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    Desemprego recua para 14,1% no 2° tri, mas ainda atinge 14,4 milhões de pessoas

    Mesmo com desaceleração, menos da metade da população em idade para trabalhar está ocupada no país; dados são da Pnad, divulgada nesta terça (31) pelo IBGE

    Ligia Tuondo CNN Brasil Business

    São Paulo

    taxa de desemprego no Brasil caiu para 14,1% no segundo trimestre do ano, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, divulgada nesta terça-feira (31) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Apesar da desaceleração, o país ainda soma 14,4 milhões de desempregados.

    O movimento foi influenciado, segundo o IBGE, pelo aumento de 2,5% no número de pessoas ocupadas, representando um montante de 2,1 milhões de pessoas no grupo de ocupados no período, que totaliza 87,8 milhões. Esse aumento fez com que o nível de ocupação no país subisse 1,2 ponto percentual, para 49,6%. O Instituto destaca que, ainda assim, menos da metade da população em idade para trabalhar está ocupada no país.

    Destaca-se no período, um movimento positivo no grupo de trabalhadores com carteira assinada, que ganhou mais 618 pessoas. “O crescimento da ocupação ocorreu em várias formas de trabalho. Até então vínhamos observando aumentos no trabalho por conta própria e no emprego sem carteira assinada, mas pouca movimentação do emprego com carteira”, explica a analista da pesquisa, Adriana Beringuy, em nota.

    O trabalho por conta própria também foi um destaque positivo do trimestre, com avanço de 4,2% ante o período imediatamente anterior, o que levou o setor a um o patamar recorde de 24,8 milhões de pessoas. O IBGE destaca que, em um ano, o avanço do contingente foi de 14,7%, para 3,2 milhões de pessoas. Dessa alta, 52,2% na comparação mensal e 62,7% na anual vieram de trabalhadores por conta própria sem CNPJ.

    Linha do desemprego
    Linha do desemprego / IBGE

    Esse comportamento verificado entre os trabalhadores por conta própria foi impulsionado por atividades relacionadas à alojamento e alimentação (9,1%), construção (5,7%), serviços domésticos (4,0%) e agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (3,8%).

    “Alojamento e alimentação, que inclui restaurantes e hotéis, avançaram 7,7% na comparação anual, primeiro crescimento depois de quatro trimestres de quedas”, diz Adriana. A pesquisadora destaca, porém, que o avanço não faz a atividade voltar ao patamar pré-pandemia, “é um movimento de leve recuperação, após registrar a segunda maior perda de trabalhadores em 2020, atrás do serviço doméstico”, disse.

    Informais e subocupados

    Vale ressaltar que os trabalhadores por conta própria e sem CNPJ fazem parte de um grupo maior, o de informais. Esse contingente, que também abrange trabalhadores sem remuneração chegou a 35,6 milhões de pessoas de abril a junho, e uma taxa de 40,6% ante 39,6% no trimestre anterior. Há um ano esse contingente era menor, 30,8 milhões e uma taxa de 36,9%.

    Os trabalhadores subocupados, por sua vez, que abrangem pessoas que poderiam trabalhar mais, mas não conseguem, bateu recorde de 7,5 milhões de pessoas, um aumento de 7,3% no período. Essa alta representa 511 mil pessoas a mais no grupo. Em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, o indicador subiu 34,4%, quando havia no país 5,6 milhões de pessoas subocupadas.

    Já o grupo de desalentados, pessoas que desistiram de procurar trabalho por acharem que não vão conseguir, teve queda de 6,5% em relação ao primeiro trimestre do ano. Apesar do recuo, esse contingente que chega a 5,6 milhões de pessoas, mostra estabilidade em relação ao ano passado.

    Linha do desemprego
    Linha do desemprego / IBGE

     

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