarial brasileiro e com o fato de sermos a 11ª economia do mundo.
Países enxergaram a importância estratégica da inovação
“As economias mais avançadas e as emergentes já compreenderam a importância estratégica da inovação. Isso fica evidente nas despesas desses países com atividades de pesquisa e desenvolvimento, que, em alguns casos, alcançam quase 5% do Produto Interno Bruto, o PIB”, destacou. O Brasil investe em média apenas 1% do PIB em inovação.
O presidente da CNI destacou ainda que o segmento industrial tem dado importante contribuição para o desenvolvimento tecnológico do Brasil. Ele mencionou iniciativas da Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI) – grupo coordenado pela CNI que reúne cerca de 500 das principais lideranças empresariais do país –, como a criação da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii) e a formulação de propostas que levaram à manutenção da Lei do bem e a aprovação da lei que proibiu o contingenciamento do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT).
Ele também mencionou que o Serviço Nacional de Aprendizagem Industria (SENAI) mantém 26 Institutos de Inovação e os 58 Institutos de Tecnologia do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial, que formam a maior rede de pesquisa aplicada da América Latina.
“Cabe, ainda, reconhecer o diferencial da atuação do SESI e do SENAI na educação e na formação de trabalhadores, e a centralidade do Sebrae para a viabilidade dos pequenos negócios”, enfatizou Robson Andrade. “Se os desafios são muitos, é também essencial conhecermos e darmos visibilidade às iniciativas exitosas, às parcerias bem-sucedidas, ao Brasil que dá certo”, acrescentou.
Participaram também da solenidade de abertura do Congresso Brasileiro de Inovação da Indústria o presidente do Sebrae, Carlos Melles; o ministro em exercício da Ciência, Tecnologia e Inovações, Sergio Freitas de Almeida; e o presidente da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), Waldemar Barroso.
Manifesto da MEI em prol da inovação no Brasil
Líder da MEI e presidente do Conselho de Administração do Grupo Ultra, o empresário Pedro Wongtschowski leu um manifesto do movimento em prol da inovação. Ele destacou que as empresas inovam porque são movidas pela própria sobrevivência e que o fazem na certeza de que quem não inova sucumbe.
“Temos isto muito claro e é a razão da criação da Mobilização Empresarial pela Inovação e de seu sucesso. Mas a MEI é muito mais do que isto. É a expressão fiel de que temos mais do que as motivações intrínsecas de nossos negócios para seguir a trilha da inovação. Temos outra motivação, temos aqui um propósito maior. O propósito de construir uma sociedade melhor. Um país próspero para todos os brasileiros”, frisou.
Wongtschowski ressaltou também o papel importante da indústria no combate à pandemia e no desenvolvimento de soluções para enfrentar o coronavírus. “Em nossas empresas e em nossas associações demos outra resposta exemplar de solidariedade e de compromisso com a sociedade. Um volume jamais visto de recursos financeiros foi canalizado para ações sociais, para programas de combate à fome, para criação de hospitais de campanhas, para testagem em massa, para apoio às equipes da linha de frente, para a produção e distribuição de equipamentos de proteção individual”, lembrou.
Leia a íntegra do manifesto:
| CNI | | | | Além dos créditos liberados, estão disponíveis para acesso os bilhetes do sorteio que acontece ainda nesta semana. Mais de 7,8 milhões de consumidores que pediram CPF na nota serão beneficiados neste mês.
Consumidores que solicitaram CPF na nota nas compras do mês de dezembro do ano passado vão receber nesta quarta-feira (09) os créditos de ICMS do Nota Paraná, programa da Secretaria da Fazenda. Serão repassados mais de R$ 28,3 milhões, sendo R$ 25,5 milhões para pessoas com CPF identificado e R$ 2,8 milhões para instituições cadastradas que receberam as notas fiscais em doação.
Mais de 7,8 milhões de consumidores que pediram CPF na nota serão beneficiados neste mês. É o maior volume de créditos liberados em cerca de um ano e representa um acréscimo de R$ 6,4 milhões do valor restituído no mês de fevereiro, que foi de R$ 21,9 milhões.
Além dos créditos liberados, estão disponíveis para acesso os bilhetes do sorteio que acontece ainda nesta semana. Para conferir os bilhetes eletrônicos que serão sorteados, o cidadão deve acessar seu cadastro no programa e clicar na aba “meus bilhetes”.
O cálculo do crédito de cada nota fiscal é feito sempre no terceiro mês após a compra. Por exemplo, as compras efetuadas em março/2022 serão calculadas em junho/2022, e assim sucessivamente. Esse é o prazo para que as informações necessárias para o cálculo dos seus créditos (recolhimento do imposto pelo estabelecimento comercial, as notas fiscais com o seu CPF ou as doadas para as instituições sociais) cheguem à Secretaria da Fazenda.
Para acumular créditos basta pedir ao estabelecimento comercial que registre o seu CPF ou CNPJ no documento fiscal. Após a liberação pela Secretaria de Fazenda, o consumidor poderá selecionar uma das opções de utilização dos créditos disponíveis no sistema. Mas, para resgatá-los, é necessário cadastramento no Portal do Programa Nota Paraná.
Créditos repassados aos consumidores em 2021/2022:
MARÇO/2022 (compras de dezembro): R$ 28,3 milhões
FEVEREIRO/2022 (compras de novembro): R$ 21,9 milhões
JANEIRO/2022 (compras de outubro): R$ 21,8 milhões
DEZEMBRO/2021 (compras de setembro): R$ 24,9 milhões
NOVEMBRO/2021 (compras de agosto): R$ 26 milhões
OUTUBRO/2021 (compras de julho): R$ 27,9 milhões
SETEMBRO/2021 (compras de junho): R$ 25,1 milhões
AGOSTO/2021 (compras de maio): R$ 24,4 milhões
JULHO/2021 (compras de abril): R$ 17,3 milhões
JUNHO/2021 (compras de março): R$ 14,1 milhões
MAIO/2021 (compras de fevereiro): R$17,3 milhões
ABRIL/2021 (compras de janeiro): R$ 19,6 milhões
MARÇO/2021 (compras de dezembro): R$ 31 milhões
FEVEREIRO/2021 (compras de novembro): R$ 24 milhões
JANEIRO/2021 (compras de outubro): R$ 24,2 milhões
| Agência Estadual de Notícias | | | | Tanto no acumulado do primeiro bimestre quanto no volume mensal, os percentuais de aumento superaram as expectativas com, respectivamente, 27% e 39% de alta, em comparação com 2021.
O mês de fevereiro fechou com dois novos recordes na movimentação portuária do Paraná. Tanto no acumulado do primeiro bimestre quanto no volume mensal, os percentuais de aumento superaram as expectativas com, respectivamente, 27% e 39% de alta, em comparação com 2021.
“Com mais de 5 milhões de toneladas movimentadas no último mês de fevereiro, e passando de 9 milhões de toneladas no bimestre, fechamos com a melhor movimentação para os dois períodos nos portos de Paranaguá e Antonina”, ressaltou o diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia.
No melhor mês de fevereiro nos portos paranaenses, foram 5.076.757 toneladas de cargas importadas e exportadas pelos terminais. No bimestre, que também entra para o histórico de recordes, a movimentação chegou a 9.234.295 toneladas.
“Diferente do que vínhamos observando nos últimos meses do ano passado, o segmento que puxou as altas foi o de Granéis Sólidos, tanto de importação quanto de exportação”, comenta Garcia.
O segmento responde por quase 64% da movimentação do primeiro bimestre deste ano, com 5.893.104 toneladas. Em fevereiro, com 3.469.252 toneladas, os Granéis Sólidos somaram 68,34% dos volumes movimentados, nos dois sentidos do comércio internacional.
EXPORTAÇÃO – No geral – considerando os três principais segmentos (Carga Geral, Granéis Líquidos e Granéis Sólidos) – 5.040.887 toneladas de cargas foram exportadas pelos portos paranaenses no primeiro bimestre de 2022. O volume é 46% maior que as 3.459.699 toneladas em igual período no ano passado.
Na movimentação mensal, o volume exportado totalizou 2.832.256 toneladas, 66% superior ao quantitativo de fevereiro de 2021, com 1.702.124 toneladas.
IMPORTAÇÃO – Altas também ocorreram nos volumes importados. No acumulado do bimestre, 4.193.408 toneladas chegaram aos portos de Paranaguá e Antonina – um crescimento de 46% frente às 3.787.513 toneladas em 2021.
No mês, a importação totalizou 2.244.501 toneladas, acréscimo de 15,3% sobre o volume de fevereiro do ano passado (1.946.414 toneladas).
CONTÊINERES – As exportações também superam as importações entre as cargas movimentadas em contêineres. Neste ano, foram 96.544 TEUs exportados – 7% a mais que as 90.243 unidades movimentadas no ano passado. Na importação, foram 76.449 TEUs, 6% mais que os 72.415 contabilizados no primeiro bimestre de 2021.
Nos dois sentidos, somente no mês de fevereiro, foram movimentados 84.920 TEUs, 8,6% a mais que os 78.150 TEUs no mesmo mês, em 2021.
ANTONINA – A movimentação do terminal que opera no Porto de Antonina aumentou 157%. No bimestre, neste ano, foram 313.018 toneladas de cargas e, ano passado, 121.995 toneladas.
A movimentação mensal passou de 64.310 toneladas, em fevereiro de 2021, para 149.375 toneladas no último mês de 2022, um crescimento de 132,2%.
| Agência Estadual de Notícias | | | | Com investimento de R$ 4 milhões, objetivo é apoiar instituições de ciência e tecnologia paranaenses para a implantação de programas que incluem capacitações e a divulgação de práticas inovadoras relacionadas ao tema.
O Governo do Estado lançou nesta terça-feira (8) o Programa Mulheres Paranaenses: Empoderamento e Liderança, durante um evento em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, no Palácio Iguaçu. Em sua primeira edição, o objetivo é apoiar financeiramente instituições de ciência e tecnologia paranaenses para a implantação e desenvolvimento de programas voltados à formação de lideranças femininas, por meio de capacitações e divulgação de práticas inovadoras relacionadas ao tema.
Os projetos devem estar vinculados às linhas temáticas de geração de trabalho e renda, enfrentamento à violência; acesso a inovações nas tecnologias de informação/digital; formação de liderança e participação social; saúde da mulher; educação; e apoio e avaliação de políticas públicas.
A primeira-dama Luciana Saito Massa, presidente do Conselho de Ação Solidária do Paraná, destacou a importância do incentivo ao empoderamento feminino. “Nós já conquistamos muita coisa, mas precisamos conquistar muito mais. Então é preciso incentivar e festejar quando as mulheres têm uma conquista, seja pessoal ou profissional”, afirmou.
O superintendente de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Aldo Nelson Bona, explicou que o programa abrange diversas áreas do ensino superior. “É um programa para financiar projetos em todas as universidades do Estado que articulem a formação e o empoderamento feminino em diversas áreas, como saúde e segurança social, além de uma gama de ações em que os projetos de ciência, tecnologia e extensão possam contribuir para a formação do empoderamento feminino”, afirmou.
Débora Sant´Ana, professora e pró-reitora de Extensão e Cultura da Universidade Estadual de Maringá, destacou que o projeto foi, em sua maior parte, pensado por mulheres. “Ele foi construído com mulheres representantes das universidades do Estado do Paraná de todas as regiões. Tem diversas linhas de atuação, que vão desde pesquisa para melhorias da saúde das mulheres, a efetividade das políticas públicas e também aborda questões sobre como podemos reduzir a violência e melhorar a inclusão digital por meio de ações universitárias de ensino, pesquisa e extensão”, destacou.
O Governo do Estado pretende realizar o programa anualmente, com um conjunto de ações voltadas especificamente às instituições de ensino superior. O edital não é para atuação somente de equipes de mulheres, mas sim voltado a projetos exclusivos para o público feminino.
PRAZOS – O cronograma de submissão de propostas prevê três etapas. A primeira consiste no envio de documentação para a Instituição de Ciência e Tecnologia (ICT) até o dia 28 de março e, a partir do dia 5 de abril, serão divulgadas as propostas aptas à segunda etapa.
Na etapa 2, serão apresentados os projetos de extensão e pesquisas aprovados no edital interno da instituição, o que deve ocorrer até 20 de junho, com divulgação dos projetos aptos à etapa 3, a partir de 30 de junho.
A terceira etapa de submissão individual do projeto aprovado no edital interno da ICT, em que o proponente tem vínculo formal, ocorrerá entre 5 e 18 de julho. A partir de 1º de agosto, serão divulgados os projetos a serem contratados.
PRESENÇAS – Participaram da solenidade o vice-governador Darci Piana; o chefe da Casa Civil João Carlos Ortega; o chefe da Casa Militar, tenente-coronel Sérgio Vieira; o deputado estadual Nelson Luersen; a diretora do Procon-PR, Claudia Silvano; a presidente OAB/PR, Marilena Winter; o secretário estadual da Comunicação Social e da Cultura, João Debiasi; a responsável pelo Departamento da Mulher da Sejuf, Mara Sperandio; o diretor de Ciência, Tecnologia e Inovação, Márcio Spinosa; a assessora de Relações Institucionais da Fomento Paraná, Emilia Belinati; além de prefeitos, prefeitas e demais autoridades.
| Agência Estadual de Notícias | | | | Foi lançada nesta terça-feira (8/3), Dia Internacional da Mulher, a Cartilha dos Direitos das Mulheres. O material da Assessoria de Direitos Humanos e Políticas para as Mulheres considera questões históricas e culturais de desigualdade entre homens e mulheres e ressalta a importância da discussão e do conhecimento dos direitos femininos, conquistados com muita luta ao longo dos tempos.
Conhecimento é poder
A cartilha aborda diferentes tipos de direitos, como à saúde; sexuais e reprodutivos; trabalhistas; políticos; cotas raciais; nome social.
“A Assessoria de Direitos Humanos Políticas para Mulheres quis ressaltar a importância e lembrar as mulheres sobre os direitos conquistados, pontuando que, ainda enfrentamos muitos obstáculos para que sejam cumpridos. A informação é fundamental para o protagonismo das mulheres curitibanas”, salienta Elenice Malzoni, assessoria de Direitos Humanos e Políticas para as Mulheres.
Você sabia?
Conheça alguns dos assuntos abordados na cartilha:
- As mulheres grávidas têm direito à pensão alimentícia para seus filhos e ou filhas desde o início da gestação.
- A mãe pode registrar o filho apenas com o seu sobrenome.
- As mulheres que se relacionam com mulheres (casais lesboafetivos) têm o direito de gerar filhos ou filhas por meio de técnicas de reproducão assistida, bem como de adotarem.
- Independente da orientação sexual ou identidade de gênero, o casal tem o direito de celebrar contrato de união estável em cartório de registro civil.
- Os partidos políticos são obrigados a lançar pelo menos 30% de mulheres candidatas em todas as eleições.
- Exames preventivos de cêncer de mama e colo de útero gratuitos são realizados pelo Sistema Único de Saúde – SUS.
- Caso a mulher faça cirurgia para tratamento do câncer de mama e precise retirar o(s) seio(s), tem direito a cirurgia plástica reparadora e ou reconstrutiva, garantida pela Lei Federal n°9797/1999.
- As mulheres trans acima de 18 anos têm o direito de realizar o tratamento, a cirurgia de redesignação sexual e a hormônioterapia pelo SUS e de serem acompanhadas por uma equipe multidisciplinar.
- Mulheres têm direito à igualdade salarial e não podem existir diferenças.
- É proibido exigir atestado ou exame, de qualquer natureza, para comprovação de esterilidade ou gravidez, na admissão ou permanência no emprego.
| Prefeitura de Curitiba | | | | Entre 2019 e 2022, o número de mulheres que comandam startups subiu de 16% para 36% no perfil comparativo de gênero. O número ainda está longe da igualdade, mas já aponta para evolução.
Com um ecossistema de startups fortalecido, financiamento e uma grande rede de universidades, mais mulheres estão concretizando ideias inovadoras no Paraná. Entre 2019 e 2022, o número de mulheres que comandam startups subiu de 16% para 36% no perfil comparativo de gênero. O número ainda está longe da igualdade, mas já aponta para evolução. É o que revela o Mapeamento das Startups Paranaenses 2022 , realizado pelo Sebrae Paraná e divulgado em março.
Em números absolutos, o impacto positivo é ainda mais evidente, porque já ultrapassa quatro dígitos: dos 4.586 founders mapeados pela pesquisa deste ano, 1.650 são mulheres. O estudo mapeou 1.956 startups ativas em 108 municípios do Estado, crescimento de 34% em relação ao ano anterior (1.434 startups). Em 2020 eram 22% empreendedoras e em 2019, quando havia 1.032 empreendimentos inovadores espalhados pelo Paraná, o recorte do perfil feminino era de apenas 16%.
Os números revelam a superação de um medo: o de se arriscar. “A conjuntura social leva as mulheres a buscarem segurança quando vão empreender e os negócios inovadores oferecem maior risco, o que leva menos mulheres a empreenderem no modelo das startups”, afirma Marcela Milano, consultora de Inovação do Sebrae/PR. No entanto, segundo ela, com os negócios inovadores se espalhando pela sociedade, essa barreira começa a ficar cada vez menor.
O estudo, conforme a consultora, expõe ainda as mudanças do mercado durante a pandemia, que chegou ao País em 2020. “Muitas mulheres perderam o emprego ou decidiram mudar de carreira para empreender ou ter uma rotina mais flexível. Não foi um movimento fácil, mas aconteceu. As mulheres estão entrando cada vez mais no mercado inovador”, cita Marcela.
“A visão que a sociedade tem da mulher leva ela a ter mais medo de se arriscar. Mas é preciso coragem e buscar espaço”, destaca Renata Chemin. Ela fundou em 2016 a startup Polen, que poderia ser chamada de Martech e de Fintech, que são aquelas startups voltadas a soluções de marketing ou gestão financeira de forma simples, respectivamente.
Em resumo, a Polen descomplica a conexão entre empresas e causas sociais, de forma organizada e transparente, e já foi apontada uma das 100 mais inovadoras e altamente escaláveis para o mercado em 2021 no ranking 100 Startups to Watch.
“É um momento de crescimento. Ver outras mulheres em posição de empresárias e de empreendedora faz o medo diminuir”, sinaliza Renata, grávida de 35 semanas. Ela é uma das idealizadoras do movimento Quem Transforma – canal para ações de impacto social entre empresas e o terceiro setor – e hoje considerada uma das inovadoras do futuro do Estado.
MAPA – Segundo o Mapeamento das Startups Paranaenses 2022, o mercado de negócios inovadores encarou a pandemia como um desafio e não parou de crescer. Em sua oitava edição, o levantamento foi realizado a partir de pesquisa aplicada às startups do Estado, entre 15 de novembro e 15 de dezembro de 2021. Para o número total, foram consideradas 1.139 startups que já estavam ativas, após análise do estudo anterior, mais 817 respostas de novas startups.
“O mercado está mais voltado para essa movimentação voltada para as mulheres. Com a pandemia, vimos a urgência da tecnologia nos negócios e da inovação nas carreiras. Se as mulheres se apropriam dessas tendências e se arriscam, futuramente não teremos um apagão de mulheres no mercado”, afirma a consultora do Sebrae-PR.
Segundo a pesquisa, a maioria dos founders das startups paranaenses são bem jovens: sendo 303 ou 38% dos respondentes com 25 anos ou menos. 107 founders estão na faixa entre 26 e 30 anos (13,4%) - ou seja, 51,4% das startups do Estado têm como founder alguém com menos de 30 anos de idade.
ESTADO – Da parte do Estado, o Governo implementou duas linhas exclusivas de financiamento para negócios de mulheres, uma na Fomento Paraná (Banco da Mulher Paranaense) e uma no BRDE (BRDE Empreendedoras). As liberações já ultrapassam R$ 140 milhões. São faixas de crédito com juros reduzidos que auxiliam empresas de diversos segmentos e também as de base inovadora.
Além disso, as mulheres figuram como protagonistas nas sete universidades estaduais, em pesquisa e docência, e no aprendizado. Para fortalecer essa rede, o Estado ainda liberou uma linha específica, via Fundação Araucária, para projetos de liderança feminina em instituições de ciência e pesquisa.
| Agência Estadual de Notícias | | | | Bancos oferecem taxas diferenciadas e soluções financeiras a mulheres
Nesta terça-feira (8), Dia Internacional da Mulher, o Banco do Brasil (BB) e a Caixa Econômica Federal anunciaram medidas de apoio ao empreendedorismo feminino. O BB criou uma plataforma de ações diretas para o público feminino. A Caixa anunciou juros diferenciados e facilidades de contratação de crédito durante este mês.
Com 38 milhões de mulheres como clientes, o Banco do Brasil lançou a plataforma BB pra Elas, com benefícios exclusivos para o público feminino. Apenas nesta semana, serão mais de 20 ofertas distribuídas em três eixos: soluções financeiras, educação empreendedora e saúde e bem-estar.
No primeiro eixo, o Banco do Brasil oferecerá R$ 85 bilhões em crédito, com juros promocionais, para mais de 3 milhões de mulheres empreendedoras. A taxa de administração de grupos de consórcio terá desconto de 57%. O banco também oferecerá mais de R$ 90 bilhões em linhas de crédito para o agronegócio voltadas para as mulheres.
Na educação empreendedora, o BB promoverá mais de 1,3 mil cursos profissionalizantes, com três meses de treinamento gratuito, para todas as clientes que se cadastrarem na semana de lançamento do BB pra Elas. Na área de saúde e bem-estar, quem se inscrever na plataforma terá 30 dias de consultas médicas online gratuitas, com orientações sobre saúde da mulher e da família.
Juros
A Caixa oferece taxas diferenciadas para mulheres empreendedoras, benefícios em produtos específicos e vantagens exclusivas ao longo de todo este mês. Empréstimos, seguros e serviços do banco terão condições especiais. As empresas de todos os tamanhos com sócias majoritárias ou dirigentes mulheres terão facilidades na contratação de crédito.
O benefício vale para as linhas de capital de giro Crédito Especial Empresa, GiroCaixa Fampe e para a contratação de capital de giro por grandes empresas. A Caixa também oferece condições especiais para linha de crédito para investimento com valor mínimo de R$ 100 mil por empresas dirigidas por mulheres ou com mulheres como sócias.
Outros benefícios
As clientes que comprarem o Seguro Vida Mulher da Caixa neste mês terão direito a consultas médicas eletivas e exames laboratoriais e de imagem em rede particular com preços reduzidos. As microempreendedoras individuais cadastradas como MEI Mulher que faturarem pelo menos R$ 100 por mês terão isenção no aluguel da maquininha continuamente, desde que este faturamento mínimo seja atingido todo mês.
O valor é dez vezes mais baixo que os R$ 10 mensais exigidos dos demais microempreendedores. Para as micro e pequenas empresas com sócias majoritariamente mulheres, o valor para a isenção do aluguel da maquininha caiu de R$ 20 mil para R$ 10 mil por mês. Para as clientes pessoas físicas, a Caixa reduzirá, neste mês, as taxas do Crédito Direto Caixa (CDC) em até 0,08 ponto percentual ao mês.
| Agência Brasil | | | | Em 2017, 123 trabalhadoras fizeram crachá para trabalhar no cais e demais áreas do Porto de Paranaguá. No ano passado, foram 291.
O número de mulheres que atuam na atividade portuária do Paraná cresceu 136% nos últimos cinco anos. Em 2017, 123 trabalhadoras fizeram crachá para trabalhar no cais e demais áreas do Porto de Paranaguá. No ano passado, foram 291.
No caso dos homens, eram 2.047 em 2017 e 3.208 no ano passado, com aumento de 56%. Ou seja, proporcionalmente o acesso das mulheres cresceu bem mais. Todos os funcionários, da empresa pública e das operadoras privadas, precisam do documento para acessar o local.
Segundo o sistema de controle de acesso do porto paranaense, foram 979 novos crachás emitidos para mulheres entre 2017 e 2021. Antes desse período não há registro porque o sistema era outro, mas, segundo a autoridade portuária, o processo acelerou nos últimos anos.
Para a engenheira e gerente de engenharia Jamile Luzzi Elias, a frequente modernização dos portos do Estado contribui para esse avanço. A empresa teve a gestão reconhecida como melhor do País nos dois últimos anos pelo Ministério da Infraestrutura.
“A participação da mulher acompanha a modernização da atividade portuária, deixando de ser unicamente uma função braçal, para atividades de gestão, engenharia, coordenação e integração de ações”, avalia.
Chefe de uma equipe predominantemente masculina, ela conta que não enfrenta problemas ao comandar colegas homens. “Formamos uma equipe unida, focada em pensar, planejar e construir um porto para as próximas gerações. Tenho uma equipe multidisciplinar em todos os sentidos. São engenheiros com mais de 50 anos de formados e novatos, com poucos anos de casa. Independente de idade ou gênero, nosso objetivo é o mesmo: modernizar a infraestrutura portuária com excelência”, finaliza.
Já a técnica em Segurança do Trabalho Jamile Marçal acredita que é possível ter cada vez mais um ambiente mais equilibrado no trabalho de homens e mulheres. “É preciso que mais mulheres escolham essa área, busquem a capacitação e venham contribuir para o desenvolvimento dos portos. Devemos resistir através da competência técnica para, aos poucos, conseguir diminuir essa desigualdade de gênero”, projeta.
Na visão da bióloga e analista portuária Andréa Lopes, que também trabalha diariamente no local, enfrentar esse mundo ainda bastante masculino é um desafio. “Não é raro eu participar de reuniões com 15, 20 pessoas e, facilmente, eu ser a única mulher presente. Então ainda há, em alguns casos, um desafio em ser ouvida e ter a opinião respeitada”, afirma.
Para ela, o mais importante é tornar o ambiente portuário seguro para todos os trabalhadores. “É essencial abrir espaço e acolher estas profissionais. Por mais que elas estejam entrando no mercado, muitas ainda desistem por conta do histórico de ser uma atividade masculina, de machismo”, justifica.
| Agência Estadual de Notícias | | | | O presidente Jair Bolsonaro sancionou um projeto de lei que muda as regras para o afastamento da empregada gestante, inclusive a doméstica, das atividades laborais durante o período de pandemia. O texto determina o retorno presencial de trabalhadoras grávidas após a conclusão do esquema vacinal contra a covid-19, com duas doses ou dose única (no caso da vacina da Janssen).
A medida foi aprovada de forma definitiva pelo Congresso Nacional em fevereiro, modificando uma lei que estava em vigor desde o ano passado, e que garantia às mulheres grávidas o afastamento do trabalho presencial sem prejuízo do salário.
A nova lei, que será publicada no Diário Oficial de quinta-feira (10), estabelece as hipóteses em que o retorno ao regime presencial é obrigatório para mulheres grávidas: encerramento do estado de emergência; após a vacinação (a partir do dia em que o Ministério da Saúde considerar completa a imunização); se ela se recusar a se vacinar contra o novo coronavírus, com termo de responsabilidade; ou se houver aborto espontâneo com recebimento do salário-maternidade nas duas semanas de afastamento garantidas pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
O afastamento do trabalho presencial só continua mantido para a mulher que ainda não tenha completado o ciclo vacinal.
O texto considera que a opção por não se vacinar é uma “expressão do direito fundamental da liberdade de autodeterminação individual”. Segundo a medida, caso decida por não se imunizar, a gestante deve assinar um termo de responsabilidade e livre consentimento para o exercício do trabalho presencial.
Para os casos em que as atividades presenciais da trabalhadora não possam ser exercidas remotamente, ainda que se altere suas funções, respeitadas suas competências e condições pessoais, a situação deve ser considerada como gravidez de risco até a gestante completar a imunização e poder retornar ao trabalho presencial.
Durante esse período, ela deve receber o salário-maternidade desde o início do afastamento até 120 dias após o parto ou, se a empresa fizer parte do programa Empresa Cidadã de extensão da licença, por 180 dias. Entretanto, não poderá haver pagamento retroativo à data de publicação da lei.
| Agência Brasil | | | | Levantamento feito pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) com 196 empresas com mais de 50 funcionários mostra que apenas 10% delas utilizaram linhas de financiamento de instituições financeiras ou organismos públicos para obter recursos destinados à área de pesquisa e desenvolvimento (P&D) em 2020.
De acordo com a pesquisa divulgada hoje (9), 89% das empresas ouvidas usaram recursos próprios para o setor; 3% disseram que obtiveram financiamento de instituições financeiras privadas. O levantamento tem margem de erro de 5,9% a 7,9% e foi feito no período de 4 de outubro de 2021 a 4 de fevereiro de 2022.
O principal programa público de apoio à área de P&D utilizado pelas empresas foi a Lei do Bem, citada por 41% das beneficiadas com financiamento público. Segundo o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, os resultados referentes às fontes de financiamento confirmam realidade já observada há anos no Brasil: o país não prioriza a área de ciência, tecnologia e inovação (CT&I) e a inovação empresarial é feita com baixo apoio público.
“Estamos na contramão de países desenvolvidos, que reconhecem o papel do Estado no fomento à inovação, ciência e tecnologia. Os frutos de um ambiente nacional mais aberto para a inovação são colhidos pela própria sociedade, com aumento da qualidade de vida das pessoas, redução do custo da tecnologia, criação de empregos melhores. Por isso, o Brasil precisa, urgentemente, de uma estratégia de inovação de longo prazo”, destacou Andrade.
De acordo com a CNI, no levantamento nacional mais atual, o Brasil investiu 1,21% do Produto Interno Bruto (PIB) em P&D em 2019, incluindo recursos públicos e privados, contra 1,17% do ano anterior. A título de comparação, o investimento chinês em P&D, em relação ao PIB, foi de 2,23% em 2019.
O levantamento revela que a maior parte das empresas consultadas vê a importância de investir em P&D e destina recursos para produtos e processos inovadores: 65% delas investiu na área em 2020. Em média, o dispêndio foi de 2% da receita líquida de vendas, e o investimento em P&D ocorreu principalmente em pessoal (56,9%).
A sondagem da CNI mostra ainda que pouco mais da metade das empresas (51,1%) praticam inovação aberta, ou seja, fazem parcerias com outras empresas, instituições, universidades ou startups para desenvolver processos de pesquisa e desenvolvimento.
Questionadas sobre as principais razões para não investir em P&D, as entrevistadas que não realizaram atividade na área citaram custos de implementação muito elevados (22%) e a existência de outras estratégias relevantes para a competitividade (22%), seguidos por falta de pessoal qualificado na empresa (20%), falta de linhas de financiamento adequadas (20%) e falta de conhecimento sobre parceiros para projetos (19%).
O Ministério de Ciência e Tecnologia foi procurado, mas até o fechamento desta matéria não havia se manifestado.
| Agência Brasil | | | |
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