| 04 de DEZEMBro de 2020
Sexta-feira
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Em 04/12/2020
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Fonte: BACEN
| | | Informação sobre os Clippings de Notícias
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| Há anos o SINDIMETAL/PR mantém um serviço de clipping de notícias diário objetivando que suas empresas associadas estejam sempre bem informadas e atualizadas dos fatos importantes que acontecem no país, no mundo e refletem no setor industrial.
Ocorre que, com a digitalização que hoje vivemos, este trabalho está sendo impactado pelas políticas relativas a publicações, compartilhamentos de dados e exposições de conteúdo.
Desta forma, o SINDIMETAL/PR informa que os seus clippings de notícias estão sendo revisados e adequados às políticas e legislações atuais, mas, continuarão sendo encaminhados às empresas.
Neste momento os senhores poderão sentir alguma diferença no acesso ao material disponibilizado, mas, asseguramos que as notícias continuarão sendo relacionadas, porém com o acesso acontecendo somente através dos links originais dos veículos de comunicação.
Esperamos estar com um novo formato, devidamente adequado e atualizado, em breve.
Desejamos a todos uma boa leitura!
| SINDIMETAL/PR | | | | A Prefeitura de Curitiba prorrogou nesta quinta-feira (3/12) a vigência do Decreto Municipal 1.600, em vigor desde 27/11 e com término estabelecido para a zero hora de sexta (4/12).
O decreto apresentou regras para contenção da onda de crescimento da transmissão do novo coronavírus.
O município aguarda a publicação de novo decreto estadual – o que pode ocorrer ainda nesta quinta-feira – com novas medidas contra a pandemia para, então, reavaliar as normativas para a capital.
A prorrogação, formalizada pelo Decreto Municipal 1.630, foi necessária para evitar um vácuo legal que seria criado com o fim da validade do decreto 1.600.
A atualização das medidas do município pode ocorrer antes dos sete dias previstos de validade para 1.630.
| Prefeitura de Curitiba | | | | O texto já havia sido votado pela Câmara dos Deputados
A vacina está em fase de testes com voluntários no Brasil e em outros países
Foi publicada no Diário Oficial da União desta sexta-feira a Lei 14.107/20, que abre crédito extraordinário de R$ 1,995 bilhão para viabilizar a compra de tecnologia e a produção da vacina de Oxford contra a Covid-19. A lei teve origem na Medida Provisória 994/20, aprovada pela Câmara dos Deputados no último dia 2 e pelo Senado, ontem.
O dinheiro vai custear contrato entre a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), vinculada ao Ministério da Saúde, e o laboratório AstraZeneca. A empresa desenvolve a vacina em parceria com a Universidade de Oxford, no Reino Unido.
A vacina está em fase de testes com voluntários no Brasil e em outros países. Caso a eficácia seja comprovada, o Brasil pretende produzir 100 milhões de doses, com previsão de distribuição por meio do Sistema Único de Saúde (SUS) até o final do primeiro semestre de 2021.
| Agência Câmara de Notícias | | | | Série especial da Agência CNI destaca quais são os mercados estratégicos para o Brasil e quais são os interesses da indústria em cada um deles
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A pandemia de Covid-19 impõe um cenário complexo para as economias em todo o mundo. Agora, mais do que nunca, o Brasil tem o desafio de ampliar as relações comerciais e aprofundar a integração com outros mercados para garantir a retomada do crescimento econômico e a preservação de empregos e investimentos.
Nesta série, a Agência CNI de Notícias apresenta a agenda prioritária para os mercados estratégicos para a indústria brasileira. São países com os quais o Brasil tem o maior fluxo de comércio e investimentos, incluindo de bens manufaturados.
As ações para dinamizar as relações vão desde a celebração de acordos comerciais, passando pela eliminação de barreiras impostas por essas economias às nossas exportações, até a realização de rodadas de negócios entre empresários desses países e cooperação na área da inovação.
As reportagens serão publicadas em duplas, ao longo de uma semana. Confira!
| CNI | | | | Minuto da Indústria destaca a série especial que mostra os detalhes das relações do Brasil com nove países. Confira também o ritmo de recuperação da indústria e as oportunidades de estágio pelo país
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Você sabe quais são os países estratégicos para a indústria brasileira? A Confederação Nacional da Indústria (CNI) preparou uma série especial mostrando os detalhes das relações do Brasil com nove países.
Confira as oportunidades de negócios com os mercados estratégicos
Entre eles, estão os Estados Unidos, que são o principal destino das exportações de produtos industrializados brasileiros desde 2014. Com a eleição de Joe Biden, os países têm uma oportunidade histórica para lançar uma agenda ainda mais ambiciosa de acordos.
A indústria está em ritmo de recuperação. A produtividade do trabalho na indústria no terceiro trimestre de 2020 teve alta de 8% na comparação com o trimestre anterior. O crescimento vem após duas quedas consecutivas provocadas pelos efeitos da pandemia e reflete as mudanças na intensidade do esforço do trabalhador e no ritmo de produção das empresas.
Quer ingressar no mercado de trabalho? O Instituto Evaldo Lodi (IEL) pode te ajudar a conseguir um estágio. São quase 900 vagas espalhadas pelo país, com bolsas de até R$ 2 mil. Veja as oportunidades!
Indústria de notícias
O Minuto da Indústria é uma produção da Agência CNI de Notícias veiculado todas as sextas-feiras. O vídeo traz os principais assuntos que foram destaque na semana sobre a indústria brasileira e internacional. Acompanhe!
| CNI | | | | Países precisam de aliança para dar continuidade à agenda de consolidação do livre comércio e do mercado comum
Principais parceiros comerciais do Mercosul, Brasil e Argentina são economias em que alguns setores industriais atuam dentro cadeias de produção altamente integradas.
Com o novo cenário político e econômico desenhado desde o início da pandemia de Covid-19, os dois países têm diante de si o desafio de ampliar seu fluxo de comércio e investimentos.
Mais do que uma agenda bilateral, esse processo depende de uma retomada vigorosa da agendade consolidação do livre comércio e do mercado comum no âmbito do Mercosul.
Apesar de sua nomenclatura, o Mercosul, o Mercado Comum do Sul, é ainda uma união aduaneira, com impostos de importação comum, a chamada tarifa externa comum (TEC). Trata-se de um conjunto de tarifas cobradas sobre a importação de produtos e serviços pelos países membros do bloco, formado por Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai.
Em um mercado comum, além de uma união aduaneira, há livre circulação de bens, serviços, pessoas e capital, a exemplo do modelo adotado pela União Europeia.
“O Mercosul precisa de revisões pragmáticas e viáveis em diversas frentes. O mais importante é retomar a estabilidade da área, garantir o livre-comércio pleno e aos poucos avançar numa integração mais profunda”, afirma o diretor de Desenvolvimento Industrial da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Carlos Eduardo Abijaodi.
A consolidação desse mercado comum foi um objetivo estabelecido pelos países do bloco no Tratado de Assunção, em 1991. Esse processo vai desde a conclusão da área de livre comércio entre os dois países, passando pela negociação de novos tratados no âmbito do Mercosul, até a internalização dos já assinados.
Entre os novos acordos que podem ser negociados no bloco, o setor privado destaca os de serviços, barreiras técnicas e medidas sanitárias e fitossanitárias. No caso dos já celebrados, mas que precisam de aval do Congresso Nacional para entrar em vigor no Brasil, estão o de compras públicas e o de facilitação de comércio.
Na avaliação da indústria brasileira, uma das formas de avançar gradualmente e garantir livre circulação de bens é o compromisso dos governos brasileiro e argentino em iniciar um processo de cooperação e convergência regulatória. Adriano Barros, diretor de Relações Governamentais da General Motors, defende, por exemplo, um acordo de reconhecimento mútuo para o maior número de requisitos técnicos entre os dois países. Assim, um veículo produzido no Brasil e homologado pelas normas brasileiras poderia ter sua certificação na Argentina de forma automática, sem requisitos ou testes adicionais, e vice-versa.
“Um acordo como esse diminuiria a complexidade, geraria ganho de escala, reduziria custos, agilizaria o fluxo de comércio entre os países, melhorando a competitividade da região e consequentemente atraindo mais investimentos”, avalia Barros.
Barreiras às exportações na Argentina prejudicam setor automotivo brasileiro
A imposição de barreiras aos produtos brasileiros por meio de licenciamento não automático tem sido uma das maiores reclamações dos empresários, sobretudo do setor automotivo. A Argentina é o principal destino dos veículos automotores brasileiros, respondendo por US$ 3,5 bilhões ou 30,7% dessas vendas em 2019.
Mauro Belini, presidente do Conselho Empresarial Brasil-Argentina (Cembrar) e do Conselho de Administração da Marcopolo, afirma que um dos principais entraves no mercado argentino hoje são as licenças não automáticas. Levantamento da CNI mostra que, com reservas internacionais em queda, a Argentina ampliou o uso de licenças não automáticas como forma de reduzir as suas importações.
Essas licenças incidem hoje sobre 1.445 nomenclaturas comuns do Mercosul (códigos para a classificação dos produtos), ou 53,5% das exportações do Brasil para a Argentina em 2019. No governo anterior, elas incidiam sobre 847 NCMs, ou 18% das nossas exportações para a Argentina em 2019. Há ainda mercadorias que esperam liberação por mais de 60 dias, que é o prazo máximo permitido pelas regras da Organização Mundial do Comércio (OMC) para essas licenças.
Com essas barreiras, a própria Marcopolo enfrenta dificuldades para exportar peças para a sua filial na Argentina, que é o seu principal mercado. A empresa tem projeto de ampliar seus investimentos nos próximos anos para expandir sua produção no país vizinho. “Isso nos tornará mais competitivos porque evitará um custo significativo para transportarmos nossos ônibus até lá e também a burocracia com a exigência de tantos documentos na fronteira. Antes dessa etapa, no mercado doméstico, o desafio que temos é o de reduzir o custo Brasil”, diz Belini.
Barros, da General Motors, ressalta ainda que um veículo hoje vendido pelo Brasil à Argentina, como a qualquer outro país, ainda carrega um resíduo tributário elevado. Por outro lado, o Reintegra, programa que busca justamente devolver ao exportador esse resíduo remanescente na cadeia de produção por meio de crédito tributário, está em apenas 0,1% sobre o valor exportado.
“Isso, sem dúvida, gera desafios competitivos que dificultam ou limitam o acesso ao mercado. Majorar essa alíquota é primordial e urgente até que a reforma tributária resolva essa disfunção de nosso sistema tributário”, afirma o diretor.
Na Argentina, a GM tem uma fábrica de motores e uma de automóveis que produz o Cruze e o Cruze Sport6, com capacidade instalada de cerca de 80 mil carros ao ano.
Argentina e Brasil precisam ser pragmáticos para levar adiante a sua agenda bilateral, diz Abit
Para Fernando Pimentel, presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), Brasil e Argentina precisam ser pragmáticos para levar adiante a sua agenda bilateral. “Vivemos uma ciclotimia política e econômica que tem sido muito perversa.
Essas turbulências dificultam o incremento de nossas relações comerciais. Nós precisamos de pragmatismo para que a parceria entre os dois países se sobreponha a questões ideológicas”, diz.
A Argentina é o principal parceiro regional do país, respondendo por 26,2% das exportações e 32,4% das importações brasileiras para a América Latina. Em 2019, o país também foi o principal destino para as exportações brasileiras de média-alta intensidade tecnológica, sobretudo de setores como o químico; o de eletrônico e telecomunicações; e o de computadores e máquinas de escritório.
Além das negociações em torno da consolidação de um mercado comum, a indústria defende pautas com a Argentina como a internalização do acordo de reconhecimento mútuo entre os programas de Operador Econômico Autorizado (OEA) do Brasil e da Argentina.
Esse programa permite que os procedimentos adotados na certificação de OEA no Brasil sejam reconhecidos na Argentina, e vice-versa. Outras demanda é a ampliação das liberdades do Acordo de Serviços Aéreos para transporte de cargas.
| CNI | | | | As principais economias da América têm tratados limitados em número de produtos e setores. Acordo de livre comércio é prioridade para o setor privado
Brasil e México são as principais economias da América Latina, com nada menos de 54% do Produto Interno Bruto (PIB) da região. Mas precisam ser pragmáticos para avançar em uma agenda de integração que permita a ampliação do fluxo de comércio e investimentos entre si.
Os acordos comerciais entre eles são limitados em número de produtos e setores. O cenário faz até mesmo com que empresas brasileiras prefiram instalar suas fábricas no México para conseguir exportar para outros países com os quais o país mantém acordos.
“Embora Brasil e México sejam parceiros estratégicos, a falta de tratados entre eles representa um vazio na rede de acordos comerciais na América Latina pois os atuais são muito limitados e não removem barreiras tarifárias relevantes. As duas economias possuem grandes investimentos bilaterais, mas o potencial de comércio entre elas é inibido pela falta de um instrumento mais significativo de comércio”, afirma o diretor de Desenvolvimento Industrial da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Carlos Eduardo Abijaodi.
Para o setor privado, a conclusão de um acordo de livre comércio ou a ampliação substancial do tratado hoje em vigor apresentam-se como prioridades. Este último é o Acordo de Complementação Econômica entre o Brasil e o México N.º 53 (ACE 53).
Atualmente, ele abrange 800 produtos e, para apenas metade deles, há comércio livre de tarifas. Simulação da CNI indica que o comércio bilateral de bens manufaturados pode crescer 40% com a ampliação desse instrumento.
Empresas brasileiras vão para o México para conseguir exportar para outros mercados
O nível de integração que o México tem com outros mercados, mas não com o Brasil, foi um dos motivos para a Oxiteno instalar três complexos industriais e um laboratório de pesquisa e desenvolvimento no país.
Empresa química hoje com atuação global, a Oxiteno iniciou seu processo de internacionalização justamente pelo México, em 2003, com a compra da Oxiteno México, antiga Canamex, indústria mexicana de especialidades químicas. Desde então, a companhia investiu mais de US$ 100 milhões sua operação nesse mercado.
“Pela condição de acordos comerciais que possui, o México é altamente integrado a diversos países no mundo, sobretudo aos Estados Unidos, que é o principal mercado da indústria química. O México também tem abundância de matéria-prima, preços competitivos e infraestrutura necessária para a nossa indústria. Por isso, ele é uma opção quase mandatória para o sucesso do nosso modelo de negócios”, afirma Frederico Marchiori, gerente sênior de Relações Institucionais da Oxiteno.
A empresa produz especialidades químicas que servem como matéria-prima para indústrias de mais de 30 setores e dizem respeito ao dia a dia das pessoas, com aplicação em produtos como de limpeza, cuidados pessoais, agroquímicos e tintas e revestimentos.
“A indústria química é tão essencial que sem ela não teria sido possível atravessar a pandemia. É por meio dela que conseguimos garantir o fornecimento de produtos de higiene e limpeza e alimentos para garantir a segurança da população”, diz o gerente sênior.
O México é o sétimo principal parceiro comercial do Brasil, com participação de 2,3% na nossa corrente de comércio em 2019. Ao todo, 68% das nossas exportações para o México são de produtos manufaturados.
O país é o principal destino das exportações brasileiras de motores para veículos automóveis e, de outro lado, a principal origem das nossas importações de veículos, atrás apenas da Argentina.
Com a Covid-19, criação de um ambiente favorável de negócios torna-se ainda mais relevante
O presidente da Braskem Idesa, Stefan Lepecki, destaca que o México possui 13 tratados de livre comércio com 50 países, mas não com o Brasil. A seu ver, o contexto atual de pandemia pode ser um catalizador para os países avançarem em uma agenda conjunta. Ele destaca especialmente a importância de uma transição para modelos de economia circular, de modo a evitar a proibição de atividades ou aplicações na indústria de plásticos e incentivar o crescimento das cadeias de valor da reciclagem e de novas tecnologias.
“Para a Braskem, o México é um ponto de produção muito importante e que nos permite o acesso ao mercado da América Central, Caribe e Estados Unidos, além do mercado local de forma bastante competitiva”, diz Lepecki.
Gustavo Werneck, CEO do Grupo Gerdau e presidente do Conselho Empresarial Brasil-México (Cebramex), afirma que um momento desafiador como o de saída da crise desencadeada pela pandemia de Covid-19 torna ainda mais relevante a criação de um ambiente favorável de negócios para os dois países. “O setor privado tem papel essencial na retomada do crescimento econômico, apoiado por negociações governamentais bilaterais que poderão contribuir positivamente para a retomada do fluxo de comércio entre investimentos entre as duas nações”, diz.
Além do livre comércio, o setor privado defende a negociação de acordos como o previdenciário e o de reconhecimento mútuo entre os programas de Operador Econômico Autorizado (OEA). Outra demanda é a atualização da Convenção para Evitar a Dupla Tributação entre os dois países, para reduzir o custos dos investimentos bilaterais, como na tributação incidente sobre o envio de dividendos.
| CNI | | | | Ministro está confiante em acordo para aprovação da proposta
Um desentendimento político impede a tramitação da reforma tributária no Congresso, disse hoje (3) o ministro da Economia, Paulo Guedes. Em evento promovido pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), ele disse estar confiante no fechamento de um acordo para a aprovação da proposta.
“Acho que vamos fazer um acordo rapidamente. Isso pode ser retomado, ou agora ou então depois, mas a verdade é que vamos fazer essa reforma”, assegurou o ministro em conferência virtual com os empresários da construção.
Sobre o impacto da reforma tributária na receita dos estados e os municípios, Guedes disse não acreditar que a aprovação trará perda para os governos locais. Segundo ele, a recuperação da economia brasileira da fase mais aguda da pandemia de covid-19 permitirá que a arrecadação dos entes locais aumente.
Importações.
Guedes disse que o governo está atento ao fornecimento de insumos para a indústria e que pode reduzir temporariamente tarifas de importação para evitar desabastecimento em alguns setores, caso haja falta de matérias-primas. A medida seguiria o modelo da redução das tarifas de importação de até 400 mil toneladas de arroz, válida até o fim do ano.
“Nós estamos atentos à essa possibilidade. Estamos dando um tempo. A indústria não vai parar por causa do desabastecimento. Estamos esperando o alto-forno funcionar, o aço chegar, a embalagem chegar”, comentou.
Na avaliação do ministro, os problemas de abastecimento são temporários. Ele ressaltou que eventuais dificuldades na obtenção de insumos pela indústria têm um lado bom, podendo ser encaradas como sinal de recuperação da economia.
“É melhor você estar com o problema de que a demanda está forte, e você está procurando insumo, do que o contrário, que é a sobra de estoques ao longo de toda a cadeia produtiva, em vez de você estar com encomendas e querendo atender”, declarou.
Reabertura
Segundo Guedes, o governo está disposto a acelerar a abertura comercial do país, reduzindo tarifas sobre importações, se isso demorar muito a começar. Para ele, a independência do Banco Central ajudaria a controlar a inflação numa eventual enxurrada de produtos importados. Nesse cenário, a autoridade monetária aumentaria os juros caso constasse excesso de consumo de produtos estrangeiros.
No início do mandato, Guedes tinha declarado que promoveria a abertura comercial gradualmente, após a aprovação de reformas que reduzam a tributação sobre a folha de pagamento. Em troca, a equipe econômica pretende criar uma contribuição sobre transações digitais, mas a proposta, anunciada em audiências públicas, ainda não foi enviada ao Congresso.
| Agência Brasil | | | | Afirmação foi feita pelo presidente da CNI, durante painel sobre reindustrialização no Encontro Nacional da Indústria da Construção. Robson Andrade também defendeu aprovação da reforma tributária
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O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, considera que a implantação da rede 5G é condição imprescindível para o avanço da Indústria 4.0 no país. A afirmação foi feita nesta quinta-feira (3) em painel sobre reindustrialização ocorrido no Encontro Nacional da Indústria da Construção (ENIC).
“É fundamental que tenhamos a rede 5G instalada no Brasil. Sem isso não teremos como avançar na automação e na digitalização”, enfatizou.
De acordo com Robson Andrade, o investimento na nova tecnologia precisará ser célere, sob o risco de a indústria brasileira perder ainda mais competitividade nos mercados internacional e doméstico.
“Defendemos que a tecnologia 5G não seja uma só. Podemos ter rede privada e rede pública. Se não investirmos na modernização da indústria e das empresas brasileiras nós ficaremos fora do mercado”, disse.
“Precisamos disso para não só exportar, mas principalmente para competir dentro do Brasil com os nossos principais concorrentes”, acrescentou.
Para o presidente da CNI, os investimentos em inovação, em tecnologia e na qualificação de profissionais devem ser encarados pelos governos como prioridade. Segundo Robson Andrade, não existe possibilidade de criar um país forte e grande sem inovação.
Tecnologia 5G vai acelerar a indústria 4.0 no país
“Para isso, contamos com a força da indústria da construção que é fundamental para o crescimento econômico, mas também para a saúde das pessoas e o desenvolvimento sustentável do país”, pontuou.
Reforma tributária levará segurança jurídica para atração de investimentos
Durante o painel, que também teve a presença do presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), José Carlos Martins, e do diretor da empresa Vértice Engenharia, Elson Ribeiro e Povoa, o presidente da CNI ressaltou a importância de o Poder Legislativo aprovar a reforma tributária.
“Queremos uma reforma tributária, assim como o governo federal, os governos dos estados e o Congresso Nacional. A reforma levará segurança jurídica, atrairá investimentos e resultará no crescimento da indústria”, destacou Robson Andrade.
Acesse o site da CNI sobre a reforma tributária
O presidente da CNI observou, no entanto, que é preciso que setores abram mão de benefícios imediatos e pensem numa agenda de país para que a reforma tributária avance.
“Os estados estão desajustados. Não poderá haver aumento de tributo. É claro que haverá perdedores e ganhadores, mas é preciso olhar para o Brasil como um todo. Podemos perder um pouco hoje para ganhar amanhã”, afirmou Robson Andrade.
| CNI | | | | Município é reconhecido em todo o Brasil como um importante polo produtor de torneiras. Hoje, a produção local representa 17% do mercado nacional. São 77 indústrias que geram 3,5 mil empregos diretos.
É bem provável que as torneiras que você tem em casa tenham sido feitas em Loanda, no Noroeste do Paraná. O município, junto com Santa Izabel do Oeste, Santa Cruz de Monte Castelo e São Pedro do Paraná, integra um importante polo produtor de metais sanitários. Na série de reportagens produzida para apresentar os produtos feitos no Paraná vamos conhecer um pouco mais do segmento e o impacto dele na economia local.
De acordo com a Associação das Indústrias de Metais Sanitários (Aimes), Loanda e região concentram 77 indústrias. Juntas, elas geram 3,5 mil empregos diretos. As empresas da cadeia secundária, que dão suporte às indústrias metal-mecânicas, são responsáveis por cerca de 2,5 mil postos de trabalho, o que faz do segmento o principal empregador na região.
De acordo com o diretor da Aimes, Henrique Oda Torres, são mais de 100 marcas de torneiras. “Loanda é reconhecida em todo o Brasil como um importante produtor de torneiras. Hoje, a produção local representa 17% do mercado nacional, o que é bastante representativo”, afirma.
A primeira empresa dedicada a esse tipo de produto em Loanda surgiu em 1983. No entanto, a explosão do setor aconteceu a partir de 1998, mas foi apenas no início dos anos 2000 que as empresas da região começaram a se organizar, criaram uma associação – a Aimes – e passaram a desenvolver projetos conjuntos para fortalecer o setor.
Uma das ações da Aimes para 2021 é inaugurar um Centro Vocacional Tecnológico (CVT) que será o primeiro do País voltado à qualificação de profissionais para trabalhar em indústrias de metais sanitários. “Os cursos de torneiro mecânico existentes preparam as pessoas para trabalhar tanto numa fábrica de torneira quanto numa empresa automotiva. Nosso centro tem como missão formar especificamente pessoas para trabalharem na fabricação de metais sanitários”, explica Torres.
Ele acrescenta que um profissional da área leva até três anos para aprender totalmente o ofício, o que acaba sendo oneroso para as empresas. A meta é que o CVT forme cerca de 500 profissionais por ano.
Torres destaca também que o segmento está passando por uma transição. “Nosso processo é bastante manual e, para nos tornarmos mais competitivos, é preciso investir em maquinários e automatizar os processos. Mas isso demanda mão de obra cada vez mais especializada e é neste ponto que o CVT vai nos ajudar”, disse.
Uma das fabricantes de metais sanitários de Loanda é a Real Metais. Com 22 anos de mercado, a empresa fabrica mais de 1,5 milhão de peças por mês. A produção atende todo o mercado nacional e uma pequena parcela é exportada para o Paraguai. Contando com os fornecedores exclusivos terceirizados, a empresa emprega 180 pessoas. Ali, são produzidas torneiras, registros, válvulas e diferentes acessórios para banheiros.
Torres, que preside a Real Metais, conta que a singularidade do ano vai além da pandemia. “Estamos com as vendas fechadas para os próximos três meses. Mesmo com a pandemia registramos crescimento recorde, uma média de 37% no ano”, conta.
Mais jovem, criada em 2007, a Kitbras Metais foi fundada para produzir componentes para outras fabricantes de torneiras, mas em 2012 os proprietários decidiram lançar seus próprios produtos.
O diretor-geral, Eduardo Alamino, conta que a ideia de criar a empresa nasceu de um sonho antigo de seu pai. “ Meu pai é contator e atendeu por mais de 20 anos empresas de torneiras de Loanda. Ele sempre quis ter sua própria empresa do segmento e em 2007, depois de um convite de sociedade feito pelo meu cunhado, que já trabalhava no ramo, resolvemos montar a fábrica”, relembra.
Hoje, a empresa conta com 48 funcionários, fabrica cerca de 80 mil peças por mês e continua crescendo. “Nossa meta é espalhar nossos produtos para todo o Brasil e, num segundo momento, começar a exportar”, planeja Alamina.
FEITO NO PARANÁ – Criado pelo Governo do Estado, e elaborado pela Secretaria do Planejamento e Projetos Estruturantes, o projeto busca dar mais visibilidade para a produção estadual. O objetivo é estimular a valorização e a compra de mercadorias paranaenses, movimentar a economia e promover a geração de emprego e renda.
| Agência Estadual de Notícias | | | |
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