Setor Automotivo

Toyota alerta que pode perder 20% de lucro

Fabricante alega que aumentos contínuos nos custos das matérias primas vão impactar nos resultados globais

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Redação AB
  • 11/05/2022 - 12:24
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    Sinal amarelo ligado na Toyota. A maior montadora de automóveis do mundo fez um alerta de que seu lucro poderá cair em até 20% conforme os preços das matérias-primas aumentam, e avisa que vai trabalhar com fornecedores para cortar custos. A notícia foi publicada pela agência Reuters.

    Na apresentação dos resultados financeiros nesta quarta (11), em Tóquio, a Toyota revelou que teve queda de 33% no lucro operacional do quarto trimestre. Ao mesmo tempo, prevê um lucro operacional no ano fiscal equivalente a US$ 18,4 bilhões, 30% a menos que os mais de US$ 23 bilhões do período anterior. A culpa, segundo a montadora, é do aumento dos custos dos insumos, classificado pela própria empresa como “sem precendentes”.

    O grupo japonês foi uma das poucas fabricantes no mundo que mantiveram as receitas e as vendas após o início da pandemia de Covid-19, graças ao estoque de semicondutores. Porém, agora sente o baque da crise dos componentes e do impacto logístico da Covid-19. A estimativa da montadora é que os custos com materiais mais que dobrem neste ano fiscal, para o equivalente a US$ 11,1 bilhões.

    União entre fabricantes e fornecedores

    A saída para reverter o impacto destes custos pode estar na negociação com os fornecedores. Os executivos da montadora reconheceram a necessidade na busca por matérias-primas mais baratas e até pela redução de componentes.

    "Precisamos pensar em como podemos responder à inflação dos materiais, acabando com a divisão entre fabricantes de equipamentos originais e fornecedores, e trabalhando juntos como um só", declarou o diretor financeiro da Toyota, Kenta Kon. “Precisamos trabalhar para reduzir ao máximo a quantidade de materiais que usamos e substituí-los por materiais menos caros”.

    Apesar do impacto dos custos e da falta de semicondutores, a montadora espera vender 8,85 milhões de veículos globalmente neste ano fiscal. Caso o desempenho se concretize, representará aumento de 7,5% em relação ao ano passado.