São Paulo – Em mais um encontro com representantes de diversos setores da indústria, na manhã da quinta-feira, 27, o ministro da Economia, Paulo Guedes, manteve as promessas que vem fazendo há meses: reforma tributária, redução do custo Brasil e reforço à indústria, à qual, por mais de uma vez, teceu elogios e também prometeu medidas para fortalecer diante do cenário global.
A reunião faz parte do evento Diálogos da Indústria, organizado pela Coalizão Indústria, formada por diversas entidades de classe como Anfavea, Instituto Aço Brasil, Abiplast, Abimaq e Abinee, dentre outros. É realizado, segundo os presentes, a cada dois meses, mas a desta quinta-feira foi aberta à imprensa por videoconferência – e gerou uma situação inusitada, com a invasão de diversos internautas de outro países que vandalizaram a transmissão via Zoom, colocando músicas em volume alto, vídeos pornográficos e palavras de baixo calão em inglês e outros idiomas. O imprevisto durou de 3 a 5 minutos e foi contornado pela organização, mas parte das declarações do ministro acabou ficando em segundo plano durante a bagunça.
Se os empresários esperavam alguma promessa concreta saíram decepcionados. Guedes falou, sim, da reforma tributária: sua proposta é criar uma espécie de IVA, Imposto de Valor Agregado, "duo”. Explicando melhor: a unificação dos impostos federais com a possibilidade de, caso governos estaduais e prefeituras aprovem, o mesmo com os estaduais e municipais. Disse que, caso os estados concordem será “aprovada logo”.
O ministro disse ainda que o Brasil experimenta um “crescimento em V” após a pandemia e que “gerou 1 milhão de empregos em quatro meses”, minutos após o IBGE divulgar desemprego recorde no País, com taxa de 14,7%.
De específico para a indústria automotiva Guedes falou de acordos comerciais bilaterais, sem trazer novidades: fechou com o México e mantém tratativas com a Argentina, mas alegou que a pandemia atrapalhou negociações. Citou também a possibilidade de renovação de frotas de caminhões por modelos movidos a GNV, o que, na sua opinião, reduziria o custos dos caminhoneiros.
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