Sindicatos e movimentos protestam por auxílio emergencial de R$ 600

Brasileiros passam a protestar solicitando reajuste no auxílio emergencial. Nas últimas semanas, o governo federal vem concedendo as parcelas do coronavoucher com valor máximo de R$ 375. Nesta rodada o benefício foi reduzido em mais de 50%, fazendo com que sindicais e demais movimentos sociais passem a pressionar o governo.

Sindicatos e movimentos protestam por auxílio emergencial de R$ 600 (Foto: Sérgio Lima/Poder360)
Sindicatos e movimentos protestam por auxílio emergencial de R$ 600 (Foto: Sérgio Lima/Poder360)

Nessa quarta-feira (26), o dia foi de agitação na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. Por volta das 10h grupos começaram a se reunir protestando contra as medidas do governo federal diante do enfrentamento da covid-19. Entre os pedidos, estava o retorno do valor do auxílio emergencial em R$ 600.

O movimento contou com diversos grupos e sindicais, que alegaram ainda urgência no cronograma de vacinação contra o novo coronavírus e afirmavam ser insuficiente os atuais R$ 375 do auxílio emergencial. Passivo, o ato perdurou durante quase todo o dia e não contou com resposta do governo.

Representantes na linha de frente

Entre os participantes do protesto, estavam congressistas da oposição, como  os deputados Talíria Petrone (Psol-RJ), Gleisi Hoffmann (PT-RS), Bohn Gass (PT-RS) Alice Portugal (PC do B-BA) e Jandira Feghali (PC do B-RJ) e o senador Paulo Rocha (PT-PA).

Além disso, a manifestação contou também com a participação de bancários, profissionais da educação, estudantes, funcionários dos Correios e diferentes grupos de trabalhadores e lideranças indígenas.

Parte significativa daqueles presentes levantavam cartazes e exibiam faixas contra o atual presidente, Jair Bolsonaro, o acusando de genocida, entre outras coisas.

De acordo com os organizadores, o evento tinha um caráter simbólico e almejava reter a atenção da imprensa e agentes públicos para o atual cenário de fome e crise sanitária no Brasil.

Chamado de #600ContraFome, o protesto se expandiu também para as plataformas digitais, sendo compartilhado por meio de hastag em redes como twitter, instagram e facebook.

Na grande maioria das publicações, os internautas ressaltam que o atual valor do auxílio emergencial é insuficiente para garantir ao menos a alimentação dos mais vulneráveis.

Não podemos admitir. A população está passando fome”, disse Miguel Torres, da Força Sindical. Até o momento não há previsão de reajuste na mensalidade do auxílio emergencial que deverá permanecer sendo ofertada até o mês de agosto.

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Eduarda Andrade
Mestre em ciências da linguagem pela Universidade Católica de Pernambuco, formada em Jornalismo na mesma instituição. Atualmente se divide entre a edição do Portal FDR e a sala de aula. - Como jornalista, trabalha com foco na produção e edição de notícias relacionadas às políticas públicas sociais. Começou no FDR há três anos, ainda durante a graduação, no papel de redatora. Com o passar dos anos, foi se qualificando de modo que chegasse à edição. Atualmente é também responsável pela produção de entrevistas exclusivas que objetivam esclarecer dúvidas sobre direitos e benefícios do povo brasileiro. - Além do FDR, já trabalhou como coordenadora em assessoria de comunicação e também como assessora. Na sua cartela de clientes estavam marcas como o Grupo Pão de Açúcar, Assaí, Heineken, Colégio Motivo, shoppings da Região Metropolitana do Recife, entre outros. Possuí experiência em assessoria pública, sendo estagiária da Agência de Desenvolvimento Econômico do Estado de Pernambuco durante um ano. Foi repórter do jornal Diário de Pernambuco e passou por demais estágios trabalhando com redes sociais, cobertura de eventos e mais. - Na universidade, desenvolve pesquisas conectadas às temáticas sociais. No mestrado, trabalhou com a Análise Crítica do Discurso observando o funcionamento do parque urbano tecnológico Porto Digital enquanto uma política pública social no Bairro do Recife (PE). Atualmente compõe o corpo docente da Faculdade Santa Helena e dedica-se aos estudos da ACD juntamente com o grupo Center Of Discourse, fundado pelo professor Teun Van Dijk.