São Paulo, 28 de março de 2024

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05/06/2021

Por que estão faltando semicondutores no mercado?


(06/06/2021) – Desde o final do ano passado, estamos ouvindo falar de desabastecimento de matérias-primas, peças e componentes no Brasil e no mercado mundial. Entre os itens escassos estão os semicondutores, fundamentais para a produção de inúmeros componentes eletrônicos presentes nos mais variados tipos de produtos, de consoles de videogames a automóveis.

Daí a sua importância, capaz de afetar a produção de inúmeros setores industriais. Várias indústrias anunciaram nos últimos meses a suspensão de suas atividades devido à falta de semicondutores, inclusive no Brasil, com os casos recentes da GM, da Volkswagen e da Nissan.  Calcula-se que, no caso do setor automotivo, mais de 1 milhão de carros deixaram de ser produzidos no primeiro trimestre de 2021 em todo o mundo, apenas devido à falta desse minúsculo produto. Estimativas recentes indicam que a crise

Segundo especialistas, para se entender como se chegou a esta situação é preciso olhar para o que aconteceu no mundo no início da pandemia de Covid-19. Com a necessidade de isolamento social, muitas fábricas de veículos (mas não só estas) em todo o mundo precisaram paralisar suas atividades. Com isso, sem poder prever qual seria o período de inatividade, cancelaram pedidos de vários insumos, incluindo os de semicondutores.

Essa ação teve impacto direto na indústria eletrônica mundial, que trabalha em regime de altíssima escala de produção, com grande concentração na Ásia, em países como China, Japão e Taiwan. Os fabricantes foram obrigados a rever processos para focar a sua produção em setores que se mantiveram ativos no início da pandemia. A adoção do home office em escala mundial por inúmeras empresas, de todos os portes, promoveu uma alta repentina na demanda por notebooks, por exemplo. Ao mesmo tempo, as famílias investiram em entretenimento, como TVs, smartphones e consoles de videogames etc.

E aí tem início a “tempestade perfeita”. O foco na indústria de smartphones, TVs e notebooks foi vantajosa para os fabricantes, tendo em vista que os chips destinados a estes produtos são mais sofisticados e, portanto, de maior valor em comparação aos usados na indústria automotiva. Celulares 5G utilizam mais semicondutores que os da geração anterior, além de ter mais chips que um veículo. Ao mesmo tempo, como os semicondutores são produtos com prazo de entrega longo, os fabricantes de automóveis após os cancelamentos dos pedidos passaram para o final de uma longa lista de espera.

Não bastassem estes fatores, outros vieram a eles se somar, inclusive climáticos. Nos EUA, uma fábrica suspendeu as atividades devido ao frio extremo em 2020 e, em Taiwan, foi necessário reduzir a fabricação por conta de uma forte seca (o processo de produção exige grandes quantidades de água). E pior: duas fábricas de grande porte no Japão, uma em outubro de 2020 e outra em março de 2021, interromperam a produção por conta de incêndios.

Mais recentemente a falta de semicondutores passou a afetar também os fabricantes de smartphones e outros produtos eletrônicos. Em abril, a Apple informou que iria atrasar a produção do iPad e do Macbook devido a falta de chips. A Samsung anunciou, em março, que poderia ter de adiar lançamento do Galaxy Note 21 pelo mesmo motivo. Já a Sony atribuiu a falta de estoques do PlayStation 5 à escassez de chips.

E o problema pode estar longe de uma solução. A Associação da Indústria de Semicondutores da China (CSIA) classificou situação atual como “sem precedentes”. Alguns especialistas consideram que até o final deste ano a situação será normalizada.  Outros estimam que só no próximo ano, mais provavelmente no segundo semestre, o abastecimento será regularizado. 

Para atender a atual demanda por chips, vários fabricantes planejam abrir novas fábricas, o que poderia solucionar o problema. A Intel informou que irá investir US$ 20 bilhões em duas fábricas nos EUA. Qualcomm, Huawei, Samsumg também tê planos neste sentido. Porém, o processo de construção e instalação de uma planta fabril de semicondutores é longo, superior a dois anos, e exige investimentos, como se vê no caso da Intel, na casa dos bilhões de dólares.

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