| 08 de abril de 2022
Sexta-feira
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Em 08/04/2022
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Fonte: BACEN
| | | | | Com o avanço de 0,7% na indústria nacional em fevereiro, na série com ajuste sazonal, 11 dos 15 locais pesquisados pelo IBGE apresentaram taxas positivas.
As altas mais acentuadas, e acima de dois dígitos, foram no Pará (23,9%) e em Pernambuco (10,2%). Por outro lado, Mato Grosso, com queda de 4,4%, apontou o recuo mais intenso nesse mês, seguido por Rio de Janeiro (-0,5%) e Espírito Santo (-0,4%), enquanto Rio Grande do Sul (0,0%) mostrou variação nula.
A média móvel trimestral com acréscimo de 0,4%, ficou positiva em dez dos quinze locais, liderados por Espírito Santo (2,4%), Bahia (2,1%), Amazonas (1,6%), Goiás (1,4%), Região Nordeste (1,1%), Pará (0,7%) e São Paulo (0,7%).
No acumulado do ano, houve queda em nove dos quinze locais pesquisados, com destaque para Ceará (-20,1%) e Pará (-14,5%). Já o acumulado dos últimos 12 meses avançou em nove dos 15 dos quinze locais pesquisados.
No avanço de 0,7% da atividade industrial em fevereiro, na série com ajuste sazonal, 11 dos 15 locais pesquisados mostraram taxas positivas. Pará (23,9%) e Pernambuco (10,2%) assinalaram expansões de dois dígitos e as mais acentuadas, com ambos voltando a crescer após recuarem em janeiro último e em dezembro de 2021, período em que acumularam perdas de 17,6% e 7,6%, respectivamente. Amazonas (7,8%), Minas Gerais (7,3%), Ceará (6,0%), Região Nordeste (5,1%), Bahia (3,4%), Goiás (1,4%), Paraná (1,3%), Santa Catarina (1,1%) e São Paulo (1,1%) completaram o conjunto de locais com índices positivos em fevereiro.
Por outro lado, Mato Grosso, com queda de 4,4%, teve o recuo mais intenso, interrompendo quatro meses consecutivos de crescimento na produção, período em que acumulou expansão de 32,8%. Rio de Janeiro (-0,5%) e Espírito Santo (-0,4%) assinalaram as demais taxas negativas em fevereiro de 2022; enquanto Rio Grande do Sul (0,0%) mostrou variação nula.
O índice de média móvel trimestral para a indústria teve acréscimo de 0,4% no trimestre encerrado em fevereiro frente ao nível do mês anterior, após avançar 0,2% em janeiro último e 0,7% em dezembro de 2021, quando interrompeu a trajetória descendente iniciada em janeiro de 2021. Em termos regionais, dez dos 15 locais pesquisados apontaram taxas positivas nesse mês, com destaque para Espírito Santo (2,4%), Bahia (2,1%), Amazonas (1,6%), Goiás (1,4%), Região Nordeste (1,1%), Pará (0,7%) e São Paulo (0,7%). Por outro lado, Ceará (-1,6%), Mato Grosso (-0,4%) e Rio Grande do Sul (-0,3%) tiveram recuos.
Na comparação com fevereiro de 2021, a indústria nacional teve redução de 4,3% em fevereiro de 2022, com oito dos 15 locais pesquisados com taxas negativas. Vale citar que fevereiro de 2022 (19 dias) teve um dia útil a mais do que igual mês do ano anterior (18). Ceará (-14,7%) teve recuo de dois dígitos e o mais intenso, pressionado, principalmente, pelo comportamento negativo dos setores de artefatos de couro, artigos para viagem e calçados; confecção de artigos do vestuário e acessórios; e máquinas, aparelhos e materiais elétricos.
Santa Catarina (-6,6%) e São Paulo (-5,4%) também registraram taxas negativas mais intensas do que a média nacional (-4,3), enquanto Rio Grande do Sul (-3,3%), Região Nordeste (-2,6%), Pernambuco (-1,5%), Pará (-1,4%) e Paraná (-0,9%) completaram o conjunto de locais com índices negativos nesse mês.
Por outro lado, Mato Grosso (12,6%) e Amazonas (11,3%) apontaram as expansões mais intensas em fevereiro de 2022, impulsionadas pelo comportamento positivo das atividades de produtos alimentícios no primeiro local; e de bebidas e outros equipamentos de transporte, no segundo. Bahia (4,4%), Goiás (3,4%), Espírito Santo (1,6%), Rio de Janeiro (1,4%) e Minas Gerais (0,7%) mostraram os demais resultados positivos nesse mês.
No acumulado no ano, frente a igual período do ano anterior, a redução verificada na produção nacional alcançou nove dos 15 locais pesquisados, com destaque para Ceará (-20,1%) e Pará (-14,5%). Ceará foi pressionado pelos recuos assinalados pelos setores de artefatos de couro, artigos para viagem e calçados; confecção de artigos do vestuário e acessórios; máquinas, aparelhos e materiais elétricos; e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis. Enquanto Pará foi afetado pelo setor de indústrias extrativas.
Santa Catarina (-8,0%), São Paulo (-7,3%), Pernambuco (-7,1%) e Região Nordeste (-6,2%) também registraram taxas negativas mais acentuadas do que a média nacional (-5,8%), enquanto Rio Grande do Sul (-4,8%), Minas Gerais (-4,4%) e Paraná (-2,7%) completaram o conjunto de locais com recuo na produção no índice acumulado no ano.
Por outro lado, Mato Grosso (26,5%) apontou o avanço mais acentuado no índice acumulado do primeiro bimestre de 2022, impulsionado, principalmente, pelo comportamento positivo vindo dos setores de produtos alimentícios e de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis. Espírito Santo (3,6%), Amazonas (3,4%), Goiás (2,6%), Rio de Janeiro (2,1%) e Bahia (1,5%) tiveram as demais taxas positivas no acumulado no ano.
O acumulado dos últimos 12 meses ao avançar 2,8% em fevereiro de 2022, manteve a redução na intensidade do crescimento iniciada em agosto de 2021 (7,2%). Houve alta em nove dos 15 locais pesquisados, mas seis apontaram menor dinamismo frente aos índices de janeiro último. Santa Catarina (de 8,5% para 7,3%), Ceará (de 0,4% para -0,8%), Rio Grande do Sul (de 7,4% para 6,5%) e São Paulo (de 3,8% para 3,0%) mostraram as principais perdas; enquanto os ganhos foram em Bahia (de -11,9% para -9,9%), Amazonas (de 7,0% para 8,9%), Mato Grosso (de 3,9% para 5,2%), Espírito Santo (de 5,4% para 6,5%) e Pará (de -6,8% para -6,1%).
| IBGE | | | |
Audiência proposta pelo senador Paulo Paim deve discutir recuperação de direitos trabalhistas
A Comissão de Direitos Humanos (CDH) voltará a se reunir na segunda-feira (11), às 10h, para discutir o projeto que cria o Estatuto do Trabalho (SUG 12/2018). A reunião terá como foco o lançamento das Agendas Legislativa e Jurídica das Centrais Sindicais para 2022.
O Estatuto do Trabalho foi apresentado ao Senado em 2018, após atuação conjunta da CDH com a Associação Nacional dos Procuradores do Trabalho (ANPT), a Associação Nacional dos Magistrados do Trabalho (Anamatra), o Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho (Sinait) e a Associação Latino-Americana de Juízes do Trabalho (Alit). O projeto foi apresentado após a reforma trabalhista (Lei 13.467, de 2017) e tem como objetivo "resgatar os direitos sociais fundamentais do trabalhador, atingidos pela entrada em vigor de leis que estabeleceram um nítido desequilíbrio entre as partes nas relações de trabalho, de modo desfavorável ao trabalhador".
O pedido para a audiência partiu do senador Paulo Paim (PT-RS). Para ele, a reforma trabalhista não produziu os resultados que prometeu. "Hoje o país tem cerca de 15 milhões de desempregados e outros 6 milhões de desalentados, ou seja, já perderam a esperança de conseguir um emprego", aponta no requerimento.
O senador e as entidades que apoiam o Estatuto do Trabalho defendem que as estatísticas recentes indicam "um quadro de precarização, com redução salarial e aumento substancial da informalidade e pessoas sem emprego".
Convidados
Estão previstas as presenças do presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Sergio Nobre; do presidente da Força Sindical, Miguel Torres; do presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT), Ricardo Patah; e do presidente da Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB), Adílson Araújo. Também devem participar o presidente da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), Antonio Santos Neto; o secretário-executivo da Intersindical, Edson Índio; o secretário nacional da CSP-Conlutas, Atnágoras Lopes; e o presidente da Nova Central Sindical dos Trabalhadores (NCST), Oswaldo Barros.
Como participar
O evento será interativo: os cidadãos podem enviar perguntas e comentários pelo telefone da Ouvidoria do Senado (0800 061 2211) ou pelo Portal e‑Cidadania, que podem ser lidos e respondidos pelos senadores e debatedores ao vivo. O Senado oferece uma declaração de participação, que pode ser usada como hora de atividade complementar em curso universitário, por exemplo. O Portal e‑Cidadania também recebe a opinião dos cidadãos sobre os projetos em tramitação no Senado, além de sugestões para novas leis.
| Senado Notícias | | | | O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de março teve alta de 1,62%, 0,61 ponto percentual (p.p.) acima da taxa de 1,01% de fevereiro. Essa é a maior variação para um mês de março desde 1994, quando o índice foi de 42,75%, no período que antecedeu a implementação do Real. No ano, o IPCA acumula alta de 3,20% e, nos últimos 12 meses, de 11,30%, acima dos 10,54% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em março de 2021, a variação mensal foi 0,93%.
Oito dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram alta em março. A maior variação (3,02%) e o maior impacto (0,65 p.p.) vieram dos Transportes, que aceleraram na comparação com o resultado de fevereiro (0,46%). Na sequência, veio o grupo Alimentação e bebidas, com alta de 2,42% e 0,51 p.p. de impacto. Juntos, os dois grupos contribuíram com cerca de 72% do IPCA de março. Além deles, houve aceleração também nos grupos Vestuário (1,82%), Habitação (1,15%) e Saúde e cuidados pessoais (0,88%). O único com queda foi Comunicação, com -0,05%. Os demais ficaram entre o 0,15% de Educação e o 0,59% de Despesas pessoais.
O resultado do grupo Transportes (3,02%) foi influenciado, principalmente, pela alta nos preços dos combustíveis (6,70%), em particular, o da gasolina (6,95%), subitem com maior impacto individual (0,44 p.p.) no índice do mês. Cabe lembrar que, no dia 11 de março, o preço médio de venda da gasolina da Petrobras para as distribuidoras foi reajustado em 18,77%. Além disso, houve altas nos preços do gás veicular (5,29%), do etanol (3,02%) e do óleo diesel (13,65%). Os dois últimos contribuíram conjuntamente com 0,06 p.p. no IPCA de março.
Além dos combustíveis, a aceleração do grupo Transportes também está relacionada à alta nos preços de alguns serviços, como o transporte por aplicativo (7,98%), o seguro voluntário de veículo (3,93%) e o conserto de automóvel (1,47%). Os automóveis novos (0,47%) e usados (0,76%) também seguem em alta, embora as variações tenham sido menores que as do mês anterior (1,68% e 1,51%, respectivamente). Nos transportes públicos, a variação positiva do ônibus urbano (1,27%) deve-se aos reajustes nos preços das passagens em Curitiba (20,22%), com reajuste de 22,23% a partir de 1º de março; São Luís (5,14%) com aumento de 5,40%, em vigor desde 27 de fevereiro; Recife (4,86%), reajuste de 9,33%, vigente desde 13 de fevereiro; e Belém (1,11%) com reajuste de 11,11%, a partir de 28 de março.
Ainda em Transportes, o destaque no lado das quedas foram as passagens aéreas, com -7,33% de variação e -0,03 p.p. de impacto. A metodologia aplicada no IPCA considera uma viagem marcada com dois meses de antecedência, ou seja, a variação observada no mês reflete a coleta de preços feita em janeiro para viagens realizadas em março.
Já a aceleração em Alimentação e bebidas (2,42%) decorre, principalmente, da alta nos preços dos alimentos para consumo no domicílio (3,09%). A maior contribuição (0,08 p.p.) dentro do grupo veio do tomate, cujos preços subiram 27,22% em março. Além disso, foram registradas altas em diversos produtos, como a cenoura (31,47%), que acumula alta de 166,17% em 12 meses, o leite longa vida (9,34%), o óleo de soja (8,99%), as frutas (6,39%) e o pão francês (2,97%).
Na alimentação fora do domicílio (0,65%), a refeição, que havia ficado próxima da estabilidade em fevereiro (0,02%), registrou alta de 0,60% em março. Já o lanche teve alta de 0,76%, frente ao 0,85% observado no mês anterior.
Outro grupo a acelerar na passagem de fevereiro para março foi Vestuário, com alta de 1,82%. Todos os itens que compõem o grupo tiveram variação positiva, com destaque para as roupas femininas (2,32%) e os calçados e acessórios (2,05%). Os preços das joias e bijuterias, que haviam caído em fevereiro (-0,36%), voltaram a subir (1,18%).
O grupo Habitação teve alta de 1,15% em março, puxado pelo aumento dos preços do gás de botijão (6,57%). No dia 11 de março, houve reajuste de 16,06% no preço médio de venda do GLP para as distribuidoras. Além disso, a alta de 1,08% da energia elétrica também contribuiu para o resultado do grupo. As variações nas áreas foram desde -3,18% em Recife, onde houve redução de PIS/COFINS, até 4,66% no Rio de Janeiro, onde foram aplicados reajustes de 15,58% e 17,30% nas duas concessionárias de energia pesquisadas, ambos a partir de 15 de março.
Ainda em Habitação, destaca-se a alta de 4,23% no gás encanado. Em Curitiba (24,75%), as tarifas de gás foram reajustadas em 26% no dia 25 de fevereiro. Já no Rio de Janeiro (5,02%), foram aplicados um reajuste no dia 12 de fevereiro, de 2,95%, e outro em 16 de março, de 7,72%. A variação positiva da taxa de água e esgoto (0,11%) decorre dos reajustes em Aracaju (4,79%), de 5,00%, em vigor desde 1º de março; Goiânia (0,89%) com aumento de 8,98%, vigente desde 1º de fevereiro; e Fortaleza (0,22%), reajuste de 6,71%, implementado em 30 de janeiro.
O resultado do grupo Saúde e cuidados pessoais (0,88%) foi influenciado, principalmente, pelas altas dos itens de higiene pessoal (2,25%) e dos produtos farmacêuticos (1,32%). O plano de saúde (-0,69%) segue com variação negativa, refletindo o reajuste negativo de -8,19% aplicado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) no ano passado.
Todas as áreas pesquisadas tiveram alta em março. A maior variação ocorreu na região metropolitana de Curitiba (2,40%), onde pesaram as altas da gasolina (11,55%), do etanol (8,65%) e do ônibus urbano (20,22%). Já a menor variação foi registrada no município de Rio Branco (1,35%), onde houve queda nos preços das passagens aéreas (-11,33%) e do frango inteiro (-2,10%).
Para o cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados entre 26 de fevereiro e 30 de março de 2022 (referência) com os preços vigentes entre 29 de janeiro e 25 de fevereiro de 2022 (base). O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) teve alta de 1,71% em março, acima do resultado do mês anterior (1,00%). Essa é a maior variação para um mês de março desde 1994, quando o índice foi de 43,08%, no período que antecedeu a implementação do Real. O INPC acumula alta de 3,42% no ano e 11,73% nos últimos 12 meses, acima dos 10,80% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em março de 2021, a taxa foi de 0,86%.
Os produtos alimentícios passaram de 1,25% em fevereiro para 2,39% em março. Os não alimentícios também aceleraram e registraram 1,50%, frente à variação de 0,92% do mês anterior.
Quanto aos índices regionais, todas as áreas pesquisadas tiveram alta de preços em março. O menor resultado ocorreu na região metropolitana de Belém (1,44%), em função da queda na energia elétrica (-2,98%). A maior variação, por sua vez, ficou com a região metropolitana de Curitiba (2,54%), influenciada pelas altas de 11,55% na gasolina e de 20,22% no ônibus urbano.
Para o cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados entre 26 de fevereiro e 30 de março de 2022 (referência) com os preços vigentes entre 29 de janeiro e 25 de fevereiro de 2022 (base). O INPC é calculado pelo IBGE desde 1979, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 05 salários mínimos, sendo o chefe assalariado, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília.
| IBGE | | | | A inflação oficial acumulada em 12 meses registrou, em março deste ano, taxa de 11,3%. Essa é a maior variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) desde outubro de 2003, quando havia ficado em 13,98%.
Desde setembro do ano passado, a taxa acumulada em 12 meses está acima dos 10%. Entre dezembro de 2003 e agosto de 2021, o IPCA só havia superado a barreira dos 10% por quatro meses, entre novembro de 2015 e fevereiro de 2016.
O resultado também está bem acima da meta de inflação, estabelecida pelo Banco Central, que varia entre 2% e 5% para 2022.
Grupos de despesa importantes para a composição do índice como alimentação, transportes e habitação registram altas de preços acima da média da inflação oficial.
Os preços dos alimentos, por exemplo, subiram 11,62% em 12 meses, puxados por itens como cenoura (166,17%), tomate (94,55%) e hortaliças e verduras (33,29%).
Os transportes acumulam alta de preços de 17,37% em 12 meses, puxados pelos combustíveis (27,89%). A gasolina subiu 27,48%, o óleo diesel, 46,47% e o etanol, 24,59%. Também se destacam o transporte por aplicativo (42,74%) e o seguro voluntário de veículos (16,43%).
Já os gastos com habitação tiveram aumento de 15%, com variações de preços de 28,52% para energia elétrica residencial e de 29,80% para os combustíveis domésticos, o que inclui o gás usado para cozinhar.
Os itens monitorados, isto é, aqueles que têm preço regulado por autoridades governamentais, acumulam alta de 14,84% no ano.
Difusão da inflação
Em março, o IPCA registrou taxa mensal de 1,62%, a maior taxa para o mês desde o início do Plano Real, em 1994. Segundo o pesquisador do IBGE Pedro Kislanov, os combustíveis tiveram um destaque no mês, não apenas para aumentar a taxa dos transportes como também de outros itens.
“Em março, há um efeito da alta dos combustíveis, principalmente da gasolina e do diesel, que aumentam o custo do frete, sobre outros componentes do IPCA, como por exemplo, a própria parte de alimentação e bebidas. Há um componente do custo de frete que acaba sendo repassado para o consumidor”, explica.
O índice de difusão da inflação, que mostra o percentual de itens que tiveram aumento de preços no mês, chegou a 76%, o maior desde fevereiro de 2016.
| Agência Brasil | | | | Índice acumula alta de 3,42% no ano e 11,73% nos últimos 12 meses
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) teve alta de 1,71% em março, acima do resultado de fevereiro (1%). É a maior variação para um mês de março desde 1994, quando foi de 43,08%.
O INPC acumula alta de 3,42% no ano e 11,73% nos últimos 12 meses, acima dos 10,80% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Os dados foram divulgados hoje (8), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Os produtos alimentícios passaram de 1,25% em fevereiro para 2,39% em março. Os não alimentícios também aceleraram 1,50%. A variação foi de 0,92% no mês anterior.
Alta de preços
Segundo o IBGE, quanto aos índices regionais, todas as áreas pesquisadas tiveram alta de preços em março. O menor resultado ocorreu na região metropolitana de Belém (1,44%), em função da queda na energia elétrica (-2,98%). A maior variação ficou com a região metropolitana de Curitiba (2,54%), influenciada pelas altas de 11,55% na gasolina e de 20,22% nos ônibus urbanos.
Para o cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados entre 26 de fevereiro e 30 de março de 2022 (referência) com os preços vigentes entre 29 de janeiro e 25 de fevereiro de 2022 (base).
O INPC é calculado pelo IBGE desde 1979 e se refere às famílias com rendimento monetário de um a cinco salários mínimos, sendo o chefe assalariado, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e Brasília.
| Agência Brasil | | | |
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