| 21 de julhO de 2021
Quarta-feira
- IBGE: indústrias empregavam 7,6 milhões de pessoas em 20
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- Pronampe é a melhor linha de crédito para MPEs, mas precisa melhorar, diz Sebrae
- Sebrae: pequenas indústrias têm mais dificuldade no acesso a crédito
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- MEI é grande oportunidade, mas não funciona para informais, diz Bianco
- Relatório da Economia vê baixo retorno de empresas para União
- Com pandemia, indústria perde ainda mais participação no PIB e agronegócio ganha protagonismo
- O câmbio e sua influência na competitividade da indústria
- O mundo já registra 4,6 bilhões de dados vazados em 2021, diz PSafe
- Projeto quer instituir a Lei de Dados Abertos no Paraná
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- Tech brasileira lança token que rastreia dados e dá alerta em caso de vazamento
- Banco Mundial: Mercado de trabalho no Brasil pode sofrer por 9 anos com pandemia
- Crise na pandemia pode afetar por nove anos salário dos brasileiros
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- Covid: impacto no salário de trabalhador pouco qualificado pode durar até 9 anos
- PIA Empresa: de 2013 a 2019, a indústria perdeu 8,5% de suas empresas e 15,6% dos seus postos de trabalho
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- Programa BEm evitou que mais de 12 milhões de pessoas perdessem emprego formal
- Conselho de trabalho criará fórum de discussão de empregabilidade de mulheres
- Bolsonaro vai tirar poder de Guedes para recriar Ministério do Trabalho
- Projeto propõe pagar R$ 550 e dar curso a jovens e desempregados; entenda
- Cérebro precisa de pausas entre reuniões, aponta estudo da Microsoft
- Pesquisa aponta que brasileiros ficaram mais individualistas na pandemia
- Aneel autoriza reajuste nas tarifas de cinco distribuidoras no RS
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- Energia elétrica fica mais cara em 14 estados após reajuste de concessionárias
- Dona das marcas Brastemp e Consul vai investir R$ 240 mi para ampliar fábricas
- Fabricante de eletrônicos Multilaser vai estrear na B3 valendo R$ 9 bilhões
- Mercado se acalma, mas há mudança de cenário à vista
- Bitcoin cai abaixo de US$ 30 mil pela primeira vez desde junho
- Ações de commodities já subiram até 200% - e ainda continuam um bom negócio
- Bolsonaro diz achar que reformas administrativa e tributária saem este ano
- Equipe econômica foi com 'sede ao pote' em reforma tributária, diz Bolsonaro
- Arrecadação de impostos sobe 24,5% no 1º semestre e é a maior desde 2007
- Frente Parlamentar mobilizou o Paraná na luta por um modelo de pedágio justo e eficiente
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- Caminhoneiros avaliam eventual paralisação a partir do próximo domingo
- Antofagasta tem queda de 2,5% na produção de cobre no 2º trimestre
- PIA Produto: em 2019, minério de ferro ultrapassa diesel e se torna o segundo produto industrial do país; petróleo bruto lidera
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Em 21/07/2021
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Fonte: BACEN
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O número de empresas industriais do país chegou a 306,3 mil em 2019, com queda acumulada de 8,5%, ou menos 28,6 mil empresas, desde 2013. Essas empresas ocupavam 7,6 milhões de pessoas, contingente que vem recuando há seis anos, acumulando queda de 15,6%, com menos 1,4 milhão de trabalhadores, desde 2013.
Esses dados constam da Pesquisa Industrial Anual Empresa 2019 (PIA Empresa), divulgada hoje (21) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
As indústrias movimentaram R$ 3,6 trilhões de receita líquida de vendas e pagaram um total de R$ 313,1 bilhões em salários e outras remunerações. A atividade gerou um total de R$ 1,4 trilhão de valor de transformação industrial (VTI), sendo 90,1% decorrentes das indústrias de transformação. Esse total é resultado da diferença entre um valor bruto da produção industrial de R$ 3,3 trilhões e os custos de operações industriais, de R$ 1,9 trilhão.
O faturamento bruto total das empresas em 2019 alcançou R$ 4,8 trilhões, sendo 82,5% da venda de produtos e serviços industriais, 8,3% decorrentes da receita gerada por atividades não industriais, e 9,2% por outras receitas, como rendas de aluguéis, juros relativos a aplicações financeiras, variações monetárias ativas e resultados positivos de participações societárias.
As oito maiores empresas industriais concentravam 24,7% do VTI. A participação das indústrias extrativas no VTI subiu de 11,7% para 15,2% em dez anos. A indústria de transformação perdeu participação, mas ainda concentra 84,8% do VTI das atividades industriais do país.
A participação da fabricação de veículos no ranking do VTI nacional caiu da 3ª para 6ª posição entre 2010 e 2019. A Região Sudeste perdeu participação desde 2010, mas ainda concentrava 57,7% do VTI em 2019.
A indústria pagava, em média, 3,2 salários mínimos em 2019. As indústrias extrativas tinham a maior média salarial (4,6 salários mínimos), enquanto as indústrias de transformação pagavam, em média, 3,1 salários mínimos.
O porte médio da indústria era de 25 pessoas ocupadas por empresa. As indústrias extrativas ocupavam 30 trabalhadores por empresa e as indústrias de transformação, 25.
Receita de vendas
O IBGE também divulgou a Pesquisa Industrial Anual Produto 2019 (PIA Produto) que apontou que o valor da receita de vendas em 38,5 mil unidades locais industriais das 32 mil empresas com 30 ou mais pessoas ocupadas totalizou R$ 2,8 trilhões.
Entre as maiores participações na receita de vendas, a liderança continuava com óleos brutos de petróleo, com R$ 106,2 bilhões e participação de 3,8%. Em seguida, vêm minérios de ferro, óleo diesel, automóveis, carnes bovinas frescas ou refrigeradas, etanol para fins carburantes, gasolina automotiva, tortas, bagaços, farelos e outros resíduos da extração do óleo de soja, pastas químicas de madeira e adubos ou fertilizantes com nitrogênio, fósforo e potássio.
Segundo o IBGE, somados, os dez principais produtos industriais concentraram 21,5% do valor das vendas em 2019, participação superior à registrada em 2018, com 20,9%.
Entre os 100 principais produtos, os que mais ganharam posições frente a 2018 foram o álcool etílico (etanol) desnaturado para fins carburantes, que ganhou 43 posições (de 86ª para 43ª) e carnes de suínos frescas ou refrigeradas (da 123ª para 94ª).
Já entre os que mais perderam, destacam-se serviço de manutenção e reparação de aeronaves, turbinas e motores de aviação, que perdeu 25 posições (de 41ª para 66ª) e biscoitos e bolachas, da 37ª para 58ª posição.
| Agência Brasil | | | | Donos de pequenos negócios do setor da indústria são os que têm a pior avaliação sobre a obtenção de empréstimos no país. De acordo com a Sondagem das Micro e Pequenas Empresas, realizada pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), apesar da percepção de melhoria de acesso ao crédito ter crescido, quase 33% dos donos de micro e pequenas indústrias consideram o grau de exigência para concessão ou renovação de empréstimos bancários alto, 57,3% moderado e apenas 10% acreditam que é baixo.
Por essa razão, para o Sebrae é importante o desenvolvimento de políticas públicas que facilitem o uso de garantias, como é o caso do Programa Nacional de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Pronampe), que voltou a vigorar neste mês.
Pronampe
Criado no ano passado para ajudar micro e pequenas empresas afetadas pela pandemia de covid-19, o Pronampe tornou-se permanente em 2021, mas o volume que pode ser emprestado depende da quantia injetada no Fundo Garantidor de Operações (FGO), que cobre os eventuais calotes dos tomadores de empréstimos. Nos primeiros dez dias de funcionamento, o programa já emprestou 40% dos recursos.
Já os empreendedores do setor de serviços, apesar de serem um dos mais afetados pela pandemia e com grande parte do faturamento reduzido, veem o acesso a crédito de uma forma mais positiva. Segundo o Sebrae, para 25,6% deles as exigências são altas e 14,6% consideram baixas. Para 59,8%, as exigências são normais.
No caso do comércio, para 75,7% dos empresários as exigências são normais, o que, na visão do Sebrae, pode estar associado ao uso mais tradicional de montantes menores e para capital de giro.
| Agência Brasil | | | |
Proposta protocolada em 2020 obriga Governo a disponibilizar informações na internet de maneira mais estruturada e acessível.
Na última semana, o Tribunal de Contas do Paraná apontou falhas na condução da Casa Civil do Estado relacionadas à falta de transparência do Governo do Estado. Segundo o relatório, a ausência de um mecanismo de controle nos processos e que possibilite acesso a público dos dados da gestão pode estar acobertando, dentre outras coisas, a contratação de profissionais sem a devida capacitação para cargos de direção, chefia e assessoramento. Além disso, houve também o destaque no documento para a inexistência de políticas que realmente atinjam os objetivos e metas para atender o interesse público.
Na avaliação do deputado Requião Filho (MDB), isso é resultado de uma gestão que vende a ideia de eficiência, de compliance, mas que na prática não existe. “Estamos vivendo um momento em que tudo é maravilhoso nas propagandas, mas na realidade é bem diferente. Temos um Governo despreocupado com a transparência, com o monitoramento dos gastos e sem possibilitar acesso a quem tem o direito de saber o que acontece no Palácio Iguaçu”.
Pensando nisso, o parlamentar apresentou na Assembleia Legislativa, em 2020, um projeto que pretende modernizar o sistema de disponibilização de dados do Executivo à população paranaense e ampliar a transparência dos gastos públicos no Estado.
“Para a fiscalização da atuação do Poder Executivo, a medida dos dados abertos tornaria mais ágil o acesso às informações da população na internet e possibilitaria sua importação em tempo real”, justificou.
O deputado também destaca a vigência do artigo 24 do Marco Civil da Internet, que avaliza o projeto e permite ao Legislativo constituir diretrizes para sua atuação mais transparente, colaborativa e democrática.
“Essa recomendação que o Tribunal de Contas faz neste momento só comprova o quanto necessitamos agilizar a votação deste projeto na Assembleia e de quanto o Paraná carece de uma legislação que garanta esse direito aos paranaenses. Queremos evitar que continuem acontecendo essas omissões de dados, essas contratações de pessoas sem capacitação para cargos altos do poder público, ou ainda que ocorram novos escândalos de corrupção”.
O projeto de lei 522/2020 aguarda parecer da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) para seguir a tramitação no Legislativo. Além de Requião Filho, também assinam o projeto os deputados: Arilson Chiorato (PT), Boca Aberta Jr (PROS), Evandro Araújo, Goura (PDT), Homero Marchese (PROS), Luciana Rafagnin (PT), Mabel Canto (PSC), Professor Lemos (PT) e Tadeu Veneri (PT).
| ALEP | | | | O relatório do Banco Mundial "Emprego em Crise: Trajetória para Melhores Empregos na América Latina Pós-covid-19" alerta que os efeitos da pandemia da covid-19 podem afetar, por até nove anos, os salários dos trabalhadores médios do país.
De acordo com o documento, a crise gerada pela pandemia vai afetar o mercado de trabalho no Brasil e na América Latina por um longo período, inclusive com efeito negativo sobre empregos e salários.
"No Brasil e no Equador, embora os trabalhadores com ensino superior não sofram os impactos de uma crise em termos salariais, e sofram apenas impactos de curta duração em matéria de emprego, os efeitos sobre o emprego e os salários do trabalhador médio ainda perduram nove anos após o início da crise", diz o relatório.
O relatório aponta que essa situação vai deixar cicatrizes, como o aumento no desemprego, na informalidade e também redução dos salários.
"Na região da ALC [América Latina e Caribe], as cicatrizes são mais intensas para os trabalhadores menos qualificados, sem ensino superior", diz o documento.
O documento foi divulgado em junho, e na manhã desta terça-feira (20) um webinário (seminário pela internet) com os autores aprofundou o diagnóstico. O documento também recomenda modificações no seguro-desemprego e maior atenção às políticas de inclusão de trabalhadores informais no mercado de trabalho, especialmente no cenário pós-pandemia.
"A crise econômica gerada pela pandemia da covid-19 ressaltou a importância de renovar os instrumentos de proteção social a fim de proteger a renda contra os choques canalizados por meio do mercado de trabalho, no Brasil e no mundo”, afirma o documento.
O relatório aponta que o seguro-desemprego acaba tendo um papel limitado na proteção social aos trabalhadores, “pois aqueles que são mais afetados pelas crises econômicas, como a causada pela pandemia, a exemplo dos trabalhadores informais e autônomos formais, são inelegíveis para receber o benefício”.
Benefícios
Em 2019, no Brasil, somente 17,7% da média mensal de trabalhadores desempregados (12,6 milhões) receberam benefícios de desemprego, podendo contar apenas com o Bolsa Família para a proteção mínima da renda, quando elegíveis.
O relatório também mostra que outro ponto a ser considerado é o de que o período de pagamento do seguro no país, que varia de três a cinco meses, é inferior ao de outros países comparados. Além disso, o acesso ao benefício é um pouco mais difícil no Brasil do que em outros países. Atualmente, para ter direito ao seguro-desemprego pela primeira vez é preciso ter trabalhado com carteira assinada em 12 dos últimos 18 meses anteriores ao desligamento.
“O alto valor do pagamento inicial dos programas de desemprego, juntamente com sua curta duração, resultam em incentivos ao uso excessivo de benefícios do desemprego, mas com um apoio abaixo do ideal, que não beneficia aqueles propensos a períodos de desemprego mais longos”, diz o relatório.
O relatório destaca que também faltam políticas de apoio para auxiliar os trabalhadores que estão buscando emprego de forma autônoma.
“Para enfrentar esses desafios, serão necessárias reformas regulatórias dos atuais benefícios de desemprego e reinvestimentos das economias para desenvolver sistemas de apoio modernos que reduzam o risco moral, mas também atendam a metade menos protegida do mercado de trabalho, para quem quase nenhuma despesa é dedicada”, defende o relatório.
Uma das recomendações propostas é a de que, para melhorar a cobertura do seguro-desemprego, o período de carência para elegibilidade ao primeiro pedido seja reduzido, e a exigência para pedidos subsequentes, aumentada. Outra possibilidade é de que um menor peso de contribuição poderia ser atribuído a períodos de contribuição ininterruptos.
O documento sugere ainda a adoção de programas de seguro-desemprego para os trabalhadores autônomos formais. Alguns desses programas já existem em países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento (OCDE). Esses programas, tendem a ter critérios de elegibilidade mais rigorosos do que para os trabalhadores formais assalariados, incluindo a comprovação de falência ou fechamento involuntário da empresa.
| Agência Brasil | | | | PIA Empresa: de 2013 a 2019, a indústria perdeu 8,5% de suas empresas e 15,6% dos seus postos de trabalho
Em 2019, o país tinha 306,3 mil empresas industriais, que ocuparam 7,6 milhões de pessoas e pagaram R$ 313,1 bilhões em salários, retiradas e outras remunerações. A receita líquida de vendas do setor foi de R$ 3,6 trilhões.
Em 2019, o número de empresas industriais teve a sexta queda consecutiva e estava 8,5% abaixo do seu auge, que foi em 2013 (335,0 mil). Já o número de postos de trabalho caiu 15,6% em relação a 2013, quando o setor empregava 9,0 milhões de pessoas, o apogeu da série histórica.
Entre 2010 e 2019, a ocupação do setor industrial caiu 9,2%, puxada pela perda de 786,2 mil empregos nas indústrias de transformação. Somente oito das 24 atividades da indústria de transformação aumentaram seu pessoal ocupado, com destaque para a fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis (51,3%).
Mesmo pagando os salários mais elevados, a indústria extrativa teve uma redução no salário médio, passando de 5,9 salários mínimos (s.m.) para 4,6 s.m. Nas indústrias de transformação a redução foi de 3,3 s.m. para 3,1 s.m.
Em 2019, as oito maiores empresas industriais eram responsáveis por 24,7% do Valor de Transformação Industrial (VTI) nacional. De 2010 a 2019, a participação das unidades locais das indústrias extrativas no VTI passou de 11,7% para 15,2%. Apesar da perda de participação em dez anos, o Sudeste ainda concentrava 57,7% do VTI nacional em 2019.
O faturamento bruto da indústria foi de R$ 4,8 trilhões em 2019, e 82,5% deste vieram da venda de produtos e serviços industriais, participação maior que a de 2010 (80,5%).
A fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias teve a maior perda de representatividade na receita líquida de vendas da indústria (3,1 p.p.), passando da 2ª para a 4ª posição no ranking, e concentrando 9,2% do faturamento total em 2019. Essas são algumas das informações da Pesquisa Industrial Anual (PIA) Empresa 2019.
Ocupação na indústria caiu 15,6% desde 2013
A indústria brasileira empregou 7,6 milhões de pessoas em 2019, com queda de 9,2% frente a 2010. Em relação a 2013, o ponto alto da série, quando chegou a empregar 9,0 milhões de pessoas, a indústria perdeu 15,6% dos seus postos de trabalho
Frente a 2018, a indústria perdeu 0,7% dos seus postos de trabalho. Embora a ocupação nas indústrias extrativas tenha subido 2,6% no período, houve queda de 0,8% (ou menos 57.694 essoas) nas indústrias de transformação, responsáveis por 97,5% das ocupações do setor.
Em 10 anos, entre as 24 atividades das indústrias de transformação, oito tiveram crescimento de pessoas ocupadas, com destaque para a fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis (51,3%). As quedas mais intensas vieram da fabricação de outros equipamentos de transporte, exceto veículos automotores (-27,7%) e da fabricação de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-27,5%).
Nas indústrias extrativas, a extração de petróleo e gás natural quase quintuplicou a mão de obra ocupada em 10 anos. A queda mais intensa foi na extração de carvão mineral (-41,0%). As indústrias extrativas representam 2,5% da mão de obra de toda a indústria.
As atividades que mais empregaram em 2019 foram fabricação de produtos alimentícios (21,6%) e confecção de artigos do vestuário e acessórios (7,5%). A seguir, vêm produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos (5,9%), veículos automotores, reboques e carrocerias (5,8%) e produtos de minerais não-metálicos (5,1%).
Indústria extrativa tem a maior média salarial
A indústria nacional pagou R$ 313,1 bilhões em salários, retiradas e outras remunerações em 2019, sendo 96,4% referente às indústrias de transformação e 3,6% às indústrias extrativas. Em dez anos, contudo, o salário médio mensal na indústria caiu de 3,4 s.m. para 3,2 s.m.
Embora ainda pague os salários mais elevados, a indústria extrativa teve uma redução 1,3 s.m. em uma década, passando de 5,9 s.m. em 2010, para 4,6 s.m. em 2019, sobretudo, devido à queda de 4,0 s.m. na atividade de extração de minerais metálicos. Já na indústria de transformação a redução foi de 3,3 para 3,1 s.m. A extração de petróleo e gás natural tinha o maior nível salarial mensal em 2019 (23,0 s.m.), seguida pelas atividades de apoio à extração de minerais (9,7 s.m.) e a fabricação de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (7,0 s.m.).
Número de empresas industriais caiu 8,5% desde 2013
Em 2019, a PIA encontrou 306,3 mil empresas industriais no país. Em dez anos, esse foi o segundo menor número de empresas, ficando atrás apenas de 2010 (299,9 mil). Esse indicador atingiu seu apogeu em 2013 (335,0 mil empresas) e, desde então, não parou de cair (tabela abaixo).
As empresas da indústria de transformação representam 97,9% das empresas industriais e tiveram comportamento similar: seu número vem se reduzindo desde 2014 e chegou a 300 mil em 2019 (menos 8,2%). Já o número de empresas nas indústrias extrativas cresceu 7,1% desde 2018, chegando a 6,3 mil. Esse setor representa apenas 2,1% das empresas industriais.
Em 2019, a indústria tinha 183,8 mil unidades locais, das quais 97,5% operavam nas indústrias de transformação. Unidade local é onde se desenvolvem as atividades econômicas de uma empresa.
Porte médio das indústrias extrativas superava o das indústrias de transformação
Em 2019, o porte médio das empresas industriais era de 25 pessoas ocupadas, sendo mais elevado nas indústrias extrativas (30 pessoas) do que nas indústrias de transformação (25 pessoas). Entre as atividades industriais, destacam-se a fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis, com cerca de 668 pessoas ocupadas por empresa, seguida da extração de minerais metálicos (374 pessoas) e da fabricação de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (220 pessoas).
Faturamento bruto das empresas industriais foi de R$ 4,8 trilhões em 2019
O faturamento bruto da indústria foi de R$ 4,8 trilhões em 2019, dos quais 82,5% vieram da venda de produtos e serviços industriais, cuja participação cresceu frente a 2010 (80,5%).
A participação da receita das atividades não industriais também aumentou de 7,1% em 2010 para 8,3% em 2019. Já a participação das demais receitas (aluguéis, juros de operações financeiras etc.) recuou de 12,4% para 9,2%, no período.
A receita líquida de vendas foi de 3,6 trilhões em 2019. Desse total, 67,4% se concentravam nas empresas com 500 ou mais pessoas ocupadas). Destaca-se, ainda, que em 10 anos, a receita líquida das empresas com até 19 pessoas ocupadas passou de 5,0% para 5,8%.
Fabricação de veículos perde participação e cai no ranking de faturamento
Em 2019, o faturamento das indústrias extrativas foi 6,1% do total da indústria, sua maior participação em 10 anos. A atividade de extração de petróleo e gás natural teve aumento de 1,6 p.p, no período, alcançando 1,7% do faturamento industrial. A atividade extrativa mais relevante, contudo, foi a extração de minerais metálicos, que concentrou 3,6% da indústria.
Já nas indústrias de transformação, a fabricação de produtos alimentícios (20,5%) se consolidou como a atividade com a maior parcela de faturamento em dez anos, com um ganho de participação de 3,3 p.p.
Por outro lado, a fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias teve a maior perda de representatividade na indústria (3,1 p.p.), passando da 2º para a 4ª posição no ranking, e concentrando 9,2% do faturamento total da indústria em 2019.
Valor da transformação industrial foi de R$ 1,4 trilhão em 2019
Em 2019, 306,3 mil empresas industriais ativas com uma ou mais pessoas ocupadas empregaram 7,6 milhões de pessoas e pagaram R$ 313,1 bilhões em salários, retiradas e outras remunerações. Sua receita líquida de vendas foi de R$ 3,6 trilhões.
A indústria gerou R$ 1,4 trilhão de valor da transformação industrial (VTI), a diferença entre o valor bruto da produção (R$ 3,3 trilhões) e os custos das operações industriais (R$ 1,9 trilhão). Desse montante, 90,1% (R$ 1,3 trilhão) foram das indústrias de transformação.
As oito maiores empresas industriais geram 24,7% do VTI nacional
Em dez anos, a concentração industrial (R8) aumentou 2,4 p.p., passando de 22,3% em 2010 para 24,7% em 2019. Nas indústrias extrativas, a concentração reduziu de 75,5% para 74,0% e nas indústrias de transformação aumentou de 19,6% para 23,0%. A “razão de concentração de ordem 8” (R8) é o percentual do VTI gerado pelas oito maiores empresas do setor.
No período, a concentração aumentou na fabricação de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos, de 33,5% para 46,1%, e na fabricação de celulose, papel e produtos de papel, que passou de 46,2% para 56,6%.
Participação das indústrias extrativas no VTI sobe para 15,2% em dez anos
Em uma década, as unidades locais das indústrias extrativas aumentaram sua participação no VTI, passando de 11,7% em 2010 para 15,2% em 2019. Já as unidades locais das indústrias de transformação, apesar de uma redução de 3,5 p.p. no período, concentraram 84,8% do VTI em 2019.
Nas indústrias extrativas, o avanço vem da extração de petróleo e gás natural que, em uma década, aumentou sua parcela em 3,4 p.p. e registrou 7,2% do VTI da indústria. Nas indústrias de transformação, a fabricação de produtos alimentícios continua sendo a principal atividade e ganhou 1,3 p.p., concentrando 15,2% do VTI em 2019. Em seguida, a fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis, correspondeu a 13,6% do valor gerado na indústria e avançou 3,3 p.p. entre 2010 e 2019.
Fabricação de veículos cai da 3ª para 6ª posição no ranking de VTI
A fabricação de produtos químicos passou a ocupar a terceira posição do ranking em 2019, com 7,3% do VTI. Já a fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias (6,2%), recuou 3,8 p.p. e caiu da 3ª para a 6ª posição no ranking, entre 2010 e 2019.
No ranking das cinco maiores atividades na composição do VTI em 2019, a 4ª e 5ª posição ficaram com a extração de petróleo e gás natural, que passou a concentrar 7,2% do VTI da indústria e subiu do nono para o quarto lugar; seguida da extração de minerais metálicos, que, em 2019, ocupou a quinta posição, perfazendo 6,7% do VTI industrial.
Sudeste perde participação, mais ainda concentra 57,7% do VTI
A região Sudeste concentrava 57,7% do valor de transformação industrial (VTI) em 2019, seguida pelo Sul (19,2%), Nordeste (10,0%), Norte (7,5%) e Centro-Oeste (5,6%). Embora mantenha a liderança, desde 2010 o Sudeste perdeu 3,2 p.p. em participação. Já o Centro-Oeste (1,1 p.p.), Sul (0,8 p.p.), Nordeste (0,7 p.p) e o Norte (0,6 p.p.) avançaram no período.
No Sudeste, São Paulo (56,6%) perdeu 2.8 p.p de participação no VTI regional em dez anos, com o declínio da indústria automobilística. Minas Gerais (20,0%) e Rio de Janeiro (19,6%) ocuparam a segunda e terceira posições, com o Espírito Santo (3,8%) a seguir.
Na indústria paulista, a principal mudança foi na indústria automobilística, que em 2010 liderava, com 14,6% do VTI e, em 2019, caiu para 9,0%, deixando o trio das principais atividades do estado. Em Minas Gerais, a extração de minerais metálicos representa 22,8% do VTI.
Na indústria fluminense, destaca-se a dependência da extração de petróleo e gás natural (33,1%) e da fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis (30,3%), que somam 63,4% do VTI estadual. No Espírito Santo, a extração de petróleo e gás natural representa 36,8% do VTI.
Santa Catarina é o estado que mais ganhou participação no VTI do Sul do país
Na região Sul, que avançou 0,8 p.p., o Paraná (36,7%) e o Rio Grande do Sul (35,9%) lideraram o VTI regional, ocupando, respectivamente, o primeiro e segundo lugares no ranking. Mas o principal destaque foi Santa Catarina (27,4%), que apesar de manter a terceira posição, foi o estado que mais ganhou participação em dez anos (1,7 p.p.). Neste estado, destaca-se a expansão da indústria alimentícia, que tirou espaço da tradicional cadeia de têxtil e vestuário.
O Nordeste aumentou 0,7 p.p no VTI, com o aumento da representatividade do estado de Pernambuco, que elevou a participação em 4,9 p.p. no período e concentrou 21,0% do VTI regional. Esse avanço ocorreu em detrimento da Bahia (40,6%), que perdeu 4,4 p.p. de participação, embora tenha mantido a liderança na região.
A indústria cearense, por sua vez, foi responsável por 13,9% do VTI em 2019, consolidando cadeias importantes da indústria do couro e de vestuário no estado nos últimos 10 anos. Outro destaque foi o Maranhão, que no período, aumentou a participação em 2,4 p.p. e chegando a 6,1% do VTI em 2019, principalmente pelo desenvolvimento da indústria metalúrgica e de papel e celulose, superando a Extração de minerais metálicos nos últimos anos.
Pará lidera com mais da metade do VTI no Norte do país
A região Norte avançou 0,6 p.p. em participação no VTI do país, entre 2010 e 2019. Destaca-se o avanço do Pará (13,2 p.p.). O Amazonas recuou 12,2 p.p. em dez anos. Em 2019, os dois estados lideraram o VTI regional com, respectivamente, 55,3% e 39,7% do total.
No Pará, 84,3% do VTI vêm da extração de minerais metálicos, enquanto o Amazonas se beneficia da Zona Franca de Manaus e da indústria de eletrônicos, bebidas e refino de petróleo. Somados, os demais estados totalizaram 5,0% da produção da região Norte.
VTI do Mato Grosso do Sul cresce 6,7 p.p em dez anos
O Centro-Oeste teve o maior aumento em participação no VTI da indústria nacional em dez anos (1,1 p.p.). Goiás (47,3%) é o líder na região, mas a participação Mato Grosso do Sul (25,4%) cresceu 6,7 p.p. no período, graças à produção de papel e celulose e de biocombustíveis. Mato Grosso (23,4%) e o Distrito Federal (3,9%) completam o ranking, ambos com forte predominância da indústria de alimentos.
| IBGE | | | | Empresas atendem a mais de 120,8 mil unidades consumidoras no estado
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) autorizou hoje (20) o reajuste tarifário de cinco distribuidoras de energia do Rio Grande do Sul. Juntas, as empresas Centrais Elétricas de Carazinho (Eletrocar), Hidropan Distribuição de Energia, Mux Energia, Nova Palma Energia e Departamento Municipal de Energia de Ijuí (DEMEI) atendem a mais de 120,8 mil unidades consumidoras no estado. Os novos valores começam a ser aplicados a partir do dia 22 de julho.
A Eletrocar, que atende 38,4 mil unidades consumidores em Carazinho, terá o reajuste médio da tarifa em 4,24%. Os 18 mil concessionários da Hidropan terão reajuste médio de 6,45%. A concessionária atende o município de Panambi.
Os consumidores da Mux terão as tarifas reajustadas em média em 8,93%. A concessionária atende 11,9 mil unidades no município de Tapejara. Já para os 16,3 mil consumidores da Nova Palma terão a tarifa reajustada em média e, 5,59%. A Nova Palma atende consumidores do município de Faxinal do Soturno.
Já o Departamento Municipal de Energia (Demei) de Ijuí, que atende 35,3 mil unidades consumidoras, terá 8,24% de efeito médio de reajuste na tarifa.
A Aneel disse ainda que tomou um conjunto de ações para evitar que o reajuste nas tarifas da Eletrocar, Hidropan, Mux Energia e Nova Palma fosse maior.
“As empresas Eletrocar e Hidropan tiveram seus índices tarifários atenuados pela reversão do empréstimo da conta-covid, já a revisão da Mux Energia foi amenizada pelo uso de créditos de PIS/Cofins. No caso da Nova Palma, foram quatro ações de redução que juntas totalizaram impacto do reajuste”, disse a agência.
| Agência Brasil | | | | Depois de 18 audiências públicas presenciais e remotas, Governo Federal aceitou rever proposta de concessão e atender demandas da população.
Dar voz aos paranaenses. Essa é a principal missão da Frente Parlamentar sobre o Pedágio da Assembleia Legislativa do Paraná. Depois de percorrer o Paraná em nove audiências públicas presenciais, realizar outros oito encontros on-line para debater o tema e uma reunião técnica com representantes do Ministério da Infraestrutura para conhecer o projeto, o grupo de trabalho começa a colher os frutos da mobilização que reuniu políticos, o setor produtivo e, principalmente, quem utiliza as rodovias. O Paraná rejeitou o modelo proposto pelo Governo Federal e agora uma nova proposta está sendo desenhada. Mesmo diante dessa primeira vitória, ainda há um longo caminho na busca pelo melhor projeto, com a menor tarifa e garantia das obras.
“O trabalho foi absolutamente fundamental. Nós fizemos o Governo Federal, que havia construído um modelo em debate com o Governo do Estado, recuar. Tiveram que desistir do modelo híbrido, tiveram que desistir da taxa de outorga, que era aquele tributo que seria pago para o Governo Federal, e, ao mesmo tempo, o governador saiu daqui e foi lá no presidente da República e disse: o Paraná quer licitação pelo menor preço de tarifa. Foi um grande avanço tudo isso. Acho que nós tivemos um semestre de grandes conquistas e, se alguém achava que ia tratorar a Assembleia Legislativa e a sociedade paranaense, se enganou”, avalia o deputado Luiz Claudio Romanelli (PSB), primeiro secretário da Assembleia Legislativa.
Para o coordenador da Frente Parlamentar, deputado Arilson Chiorato (PT), o trabalho realizado nos últimos seis meses uniu todo o Paraná na luta por um pedágio justo. “Primeiro, quero parabenizar os 54 deputados desta Casa pela maturidade de discutir o tema, de formar uma frente e de ter um avanço muito grande. A gente fez 18 audiências pelo Estado, mas o importante nisso foi que o pedágio foi um tema que uniu todo o Paraná, a classe política, produtiva e de usuários na defesa do Estado contra uma coisa que fez muito mal para o estado. A preocupação é a instalação e a continuação por mais tempo ainda de um modelo tão nocivo. Nós conseguimos fazer com que o Ministério revesse o projeto e estamos aguardando que saia um novo edital contendo, se Deus quiser, as reivindicações feitas pela sociedade paranaense que é muito diferente do modelo que foi apresentado”.
O presidente da Assembleia, deputado Ademar Traiano (PSDB) destacou o pedágio também como um grande tema debatido pelos deputados e que tomou conta de boa parte das ações do Legislativo nesse primeiro semestre. “O tema ocupou o plenário, foram realizadas audiências públicas pelo interior do Paraná. Vejo como uma enorme contribuição do Poder Legislativo quando se observa que o Governo toma um rumo em função das audiências e do posicionamento do Poder Legislativo, mudando praticamente tudo o que se desenhava pelo Governo Federal em relação ao pedágio. A contribuição do Poder Legislativo foi significativa, definitiva e derradeira para que tenhamos, enfim, uma nova concessão de pedágio com tarifas baixas e dentro do espírito público de defender o cidadão e o contribuinte do nosso estado”.
Foram realizadas audiências públicas em Cascavel, Foz do Iguaçu, Londrina, Cornélio Procópio, Guarapuava, Francisco Beltrão, Apucarana, Jacarezinho e Maringá. Já os debates virtuais reuniram a população das regiões de Umuarama, Ortigueira, Telêmaco Borba, Paranavaí, Paranaguá, Ponta Grossa, Campo Mourão, São Mateus do Sul e Lapa. Também foi realizada uma audiência temática sobre estruturas cicloviárias e passagens de fauna. Foram nessas oportunidades que a população pode manifestar sua posição sobre o pedágio e sobre as prioridades para cada região.
Modelo - A primeira proposta do Governo Federal previa um investimento de R$ 42 bilhões em 3,3 mil quilômetros de rodovias federais e estaduais pedagiadas e uma concessão de 30 anos. Estavam previstas 42 duas praças de pedágio divididas em seis lotes. Desse total, 15 praças seriam novas instalações, sendo quatro na Região Oeste, três no Sudoeste, três no Noroeste, duas na Região Norte e três no Norte Pioneiro. O projeto também não contemplava obras previstas nos atuais contratos e não executadas, como duplicações e construções de trevos e contornos.
Pela proposta, a disputa pela concessão aconteceria no chamado modelo híbrido, que limitava o desconto no valor da tarifa em 17% e tinha como critério de desempate o pagamento de outorga, também majorando o valor cobrado dos usuários. O contrato também permitiria o chamado degrau tarifário, com aumento de até 40% nos valores após a conclusão de obras de duplicação.
TCU - A Frente Parlamentar sobre o Pedágio conseguiu junto ao Tribunal de Contas da União a determinação de que a Assembleia Legislativa do Paraná deverá deliberar sobre a cessão das rodovias estaduais no processo licitatório do novo modelo de concessão rodoviária proposto pelo Governo Federal. A decisão é fruto de uma representação assinada por 44 deputados estaduais da Frente Parlamentar que apontou uma série de irregularidades e ilegalidades no processo conduzido pelo Ministério da Infraestrutura e pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) para a nova concessão. Entre as irregularidades está a ausência de Lei estadual que autorize o Poder Executivo a promover a delegação para a União da administração e exploração de rodovias estaduais. O TCU também determinou que os impactos dos investimentos não realizados nos atuais contratos sejam considerados nas futuras concessões.
ANTT - A insatisfação dos paranaenses também foi formalizada junto a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). Entre as mais de quatro mil manifestações que a Agência recebeu para alterar o modelo de pedágio proposto ao Paraná, estava um manifesto assinado pelos 54 deputados estaduais. O documento deixa clara a posição contrária dos paranaenses ao modelo e defende o leilão pela menor tarifa, o fim da taxa de outorga, a garantia efetiva da execução das obras e transparência em todo o processo de concessão e execução dos contratos.
O primeiro resultado prático da mobilização dos paranaenses por um pedágio justo foi o anúncio, no mês de maio, de que processo de concessão não seria mais pelo modelo híbrido, mas sim baseado na menor tarifa oferecida ao usuário, sem limite de desconto, e por meio de disputa na Bolsa de Valores. Uma nova modelagem passou a ser elaborada em conjunto por técnicos dos governos federal e estadual. A expectativa é pela apresentação dessa nova proposta atendendo dos anseios dos paranaenses. “Nós sabemos que ainda há muita coisa a ser discutida a luz do interesse público, que é o usuário. O usuário quer pagar uma tarifa bem menor do que a atual, menos da metade, e ao menos tempo quer que a obra seja realizada”, afirma Romanelli.
Chiorato lembra que o pedágio não pode ser um entrave econômico para o estado. “A justiça que o Paraná precisa é de um pedágio próximo aos moldes de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Não adianta só baixar a tarifa, nós temos uma tarifa altíssima, não adianta baixar de 18 para 15. Nós queremos justiça, ser tratado igual Santa Catarina para o Paraná não perder economicamente em relação a outros estados”.
Integram a Frente Parlamentar, como coordenador o deputado Arilson Chiorato (PT), Anibelli Neto (MDB), Boca Aberta Junior (PROS), Delegado Fernando Martins (PSL), Dr. Batista (DEM), Emerson Bacil (PSL), Evandro Araújo (PSC), Gilson de Souza (PSC), Goura (PDT), Homero Marchese (PROS), Delegado Jacovós (PL), Luciana Rafagnin (PT), Luiz Carlos Martins (PP), Luiz Claudio Romanelli (PSB), Luiz Fernando Guerra (PSL), Mabel Canto (PSC), Marcio Pacheco (PDT), Maria Victoria (PP), Requião Filho (MDB), Michele Caputo (PSDB), Paulo Litro (PSDB), Plauto Miró (DEM), Professor Lemos (PT), Soldado Adriano José (PV), Soldado Fruet (PROS), Subtenente Everton (PSL), Tadeu Veneri (PT), Tercílio Turini (CDN), Tião Medeiros (PTB) e Reichembach (PSC).
| ALEP | | | | Em 2019, o valor da receita de vendas em 38,5 mil unidades locais industriais das 32 mil empresas com 30 ou mais pessoas ocupadas totalizou R$ 2,8 trilhões.
Entre as maiores participações na receita de vendas em 2019, a liderança continua com óleos brutos de petróleo (R$ 106,2 bilhões e participação de 3,8%, ou 0,4 ponto percentual acima de 2018). A seguir vêm minérios de ferro (R$ 91,9 bilhões e 3,3% de participação e aumento de 0,5 p.p. no ano, reflexo da alta dos preços internacionais), óleo diesel (R$ 84,8 bilhões e 3,0%), automóveis (R$ 66,1 bilhões e 2,4%) e carnes de bovinos frescas ou refrigeradas (R$ 58,8 bilhões e 2,1%). Os demais produtos estão na tabela a seguir.
Veja a tabela acessando o site do IBGE
De 2018 para 2019, houve troca de posições entre minérios de ferro e óleo diesel e, também, entre resíduos da extração do óleo de soja e pastas químicas de madeiras. Já adubos ou fertilizantes subiu duas posições frente a 2018.
Somados, os dez maiores produtos concentraram 21,5% do valor das vendas em 2019, participação superior à assinalada em 2018 (20,9%).
Entre os 100 principais produtos, os que mais ganharam posições frente a 2018 foram o álcool etílico (etanol) desnaturado para fins carburantes, que ganhou 43 posições (de 86ª para 43ª) e carnes de suínos frescas ou refrigeradas (da 123ª para 94ª).
Já entre os que mais perderam, destacam-se: serviço de manutenção e reparação de aeronaves, turbinas e motores de aviação, que perdeu 25 posições (de 41ª para 66ª) e biscoitos e bolachas (da 37ª para 58ª).
Em 2019, a Região Norte registrou aumento na concentração de seus três principais produtos industriais (minérios de ferro, televisores e telefones celulares) frente a 2018: de 32,3% para 35,1% do total de vendas da região.
Também houve aumento de concentração no Centro-Oeste, onde as carnes bovinas, o etanol para fins carburantes e os resíduos da produção de óleo de soja representaram 30,0% do total regional, aumento de 1,2 p.p. ante 2018 (28,8%).
Essas são algumas das informações da Pesquisa Industrial Anual (PIA) Produto 2019, que traz dados de unidades locais das empresas com 30 ou mais pessoas ocupadas e/ou com receita bruta anual superior a R$ 15,8 milhões
Dez atividades industriais concentram 74,2% do valor de vendas em 2019
Em 2019, a pesquisa investigou 29 setores. As dez maiores participações na receita líquida de venda foram de produtos alimentícios (16,6%), produtos químicos (10,5%), veículos automotores, reboques e carrocerias (10,2%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (10,0%), metalurgia (6,8%), extração de petróleo e gás natural (4,5%), extração de minerais metálicos (4,5%), máquinas e equipamentos (4,0%), produtos de borracha e de material plástico (3,6%), e celulose, papel e produtos de papel (3,5%). A soma destas dez atividades industriais concentrou 74,2% do valor da receita líquida de vendas de produtos e serviços industriais em 2019, o mesmo percentual de 2018.
Em relação a 2018, só ocorreram mudanças da segunda até a quarta colocação dos 5 mais: a redução da participação de Fabricação de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis, que caiu duas posições, e os avanços de Fabricação de produtos químicos (de 3ª para 2º) e de Fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias (de 4º para 3º).
Concentração é mais intensa no Norte e no Centro-Oeste
Analisando os dados regionais, observa-se uma concentração nos principais produtos industriais, principalmente nas regiões Norte e Centro-Oeste. No Norte, responsável por 7,4% da receita líquida de vendas do país, predomina a indústria de extração de minerais metálicos e de fabricação de produtos eletroeletrônicos. E os três produtos com maior participação no valor das vendas industriais foram minérios de ferro (23,2%), televisores (6,1%) e telefones celulares (5,8%), que corresponderam a 35,1% do total de vendas da região.
No Centro-Oeste, que responde por 6,6% da receita industrial do país, os destaques foram os produtos da agroindústria, carnes de bovinos frescas ou refrigeradas (13,0%), álcool etílico (etanol) não desnaturado para fins carburantes (8,7%) e tortas, bagaços, farelos e outros resíduos da extração do óleo de soja (8,3%), que alcançaram 30,0% das vendas da região.
A região Sul responde por 20,5% das vendas nacionais e tem como destaques óleo diesel (3,4%), carnes e miudezas de aves congeladas (3,1%) e automóveis, com motor a gasolina, álcool ou bicombustível, de cilindrada menor ou igual a 1.000 cm³ (2,3%), que foram responsáveis por 8,8% do valor de vendas na região.
O Nordeste concentra 10,2% das vendas industriais. Seus destaques foram automóveis, com motor a gasolina, álcool ou bicombustível, de cilindrada maior que 1.500 cm³ e menor ou igual a 3.000 cm³ (5,6%), óleo diesel (5,4%) e pastas químicas de madeira (2,8%), que somam 13,9% da receita.
O Sudeste é a região mais industrializada do país, com 55,3% das vendas industriais, e onde estão as maiores bacias petrolíferas do país. Seus produtos líderes são óleos brutos de petróleo (6,9%), óleo diesel (2,9%) e minérios de ferro (2,8%), que somam 12,6% da receita de vendas.
Na participação na receita líquida de vendas por região, entre 2010 e 2019, houve queda no Sudeste (60% para 55,3%) e cresceu nas demais área: Sul (19,4% para 20,5%), Nordeste (9,3% para 10,2%), Norte (6,5% para 7,4%) e Centro-Oeste (4,8% para 6,6%).
Etanol e carnes sobem no ranking de receita líquida de vendas
Entre os 100 maiores produtos em receita líquida de vendas, os que mais ganharam posições no ranking, em comparação a 2018, foram: álcool etílico (etanol) desnaturado para fins carburantes, que ganhou 43 posições (de 86ª para 43ª), carnes de suínos frescas ou refrigeradas (da 123ª para 94ª), inseticidas para uso na agricultura (da 73ª para 44ª).
Já os produtos que mais perderam posições em relação a 2018 foram: serviço de manutenção e reparação de aeronaves, turbinas e motores de aviação, que perdeu 25 posições (de 41ª para 66ª), biscoitos e bolachas (da 37ª para 58ª), papel para uso na escrita, impressão e outros fins gráficos, não revestido (da 33ª para 52ª).
Apenas o Centro-Oeste manteve seus três principais produtos entre 2010 e 2019
Dentre as regiões, apenas o Centro-Oeste manteve os três principais produtos em receitas líquida de vendas na comparação entre 2010 e 2019, tendo havido apenas mudanças de posição entre eles: as carnes de bovinos frescas ou refrigeradas (13%), o álcool etílico (etanol) não desnaturado (8,7%) e as tortas/resíduos da extração do óleo de soja (8,3%). Somadas, concentram 30%, um aumento de 5,4 p.p. na comparação com 2010 (24,6%).
O Norte mostrou a maior especialização, com o TOP3 concentrando 35,1% da receita líquida de vendas em 2019. O produto mais relevante foi Minérios de ferro (23,2%), seguido de produtos eletroeletrônicos – televisores (6,1%) e telefones celulares (5,8%).
Na Região Nordeste, a produção de automóveis com motor entre 1.500 e 3.000 cilindradas representou 5,6% da receita líquida de vendas. O segundo lugar foi do óleo diesel (5,4%), seguido de pastas químicas de madeira (celulose) (2,8%).
Embora o Sudeste represente 55,3% da receita líquida de vendas do país, a sua produção é diversificada, concentrando apenas 12,6% dela nos três principais produtos: 6,9% proveniente dos óleos brutos de petróleo, seguido pelo óleo diesel (2,9%) e minérios de ferro (2,8%).
No fim da lista, a Região Sul, onde o óleo diesel foi responsável por 3,4% da receita líquida de vendas. As carnes e miudezas de aves congeladas (3,1%) e os automóveis com motor de até 1.000 cilindradas (2,3%) completam o TOP3.
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