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Cientistas anunciaram a conclusão do sequenciamento do genoma do trigo, uma das plantas mais cultivadas do planeta. A descoberta pode contribuir para identificar mais rapidamente genes responsáveis por características como rendimento, melhorar a qualidade de grãos e aumentar a resistência às doenças fúngicas, a tolerância à seca e o valor nutricional.

A partir desse conhecimento, por meio da transgenia ou de outras técnicas de melhoramento genético será possível modificar o DNA da planta. Com isso, será mais fácil chegar a variedades com atributos de interesse para os seres humanos. O Consórcio Internacional de Sequenciamento do Genoma do Trigo, por exemplo, utilizou a ferramenta CRISPR para editar o DNA do grão. O resultado foi um trigo que floresce alguns dias antes do habitual. Essas pesquisas, entretanto, estão ainda em fase inicial.

"Ao contrário do que muitas pessoas pensam, ainda não há um trigo transgênico ou modificado geneticamente por meio de novas técnicas de edição genética. Entretanto, a experiência com outras plantas nos mostra que as diferentes estratégias de modificação genética podem agregar características que beneficiam o meio ambiente, os produtores e os consumidores", afirmou a diretora-executiva do Conselho de Informações sobre Biotecnologia (CIB), Adriana Brondani.

No trigo, esse avanço pode contribuir para o aumento de produtividade do grão sem a necessidade de expansão de áreas de cultivo. Atualmente, com o aquecimento global, a estimativa é que ocorra redução na produtividade dessa cultura. Entretanto, a demanda por esse alimento é crescente, o que torna ainda mais importante o desenvolvimento de novas variedades.

"Os agricultores cultivam milhões de toneladas de trigo por ano mas têm enfrentado dificuldades na lavoura. Para atender às demandas futuras de uma população mundial projetada de 10 bilhões até 2050, será necessário cultivar 60% a mais de trigo", concluiu Brondani.

O mapeamento genético do trigo é resultado de um trabalho conjunto que envolveu mais de 200 cientistas de 73 organizações de pesquisa diferentes, em 20 países. A variedade selecionada para o sequenciamento foi a Triticum aestivum L., conhecida como "Chinese Spring", o trigo do pão. O aguardado mapeamento do genoma do trigo acontece após 16 anos do sequenciamento do arroz (2002), uma década após o sequenciamento do genoma da soja (2008) e nove anos após o do milho (2009).

Com informações da CIB e do site Agrolik.

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