| 28 de junho de 2022
Terça-feira
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Em 28/06/2022
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Fonte: BACEN
| | | | | Aumento nas vendas de soja e de carnes para fora do país pode explicar o bom desempenho em relação ao mesmo período do ano passado.
As exportações do Paraná fecharam o mês de maio com US$ 1,9 bilhão negociados. Já as importações foram maiores, somaram US$ 2,258 bilhões. Assim, o saldo da balança comercial do estado em maio ficou negativo em US$ 320 milhões. Já a corrente de comércio, indicador que é a soma das importações e das exportações, e que avalia o dinamismo da atividade de comércio exterior do estado, ficou em US$ 4,196 bilhões. Os dados são divulgados mensalmente pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério da Economia.
Na comparação com o resultado de abril, as exportações registram queda de 1,1% e, as importações, alta de 28,3%. A corrente de comércio cresceu 12,8% na comparação com o mês anterior. Já quando avaliado o resultado com maio de 2021, as exportações paranaenses tiveram redução de 3,9%, somando US$ 2,016 bilhões contra US$ 1,9 bilhão agora. Por outro lado, as importações cresceram 46% na mesma avaliação. Saíram de US$ 1,546 bilhão em maio de 2021, para US$ 2,258 bilhões agora. E justamente pelas importações superarem as exportações em maio desse ano, o saldo ficou negativo em US$ 320 milhões. Em maio de 2021 o saldo era de US$ 469,5 milhões. O dinamismo da atividade ficou positivo, ou seja, a corrente de comércio agora está 17,8% acima da verificada no mesmo mês do ano passado.
Em 2022, as exportações do Paraná já chegam a US$ 8,428 bilhões. As importações somam US$ 8,710 bilhões. E a balança comercial do estado tem déficit de US$ 281,4 milhões. Já a corrente de comércio no acumulado do ano é de US$ 17,138 bilhões. Comparando os resultados de agora com os registrados no mesmo período de 2021 (US$ 7,522 bilhões), verifica-se que as vendas do estado para fora aumentaram 12%. A compra de produtos de fora também está em alta de 34,2%, entre janeiro e maio deste ano. No mesmo intervalo do ano passado, as importações somavam US$ 6,490 bilhões. O saldo da balança acumulado até maio do ano passado era de US$ 1,032 bilhão. E a corrente de comércio agora está 22,3% acima da registrada no mesmo intervalo de 2021, que era de US$ 14 bilhões.
Para o economista da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), Evânio Felippe, o resultado do ano é uma combinação de fatores. Segundo ele, o aumento generalizado nos preços de produtos no mercado internacional repercute tanto nas mercadorias que o Paraná importa quanto no que exporta. “Com a retomada da economia, muitos insumos e matérias-primas utilizados na indústria tiveram aumento de preço no mercado internacional. Isso ocorre em função de uma demanda maior de procura e por uma oferta menor desses itens”, explica o economista. “Em 2022, essa pressão sobre os custos de produção se manteve, mas o conflito geopolítico no leste europeu acentuou a crise mundial, desencadeando aumento generalizado no preço do petróleo e das commodities”, complementa.
Essa relação tem ponto positivo e negativo, conta Felippe. Como o Paraná é um grande exportador de commodities, o preço do produto vendido pelo estado lá fora fica mais valorizado. Porém, os custos da produção agrícola estão mais altos porque os dois países em guerra são importantes fornecedores de produtos químicos (fertilizantes) utilizados na lavoura. A menor oferta deles no mercado mundial provoca elevação nos preços.
Outro fator que influencia a atividade de comércio internacional é a taxa de câmbio. Comparando seu valor médio de janeiro a maio desse ano, em relação ao mesmo período do ano passado, ela está em uma trajetória de apreciação do real frente ao dólar em torno de 6,8%. Este ano, está cotada a R$ 5,08244 contra 5,4544, valor médio até maio de 2021. “Mesmo com uma taxa de câmbio mais apreciada, o que desestimula as exportações, a elevação nos preços das mercadorias vendidas pelo estado tem compensado essa valorização da moeda brasileira frente ao dólar. A redução da taxa média este ano pode explicar o aumento nas importações paranaenses em relação ao mesmo período do ano passado”.
Felippe explica ainda que o dólar mais barato favorece as compras no mercado internacional. Para não se deparar com escassez de matérias-primas, como já ocorreu em 2021, inclusive com elevação de preços, o empresário tente a importar mais insumos para garantir uma reserva. O câmbio mais barato também atenua a pressão de custos que tem impactado o setor produtivo, que pode ter um produto cmom valores mais competitivos no mercado, resume o economista.
Produtos
O aumento de 12% nas exportações pode ser comprovado pelo crescimento nas vendas de carnes, material de transporte, produtos mecânicos e madeira, mesmo com uma redução nos valores exportados. A soja é o principal item vendido para fora do país pelo Paraná, com US$ 2,474 bilhões negociados. Em seguida vêm carnes (US$ 1,561 bilhão), madeira (US$ 856 milhões) e material de transporte (US$ 645 milhões). Juntos, estes quatro itens representam 65% da pauta de exportações do Paraná.
Entre as importações, produtos químicos lideram o ranking, com US$ 3,404 bilhões. Na sequência aparecem petróleo (US$ 944,8 milhões), eletroeletrônicos (US$ 859,5 milhões), material de transporte (US$ 825,1 milhões) e produtos mecânicos (US$ 808,2 milhões).
Felippe complementa que além do aumento nos custos de insumos e matérias-primas utilizados na produção das indústrias, a atividade de comércio exterior é impactada pelo aumento da inflação em nível mundial, principalmente na Europa e nos Estados Unidos. Outro fator é a política de combate à covid-19 na China, que tem provocado interrupção total e parcial na produção de insumos por lá.
“Essa condição local pode atrasar processos e inviabilizar a compra de componentes no país, gerando escassez e maior demora na entrega de produtos pelos fornecedores”, avisa. “A previsão de crescimento menor da economia mundial este ano, somada à maior inflação global, tende a reduzir o dinamismo da atividade de comércio internacional, afetando também as vendas para fora aqui no Paraná. O segundo semestre deve ser ainda mais desafiador para as exportações do estado”, conclui Felippe.
| Observatório Sistema Fiep | | | | Índice de Expectativas cresce e atinge 100,2 pontos
O Índice de Confiança da Indústria (ICI), medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), cresceu 1,5 ponto na passagem de maio para junho. Essa é a terceira alta consecutivo do indicador, que atingiu 101,2 pontos em uma escala de 0 a 200 pontos, o maior nível desde novembro de 2021 (102,1 pontos).
Treze dos 19 segmentos da indústria brasileira analisados pela pesquisa apresentaram aumento da confiança em junho, na comparação com maio.
Melhor desempenho
O Índice da Situação Atual, que mede a confiança do empresário da indústria no presente, cresceu 1,9 ponto e chegou a 102,3 pontos. O melhor desempenho ocorreu na satisfação com o nível de demanda por produtos industriais.
O Índice de Expectativas, que mede a confiança no futuro, subiu 1,2 ponto e atingiu 100,2 pontos, principalmente devido ao desempenho do componente de otimismo com a evolução da produção física nos três meses seguintes.
| Agência Brasil | | | | Já na comparação com abril de 2021, o índice caiu 3,7%
O Indicador de Consumo Aparente de Bens Industriais, divulgado hoje (27) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), registrou alta de 0,9% em abril deste ano, na comparação com o mês anterior. Entre os componentes do consumo aparente, a produção interna destinada ao mercado nacional, denominada bens nacionais, cresceu 0,2%, enquanto as importações de bens industriais cresceram 3,3% no mesmo mês.
“No trimestre móvel, o indicador avançou 0,2% na margem, com queda de 0,3% na produção de bens nacionais e redução de 0,4% nas importações de bens industriais”, indica a pesquisa, elaborada por Leonardo Mello de Carvalho, técnico de Planejamento e Pesquisa da Diretoria de Estudos e Políticas Macroeconômicas (Dimac) do Instituto.
Na comparação com abril do ano passado, a demanda interna por bens industriais caiu 3,7%. Com isso, o trimestre móvel registrou queda de 5% em relação ao mesmo período de 2021. No acumulado em 12 meses com fim em abril, a demanda interna cresceu 1,7% e as importações de bens industriais avançaram 18,7%, enquanto a produção industrial, medida pela Pesquisa Industrial Mensal de Produção Física (PIM-PF), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), acumulou queda de 0,3%.
Grandes categorias
De acordo com o Ipea, nas grandes categorias econômicas, o crescimento em abril foi disseminado. Com exceção da demanda por bens de capital, que recuou 3,3% na margem, todos os demais segmentos tiveram crescimento, destacando bens de consumo duráveis e semi e não duráveis, que subiram 3,5% e 1,2% sobre março, respectivamente. O trimestre móvel encerrado em abril teve desempenho heterogêneo, com destaque também para a demanda por bens de consumo semi e não duráveis (alta de 2,1%), destacou Carvalho.
No que se refere às classes de produção, a demanda interna por bens da indústria de transformação evoluiu 0,9% em abril sobre março. Já a indústria extrativa mineral caiu 1,6% na margem e 8,2% no trimestre móvel. No acumulado em doze meses, as indústrias extrativas subiram 19,6%.
A análise setorial revela que 15 dos 22 segmentos tiveram variação positiva. Os melhores resultados foram observados nos segmentos de aparelhos elétricos e de petróleo e derivados, com altas de 13,4% e 5,7% na margem, respectivamente. Já em relação ao trimestre móvel, 14 segmentos apresentaram crescimento na comparação dessazonalizada, com destaque para o consumo aparente de outros equipamentos de transporte (alta de 9,1%).
Na comparação interanual, oito segmentos mostraram crescimento em abril ante o mesmo mês de 2021. O segmento de químicos foi o destaque, com alta de 12,6%. Em relação ao resultado acumulado em 12 meses, 13 segmentos registraram alta, destacando farmoquímicos, outros equipamentos de transporte e máquinas e equipamentos, com expansão de 13%, 11,9% e 8,1%, respectivamente.
| Agência Brasil | | | |
O Brasil precisa de um ambiente de estabilidade econômica para crescer. Para isso, é essencial combater a inflação, manter o regime de câmbio flutuante e preservar o equilíbrio fiscal. A indústria também defende uma ampla reforma tributária, sem a qual o país não conseguirá eliminar o principal componente do chamado Custo Brasil, que coloca as empresas brasileiras em forte desvantagem em relação a outras nações.
No penúltimo capítulo da minissérie Desafio : Brasil você vai conhecer as propostas da indústria para a economia, a tributação e o comércio exterior. Vamos conferir?
A minissérie Desafio : Brasil vai ao ar de 22 a 28 de junho, aqui na Agência de Notícias da Indústria e no YouTube da CNI.
Os vídeos abordam temas que devem ser prioritários para quem quer que seja o próximo presidente da República: economia, saúde, educação, trabalho e previdência, infraestrutura, sustentabilidade e inovação.
A minissérie envolve estudos e análises das 21 propostas que a indústria levou aos pré-candidatos à Presidência da República.
No dia 29 de junho, em Brasília, os presidenciáveis participam do evento Diálogo da Indústria com Candidatos à Presidência da República, promovido pela CNI. Na ocasião, eles terão a oportunidade de debater estas propostas com os empresários e apresentar medidas que querem adotar em seus governos para aumentar a produtividade das empresas e estimular o crescimento sustentado da economia brasileira.
| CNI | | | | Também serão escolhidos projetos de tecnologia 4.0
As micro e pequenas empresas terão à disposição ferramentas para se digitalizar e ajuda para desenvolver projetos de tecnologia 4.0. A Secretaria Especial de Produtividade e Competitividade do Ministério da Economia lançou hoje (27) duas modalidades do Programa Brasil Mais, que pretende melhorar a competitividade das empresas brasileiras.
Chamada de Transformação Digital, a primeira modalidade consiste na adoção de ferramentas plug and play (com reconhecimento e instalação automática pelo computador) de baixo custo por um pequeno negócio para resolver problemas previamente diagnosticados decorrentes da falta de digitalização. O processo terá acompanhamento técnico do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).
A segunda nova modalidade, Smart Factory, é destinada às indústrias de micro, pequeno e médio porte. O processo prevê a seleção de projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai). Os projetos deverão seguir a tecnologia 4.0, que prevê a melhoria de processos industriais e o aumento de produtividade decorrente da modernização.
Além do Senai, o Smart Factory terá o apoio do Ministério da Economia, da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Ampliação
Com a ampliação, o Programa Brasil Mais passa a contar com três modalidades de atendimento. Até agora, o programa era estruturado no Brasil Mais Produtividade, que tem 90 mil empresas atendidas ou em atendimento desde que foi lançado, no primeiro semestre de 2020.
O Brasil Mais Produtividade é dividido em dois eixos: um com apoio do Sebrae e outro com apoio do Senai. O eixo do Sebrae prevê consultorias de inovação e de melhorias de práticas gerenciais, para aumentar o faturamento e reduzir custo de micro e pequenas empresas. O pequeno negócio não paga nada.
O eixo do Senai é voltado para a aplicação de princípios de manufatura enxuta a indústrias de até 499 funcionários. Os atendimentos são feitos pela entidade a um custo de R$2,4 milhões para a empresa.
| Agência Brasil | | | |
Em entrevista à Agência de Notícias da Indústria, o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, conta quais são as prioridades do setor para o desenvolvimento do país nos próximos quatro anos e o que pode ser feito para que o Brasil cresça de maneira sustentável, próspera e justa.
"O Brasil que eu desejo é um Brasil que gere oportunidades para todos. Que possa fazer com que os jovens e as crianças tenham a certeza de que aqui temos possibilidades de ter uma boa qualidade de vida, de ter emprego, de desenvolver a criatividade, de criar uma família, e que o Brasil é o melhor país do mundo para se viver porque aqui o povo é maravilhoso e nós temos a oportunidade de fazer com que esses jovens e essas crianças tenham o brilho no olhar e a vontade de ficar no Brasil".
Este é o último capítulo da minissérie Desafio : Brasil. Assista!
A minissérie Desafio : Brasil foi ao ar de 22 a 28 de junho, aqui na Agência de Notícias da Indústria e no YouTube da CNI.
Os vídeos abordam temas que devem ser prioritários para quem quer que seja o próximo presidente da República: economia, saúde, educação, trabalho e previdência, infraestrutura, sustentabilidade e inovação.
A minissérie envolve estudos e análises das 21 propostas que a indústria levou aos pré-candidatos à Presidência da República.
No dia 29 de junho, em Brasília, os presidenciáveis participam do evento Diálogo da Indústria com Candidatos à Presidência da República, promovido pela CNI. Na ocasião, eles terão a oportunidade de debater estas propostas com os empresários e apresentar medidas que querem adotar em seus governos para aumentar a produtividade das empresas e estimular o crescimento sustentado da economia brasileira.
| CNI | | | | Em artigo publicado no jornal Valor Econômico, o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, fala sobre as propostas que o setor preparou para entregar aos pré-candidatos à presidência da República
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As eleições de 2022 ocorrem em um momento único da história recente. A exemplo dos demais países, o Brasil enfrenta os inesperados problemas trazidos pela pandemia da covid-19 e os efeitos da guerra da Rússia contra a Ucrânia. Além das graves consequências para a vida das pessoas, as duas crises têm afetado duramente a economia e imposto enormes desafios para os governos e as sociedades em todo o mundo.
Diante desse cenário, o principal objetivo dos candidatos à Presidência da República deve ser a definição de um plano consistente que busque a superação das adversidades atuais, solucione velhos problemas que comprometem o desempenho da economia brasileira e promova o desenvolvimento pleno do país.
Ao eleitor, cabe avaliar os projetos apresentados pelos políticos e definir seu voto de maneira livre e soberana. Afinal, a escolha dos governantes reacende a confiança da população e constitui um passo fundamental para definir o futuro dos países democráticos.
Por isso, a sociedade deve expressar seus anseios e conhecer o pensamento e os planos de governo dos interessados em assumir o comando da nação. Como faz desde 1994, sempre que ocorrem eleições gerais, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) reunirá, em 29 de junho, em Brasília, pré-candidatos à Presidência da República para um diálogo aberto com os industriais. No evento, ouviremos os seus projetos para os próximos quatro anos.
Também apresentaremos as propostas da Indústria, consolidadas em 21 estudos temáticos, cujo intuito é contribuir com os debates que antecedem as eleições. Os documentos tratam de temas relevantes para a competitividade da indústria brasileira, como política industrial, de inovação e de comércio exterior; infraestrutura; tributação; relações do trabalho; educação; meio ambiente; segurança jurídica; macroeconomia; e eficiência do estado. Juntos, eles indicam o caminho para mudar os rumos do país.
Nesse conjunto de proposições, reafirmamos a necessidade de a economia nacional voltar a crescer de forma vigorosa e sustentada, e criar oportunidades de trabalho para os mais de 11 milhões de desempregados, além de elevar a renda e a qualidade de vida da população. Trata-se de uma tarefa de grandes proporções, que precisa ser enfrentada com muita determinação, liderança política e capacidade de negociação.
No panorama atual, está cada vez mais claro que a ciência e a tecnologia são fundamentais para termos ganhos contínuos de produtividade e para o Brasil se beneficiar das transformações trazidas pela Indústria 4.0, caracterizada pela crescente automação e pelo avanço da digitalização. O desenvolvimento tecnológico e a inovação também são a chave para o país contribuir com o esforço global para conter as mudanças do clima e aproveitar as oportunidades que estão se abrindo com a economia de baixo carbono.
As economias mais avançadas já compreenderam a importância estratégica da inovação. Em média, os países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) investem 2,68% do Produto Interno Bruto (PIB) em atividades de pesquisa e desenvolvimento. Infelizmente, os investimentos do Brasil nessa área se mantêm em torno de 1% do PIB e são insuficientes para darmos um salto tecnológico e ocuparmos um papel de maior destaque no mundo. Por isso, devemos adotar uma política robusta de apoio à ciência e à tecnologia, com visão de longo prazo e volume adequado de recursos.
A indústria tem um papel estratégico na consolidação do novo cenário econômico mundial. Programas que visam à expansão e à diversificação do setor industrial vêm sendo implementados pelas principais economias globais, como União Europeia, Estados Unidos, Japão, Coreia do Sul e China. Seguindo esses exemplos, a CNI defende a adoção, no Brasil, de uma política industrial moderna, que tenha como objetivos a inovação, o aumento da produtividade, a inserção internacional das empresas e a descarbonização da produção.
Para que o Brasil não fique para trás na atual revolução tecnológica, é preciso melhorar a qualidade da educação e ampliar a oferta de cursos de formação profissional. Uma rede de ensino conectada com a era do conhecimento é fundamental para que os jovens tenham oportunidades de aprendizagem ao longo de toda a vida e se preparem para atender às demandas do mercado de trabalho em constante transformação.
É imprescindível, ainda, adequar a legislação trabalhista às novas formas de produção e de trabalho.
Além disso, o Brasil precisa superar obstáculos que, há muitos anos, elevam os custos das empresas e inibem novos projetos. Entre as antigas questões que precisam ser resolvidas com urgência, está a aprovação de uma reforma da tributação sobre o consumo. A proposta de reforma tributária, que foi amplamente discutida com a sociedade e está pronta para votação no Congresso Nacional, corrige distorções, simplifica o sistema de arrecadação de impostos, e é fundamental para estimular os investimentos e a criação de empregos.
A melhoria do ambiente econômico também requer a modernização e a correção das deficiências da infraestrutura. Nos últimos anos, processos bem-sucedidos de concessões e privatizações ampliaram os investimentos e trouxeram melhorias significativas na área. Para avançar, precisamos, entre outras ações, de medidas regulatórias que assegurem a efetiva competição no mercado de gás natural, de combustíveis e de energia elétrica.
Outro requisito crucial para destravar o crescimento é a estabilidade do panorama macroeconômico, com inflação controlada, juros baixos e contas públicas equilibradas. Do mesmo modo, temos que enfrentar a questão da insegurança jurídica, criar condições favoráveis de acesso ao crédito, estimular o desenvolvimento regional e aumentar a eficiência do Estado.
As prioridades e os desafios do Brasil são muitos e ficaram ainda mais complexos com os problemas causados pela pandemia e pela guerra na Ucrânia. Entretanto, como já ocorreu em outros momentos delicados do passado, o país tem capacidade de vencer a crise atual e retomar o caminho do desenvolvimento econômico e social.
O importante é que o presidente da República, os governadores e os parlamentares eleitos ou reeleitos em outubro trabalhem em favor das mudanças necessárias para remover os entraves que prejudicam as empresas e comprometem a competividade brasileira.
Com a união do setor produtivo, dos governantes e dos demais segmentos da sociedade, poderemos avançar na agenda de reformas e adotar medidas adequadas para a construção de um país mais próspero e mais justo, que ofereça oportunidades para todos.
*Robson Braga de Andrade é empresário e presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI).
O artigo foi publicado no jornal Valor Econômico.
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O Senado pode votar nesta quinta-feira (30), em sessão deliberativa marcada para às 16h00, a Medida Provisória que criou o Programa de Simplificação do Microcrédito Digital para Empreendedores, o SIM Digital (MPV 1107/2022). O novo programa, vinculado ao Ministério do Trabalho e Previdência, concede pequenos empréstimos com taxas de juros reduzidas: para facilitar o acesso ao crédito para empreendedores excluídos do sistema financeiro e incentivar a formalização de pequenos negócios.
A Medida Provisória concede ao beneficiário pessoa física empréstimo no valor máximo de R$ 1 mil, e ao microempreendedor individual (MEI), de R$ 3 mil, considerada a soma de todos os contratos de operação efetuados no âmbito do SIM Digital. Com as emendas aprovadas na Câmara em 21 de junho, os deputados esperam ampliar os valores para R$ 1,5 mil e R$ 4,5 mil, respectivamente
O texto estabelece que os empréstimos do SIM Digital são garantidos pelo Fundo Garantidor de Microfinanças (FGM) da Caixa Econômica Federal, a exemplo do que já ocorre com o Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe). Qualquer banco pode emprestar seus recursos com a garantia do FGM.
A MP autoriza o uso de R$ 3 bilhões do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para garantir operações de microcrédito. De acordo com as regras do programa, a cobertura poderá chegar a até a 80% das operações. Outra inovação é a mudança das datas de recolhimento do FGTS, que passarão do dia 7 para o dia 20 de cada mês. A alteração, segundo o governo, visa unificar as obrigações do empregador no recolhimento do FGTS.
Outra emenda aprovada na Câmara aumenta o prazo máximo de empréstimos imobiliários financiados pelo FGTS de 30 anos para 35 anos.
A MP será votada no Senado na forma do relatório da senadora Margareth Buzetti (PP-MT), que está pendente de leitura.
Candomblé
Depois de adiamento, volta à pauta de votação o PLC 69/2018, do deputado Vicentinho (PT-SP). O projeto estabelece a data de 21 de março como Dia Nacional das Tradições das Raízes de Matrizes Africanas e Nações do Candomblé.
Inicialmente, o texto previa que o Dia do Candomblé seria 30 de setembro. O senador Paulo Paim (PT-RS), que relatou o projeto na Comissão de Educação (CE) alterou a data para 21 de março, que é o Dia Internacional Contra a Discriminação Racial, estabelecido pela Organização das Nações Unidas (ONU).
Outro projeto na pauta de quinta-feira institui a campanha Maio Laranja (PL 2466/2019), a ser realizada anualmente em todo território nacional para a promoção de ações de enfrentamento à violência sexual contra crianças e adolescentes. De autoria do deputado Leandre (PV-PR), a proposição foi aprovada na Câmara em 26 de maio e receberá relatório da senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA).
| Agência Senado | | | | Índice subiu 5,1% de maio para junho deste ano e atingiu 122,4 pontos
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O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC) subiu 5,1% de maio para junho deste ano e atingiu 122,4 pontos, em uma escala de 0 a 200 pontos. É o maior nível do indicador desde março de 2020 (128,4 pontos), segundo dados divulgados hoje (28) pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
A confiança do empresário na situação atual subiu 9,9%, principalmente pelo aumento de 12,4% da avaliação sobre o momento atual da economia. As expectativas também cresceram (3,5%), puxadas pela melhor avaliação em relação à economia (4,5%).
As intenções de investimentos tiveram alta de 3,6%, puxada pelos investimentos na empresa (6%) e pela contratação de funcionários (4,2%).
Na comparação com junho de 2021, o Icec teve alta de 24,4%, com crescimentos de 57,2% na situação atual, 10,5% nas expectativas e 21,3% nas intenções de investimentos.
| Agência Brasil | | | | São Paulo foi o estado com maior número de novos postos
Em maio deste ano, o Brasil registrou um saldo de 277.018 novos empregos formais. Segundo os dados do Novo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), que o Ministério do Trabalho e Previdência divulgou hoje (28), no mês passado foram registradas 1.960.960 contratações com carteiras assinadas e 1.683.942 desligamentos.
Já o total de trabalhadores celetistas – ou seja, com vínculo formal de trabalho e direitos e deveres regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) – aumentou 0,67% em relação ao resultado de abril deste ano, passando de 41.448.948 para 41.729.858.
Na média nacional, os salários iniciais pagos a quem foi admitido em um novo emprego em maio foi de R$ 1.898,02 – valor R$ 18,05 menor que a média de R$ 1.906,54 calculada em abril.
No acumulado do ano, foi registrado saldo de 1.051.503 empregos, decorrente de 9.693.109 admissões e de 8.641.606 desligamentos (com ajustes até maio de 2022).
Os cinco grandes grupamentos de atividades econômicas avaliados registraram saldos positivos em termos de criação de empregos formais. Tal como em abril deste ano, o setor de serviços voltou a ser destaque, com um saldo de 120.294 postos celetistas. Em seguida vêm as atividades ligadas ao comércio (+47.557 postos); indústria (+46.975 postos); construção (+35.445 postos) e, por fim, agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (+26.747 postos).
Todas as cinco regiões brasileiras também tiveram saldo positivo, com destaque para o Centro-Oeste, cujo índice variou 0,94%, com um saldo de 33.978 vagas de emprego formais. Em seguida vêm o Norte (+0,82%, +16.091 postos, respectivamente); Nordeste (+0,73%, +48.847 postos); Sudeste (+0,69%, +147.846 postos) e Sul (+0,33%, +25.585 postos).
Em termos absolutos, as unidades federativas com maior saldo mensal, em maio, foram São Paulo, com um resultado positivo de 85.659 postos (variação positiva de 0,67% em comparação a abril); Minas Gerais (+29.970 postos ou +0,68%) e Rio de Janeiro (+20.226 postos, +0,61%). Ainda em termos absolutos, Sergipe: (+855 postos, +0,30%); Roraima (+494 postos, +0,75%) e o Amapá (+334 postos, +0,46%) foram os estados com menor saldo.
No mês, houve 24.094 admissões e 18.284 desligamentos na modalidade de trabalho intermitente, deixando um saldo de 5.810 empregos. Duzentos e oitenta e seis trabalhadores assinou mais de um contrato na condição de trabalhador intermitente. Do ponto de vista das atividades econômicas, o saldo de emprego na modalidade de trabalho intermitente distribuiu-se por Serviços (+4.505 postos), Indústria geral (+1.117 postos), Construção (+436 postos), Agropecuária (+303 postos) e Comércio (-551 postos).
Também foram registradas 19.530 admissões em regime de tempo parcial e 16.251 desligamentos, gerando saldo de 3.279 empregos, envolvendo 8.904 estabelecimentos contratantes. Cinquenta e nove empregados celebraram mais de um contrato em regime de tempo parcial.
| Agência Brasil | | | | Pelo menos 3 mil funcionários devem ficar 10 dias sem trabalhar
A partir de hoje (27), a fábrica de São Bernardo do Campo da Volkswagen do Brasil, na região metropolitana de São Paulo, concederá 10 dias de férias coletivas aos funcionários, em razão falta de semicondutores, conforme confirmou a empresa.
O Sindicato dos Metalúrgicos do ABC informou que 3 mil trabalhadores terão em férias coletivas em função da falta de peças e componentes eletrônicos para finalizar a produção dos veículos. Os metalúrgicos ficarão fora da fábrica até 7 de julho. A montadora não informou o número de funcionários envolvidos.
De acordo com informações do sindicato, a crise dos semicondutores tem diversos fatores, mas que para o setor automobilístico o principal é a disponibilidade restrita de fabricação dos componentes para o setor por parte de fornecedores. Ainda segundo a entidade, essa é uma crise bem ampla que envolve fatores geopolíticos, logística, pandemia e até fatores climáticos, e já vem de no mínimo três anos.
A montadora já havia colocado cerca de 2,5 mil metalúrgicos em coletivas no mês de maio por problemas na cadeia de fornecimento de peças. Dados do sindicato dão conta de que a empresa conta com cerca de 8,2 mil trabalhadores na planta de São Bernardo, sendo 4,5 mil na produção.
O coordenador-geral da representação do sindicato na Volkswagen, José Roberto Nogueira da Silva, avalia que a falta de componentes tem impactado não só o ramo automotivo, mas todo setor industrial brasileiro.
“Este é um problema que vem afligindo não só a indústria automobilística. Toda a indústria nacional vem sendo impactada. Isso acaba atingindo diretamente os trabalhadores. A falta de política industrial e de desenvolvimento no país tem causado a desestruturação da cadeia produtiva nacional”, disse, em nota.
Segundo Silva, um acordo vigente na montadora, negociado entre sindicato e a empresa, dá aos trabalhadores tranquilidade em relação aos empregos. “É muito importante neste momento termos um acordo de longo prazo que prevê situações como esta que vem perdurando a muito tempo. O acordo dá previsibilidade para trabalhadores se organizarem e também para a empresa pensar o futuro da planta”.
| Agência Brasil | | | |
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