As vendas no varejo brasileiro devem cair em março, segundo as projeções do Ibevar (Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo e Mercado de Consumo).
De acordo com a entidade, o varejo restrito, que integra combustíveis, alimentos, eletrodomésticos e farmacêuticos, vai recuar 0,32% neste mês. Para abril e maio, a tendência é de oscilação nos resultados.
Apesar do recuo geral, a comercialização de itens como tecidos, roupas e calçados deve crescer cerca de 10,5% neste mês na comparação com fevereiro. Mas, para abril, a previsão é de queda de quase 16% nessas categorias.
Já o varejo ampliado, que considera também veículos e materiais de construção, deve registrar queda de quase 1,6% na comparação com fevereiro, influenciado pelo salto nos preços dos combustíveis.
Segundo Claudio Felisoni de Angelo, presidente do Ibevar, os dois segmentos do varejo apresentam tendência de recuo desde o final de 2020.
A previsão, com base nas condições de renda, emprego, juros e prazos de pagamentos, indica que as vendas devem fechar o acumulado de 12 meses em queda —o varejo restrito de 2,55% e o ampliado, 1,44%.
"Certamente é um resultado bem ruim, uma vez que estamos falando em volume real faturado", diz Angelo.
Joana Cunha com Andressa Motter e Ana Paula Branco
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