Agência Brasil

Funcionários do Banco do Brasil em todo o País participaram na última sexta (5)  de assembleias realizadas pela internet e aprovaram o Estado de Greve, além de paralisação por tempo determinado, das 0h00 às 23h59, no dia 10 de fevereiro. “Os funcionários mostraram que querem negociar. Exigem que o banco seja transparente com relação ao plano que está em implantação. Queremos saber quantas e quais agências serão fechadas, quantos funcionários serão afetados e o que o banco pretende fazer para que os trabalhadores não sejam, mais uma vez, prejudicados”, disse o coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), João Fukunaga.

Na base do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários, Financiários e Empresas do Ramo Financeiro de Curitiba e região, a paralisação foi aprovada por 74% dos funcionários que votaram na assembleia. O Estado de Greve é um alerta para que a direção do banco e o governo se atente para as reivindicações dos trabalhadores e abram negociação para que se evite a deflagração da greve. “Temos que estar preparados para o pior, pois temos no comando do País um governo que, declaradamente, quer acabar com os diretos dos trabalhadores e que vê o funcionalismo como um problema para seu projeto privatista. Um governo que quer, a qualquer custo, acabar com o Banco do Brasil”, completou a dirigente sindical Fernanda Lopes.

Pressão
Os funcionários estão pressionando a direção do BB para que seja transparente e abra negociações com relação ao plano que prevê a demissão de 5 mil funcionários (em plena pandemia), além do fechamento de 112 agências, 242 postos de atendimento e sete escritórios. Na quarta-feira (03), os funcionários realizaram reunião com o Ministério Público do Trabalho (MPT) para pedir intervenção do órgão na busca de informações.

“Procuramos a intermediação do MPT porque a direção do banco, pela primeira vez, se recusou a nos informar sobre mudanças que afetam os funcionários de forma contundente”, afirmou o coordenador da CEBB, João Fukunaga. O banco se comprometeu na reunião a submeter a pauta com os pontos destacados pela Contraf-CUT à instância superior e trazer a resposta até a próxima audiência com o MPT, na segunda-feira (8).