(06/03/2022) – Fruto de uma parceria entre a Gerdau Graphene e o IPT – Instituto de Pesquisas Tecnológicas, o Centro de Materiais Avançados em Grafeno e Novas Aplicações Tecnológicas (CIGraph) já está operando no campus da entidade, em São Paulo.
Inaugurado no final de fevereiro, o CIGraph irá encaminhar as pesquisas principalmente com foco no desenvolvimento de aplicações deste nanomaterial. Uma das formas cristalinas do carbono, o grafeno, quando de alta qualidade, costuma ser muito forte, leve, quase transparente, sendo ainda um excelente condutor de calor e eletricidade.
O trabalho não será voltado exclusivamente para a Gerdau. A ideia é que as pesquisas forneçam meios (além de produtos de base) para aumentar a competitividade da indústria nacional no emprego do grafeno.
“Queremos nos tornar referência nessa área no Brasil e no mundo, tanto em tecnologia como em variedade e volume. A nossa parceria com o IPT é estratégica na consolidação desse objetivo”, disse Alexandre de Toledo Corrêa, diretor-geral da Gerdau Graphene, empresa que integra o portfólio da Gerdau Next, braço de novos negócios da multinacional brasileira.
A montagem do centro exigiu um investimento inicial de R$ 6,9 milhões, sendo R$ 4 milhões aportados pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) – depois de aprovação na chamada pública para Estruturação de Centros de Tecnologia e Inovação Aplicadas em Materiais Avançados – e R$ 2 milhões pela Gerdau Graphene. A contrapartida do IPT foi de R$ 1,7 milhão.
O centro conta com cerca de 50 profissionais, entre pesquisadores, bolsistas e técnicos, de diferentes áreas do conhecimento. O prazo de vigência da parceria é de 36 meses, com o plano de negócios prevendo entregas de produtos a curto, médio e longo prazos.
O CIGraph atuará especialmente nas áreas de óleos e graxas, concreto e polímeros, já que o uso do grafeno em combinação com esses materiais comprovadamente melhora as funcionalidades de resistência mecânica e térmica, assim como a capacidade de barreira a gases e a líquidos.
A biodegradabilidade e a introdução de novas funcionalidades, tais como a antimicrobiana e a antiviral, também estão na pauta das pesquisas.