As vendas de aço pelos distribuidores aumentaram 52,7% em maio com relação ao mesmo mês de 2020. Foram comercializadas 320,3 mil toneladas ante 209,8 mil toneladas no mesmo período do ano anterior. No entanto, no comparativo com abril, as vendas de aço caíram 6,6%. Os dados foram divulgados pelo Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço (Inda).
No acumulado do ano até maio, de acordo com o Inda, as vendas alcançaram 1,65 milhão de toneladas, uma alta de 34,9%. Nos doze meses, o aumento foi de 27,1%, sendo que os distribuidores comercializaram 4,03 milhões de toneladas.
Segundo o presidente executivo do Inda, Carlos Loureiro, em maio, as vendas diárias foram as melhores desde agosto de 2014. Em maio, foram comercializadas diariamente 15,3 toneladas de produtos siderúrgicos.
“Para junho, a nossa expectativas é que as vendas sejam em torno de 300 mil toneladas”, disse Loureiro.
As compras de aço chegaram a 345,6 mil toneladas em maio, uma evolução de 74,1% no comparativo com o mesmo mês de 2020. No acumulado do ano, de acordo com os dados do Inda, foram adquiridas 1,68 milhão de toneladas, alta de 34,7%. Nos doze meses, o aumento nas compras de produtos siderúrgicos foi de 23,6%, chegando a 3,89 milhões de toneladas.
Segundo Loureiro, o estoque em maio está mais próximo do nível considerado normal pelo Inda. Estão armazenadas 738,4 mil toneladas, o que representa 2,3 meses de vendas. “Há um sentimento geral que devemos tentar não voltar ao nível de anos atrás, com 3,5 meses de vendas. Em outros lugares do mundo, os distribuidores trabalham com 2 meses de estoque.”
Loureiro ressaltou que as importações em alta neste ano, fizeram com que o Inda perdesse participação no consumo aparente de aço no país. Em maio, as compras no exterior somaram 188,99 mil toneladas, alta de 152,5%. Já no acumulado do ano, o aumento foi de 89,6%, chegando a 718,42 mil toneladas.
“Esse ano, vai ser recorde em importação. Somente a performance que tivemos nesses cinco meses já demonstram isso, mas a tendência é diminuir as compras no exterior nos próximos meses. O preço já não está tão atrativo como antes”, disse Loureiro.
Segundo ele, a tonelada da bobina a quente vendida nos Estados Unidos disparou em maio, chegando a US$ 1,82 mil. “Se compararmos a agosto de 2020, quando a tonelada era vendida a US$ 520, é uma valorização nunca vista desde a metade do século passado.”
No mercado nacional, no entanto, Loureiro não acredita que há espaço para um novo aumento na distribuição no curto prazo. Até junho, os reajustes na tonelada do aço foram de 65%. “Não há indicativo de que as usinas promovam um novo aumento, até porque, o dólar está recuando e já se fala em um patamar menor que R$ 5, além disso, os preços lá foram já chegaram ao seu pico, não devem aumentar mais.”