Franklin de Freitas – Pandemia atingiu vários setores do varejo

A pandemia do novo coronavírus já deixou marcas profundas na economia nacional. Um dos setores mais afetados foi a do varejo. Segundo um levantamento da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), 135 mil estabelecimentos comerciais com vínculos empregatícios foram fechados entre abril e junho deste ano, período do isolamento social mais forte no País. No Paraná foram 9,5 mil estabelecimentos que fecharam.
O Paraná ficou em quinto em quantidade de lojas fechadas, atrás de São Paulo (-40,4 mil), Minas Gerais (-16,1 mil), Rio de Janeiro (-11,4 mil) e Rio Grande do Sul (-9,7 mil). “As vendas presenciais, historicamente a principal modalidade de consumo por parte da população, tiveram o volume muito reduzido neste período”, disse presidente da CNC, José Roberto Tadros.
Os segmentos mais atingidos pela crise se caracterizam pela predominância na comercialização de itens considerados não essenciais, como lojas de utilidades domésticas (-35,3 mil estabelecimentos ou -12,9% do total de lojas antes da pandemia); vestuário, tecidos, calçados e acessórios (-34,5 mil lojas ou -17,0%); e comércio automotivo (-20,5 mil ou -9,9%).
O varejo de produtos de informática e comunicação foi o segmento que apresentou as menores perdas absolutas (-1,2 mil) e relativas (-3,6%) no número de estabelecimentos em operação.
Já na maior parte dos ramos do chamado varejo essencial, menos afetados diretamente pelo isolamento social, as perdas de pontos de venda se deram de forma menos intensa do que a média do setor (-9,9%). Foram os casos dos hiper, super e minimercados (-4,9% ou -12,0 mil lojas) e das farmácias, perfumarias e lojas de cosméticos (-4,3% ou -5,3 mil). Postos de combustíveis, que mantiveram o funcionamento, tiveram perdas de (-12,2% ou -5,4 mil pontos).