Eduardo Sodré

Jornalista especializado no setor automotivo.

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Motores turbinados renovam fôlego de Jeep Compass e Renault Captur

Versões flex evoluíram em desempenho e consumo, mostra teste Folha-Mauá

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Motores turbo serão predominantes entre os utilitários esportivos mais vendidos ainda neste ano. A tendência vai se confirmar com a chegada do Fiat Pulse e do novo Hyundai Creta neste segundo semestre.

Se não fosse a pandemia de Covid-19, isso já teria ocorrido. A falta de peças, consequência do desarranjo causado pela crise sanitária, atrasou alguns planos.

Para os consumidores, as vantagens surgem no ganho de eficiência, com melhor desempenho e menor gasto de combustível.

Exemplos atuais da mudança são o Jeep Compass e o Renault Captur, que recentemente chegaram à linha 2022.

Embora permaneçam com o desenho original praticamente intocado, a migração do motor flex aspirado para o flex turbinado proporcionou uma evolução notável, que foi aferida pelo Instituto Mauá de Tecnologia.

A transformação mais significativa foi a do SUV compacto Captur. Em 2017, a versão Intense com motor 1.6 flex de 120 cv e câmbio automático do tipo CVT levou 14 segundos para ir do zero aos 100 km/h.

Agora a versão Iconic 1.3 turbo flex (R$ 138,5 mil) tem 170 cv e precisou de apenas 9,4 segundos para cumprir a mesma prova. A caixa de marchas continua sendo CVT, mas agora simula oito velocidades (eram seis no modelo testado há quatro anos).

O consumo urbano com etanol do Renault ficou em 8,7 km/l –antes, era de 7,5 km/l. Em todas as medições, o Captur turbinado foi sempre mais econômico.

Na Jeep, desempenho não era o maior problema. O SUV médio Compass precisava reduzir o gasto com combustível, e a montadora obteve sucesso com a troca de motores.

Abastecida com etanol, a versão Limited 2.0 flex (166 cv) fez as médias de 6,4 km/l no trânsito urbano e de 10,6 km/l no trecho rodoviário em velocidade constante de 90 km/h.

Já o novo Compass Sport 1.3 turbo flex, que tem 180 cv e custa R$ 150,2 mil, foi mais econômico: médias de 8,2 km/l na cidade e de 12,9 km/l na estrada.

Tanto a antiga versão 2.0 como a nova 1.3 turbo são equipadas com câmbio automático de seis marchas.

A percepção de desempenho dos modelos Renault e Jeep se deve principalmente ao torque elevado em baixas rotações dos motores atuais, que influenciam nas retomadas.

Confira os dados técnicos e os números aferidos no teste Folha-Mauá:

Renault Captur Iconic 1.3 turbo flex

Potência: 170 cv (E) e 162 cv (G) entre 5.500 rpm e 6.000 rpm
Torque: 27,5 kgfm (E) e 27,5 kgfm (G) entre 1.600 e 3.750 rpm
Câmbio: Automático CVT, simula oito marchas
Pneus 215/60 R17
Peso 1.366 kg
Porta-malas: 437 litros
Aceleração (0 a 100 km/h) 9,4s (E) e 9,6s (G)
Retomada (80 km/h a 120 km/h) s 6,3 (E) e 6,7s (G)
Frenagem (80 km/h a 0) 28,1 m
Consumo urbano 8,7 km/l (E) e 12 km/l (G)
Consumo rodoviário 13,2 km/l (E) e 17,1 km/l (G)

Jeep Compass Sport 1.3 turbo flex

Potência: 185 cv (E) e 180 cv (G) a 5.750 rpm
Torque: 27,5 kgfm (E/G) a 1.750 rpm
Câmbio: Automático, seis marchas
Pneus 225/60 R17
Peso 1.504 kg
Porta-malas: 410 litros
Aceleração (0 a 100 km/h) 9,5s (E) e 9,7s (G)
Retomada (80 km/h a 120 km/h) s 6,3 (E) e 6,2s (G)
Frenagem (80 km/h a 0) 34,2 m
Consumo urbano 8,2 km/l (E) e 10,8 km/l (G)
Consumo rodoviário 12,9 km/l (E) e 16,7 km/l (G)

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