Países produtores de petróleo fecham acordo para aumentar oferta e frear preços

Valores têm atingido máximas em meio à retomada econômica global

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Rania El Gamal e Olesya Astakhova e Ahmad Ghaddar
Moscou, Dubai e Londres | Reuters

Ministros da Opep+, grupo que reúne a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e produtores aliados como a Rússia, concordaram neste domingo (18) em aumentar a oferta de petróleo a partir de agosto para frear os preços, que subiram para máximas em dois anos e meio, à medida que a economia global se recupera da pandemia de coronavírus.

O grupo chegou a um importante acordo para os níveis de produção a partir de maio de 2022, após a Arábia Saudita e outros terem concordado com um pedido dos Emirados Árabes Unidos (EAU) que havia ameaçado o plano.

“Estamos felizes com o acordo", disse o ministro de Energia dos Emirados, Suhail bin Mohammed al-Mazroui, em uma coletiva de imprensa. O ministro de Energia saudita, príncipe Abdulaziz bin Salman, se recusou a responder perguntas sobre como chegaram a um acordo.

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e seus aliados liderados pela Rússia, conhecidos como Opep+, vão aumentar a oferta na tentativa de frear os preços - Xinhua/Michael Nagle

Ano passado, a Opep+ reduziu a produção em 10 milhões de barris por dia (bpd), um recorde, em meio à queda da demanda e dos preços causada pela pandemia. A oferta foi sendo gradualmente retomada, reduzindo o corte para cerca de 5,8 milhões de bpd.

De agosto a dezembro de 2021, o grupo aumentará a oferta em mais 2 milhões de bpd, ou 0,4 milhões bpd por mês, disse a Opep em um comunicado. O grupo havia concordado em estender o pacto até o fim de 2022, em vez de abril de 2022, como planejado inicialmente, para ter mais espaço de manobra caso a recuperação global empaque devido à novas variantes do vírus.

Enquanto a Arábia Saudita e os Emirados apoiaram um aumento imediato na produção, os Emirados se opuseram à ideia da Arábia Saudita de prolongar o pacto para dezembro de 2022 sem conseguir uma cota de produção mais alta.

Para superar o impasse, a Opep+ acertou novas cotas de produção para vários membros a partir de maio de 2022, incluindo Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita, Rússia, Kwait e Iraque.

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