Por Alexandro Martello, G1 — Brasília


As horas trabalhadas na produção na indústria, indicador do nível de atividade, subiram pelo quinto mês seguido em setembro. Ao mesmo tempo, o nível de uso do parque fabril atingiu o patamar de 79,4% – o maior desde abril de 2015.

As informações foram divulgadas nesta sexta-feira (6) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), por meio dos indicadores industriais. A pesquisa é feita em parceria com 12 federações estaduais da indústria.

A CNI explica que o nível de uso do parque industrial mostra quanto os equipamentos e os trabalhadores das empresas estão ocupados na produção em relação ao máximo que pode ser produzido por um longo período sem dificuldades.

"A atividade industrial de setembro foi excepcionalmente forte. As horas trabalhadas na produção praticamente voltaram ao patamar pré-pandemia [de fevereiro deste ano]", acrescentou a entidade.

De acordo com o gerente-executivo de Economia da CNI, Renato da Fonseca, a recuperação registrada em setembro foi mais forte do que o esperado.

Segundo Fonseca, a indústria conseguiu se recuperar, mas ainda enfrenta problemas como o alto custo de energia e um alto custo tributário pela "complexidade do sistema tributário nacional".

"O grande desafio é voltar a agenda de competitividade, principalmente a da reforma tributária, para que o Brasil tenha realmente uma indústria competitiva e volte a crescer mais de 2% ao ano, para o bem de sua população", declarou.

Faturamento e emprego

Segundo a CNI, o faturamento industrial cresceu 5,2% em setembro e ficou 6,1% acima do patamar registrado em fevereiro. Esse também é o maior resultado desde outubro de 2015.

"Apesar da grande variação na análise mensal, o faturamento ainda é negativo na comparação do acumulado de janeiro a setembro. E registra queda de 1,9% no acumulado do ano", informou a CNI.

O emprego industrial registrou o segundo mês consecutivo de alta em setembro e avançou 0,5% no período.

Na comparação com setembro de 2019, acrescentou a CNI, o emprego recuou 1,7%, enquanto no acumulado dos nove primeiros meses deste ano caiu 2,6%.

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