Marcas automotivas precisam investir em experiências digitais sem abrir mão do mundo real
Painel no #AMME2022 mostra que mundo virtual facilita a vida do cliente, mas contato físico ainda é vital em alguns casos
A experiência do consumidor na hora de compra está se transformando rapidamente no setor automotivo e da mobilidade. Além das ferramentas on-line, que ganharam bastante importância depois da pandemia, as empresas buscam oferecer novas experiências para quem está interessado no seu produto.
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Diversas empresas de segmentos com ou sem relação direta com automóveis estão apostando em novas ideias. Uma delas é o Mercado Livre, que se consolidou como referência em comércio eletrônico depois da pandemia.
"Hoje somos um dos maiores vendedores de autopeças do país, e isso reflete o desejo do consumidor, que está cada vez mais conectado", afirmou Luciano Ávila, head Brasil motors da empresa, durante o #AMME - Automotive & Mobility Marketing Experience 2022, realizado por Automotive Business na última segunda-feira, 28, no Golden Hall do Sheraton WTC, em São Paulo.
Digital e real convivem em harmonia
Rafael Lindemeyer, diretor de negócios da Ipsos, lembrou que os universos físico e digital são complementares, especialmente em um país tão grande como o Brasil.
“É preciso compreender o que eu preciso dar para aquele cliente. Cito o exemplo do setor de construção, em que você pode comprar um saco de cimento pela internet. Mas se eu preciso escolher a decoração do quarto da minha filha, essa experiência precisa ser significativa. Então o físico não vai deixar de existir e o digital vai se desenvolver cada vez mais”, ponderou.
Luciano seguiu pela mesma linha ao ressaltar a importância do contato físico em alguns casos.
"Ambos os universos (on e off-line) precisam estar integrados para que o cliente possa realizar toda a jornada de compra onde quiser. Nos Estados Unidos, por exemplo, a grande aposta das concessionárias está no uso do smartphone nesse contexto", explicou.
Um bom exemplo da importância dessa complementaridade de universos está no próprio comércio. Hoje, a maioria dos clientes procura se informar a respeito do produto que tem interesse antes de conhecê-lo em um ponto de venda. Se o consumidor busca informações a respeito daquilo que pretende adquirir, o vendedor também pode (e deve) se informar antes de abordar um cliente.
“Pesquisas mostram que o brasileiro gosta que os vendedores realizem o atendimento no momento em que o cliente quer. Então será extremamente importante contar com ferramentas que permitam conhecer o cliente antes da interação”, concluiu.