São Paulo, 23 de abril de 2024

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03/07/2021

Bener registra forte demanda por máquinas


(04/07/2021) – A Bener, uma das mais tradicionais distribuidoras e importadoras de máquinas do mercado brasileiro, está registrando forte aumento na demanda por máquinas, com destaque para as de maior agregado tecnológico. O aquecimento dos negócios teve início no final do terceiro trimestre de 2020 e se mantém desde então.

De acordo com Ricardo Lerner, diretor Comercial da Bener, a elevação da temperatura dos negócios, embora tenha surgido já no final do exercício, contribuiu para o crescimento de mais de 20% no ano passado sobre 2019. “Para este ano, a nossa estimativa é dobrar o faturamento em relação a 2020”, informa.

Para o executivo, não é possível apontar um fator que responda por esse crescimento. “São vários”, diz. Um deles, e talvez o principal, em sua opinião, foi o desabastecimento global de peças e componentes ocorrido logo no início da pandemia. “Quando a China interrompeu a produção, o mundo viu que era 100% dependente de um único fornecedor. Foi como se todo o mundo, ao mesmo tempo, se desse conta do problema e da urgente necessidade de reduzir essa dependência da China”, comenta.

A alternativa adotada por muitas multinacionais, então, foi realocar a produção de vários itens em vários países, seja nos Estados Unidos, no México, na Índia ou no Brasil, como medida de prevenção (ou contingeciamento de risco) de novos problemas no futuro. Na opinião de Lerner, isso justificaria a procura de máquinas mais modernas e tecnológicas, pois em geral esses produtos que estão sendo internalizados são diferenciados, com demandas específicas de maquinário em termos de qualidade e precisão.

No caso da Bener, essa busca por máquinas mais tecnológicas contribuiu para um significativo aumento nas vendas da linha Hyundai-Wia. “Tivemos aumento nas vendas de tornos com barramento inclinado, tornos verticais e centros de usinagem vertical com e sem troca de pallet. Fechamos muitos negócios para ferramentarias, mas a maioria é para produção em série”, informa.

A este fator global, somam-se outros internos. “É o caso do agronegócio. A taxa de câmbio favoreceu o aumento das exportações, gerando forte demanda interna por máquinas agrícolas”, diz o diretor da Bener. E acrescenta: “temos também a entrada em vigor de algumas medidas políticas, como o marco do saneamento, o marco do gás, as demandas na área de infraestrutura que estão se refletindo diretamente na produção industrial”.

Máquinas Convencionais – Se a princípio o maior volume de negócios se concentrava nas máquinas de maior agregado tecnológico, Lerner diz ter notado mais recentemente o aumento da demanda por máquinas mais simples, inclusive convencionais. Para ele, isto é um sinal de que a internalização de produtos está chegando às pequenas e médias indústrias, via terceirização.

“Normalmente, na indústria, a demanda vem de cima para baixo. Primeiro as grandes indústrias ocupam sua capacidade e depois começam a repassar serviços para terceiros, primeiro para os tiers 1… Agora, estamos chegando à terceirização das peças mais simples para a pequena indústria, que estão voltando a comprar, o que é um bom sinal”.

De acordo com Lerner, “apesar de todos os problemas trazidos pela pandemia, estamos em meio a um movimento virtuoso da indústria no Brasil”.

Lerner não acredita que a queda recente na taxa de câmbio provoque alteração no cenário atual. “Tanto a taxa do dólar muito alta quanto muito baixa não são boas para os negócios. Ambas têm vantagens e desvantagens, assim como as fortes oscilações. Aliás, uma economia saudável não deve depender do fator câmbio, que é um fator que está fora de nosso controle”, diz. “Acredito que nos próximos meses irá se chegar a um equilíbrio na taxa cambial”.

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