Franklin de Freitas

Os empresários do comércio de bens, serviços e turismo do Paraná estão mais otimistas em relação aos negócios para o segundo semestre de 2021. Segundo a Pesquisa de Opinião do Empresário do Comércio, realizada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR), 60,1% dos empresários do estado possuem expectativas favoráveis de vendas para os próximos meses, melhor resultado desde o início da pandemia.

Comércio x Serviços x Turismo
Todos os setores tiveram crescimento em relação à última pesquisa, entre eles, o setor de serviços é o que se mostra mais otimista, com 63,4% dos empresários com boas expectativas.

Um ponto que chama atenção é o setor do turismo com quase 30,0% dos empresários apresentando perspectiva indefinida (quase o dobro dos outros setores), o que mostra que este setor é o que tem mais incertezas sobre o que esperar para o segundo semestre, justamente por ser mais dependente da existência ou não de medidas restritivas de combate à pandemia.

Entre os comerciantes otimistas o percentual ficou em 61,4%, superando o índice de desfavoráveis, que foi de 18,1%, números mais positivos em relação ao primeiro semestre.

Dificuldades
O perfil das dificuldades apresentadas pelos empresários sofreu uma pequena variação. A instabilidade econômica continua liderando o ranking, com 61,9%, seguida de custos das mercadorias (45,2%), clientes descapitalizados (38,8%) e carga tributária (29,0%).
Capital de giro e concorrência informal foram dois pontos que sofreram aumento de percentual na preocupação dos empresários em relação ao semestre anterior com variação de 3,4% e 2,0% respectivamente.

Investimentos
Apesar do aumento no otimismo dos empresários, há uma certa cautela em relação aos investimentos previstos para o segundo semestre. Apenas 37,0% afirmaram que pretendem investir em seus negócios, enquanto 33,9% ainda não sabem e 29,1% negaram ter algo previsto.
Entre as áreas que receberão maior aporte de recursos, propaganda e marketing continua em primeiro lugar, com 43,4%, seguido por máquinas e equipamentos, com 33,2% e reforma e modernização das instalações, com 31,9%.

Colaboradores
Seguindo o patamar dos investimentos, o quadro de colaboradores das empresas do comércio de bens, serviços e turismo não deve apresentar maior índice de contratações. Apenas 25,5% dos empresários afirmam que poderão aumentar o número de funcionários, enquanto 38,3% alegam manter o quadro e 9,0% que precisarão fazer alguma redução.