| 16 de DEZembro de 2021
Quinta-feira
- Com 68% dos industriais otimistas, Fiep divulga balanço do ano e expectativa do setor para 2022
(matéria com texto aberto abaixo da tabela)
- Pesquisa da Fiep mostra que industriais paranaenses estão otimistas com 2022
- Estoques aumentam e ultrapassam nível planejado em novembro, afirma CNI
(matéria com texto aberto abaixo da tabela)
- CNI projeta crescimento de 1,2% para a economia brasileira em 2022
- Câmara vota hoje novo refis para pequenas empresas do Simples e MEIs
- Índice de adequação de estoques sobe 1,1% em dezembro, diz FecomercioSP
- Ômicron: quais são os sintomas da nova variante comparados aos das anteriores
- O “home office” morreu, viva o “remote work”
- 4 em cada 10 trabalhadores preferem esquema de trabalho híbrido, diz pesquisa
- Estudo mostra que 38% dos brasileiros pretendem gastar menos em compras neste fim de ano
- Aluguel residencial tem quinta alta seguida e Curitiba lidera
- O país da incerteza será sempre o país do baixo crescimento
- Relator põe reforma do IR na geladeira e novo projeto propõe isenção até R$ 3.300
- Fed pode subir juros antes de meta de pleno emprego, diz Powell
- Banco Central prevê inflação de 2021 acima de 10%, primeira vez em seis anos
- Powell: uma das ameaças para pleno emprego é a inflação
- O país da incerteza será sempre o país do baixo crescimento
- Teto do INSS pode chegar a R$ 7.077 em 2022; veja valor das aposentadorias
- Elementos sobre a inflação foram se mostrando mais persistentes, diz Powell
- Inflação desacelera para todas as faixas de renda em novembro
- BC corta pela metade projeção para PIB de 2022 e agora espera alta de 1%
- PIB: BC revisa projeção para 2021 de +4,7% para +4,4% e de +2,1% para +1% em 2022
- Projeção para IPCA 2021 no cenário básico é de 10,2% e 4,7% em 2022, aponta RTI
- Fluxo cambial total no ano até 10 de dezembro é positivo em US$ 13,504 bi
- Senado aprova PL com novas regras para quem gera própria energia
- Paraná busca fomentar abastecimento com gás natural em veículos pesados
(matéria com texto aberto abaixo da tabela)
- UEPG desenvolve estudos de componentes para produção de aeronaves e automóveis
(matéria com texto aberto abaixo da tabela)
- Audi anuncia retomada da produção na fábrica paranaense de São José dos Pinhais em 2022
(matéria com texto aberto abaixo da tabela)
- Gasolina tem primeira queda em 19 meses e diesel fica estável, apontam pesquisas
- Bolsonaro diz que não interfere nos preços de combustíveis
- ICMS do biodiesel: exemplo de articulação política no Brasil
- Volvo se prepara para vender somente carros 100% elétricos no Brasil
- Pela terceira vez, Reino Unido reduz subsídio para compra de novos veículos elétricos
- Fornecedora da Iveco, FPT trará motor elétrico ao Brasil em 2022
|
Câmbio
Em 16/12/2021
|
|
Compra
|
Venda
|
Dólar
|
5,693
|
5,694
|
Euro
|
6,436
|
6,439
|
Fonte: BACEN
| | | | | 26ª edição da Sondagem Industrial revela que avanço da vacinação, abertura de novos mercados e melhoria no ambiente de negócios podem acelerar a retomada do setor
Um empresário otimista, disposto a investir e gerar novos empregos, apesar dos desafios e das limitações impostas pela pandemia da Covid-19 e do cenário macroeconômico do país. Este é o resultado geral da 26ª Sondagem Industrial, pesquisa anual feita pela Federação das Indústrias do Paraná (Fiep) com industriais de todas as regiões do estado e apresentado hoje (15/12) em entrevista coletiva à imprensa. Para 68,7% dos participantes o sentimento é de otimismo ou muito otimismo em relação a 2022. O índice é o mesmo alcançado no ano passado, quando a crise sanitária estava em momento mais crítico e o país ainda não tinha uma campanha de vacinação em curso, e está acima da média dos últimos 10 anos, que é de 66,7%.
A mostra coletada representa mais de 50 mil estabelecimentos industriais de 37 segmentos, que geram mais de 814 mil empregos no estado.
A resposta positiva dos empresários está ancorada principalmente na perspectiva de crescimento das vendas (67,8%), na abertura de novos mercados (39,0%) e na previsão de investimentos (33,6%). Para o presidente do Sistema Fiep, Carlos Valter Martins Pedro, apesar das dificuldades, o aprendizado da crise, o avanço da vacinação e a retomada de outros setores da economia contribuíram para a recuperação das indústrias este ano. “Vemos com bons olhos o resultado da pesquisa. Ela confirma que mesmo com muitos desafios a serem superados o industrial enxerga possibilidades reais de uma retomada em 2022”, avalia.
“Esperamos que as medidas necessárias para que o ambiente de negócios no país fique mais favorável, como a Reforma Tributária, saiam do papel e nos ajudem nesse processo de recuperação. Para isso contamos com medidas seguras de controle da pandemia, soluções eficientes para sanar as crises hídrica e energética e redução dos custos para se produzir no Brasil. Estes fatores podem efetivamente frear o crescimento tão almejado pelos empresários e por toda a sociedade”, completa.
As recomendações do presidente também fazem parte do estudo. A Sondagem revelou que questões de cunho político-eleitoral, falta de mão de obra qualificada, dificuldade de acesso a crédito, demanda insuficiente no mercado interno e oscilações cambiais são preocupações latentes dos empresários que podem impactar nos negócios. No total, os pessimistas somam 5,1% dos entrevistados, enquanto 26,4% se mostraram cautelosos e expressaram expectativa neutra para 2022.
Além destes aspectos, o economista da Fiep, Marcelo Alves, destaca outros temas que apareceram em evidência no estudo deste ano. “Aumento dos custos e escassez de matéria-prima, redução das vendas e a piora no ambiente político nacional foram sinalizados como fatores que comprometem a performance das empresas”, lembra. “O curioso é que mesmo com motivos para justificar dificuldades, os pessimistas revelaram que estão dispostos a investir em produtos, melhorar processos e até em explorar novos mercados no próximo ano. Ou seja, já articulam estratégias para driblar os problemas e já têm um planejamento prévio para virar o jogo a seu favor”, aponta.
Investimentos
“Um empresário otimista é aquele disposto a investir, mesmo diante de um cenário desafiador”, declara Alves. “Um bom sinal de retomada é quando o empresário revela claramente essa intenção e a pesquisa confirma isso”, diz. Quase 73% dos respondentes afirmaram que têm planos de investir em 2022 e as prioridades são em melhoria de processos, produtos ou serviços (64,5%), para reduzir custos de produção (48,7%) e ampliar a capacidade produtiva (45,4%). “Estes aspectos sugerem que há uma estratégia de reposicionamento de mercado provavelmente por conta da pandemia, para aumento da capacidade produtiva e para ganhar competitividade. O que são bons sinais para o setor”, reforça o economista.
Quando avaliado o planejamento de acordo com o porte das empresas, os resultados mostram uma diferença provavelmente relacionada à capacidade financeira e à prioridade de cada uma. Quase 100% das grandes companhias confirmaram que os investimentos serão feitos para ampliar a capacidade produtiva, logística e para melhorar produtos e serviços. Já entre as médias, 77% vão utilizar os recursos para reduzir custos de produção e ampliar a capacidade interna. As pequenas priorizarão melhoria em processos e produtos e a redução de custos de produção. E os microempreendedores querem melhorar a qualidade do que vendem, ou seja, produtos e serviços serão o alvo preferencial.
A mostra coletada representa mais de 50 mil estabelecimentos industriais de 37 segmentos, que geram mais de 814 mil empregos no estado.
Os recursos próprios serão a principal fonte de investimentos para 67,5% dos entrevistados. “Em relação a anos anteriores, percebe-se um aumento desta modalidade e também na busca por meio de instituições de fomento e desenvolvimento frente aos bancos tradicionais e cooperativas de crédito. Esse comportamento deve estar atrelado a uma maior pesquisa do empresário no mercado, por melhores taxas e condições de financiamento, durante à pandemia”, explica Alves.
Os investimentos têm ligação com as estratégias das indústrias para 2022. Mais de 30% devem apostar em desenvolvimento de novos negócios, aumento da capacidade produtiva/nova unidade industrial e incorporação de novos produtos à linha. Já para 20% a prioridade será aumentar o valor agregado dos produtos, segmentar os canais de vendas e investir em desenvolvimento e inovação. “Os empresários estão se preparando para ampliar seus mercados e se tornarem mais competitivos. Isso está em sinergia com as expectativas positivas das empresas em relação a 2022”, afirma.
Comércio exterior
As exportações despontam como um bom caminho para o crescimento da indústria, mas esta disposição está diretamente ligada ao porte das empresas. Entre as grandes, 91,7% devem adotar essa estratégia. Entre as médias, o índice cai para 62,8%. E entre as pequenas, só 24,7% devem vender para fora do país. “O mercado externo é uma oportunidade a ser explorada, mas demanda competitividade, conhecimento do mercado-alvo e dos trâmites de negociação e estratégia clara por parte das empresas”, resume o economista da Fiep.
Balanço de 2021
O ano foi bom ou muito bom para 60,4% dos industriais paranaenses, revela a Sondagem, por conta do crescimento das vendas e dos investimentos realizados. Apenas 11,5% das empresas pesquisadas tiveram desempenho “ruim” ou “muito ruim” e os motivos variam entre redução de vendas, aumento dos custos de matéria-prima e de produção. Para 28,1% a performance em 2021 tem sido regular.
Expectativas diferentes por regiões do estado
Os resultados mudam de acordo com a região do estado. O Sistema Fiep dividiu as mesorregiões do Paraná em três macrorregiões: Leste (Metropolitana de Curitiba, Centro Oriental e Sudeste); Norte (Norte Central, Norte Pioneiro, Noroeste e Centro Oriental) e Oeste (Oeste, Sudoeste e Centro Sul)). Cerca de 75% dos entrevistados da macrorregião Oeste declararam ter tido um ano bom ou muito bom. Na macrorregião Norte esse índice cai a 58,9%. E, na macrorregião Leste do estado o resultado é 53,4%. O que sustentou os bons resultados foram as vendas, a capacidade instalada e a produção. No entanto, fatores como custo e aquisição de insumos e alta de gás, energia elétrica, combustível e água se destacam de forma negativa como os grandes problemas apresentados pelos empresários em 2021.
A gerente executiva do Observatório Sistema Fiep, Marília de Souza, destaca a importância da pesquisa para a indústria do Paraná. “Além de conhecermos os principais desafios e intenções dos empresários, o estudo capta dados sobre a realidade enfrentada pelas empresas no momento, além de trazer as projeções que esperam para o próximo ano. Tudo isso baliza nosso planejamento interno para que possamos auxiliar os industriais em suas estratégias, oferecendo produtos e serviços que alavanquem seus negócios e contribuam para o crescimento do setor”, resume.
A versão completa da 26ª Sondagem Industrial do Observatório Sistema Fiep está disponível neste link.
| Agência Sistema Fiep | | | | Caminhões movidos a gás natural já são uma realidade no Brasil; projeto Corredor Azul, da Compagas, quer impulsionar ainda mais o movimento e contribuir para a redução de emissões de poluentes na atmosfera
Um combustível mais limpo que proporciona consumo e desempenho de motor similar ao do diesel. Assim é o gás natural, cujo abastecimento voltado a veículos pesados a Companhia Paranaense de Gás (Compagas) busca fomentar por meio do projeto Corredor Azul, que tem como objetivo implementar rotas estratégicas e infraestrutura de abastecimento concentrado no transporte de cargas.
Por meio da iniciativa, a Companhia quer ampliar o número de postos no Estado que ofertam essa modalidade de combustível para caminhões, bem como o número de veículos pesados que utilizam o gás e ainda contribuir para a redução de emissões de poluentes.
“Entendemos que há uma janela de oportunidade para ampliar a participação do gás natural na matriz de transportes no País e destacá-lo como essencial para a transição energética dentro do contexto de mudanças climáticas”, diz Rafael Lamastra Junior, diretor-presidente da Compagas e presidente do Conselho de Administração da Abegás (Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado).
“Na medida que é um insumo menos poluente que outros de origem fóssil e está presente em nosso dia a dia como uma fonte viável para todos os segmentos de mercado, ainda contribui para o desenvolvimento de novas tecnologias e a aplicação do combustível em maior escala”, acrescenta.
O nome Corredor Azul surgiu de um projeto desenvolvido na Europa que estruturou rotas e infraestrutura de abastecimento de gás natural focado no transporte de cargas e permitiu a cobertura das principais rotas de escoamento de cargas dos países que integram o continente, bem como a diversificação energética nesse segmento.
No Brasil, o projeto nasceu no Paraná, por iniciativa da Compagas, e hoje é uma realidade em diversos estados. O objetivo comum é o de interligar rotas de transporte para que os caminhões possam rodar pelas principais rodovias do país utilizando o gás natural e o biometano (combustível comparável em condições técnicas ao gás natural, já que após o refino atinge alta concentração de metano em sua composição).
Em Curitiba, um posto localizado na Cidade Industrial já abastece diariamente caminhões movidos 100% a gás natural que percorrem a rota São Paulo – Curitiba para o transporte de mercadorias ligadas ao e-commerce. Cada caminhão tem a capacidade de abastecimento de 230 m³ de gás natural e este volume garante uma autonomia de mais de 400 quilômetros para o veículo - ou seja, ele consegue rodar da capital paranaense até o retorno à cidade paulista com o volume abastecido.
ALTERNATIVA – Consultor da iniciativa privada especializado em gás natural, Ricardo Vallejo diz que que o segmento de transporte é o maior consumidor de energia do País [cerca de 33%], e como o Brasil não é autossuficiente, especialmente no que diz respeito ao diesel, uma parcela significativa (23%) do que é consumido precisa ser importada. Nesse cenário, encontrar alternativas é mais do que necessário, especialmente em razão do impacto da importação na economia.
“O Brasil precisa, como agenda, encontrar um meio para fazer essa transição energética do diesel, que atinge a balança comercial do país”, alerta Vallejo. “Em 2019, de acordo com a ANP [Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis], foram gastos US$ 6,6 bilhões em importação de diesel. Trazendo para o contexto atual, recentemente o valor do barril bateu US$ 83. Além disso, o real está muito desvalorizado. Se mantivermos essa tendência de 23% ou mais de importação por ano, com certeza teremos perdas [econômicas]”.
Vallejo lembra ainda que veículos leves têm o etanol como opção de renovável, mas para os pesados ainda há poucas tecnologias para substituir o diesel, já que a eletrificação de caminhões e ônibus ainda é uma realidade muito distante, tanto pela autonomia quanto pela potência - assim o gás natural e o biometano são combustíveis mais limpos que se mostram favoráveis e presentes no cenário atual.
Segundo Luciano Cherobim, assessor de Novos Negócios da Compagas, no que se refere ao mercado de gás, o indicativo é de crescimento na oferta interna do combustível. “As projeções de aumento nas ofertas de gás natural e biometano no Brasil demonstram um mercado potencial para inclusão destes combustíveis em substituição ao diesel, promovendo o aproveitamento da riqueza interna, menor dependência do diesel importado e principalmente suas inserções na transição energética para um mercado mais sustentável”, afirma.
CORREDOR AZUL – Com o Corredor Azul, a Compagas visa atrair e incentivar a utilização de veículos movidos 100% a gás. Para tanto, o projeto foi dividido em três fases – ou “ondas”. A primeira é a que está em desenvolvimento e visa aproveitar a base existente de postos que comercializam ou que possam comercializar o gás e que estão localizados em rodovias onde a Compagas já possui infraestrutura. Ela passa por Curitiba e Região Metropolitana, e cidades como Ponta Grossa, nos Campos Gerais, e Paranaguá, no Litoral, além de rotas para os estados de São Paulo e Santa Catarina.
A onda seguinte foca nas regiões que ainda não possuem a infraestrutura da rede de distribuição de gás, com a identificação, em estudo, de cidades no Interior do Paraná, considerando o fluxo de veículos pesados das rodovias, a autonomia dos veículos e a quilometragem percorrida pelo caminhoneiro até a parada para descanso e/ou abastecimento e também o potencial de produção de biometano presente nas regiões. Por fim, a terceira onda prevê que as principais rodovias e rotas do Estado estejam 100% atendidas em gás natural para veículos pesados.
Marcelo Mendonça, diretor da Abegás, afirma que a pauta também está no governo federal, que tem intensificado a discussão para a ampliação do gás natural em transporte de cargas e no transporte público. Segundo ele, desde 2019, ações vêm sendo realizadas com a intenção de contribuir para o desenvolvimento desse mercado, incluindo a concessão de linhas de financiamento de baixo carbono.
“Há ainda o fato de que Brasil reinjeta 60 milhões de metros cúbicos por dia de gás natural e que metade desse total seria suficiente para abastecer grande parte da frota de veículos pesados e substituir a parcela importada do diesel. Ou seja, podemos reduzir impactos econômicos, ambientais e trazer ainda mais desenvolvimento ao mercado de gás”, destaca.
Para Valter Alexandre Lopes de Lima, assessor da Compagas, a base de postos existentes é o ponto de partida para agilizar a transformação do segmento. O papel das distribuidoras é fomentar de forma estratégica esse mercado oferecendo uma alternativa mais econômica, inovadora e ambientalmente correta.
“O Paraná tem rotas importantes. Disponibilizar infraestrutura de abastecimento adequada para veículos pesados - com gás natural ou biometano - nas principais rodovias que escoam a produção e em pontos de maior movimentação beneficiam a economia e o desenvolvimento do estado, sem falar na contribuição aos profissionais do setor”, diz.
CAMINHÕES – Veículos pesados movidos a gás natural já são uma realidade no Brasil. Diretor da Scania, Paulo Genezini conta que a marca, embasada pelos pilares da eficiência energética, transporte inteligente e seguro e uso de combustíveis alternativos, está comercializando caminhões com motores a gás, ou seja, que já foram produzidos dessa forma – e não adaptados.
“Como a eletrificação total vai demorar para chegar aos transportes pesados, dos pontos de vista econômico e ambiental a solução a gás é a principal hoje, pois consegue o mesmo desempenho de um motor a diesel em termos de torque, e ainda contribui para a redução de poluentes na natureza”, afirma Genezini.
Um dos principais limitadores para o avanço da solução, na opinião do diretor da Scania, é a infraestrutura. Nos grandes centros, ele considera o abastecimento razoável, mas diz que no interior a escassez ainda é grande. Daí a importância de iniciativas como o Corredor Azul.
Para os proprietários de veículos pesados que desejam aproveitar os motores a diesel, também existem sistemas de conversão disponíveis que usam a tecnologia diesel-gás, permitindo a queima de uma mistura dos dois combustíveis – neste formato não é possível rodar somente com gás. As empresas convertedoras garantem a mesma potência e a menor emissão de poluentes em comparação ao motor original, o que reduz as despesas de consumo e operação do veículo e, ao mesmo tempo, mantém a vida útil e a performance do motor original.
SUSTENTABILIDADE – O uso do gás natural e do biometano em veículos pesados contribui significativamente para a redução de emissão de carbono. Em relação ao diesel, estima-se que o gás natural reduza a emissão de CO2 em 23%, enquanto o biometano alcança uma redução próxima a 85%%.
O abastecimento com gás natural ou biometano também é vantajoso para a saúde pública, pois são combustíveis que atuam para a diminuição da poluição local – quando comparada ao diesel, a redução de NOx (oxidação) é de 90% e de material particulados chega a 85%. Os efeitos são de curto prazo, com a colaboração para a redução de doenças cardiovasculares e para a perda de produtividade causada por esses poluentes.
Nesse sentido, para as empresas que possuem metas de redução de emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE), substituir as frotas de caminhões movidos a diesel para veículos abastecidos com gás natural pode ser um grande aliado para cumprir com os planos de sustentabilidade traçados, indo ao encontro dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU) e também com as metas definidas pelos países na última COP26.
COMPAGAS – Empresa de economia mista, tem como acionista majoritária a Companhia Paranaense de Energia (Copel), com 51% das ações, a Gaspetro, com 24,5% e a Mitsui Gás e Energia do Brasil, com 24,5%. Em março de 2000, a empresa passou a ser a primeira distribuidora do Sul do país a fornecer o gás natural canalizado aos seus clientes, com a inauguração do ramal sul do gasoduto Bolívia – Brasil (Gasbol). Atualmente, a Compagas conta com quase 51 mil clientes dos segmentos residencial, comercial, industrial, veicular e geração de energia elétrica e está presente em 16 municípios: Araucária, Curitiba, Campo Largo, Balsa Nova, Palmeira, Ponta Grossa, São José dos Pinhais, Colombo, Quatro Barras, Fazenda Rio Grande, Pinhais, Campina Grande do Sul, Paranaguá, Carambeí, Castro e Arapoti.
| Agência Estadual de Notícias | | | | A Sondagem Industrial mostra que esse resultado rompeu a tendência de estoques abaixo do planejado, que vinha desde dezembro de 2019. A produção e o emprego industrial apresentaram estabilidade
A Sondagem Industrial, da Confederação Nacional da Indústria (CNI), aponta para o aumento dos estoques em novembro de 2021. O índice de evolução do nível de estoques foi de 50,6 pontos, resultado 4,8 pontos acima do registrado no mesmo período do ano passado. Esse resultado rompeu a tendência de estoques abaixo do planejado, que vinha desde dezembro de 2019. Além disso, nos últimos três meses, houve registro o índice esteve de 50 pontos, o que indica crescimento em relação ao mês anterior.
O índice do nível de estoque efetivo em relação ao planejado registrou 50,7 pontos em novembro. O gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo, explica que o estoque real está um pouco acima do nível planejado pelas empresas. Na comparação com novembro de 2020, momento crítico de baixos estoques no ano passado, o índice mostra aumento de 6,6 pontos.
“Esse resultado começa a indicar menos gargalos para a indústria. Contudo, nossa preocupação é que o aumento do estoque começa a indicar alguma frustração do empresário com a demanda e, assim, apontar para a desaceleração da indústria. A combinação entre estoques e produção é um fator para acompanharmos nos próximos meses”, explica Marcelo Azevedo.
A pesquisa mostra, ainda, que produção industrial continuou praticamente estável na passagem de outubro para novembro, com leve aumento. O índice de evolução da produção registrado no mês foi de 50,4 pontos. É o terceiro mês consecutivo de relativa estabilidade da produção, após altas registradas entre maio em agosto.
Em novembro de 2021, a Utilização da Capacidade Instalada foi de 72%, um aumento de um ponto percentual na comparação com outubro. Esse resultado está acima da média histórica de 2011 a 2019.
Empresários se mostram confiantes com o setor externo
Os índices de expectativa de demanda, de compras de matérias-primas e de número de empregados apresentaram estabilidade no mês de dezembro de 2021. Já o índice de expectativa de exportação registrou aumento de um ponto. Todos os resultados continuam acima da linha de 50 pontos, o que indica expectativa de crescimento nos próximos seis meses.
Confira a pesquisa completa abaixo.
| CNI | | | | Pesquisadores do curso de Engenharia de Materiais da Universidade Estadual de Ponta Grossa estão desenvolvendo estudos para descobrir qual é o melhor desempenho que uma superfície metálica pode ter ao sofrer atrito.
Pesquisadores do curso de Engenharia de Materiais da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) estão desenvolvendo estudos para descobrir qual é o melhor desempenho que uma superfície metálica pode ter ao sofrer atrito.
A equipe, formada pelo professor André Luis Moreira de Carvalho, juntamente com seus orientandos Amanda Catarina Brandes e João Paulo Ferreira, realiza pesquisa sobre Friction Surfacing e Friction Stir Welding, que são tecnologias avançadas em processamento por atrito. As pesquisas, de cunho industrial, são parcerias com empresas para desenvolver componentes estruturais para aplicação em aeronaves e automóveis.
A pesquisa conta com auxílio da máquina Servo Hidráulica, da empresa MTS, conseguida através da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), em 2015, no valor de US$ 200 mil. A máquina, pertencente ao C-Labmu, foi transferida para o novo prédio de Engenharia de Materiais da UEPG, no início do mês, e é única máquina servo-hidráulica deste porte em relação às universidades estaduais do Paraná.
“A máquina permite realizar ensaios de fadiga (baixo e alto ciclos), propagação de trincas por fadiga e tenacidade à fratura, que pode atender a comunidade da UEPG, como o setor industrial”, explica o professor André.
A “fadiga” é um fenômeno de superfície que, submetido a carregamento cíclico por um determinado período, pode causar danos na superfície, pela nucleação e propagação de trincas em tensões inferiores ao limite de escoamento do material. “Cerca de 90% dos componentes industriais rompem por fadiga, assim, abordagem em fadiga nunca irá ser um tema obsoleto, mas sim sempre atual. É uma máquina fantástica, porque nos ajuda nas pesquisas”, afirma.
A pesquisa coordenada pelo professor faz parte do Consórcio de Pesquisa em Processamento por Atrito (C2PA), que estuda duas frentes: Viabilidade do Processo por Atrito na Fabricação de Painéis Estruturais de Ligas de Alumínio, para aplicação em aeronaves, com suporte da Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer) e Processo de Soldagem por FSW em Juntas Dissimilares para Aplicação na Indústria Automotiva. O consórcio acontece desde 2015 e agora está na segunda fase, com duração de mais cinco anos.
Amanda Catarina Brandes estuda o Friction Surfacing desde a época da iniciação científica na UEPG, especialmente com ligas de alumínio aeronáutico. O estudo rendeu apresentação internacional e um projeto de Mestrado que foi, em partes, desenvolvido na Helmholtz-Zentrum Hereon, Alemanha. “A intenção é dar continuidade aqui, com o auxílio da máquina. Vamos avaliar a propagação de trinca por fadiga para ver se o processo que eu trabalhei na Alemanha realmente atende às propriedades desejadas”, ressalta.
A mestranda comemora o pioneirismo da pesquisa na área. “Sem dúvidas, vai resultar em publicações científicas a nível internacional. Vamos levar o nome da universidade além”, revela.
O doutorando em Engenharia e Ciência de Materiais da UEPG, João Paulo Ferreira, também utiliza o equipamento para sua pesquisa. Denominada ‘Estudo de Soldagem Dissimilar por FSW para Componentes Híbridos na Indústria Automotiva’, a pesquisa avalia o processo de soldagem no estilo sólido chamado Friction Stir Welding, um processo que usa uma ferramenta para unir duas superfícies em contato.
“É um processo que ainda está em desenvolvimento e tem a vantagem de pesquisar a capacidade de solda em materiais dissimilares, coisas que não são comuns em soldar por outros processos”, explica.
O trabalho de João desenvolve uma união soldada entre alumínio e aço. “É algo que possibilita a produção de veículos mais leves e fazer juntas funcionais, em que o material precisa ser mais resistente ou mais leve onde ele precisa”, diz.
Para João, fazer a pesquisa em união soldada pode oferecer soluções para empresas. “Muitos problemas podem acontecer devido a essa solicitação de fadiga. Com essa máquina, a gente consegue dizer o quão resistente o material vai ser a esse tipo de carregamento. Se o material tem alguma característica que torna ele pobre, no que diz respeito à fadiga, a gente consegue descobrir com essa máquina”, salienta.
O professor André foi quem coordenou o pedido do equipamento para a UEPG, bem como sua transferência para o novo prédio. “Essa mudança facilitará e muito o trabalho de todos. A máquina estava em um local provisório, em que tínhamos que revezar espaço com outras áreas de pesquisas. O novo local irá otimizar o que estamos desenvolvendo”, afirma.
| Agência Estadual de Notícias | | | | Serão produzidos dois modelos, o Audi Q3 e Audi Q3 Sportback. O governador Ratinho Junior acompanhou o anúncio feito em São Paulo pelo CEO e presidente da Audi do Brasil, Johannes Roscheck, e destacou que representa mais um passo no bom momento da economia.
A Audi vai retomar a linha de montagem em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, com a produção dos modelos Audi Q3 e Audi Q3 Sportback a partir de 2022. O governador Carlos Massa Ratinho Junior acompanhou o anúncio, feito nesta terça-feira (14) em São Paulo, pelo CEO e presidente da Audi do Brasil, Johannes Roscheck. Na ocasião, foi apresentado o modelo pré-série do Q3 Sportback, já montado no Paraná.
O governador afirmou que a volta da produção da Audi no Paraná representa mais um passo no momento de retomada da economia do Estado após os impactos da pandemia de Covid-19, com a conquista de bons índices de crescimento industrial e na geração de empregos. Entre janeiro e outubro, lembrou ele, cerca de 176 mil vagas formais foram abertas no Estado.
“A Audi tem uma presença importante em um nicho de mercado, o que ajuda a consolidar o Paraná como um dos importantes polos automotivos do Brasil e do mundo, com a presença de grandes indústrias do setor”, afirmou Ratinho Junior. “Estamos trabalhando há bastante tempo para a retomada da produção da montadora, dentro de uma estratégia de atração de investimentos para ampliar nosso parque industrial e gerar mais empregos no Estado”.
Ratinho Junior também destacou o anúncio feito nesta semana de ampliação dos investimentos da DAF, que fará da fábrica em Ponta Grossa, nos Campos Gerais, uma unidade de exportação de caminhões, atendendo não apenas o mercado interno, mas também o internacional. “O aumento da produção automotiva reflete não apenas nos empregos diretos dessas montadoras, mas também em outras indústrias da cadeia”, ressaltou.
NOVOS VEÍCULOS – Única fábrica da multinacional na América do Sul, a Audi tinha paralisado a produção em São José dos Pinhais em dezembro de 2020, para adequar a linha de montagem para os novos veículos. A produção deve iniciar em meados do ano que vem. “Mesmo em um momento desafiador, a empresa sempre trabalhou para viabilizar a fabricação nacional por acreditar no potencial do País e na credibilidade que a marca ganha na visão dos nossos clientes”, salientou Roscheck.
A montadora está negociando com o governo federal a liberação de créditos de IPI do programa Inovar-Auto, com a possibilidade de usar os recursos para aumentar o volume de produção. “Estamos em um processo positivo de negociação com o governo federal. O maior desafio é com relação ao instrumento legal para essa negociação, mas o governador Ratinho Junior tem nos auxiliado no diálogo junto ao Ministério da Economia. A perspectiva é que essa questão seja resolvida nos próximos meses”, explicou Antônio Calcagnoto, diretor de Relações Institucionais e Sustentabilidade da Audi do Brasil.
LINHA – A produção do Audi Q3 com motor 2.0 em suas duas carrocerias, ambos com a tecnologia de tração quattro – utilizada pela primeira vez pela Audi na fabricação nacional – será feita em uma linha de montagem exclusiva, a mesma que produziu a geração anterior do SUV até 2019. O método adotado nesta fase será o SKD ou Semi Knocked-Down, em que o veículo desembarca no País parcialmente desmontado.
Os modelos serão inicialmente fabricados em Györ, na Hungria, e chegarão ao Porto de Paranaguá divididos em conjuntos de peças para a montagem final em São José dos Pinhais. As etapas de produção concluídas no Brasil contemplam a união da carroceria com motor, transmissão e eixos, conexão do sistema de escapamento, montagem das rodas e inclusão da bateria e líquidos de arrefecimento.
ELÉTRICOS – A Audi do Brasil anunciou também investimento de R$ 20 milhões para ampliar a rede de recarga ultrarrápida de veículos elétricos no País. Em 2022, a empresa instalará estações DC de 150 kW em quase todas as concessionárias da marca no Brasil. Nesses carregadores, o 100% elétrico Audi e-tron pode recarregar a bateria de 0% a 80% em menos de 25 minutos.
HISTÓRIA – A Audi iniciou sua operação no Brasil em 1999, com a inauguração da unidade de São José dos Pinhais, onde foram produzidos os Audi A3 de primeira geração nacionais. A produção do modelo seguiu até 2006, quando a Audi decidiu interromper a fabricação local.
A montadora resolveu, então, retomar a linha de montagem no País em 2012, quando o governo brasileiro instituiu o Inovar-Auto, programa de Incentivo à Inovação Tecnológica e Adensamento da Cadeia Produtiva de Veículos Automotores. Para isso, a empresa investiu cerca de 150 milhões de euros na unidade paranaense, valor próximo de R$ 500 milhões na época.
A produção teve início em 2015 com o A3 Sedan – até hoje o único modelo com motor flex feito pela Audi em todo o mundo – e, em 2016, passou a produzir também o Q3. A fabricação do SUV seguiu até 2019, com o fim do ciclo de vida da geração anterior. O A3 Sedan foi fabricado até 2020, também com o fim do ciclo de vida da geração.
Após um hiato de pouco mais de um ano para preparação da linha para os novos modelos, entre fim de 2020 e março de 2022, a Audi deve iniciar a montagem dos veículos na fábrica do Paraná.
HOUSE OF PROGRESS – O anúncio da retomada da produção foi feito durante a ação House of Progress, que é promovida pela Audi do Brasil, em São Paulo, desde o dia 17 de novembro e segue até o próximo domingo (19). Para o projeto, a multinacional traz direto da Alemanha dois carros-conceito da marca, que estão expostos na Casa Fares, na Avenida Europa, mesmo espaço que abrigou o primeiro showroom da Audi no País.
A iniciativa conta com uma série de ações, lançamentos, experiências, conteúdo e exibição de veículos para clientes, convidados e fãs da marca. Entre os principais destaques da House of Progress estão a apresentação dos carros-conceito, que fazem sua primeira aparição no Brasil: o Audi e-tron Vision GT, veículo originalmente criado para o jogo de PlayStation Gran Turismo e que depois ganhou vida como um carro de verdade, e o Audi Q4 e-tron Concept, veículo da família dos 100% elétricos da marca.
Além deles, os recém-lançados Audi RS e-tron GT, esportivo totalmente elétrico, e os novos modelos Audi A3 Sedan e Audi A3 Sportback também estão em exposição. A ação conta, ainda, com experiências gastronômicas comandadas pelos chefs Alex Atala e Leonardo Paixão.
| Agência Estadual de Notícias | | | |
|
| | |
|
|