(10/04/2022) – O balanço de março da indústria automobilística foi positivo em todos os índices, inclusive os de produção, no comparativo com fevereiro. Porém, insuficientes para se aproximar dos bons resultados do mesmo período do ano passado, quando ainda não havia efeitos da crise global dos semicondutores, segundo a Anfavea, frisando que este continua sendo “o maior gargalo da indústria automobilística e de outros setores que utilizam componentes eletrônicos”.
A produção de 184,8 mil unidades em março foi 11,4% superior à de fevereiro e 7,8% inferior à de março de 2021. No acumulado do trimestre, a queda foi de 17% na comparação com o volume produzido nos primeiros três meses do ano anterior.
“Além da questão dos semicondutores, tivemos impactos negativos da onda ômicron nos primeiros dois meses do ano, por seu alto índice de contágio, e um volume de chuvas e alagamentos acima da média, afetando o deslocamento dos clientes e o funcionamento de várias concessionárias”, comentou o presidente da Anfavea, Luiz Carlos Moraes.
As vendas somaram 146,8 mil veículos em março, com alta de 10,9% sobre março e baixa de 22,5% sobre o mesmo mês de 2021. No trimestre a queda na comercialização foi de 23,2% no acumulado do trimestre. “A exceção à regra foi o segmento de caminhões, que acumula crescimento de 3% sobre o primeiro trimestre do ano passado”, segundo a entidade.
Exportação – Conforme os números apresentados pela entidade, o total das exportações em março, de 38,9 mil unidades, apresentaram recuo de 6,2%. Porém, no trimestre as vendas externas estão melhores que no ano passado, com 108,1 mil unidades embarcadas, elevação de 12,8%.