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PNAD Contínua 2020: queda na ocupação eleva participação das transferências de renda no rendimento domiciliar

19/11/2021 10h00 | Atualizado em 19/11/2021 10h24

De 2019 a 2020, a proporção de domicílios com pessoas recebendo outros programas sociais saltou de 0,7% para 23,7%, aumentando em todas as regiões, sobretudo no Norte (0,5% para 32,2%) e Nordeste (0,8% para 34,0%). Isso se deveu ao Auxílio Emergencial, criado pelo governo federal devido à pandemia do coronavírus e destinado a trabalhadores informais, microempreendedores individuais (MEI), autônomos e desempregados. Na Pnad Contínua 2020, este benefício entrou na rubrica de “outros rendimentos”, que engloba rendimentos provenientes de programas sociais, aplicações financeiras, seguro-desemprego, seguro-defeso etc.

Caiu a proporção de domicílios que recebiam o Bolsa Família (de 14,3% para 7,2%), pois parte dos beneficiários passou a receber o Auxílio Emergencial. Já a proporção de domicílios que recebiam BPC-LOAS passou de 3,5% para 3,1% no período.

O número de pessoas com outros rendimentos saltou de 16,4 milhões em 2019 para 30,2 milhões (de 7,8% para 14,3% da população) em 2020, enquanto o de pessoas com rendimento de trabalho caiu de 92,8 milhões para 84,7 milhões (de 44,3% para 40,1% da população). Esta queda está relacionada à redução da população ocupada, em 2020. Além disso, pela primeira vez, desde 2012, o grupo dos outros rendimentos superou o das pessoas que recebiam aposentadoria e pensão (26,2 milhões ou 12,4%).

De 2019 para 2020, os outros rendimentos ganharam participação na composição do rendimento domiciliar per capita no Brasil, passando de 3,4% para 7,2%. Já o peso do rendimento de trabalho caiu de 74,4% para 72,8%. Também caíram, no período, os rendimentos de aposentadoria ou pensão (de 18,7% para 17,6%), aluguel e arrendamento (de 2,4% para 1,5%) e pensão alimentícia, doação ou mesada (de 1,2% para 0,8%).

O rendimento médio real de todas as fontes caiu 3,4%, passando de R$2.292 em 2019 para R$2.213 em 2020. O maior valor estava no Sudeste (R$2.575) e o menor, no Nordeste (R$1.554), a única região onde não houve queda.

O rendimento de outras fontes caiu 15,4%, baixando ao menor valor (R$1.295) desde 2012. Dentre as categorias que compõem o rendimento proveniente de outras fontes, o item aposentadoria ou pensão, mesmo com retração recorde de 5,1%, manteve-se como o de maior média em 2020 (R$1.919). Já o valor dos outros rendimentos (R$678) cresceu 12,3% em relação a 2019, a maior expansão anual; porém, frente a 2012, essa estimativa ficou praticamente estável.

Por outro lado, o rendimento médio mensal real habitualmente recebido de todos os trabalhos aumentou 3,4% de 2019 para 2020, chegando a R$2.447. A saída de 8,1 milhões de pessoas da população ocupada, no período, elevou essa média.

Já o rendimento médio mensal real domiciliar per capita caiu 4,3% em 2020, chegando a R$1.349. O rendimento per capita nos domicílios que recebiam outros programas sociais aumentou 12,2% entre 2019 e 2020, passando de R$688 para R$772.

Em 2020, as pessoas do 1% melhor remunerado (rendimento médio domicilia per capita de R$15.816) recebiam 34,9 vezes o rendimento dos 50% com os menores rendimentos (rendimento médio de R$453). Em 2019, esta razão chegou a 40 vezes, maior valor da série.

O índice de Gini do rendimento médio domiciliar per capita passou de 0,544 em 2019 para 0,524 em 2020. O Nordeste manteve o maior Gini em 2020 (0,526) e o Sul, o menor (0,457). Entre 2019 e 2020, o Gini caiu em todas as regiões, sobretudo no Norte e Nordeste, onde o Auxílio Emergencial atingiu maior proporção de domicílios.

São informações da Pnad Contínua 2020: Rendimento de todas as fontes, que já incorpora a reponderação da série histórica da pesquisa (nota técnica 3/2021).

Rendimento de trabalho perde participação na renda total

Das 211,1 milhões de pessoas residentes no Brasil em 2020, 128,7 milhões (61,0%) tinham algum tipo de rendimento. A maior proporção estava na Região Sul (65,4%), enquanto Norte e Nordeste tinham os menores percentuais (54,6% e 57,3%, respectivamente). Frente a 2019, apenas o Norte teve variação positiva, passando de 53,4% para 54,6% no período.

Em 2020, 40,1% da população residente (84,7 milhões) tinham rendimento do trabalho e 28,3% (59,7 milhões) tinham rendimento proveniente de outras fontes. Frente a 2019, houve redução da parcela correspondente ao rendimento do trabalho, que era de 44,3% (92,8 milhões) no ano anterior, e aumento do peso do rendimento de outras fontes, que correspondia a 23,6% (49,5 milhões).  Essa tendência ocorreu em todas as regiões.

O Sul permanecia com o maior percentual de pessoas com rendimento de trabalho (46,0%). Já o Nordeste registrou, pela primeira vez, um percentual de pessoas com rendimento de trabalho (32,3%) menor que o daquelas que recebiam de outras fontes (32,8%).

Número de pessoas com outros rendimentos vai de 16,4 a 30,2 milhões, em um ano

O número de pessoas com outros rendimentos (seguro-desemprego/seguro-defeso, programas sociais do governo – inclusive o Auxílio Emergencial–, rendimentos de poupança etc.) quase dobrou de 2019 para 2020, o primeiro ano da pandemia, indo de 16,4 milhões (7,8% da população) para 30,2 milhões (14,3%). Pela primeira vez na série, esse grupo superou o das pessoas que recebiam aposentadoria e pensão (26,2 milhões ou 12,4%), se tornando a principal categoria na composição dos rendimentos de outras fontes. Em seguida, vinham aluguel e arrendamento (1,3%) e pensão alimentícia, doação ou mesada de não morador (1,7%).

No Norte (17,5%), Nordeste (19,7%) e Centro-Oeste (12,1%), o percentual dos que recebiam outros rendimentos superou o dos que recebiam de outras fontes que não o trabalho.

Rendimento de todas as fontes cai 3,4%, mas Nordeste tem aumento

Entre 2019 e 2020, o rendimento médio real de todas as fontes (que inclui trabalho e outras fontes) caiu 3,4%, passando de R$2.292 para R$2.213. O maio valor foi registrado na Região Sudeste (R$2.575), seguida por Centro-Oeste (R$2.466) e Sul (R$2.441), enquanto o menor foi verificado no Nordeste (R$1.554). De 2019 para 2020, a queda desse rendimento ocorreu principalmente no Sudeste (4,7%), Sul (4,3%) e Centro-Oeste (3,3%). A região Nordeste foi a única que não teve queda, passando de R$1.538 (2019) para R$1.554 (2020).

Rendimentos de outras fontes cai ao menor valor desde 2012

Em 2020, o rendimento de outras fontes caiu 15,4%, seu menor valor (R$1.295) desde 2012. O movimento de queda ocorreu em todas as regiões, principalmente, no Sudeste, Sul e Centro-Oeste, onde as perdas foram de 19,6%, 13,2% e 21,0%, respectivamente.

Entre todas as categorias que compõem o rendimento de outras fontes, a aposentadoria ou pensão, mesmo com retração recorde de 5,1%, manteve-se como o de maior média em 2020 (R$1.919). Em todas as regiões, a aposentadoria ou pensão era a categoria de maior valor, variando de R$1.540 no Norte a R$2.268 no Centro-Oeste. Regionalmente, a perda de valor foi generalizada, alcançando 10,7% no Norte e 8,8% no Centro-Oeste.

Já o valor dos outros rendimentos (R$678) cresceu 12,3% ante 2019. Norte e Nordeste tiveram ganhos expressivos, de 47,8% e 55,0%, respectivamente. No Norte, o valor médio passou de R$435 em 2019 para R$643 em 2020; no Nordeste, foi de R$400 para R$620. Por outro lado, no Sudeste e no Sul, esse tipo de rendimento caiu 16,5% e 5,0%, respectivamente.

Os rendimentos provenientes de aluguel e arrendamento tiveram valor médio de R$1.622 e também caíram ante 2019 (5,1%) e 2012 (9,7%). A pensão alimentícia, doação ou mesada de não morador totalizavam em média R$646, mesmo valor de 2019 e 5,2% acima de 2012.

Valor do rendimento de trabalho cresce 3,4%

O rendimento médio mensal real habitualmente recebido de todos os trabalhos (calculado para as pessoas de 14 anos ou mais de idade, ocupadas na semana de referência) foi de R$2.447 em 2020, 3,4% maior que o registrado em 2019 (R$2.366). Esse aumento explica-se com a saída de 8,1 milhões de pessoas da população ocupada, no período, indicando que aqueles que continuaram ocupados tinham maior rendimento do trabalho.

Em relação a 2012, quando a estimativa era de R$2.269, o crescimento foi de 7,8%. As Regiões Nordeste (R$1.751) e Norte (R$1.814) registraram os menores valores, e Sudeste (R$2.793), Centro-Oeste (R$2.651) e Sul (R$2.611), os maiores.

Com redução da população ocupada, massa de rendimento do trabalho cai 5,6%

Em 2020, o rendimento habitualmente recebido de todos os trabalhos resultou em uma massa mensal de rendimento de aproximadamente R$207,4 bilhões, 5,6% menor que a estimada para 2019. Frente a 2012, a massa de rendimento cresceu 5,5%.

Dentre os fatores que ajudam a explicar essa queda está a forte redução da população ocupada (queda de 8,7%), chegando ao menor contingente da série (84,7 milhões). Em relação a 2012, quando a população ocupada era de 86,7 milhões, a redução foi de 2,2%.

O Sudeste continuou com a maior massa mensal de rendimento em 2020 (R$107,6 bilhões), seguida pela Região Sul (R$36,2 bilhões). A menor massa era a da Região Norte (12,1 bilhões). Em todas as regiões, houve queda da massa de rendimento do trabalho entre 2019 e 2020, com a redução da população ocupada, sobretudo no Nordeste (11,8%) e Sudeste (8,8%).

Distribuição do rendimento de trabalho é mais desigual no Nordeste

O índice de Gini do rendimento médio mensal real habitualmente recebido de todos os trabalhos foi de 0,500 em 2020, inferior ao de 2019 (0,506). Mais uma vez, a redução do contingente de ocupados, sobretudo dos trabalhadores por conta própria, domésticos e empregados sem carteira, pode ter tornado a distribuição de rendimento do trabalho um pouco menos desigual.

As Regiões Sul (0,436) e Centro-Oeste (0,476) apresentaram os menores índices e a Nordeste, o maior (0,532). A região Nordeste também foi a única a registrar variação positiva.

Auxílio emergencial eleva o peso dos outros rendimentos na renda domiciliar

Em 2020, o rendimento de todos os trabalhos compunha 72,8% do rendimento médio mensal real domiciliar per capita, pouco abaixo de 2019 (74,4%). Os 27,2% provenientes de outras fontes se dividiam em aposentadoria ou pensão (17,6%), aluguel e arrendamento (1,5%), pensão alimentícia, doação ou mesada de não morador (0,8%) e outros rendimentos (7,2%).

Participação no rendimento domiciliar per capita, por tipo de rendimento - Brasil (%)

Destaca-se o crescimento da participação de outros rendimentos, que passou de 3,4% em 2019 para 7,2% do rendimento domiciliar per capita em 2020. Essa categoria abarca, além do rendimento de aplicações financeiras, seguro-desemprego e seguro-defeso etc., os programas sociais como Programa Bolsa Família, Benefício de Prestação Continuada (BPC-LOAS) e o Auxílio Emergencial, criado para fazer frente à pandemia do novo coronavírus (COVID 19).

Entre as Grandes Regiões, o rendimento de todos os trabalhos variou de 63,4%, na Região Nordeste, a 77,7%, na Região Centro-Oeste. Já a rubrica outros rendimentos foi de 4,4% no Sul a 13,7% no Nordeste. Com o pagamento do auxílio emergencial, a participação dessa categoria passou de 5,1% para 12,5% no Norte, e de 5,5% para 13,7% no Nordeste.

Proporção de domicílios que recebem outros programas sociais sobe de 0,7% para 23,7%

Com a criação e inclusão do Auxílio Emergencial na categoria outros programas sociais, o percentual de domicílio com este tipo de rendimento passou de 0,7% em 2019 para 23,7% em 2020. Esse aumento aconteceu em todas as grandes regiões.

Houve redução da proporção de domicílios que recebiam o Programa Bolsa Família (de 14,3% para 7,2%), uma vez que parte dos seus beneficiários passou a receber o Auxílio Emergencial. Já a proporção de domicílios que recebiam BPC-LOAS passou de 3,5% para 3,1% no período.

As Regiões Norte e Nordeste tinham as maiores proporções de domicílios com beneficiários de programas sociais: 12,9% e 14,2%, respectivamente, recebiam rendimento do Programa Bolsa Família; 5,0% e 4,5% recebiam rendimento do BPC-LOAS; e 32,2% e 34,0% recebiam rendimento de outros programas sociais, sobretudo Auxílio Emergencial.

Brasil e Grandes Regiões Recebimento de programas sociais do governo
Programa Bolsa Família BPC-LOAS Outros programas sociais
2012 2014 2019 2020 2012 2014 2019 2020 2012 2014 2019 2020
Brasil 16,6 15,7 14,3 7,2 2,5 2,7 3,5 3,1 1,4 1,7 0,7 23,7
Norte 28,4 28,2 26,3 12,9 3,8 3,7 5,7 5,0 2,7 2,7 0,5 32,2
Nordeste 34,8 33,6 29,0 14,2 4,4 4,4 5,4 4,5 1,7 3,4 0,8 34,0
Sudeste 8,0 7,3 7,5 4,0 1,5 1,8 2,5 2,4 1,2 0,9 0,6 19,7
Sul 7,2 5,8 5,1 2,9 1,6 1,7 2,1 1,7 0,8 0,7 0,5 14,4
Centro-Oeste 11,3 10,7 9,1 5,0 2,7 2,9 3,9 3,8 2,1 1,9 1,0 20,6
Fonte: IBGE, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua 2012/2020.

Rendimento médio mensal real domiciliar per capita cai 4,3%

O rendimento médio mensal real domiciliar per capita foi de R$1.349, em 2020, 4,3% menor que o estimado em 2019 (R$1.410). As Regiões Norte e Nordeste tinham os menores valores (R$896 e R$891), apesar do aumento de 2,3% e 0,9% no período. A Região Sudeste se manteve com o maior rendimento domiciliar per capita médio (R$1.623), seguida pela Região Sul (R$1.597). Entre 2019 e 2020, houve redução do rendimento médio nas Regiões Sudeste (6,0%), Sul (6,3%) e Centro-Oeste (5,2%).

Rendimento per capita nos domicílios que recebiam outros programas sobe 12,2%

O rendimento médio mensal real domiciliar per capita nos domicílios que recebiam o Programa Bolsa Família foi de R$379 em 2020, e naqueles que não recebiam foi de R$1.453. Para os domicílios que recebiam o BPC-LOAS o rendimento médio domiciliar per capita foi de R$792 e para os que não recebiam, R$1.368. Já nos domicílios que recebiam outros programas sociais, o rendimento médio foi de R$772, frente a R$1.565 naqueles que não recebiam. Entre 2019 e 2020, cresceu 12,2% o rendimento dos domicílios que recebiam outros programas sociais.

Rendimento dos 50% mais pobres aumenta 3,9% em relação a 2019

Na estratificação em classes de percentual das pessoas em ordem crescente de rendimento domiciliar per capita em 2020, metade da população com menores rendimentos recebeu, em média, R$453. Se comparado a 2019, esse rendimento foi 3,9% mais elevado (R$436).

A Região Sul (R$661) tinha a maior média de rendimento domiciliar per capita para a metade da população com menores rendimentos em 2020, e as Regiões Norte (R$325) e Nordeste (R$301), as menores. No entanto, entre 2019 e 2020, apenas as Regiões Norte e Nordeste tiveram aumento neste indicador (17,8% e 16,2%, respectivamente), o que pode ter relação com o recebimento do Auxílio Emergencial.

Brasil e Grandes Regiões Rendimento médio mensal real domiciliar per capita dos 50% da população com menores rendimentos (R$)              
2012 2014 2019 2020
Brasil 415 462 436 453  
Norte 280 310 276 325  
Nordeste 253 292 259 301  
Sudeste 556 604 585 570  
Sul 622 688 687 661  
Centro-Oeste 520 573 566 556  
Notas:
1. Rendimento a preços médios de 2020.                          
2. Na composição do rendimento domiciliar per capita, o rendimento habitual do trabalho é captado somente para pessoas de 14 anos ou mais de idade.               
3. As classes de percentual de pessoas foram calculadas com base nos respectivos percentis. Desta forma, o P50 representa aproximadamente 50% da população com menores rendimentos.
Fonte: IBGE, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua 2012/2020.

Na comparação entre 2019 e 2020, houve aumento do rendimento domiciliar per capita médio nas classes de rendimento da primeira metade da distribuição, principalmente nas classes de mais de 5% até 10% (17,6%) e de mais de 10% até 20% (9,8%). A partir da classe de mais de 40% até 50% o rendimento domiciliar per capita médio começa a se reduzir no período, sobretudo no último percentil (queda de 9,4%).

Renda do 1% melhor remunerado é 34,9 vezes o rendimento dos 50% que ganham menos

As pessoas que estavam no último percentil de rendimento, ou seja, aquelas que faziam parte do 1% da população com rendimentos mais elevados (cujo rendimento médio mensal real era de R$15.816) recebiam, em média, 34,9 vezes o rendimento da metade da população com os menores rendimentos (cujo rendimento médio mensal real era de R$453). Em 2019, esta razão era de 40 vezes, maior valor da série.

Queda do Gini reflete o Auxílio Emergencial, principalmente no Norte e Nordeste

O índice de Gini do rendimento médio mensal real domiciliar per capita passou de 0,544 em 2019 para 0,524 em 2020.

O Nordeste manteve o maior índice de Gini em 2020 (0,526) e o Sul, o menor (0,457). Entre 2019 e 2020, a desigualdade medida pelo Gini se reduziu em todas as regiões, sobretudo no Norte e Nordeste, regiões com maior proporção de domicílios recebendo Auxílio Emergencial.

Massa de rendimento domiciliar per capita cresce apenas no Norte e Nordeste

A massa de rendimento mensal real domiciliar per capita foi de R$284,6 bilhões em 2020, inferior à de 2019 (R$295,2 bilhões). O Sudeste concentrava 50,7% dessa massa (R$144,4 bilhões). Entre 2019 e 2020, apenas o Norte e o Nordeste tiveram aumento na massa de rendimento domiciliar per capita (3,6% e 1,4%). A maiores quedas foram no Sul (-5,7%) e Sudeste (-5,2%).

A parcela dos 10% com os menores rendimentos detinha 0,9% da massa, enquanto os 10% com os maiores rendimentos concentravam 41,6%. Este último grupo possuía uma parcela da massa de rendimento quase equivalente à dos 80% da população com os menores rendimentos (43,0%). Contudo, entre 2019 e 2020, o grupo dos 10% com maiores rendimentos perdeu participação (-1,2 p.p.), enquanto os décimos de menor rendimento tiveram variação positiva.