Uma síntese do artigo publicado no site da circle-economy
Alcançar o zero líquido requer uma mudança na maneira como fabricamos e usamos materiais: uma economia circular. Planos de ação nacionais de economia circular estão surgindo em todo o mundo: de todos os países signatários do Acordo de Paris, 72 mencionaram o termo ‘circular’ em suas promessas climáticas.
Embora promessas e planos sejam um primeiro passo importante, agir exigirá uma compreensão de como as transições estão ocorrendo em outros lugares e o que funciona. A economia circular é fundamental para nos ajudar a alcançar nosso objetivo final de um espaço ecologicamente seguro e socialmente justo, mas, por esse motivo, é crucial rastrear exatamente quais ‘fins’ as atividades circulares estão alcançando. Eles estão nos ajudando a alcançar metas ambientais? Quais são seus impactos econômicos e sociais? Os dados são essenciais para responder a essas perguntas. Visto que começamos a obter respostas, podemos acelerar a ação.
Os dados podem impulsionar as transições circulares, ajudando a projetar passos tangíveis e práticos e disseminando insights por ferramentas digitais que, no que lhe concerne, podem dimensionar soluções rapidamente.
DADOS IMPULSIONAM UMA ECONOMIA CIRCULAR GLOBAL
Nossa base de evidências para o impacto das estratégias circulares está crescendo, embora de forma aleatória. Em todo o mundo, pesquisadores e governos estão reunindo dados para formar uma imagem mais clara e abrangente da economia circular., mas enquanto estamos avançando, ainda há muito trabalho a ser feito.
Duas nações não podem seguir caminhos de transição idênticos, mas as necessidades de dados permanecem as mesmas: todas as nações precisam de informações sobre sua linha de base atual, uma noção de quais intervenções podem ser mais relevantes para seu contexto e quais resultados podem resultar de sua implementação.
Se um país estiver interessado em rastrear suas emissões ou medir os altos e baixos de seu mercado de trabalho, os dados desses dois indicadores são necessários como precursores para estabelecer uma linha de base razoável. As intervenções da economia circular tratam de redesenhar os sistemas de produção, consumo, comércio e logística. Para avaliar as intervenções e ver o impacto que elas podem ter em indicadores que vão desde o uso de materiais até emissões e empregos – precisamos de uma abundante de dados para executar nossos modelos.
CUIDANDO DAS LACUNAS (DADOS)
Lacunas de dados, infelizmente, são prováveis, particularmente no nível subnacional. Atualmente, nenhuma nação tem informações completas para orientar sua transição para a economia circular, embora as nações com infraestrutura existente para rastreamento e medições estejam em melhor posição para definir o escopo e começar a contabilizar a economia circular e os indicadores de impacto relacionados.
Como isso é feito? Para operacionalizar e rastrear estratégias de economia circular, os formuladores de políticas e tomadores de decisão geralmente começam compilando estimativas para estudos de caso bem definidos, que estão normalmente contidos em uma região ou setor.
Por exemplo, para projetar e implementar um sistema eficaz de triagem e reciclagem em escala regional ou local, primeiro é fundamental obter informações sobre os volumes e a composição dos produtos que passam pelo sistema.
Os dados são cruciais para projetar um sistema de reciclagem eficaz. Foto de Vivianne Lemay no Unsplash
Os países com uma agenda circular e uma agenda digital podem unir as duas, reconhecendo que as soluções digitais podem ser construídas em apoio a objetivos circulares e que os dados decorrentes da inteligência artificial podem ser um facilitador e acelerador da transição para uma Economia Circular.
Se estruturado de forma eficaz, pode ajudar a desbloquear oportunidades de economia circular, melhorando o design, operando modelos de negócios e produtos e otimizando a infraestrutura em várias escalas.
Os líderes do setor também podem se unir para desenvolver uma linguagem compartilhada e acelerar a implementação de práticas circulares, principalmente aproveitando tecnologias e dados digitais.
Se pudermos considerar e selecionar nossas perguntas com cuidado, e considerar antecipadamente quais insights podemos extrair de ter essas perguntas respondidas e quais ações consequentes podemos tomar, esse poderia ser um método geral mais eficiente para iniciar transições circulares.
E com esse esquema, é muito mais fácil utilizar e combinar conjuntos de dados existentes, por exemplo, de dados alternativos – como dados terrestres ou de sites, ou dados do setor privado, portanto, minimizar custos e esforços para a captura de novos dados.