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Chile terá 1ª planta industrial do mundo para e-combustíveis

Projeto da Siemens com a Porsche vai produzir combustíveis neutros em CO2 a partir de energia eólica

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Redação AB
  • 10/09/2021 - 12:26
  • | Atualizado há 2 anos, 6 meses
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             Planta piloto para e-combustível começa a ser construída em Punta Arenas, no sul do Chile

    A Siemens Energy e a Porsche, junto a um grupo de empresas internacionais, iniciam a construção da primeira planta comercial integrada para a produção de combustível sintético neutro em CO2 do mundo, conhecido também como e-combustível no Chile. O evento de inauguração do projeto Haru Oni aconteceu on-line na sexta-feira, 10.

    A planta piloto está sendo construída em Punta Arenas, na Patagônia chilena, e deverá produzir cerca de 130 mil litros de e-combustíveis em 2022. A capacidade será expandida, em estágios, para 55 milhões de litros até 2024 e 550 milhões de litros até 2026.

    O Haru Oni é um importante passo da estratégia nacional de hidrogênio verde do Chile. Segundo o Ministro chileno de Minas e Energia, Juan Carlos Jobet, o país tem como objetivo produzir o hidrogênio mais barato do mundo e se consolidar como o principal exportador do gás e seus derivados. Para isso, a meta nacional é atingir a capacidade de 5 gigawatts de eletrolisadores em 2025 e expandi-la para 25 gigawatts até 2030.

    O projeto aproveita as condições climáticas de energia eólica de Punta Arenas, no sul do Chile. Na primeira etapa industrial, os eletrolisadores usam a energia dos ventos para dividir a água em oxigênio e hidrogênio. Em seguida, o CO2 é capturado do ar e combinado com hidrogênio verde para produzir metanol sintético, base para combustíveis neutros para o clima. Na etapa final, 40% do metanol é convertido então em gasolina sintética.

    Estamos implementando um dos projetos mais interessantes do setor de energia para o futuro e impulsionando a descarbonização do setor de mobilidade”, afirmou Armin Schnettler, vice-presidente executivo de New Energy Business da Siemens Energy, durante o evento de lançamento do projeto. “Isso significa uma contribuição importante e eficaz para reduzir as emissões de CO2 no setor de tráfego e transporte.