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    Indicador de emprego bate máxima de dezembro, mas segue fora do equilíbrio, diz FGV

    Economista responsável pela sondagem entende que conjuntura macroeconômica, com inflação alta e aperto monetário, contribui para que recuperação seja lenta

    Stéfano Sallesda CNN

    no Rio de Janeiro

    Divulgado nesta terça-feira (7) pelo Instituto Brasileiro de Economia, da Fundação Getúlio Vargas (FGV Ibre), o Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) apresentou alta de 1,4 ponto e atingiu o maior nível desde dezembro de 2021.

    Está em 81,8 pontos, em uma escala de zero a 200, na qual 100 representa o ponto de neutralidade.

    Como está abaixo do ponto de neutralidade, o indicador apresenta, no momento, tendência negativa, embora apresente viés de alta no momento.

    Na série histórica, iniciada em junho de 2008, indicador mais elevado foi registrado em fevereiro de 2018, quando atingiu 109,6 pontos. Já o mais baixo ocorreu em abril de 2020, início da pandemia no país: 39,7 pontos.

    Com a variação apresentada em maio, o IAEmp avançou dois pontos na média móvel trimestral e chegou a 78,5.

    A elevação ocorrida no quinto mês do ano ocorre porque cinco dos sete componentes do indicador apresentaram alta.

    Neles, se destacam a situação atual dos negócios e a tendência dos negócios, ambos voltados para a indústria. O primeiro avançou 0,9 ponto, e o segundo, 0,5.

    O economista Rodolfo Tobler, coordenador da sondagem, desta que essa é a segunda alta consecutiva.

    Ele aponta a conjuntura macroeconômica, com inflação elevada e política monetária restritiva, como responsável por um cenário de recuperação mais gradual, que deve se manter positivo para o segundo semestre.

    “A melhora do quadro sanitário, após o surto do início do ano e um certo aquecimento da atividade econômica, parecem contribuir para a melhora do indicador. É preciso cautela, dado que o indicador ainda se mantém em patamar baixo e com perspectivas de recuperação lenta, considerando que a atividade econômica segue com projeção baixa para o ano de 2022 ”, avalia o economista.

    Os componentes do IAEmp que apresentaram variações negativas são: situação atual dos negócios, do segmento de serviços, e emprego previsto na indústria.