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Cresce interesse de fundos de Private Equity em startups brasileiras

Private Equity

Aumenta o interesse de fundos de investimento privado em startups brasileiras

GazzConecta
29/07/2021 12:13
Um novo estudo realizado pela plataforma de inovação aberta Distrito, em parceria com a Private Equity Bay, revela que o interesse de fundos de investimento privado — Private Equity — em startups brasileiras está em crescimento. Segundo o levantamento, o Brasil passou de 3 investimentos em média por ano entre 2011 e 2016, para 8,5 transações entre 2017 e 2020.
Neste modelo, investidores colocam capital em empresas que não vendem ações na Bolsa de Valores. Nesta modalidade, o investidor participa ativamente da gestão da empresa.
No mercado brasileiro de capitais privados, havia um abismo entre os investimentos por fundos de Venture Capital e de Private Equity. Enquanto Venture Capitalists buscavam apoiar startups em estágios iniciais de desenvolvimento, com grandes desafios tecnológicos e comerciais, e com expectativa de retorno financeiro no longuíssimo prazo; os gestores de Private Equity – atuando em buyout e mid-market – financiavam companhias de grande e médio porte, mais maduras, já lucrativas e com crescimento mais previsível.
Esse cenário começou a mudar a partir de 2010, quando fundos de Venture Capital com mais recursos captados puderam fazer investimentos maiores e possibilitando um crescimento mais rápido das startups.
Ao mesmo tempo, fundos de Private Equity passaram a procurar por oportunidades de maior retorno, o chamado growth equity, com investimentos em empresas inovadoras, de soluções escaláveis e até com alcance global (como os casos da GymPass e QuintoAndar).
Dessa forma, os dois tipos de investidores, que tinham estratégias diferentes na avaliação de seus aportes, passaram a fazer negócio em conjunto, ampliando as oportunidades de negócios no setor. Muitos dos aportes de Private Equity se deram em conjunto com fundos de Venture Capital, como se vê pelos investimentos recebidos por empresas como MadeiraMadeira, Omie, Pixeon e Stone Pagamentos. "
Os investidores de PE estão cada vez mais atentos aos aportes que ocorrem no ecossistema de inovação e buscam se conectar com os principais investidores de Venture Capital justamente para que possam participar das melhores rodadas", afirma Gustavo Gierun, cofundador do Distrito. 
De acordo com o relatório, a maior parte dos fundos de Private Equity entra na rodada Series A (40%) ou Series B (26,7%), quando as startups estão minimamente consolidadas e prestes a ganhar escala. Outros 33,3% dos investimentos destinam-se a startups em estágios mais avançados. "Esses fundos conseguem financiar as empresas em um momento onde a grande maioria dos fundos de Venture Capital nacionais não atuam", diz Gierun.
Segundo os dados do Distrito, os setores de retailtech, healthtech e technology receberam, cada um, oito aportes de fundos de Private Equity desde 2011, com healthtech concentrando 31% do volume total de investimentos, seguido por fintechs (16,9%) e retailtech (11,3%). Entre as maiores gestoras de Venture Capital por trás das principais investidas de Private Equity estão Kaszek, monashees e Valor Capital Group, enquanto os fundos de Private Equity mais atuantes são o Goldman Sachs & Co, Riverwood, Temasek e General Atlantic, segundo o estudo.
"De maneira geral, o investimento em startups de alto potencial realizado por fundos de Venture Capital e Private Equity de forma estruturada e interseccionada tem como principais objetivos facilitar o crescimento acelerado da empresa, seja pela expansão de operações e contratações, pela entrada em novos mercados ou mesmo pela consumação de aquisições estratégicas", conclui Gierun.

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