Gestores devem abrir caminhos para os talentos femininos no setor automotivo, afirma presidente da Renault

Ricardo Gondo celebra os 10 anos do grupo Women@Renault e afirma que diversidade é um valor não só corporativo, mas também individual

Por NATÁLIA SCARABOTTO, AB
  • 09/03/2021 - 21:17
  • | Atualizado há 2 anos, 8 meses
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    Nesta Semana da Mulher, AB Diversidade convidou representantes do setor para falar sobre a busca por mais equidade de gênero e representatividade na indústria. A cada dia da semana, novas entrevistas. Nesta terça-feira, o presidente da Renault Brasil, Ricardo Gondo, conta a sua visão sobre o tema.

    “No mundo moderno é muito importante a economia colaborativa, a capacidade de fazer parcerias, de falar abertamente das vulnerabilidades, ter mais empatia e tomar decisões muitas vezes sem ter todas as evidências. Estamos falando de qualidades do feminino que são importantes para o mundo do trabalho”, destaca o executivo.





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    Apesar do interesse de algumas lideranças de fomentar a mudança do cenário, a indústria automotiva ainda abre pouco espaço para as mulheres: em cargos de alta gestão elas representam apenas 6%, conforme aponta a pesquisa Liderança do Setor Automotivo, feita por Automotive Business com a coordenação técnica da MHD Consultoria. Dentro de todo o segmento, elas somam apenas 19% da força de trabalho, com maiores desafios, mas menores oportunidades e salários (veja aqui), segundo o estudo Diversidade no Setor Automotivo.

    Apesar do empenho de diversas empresas para fomentar a equidade de oportunidades, ainda há um caminho longo a ser percorrido.

    Qual é a importância da equidade de gênero para o setor automotivo?



    A diversidade traz mais criatividade e inovação. Nós gestores temos o papel fundamental de abrir os caminhos para que as mulheres se tornem cada vez mais presentes e atuantes, oferecendo oportunidades concretas de desenvolvimento de carreira.



    No mundo moderno é muito importante a economia colaborativa, a capacidade de fazer parcerias, falar abertamente das vulnerabilidades, ter mais empatia e tomar decisões muitas vezes sem ter todas as evidências. Estamos falando de qualidades do feminino que são importantes para o mundo do trabalho. Daí a grande importância do grupo Women@Renault, um projeto que há mais 10 anos aumenta a diversidade dentro da empresa para tornar a mulheres cada vez mais protagonistas de suas carreiras.

    Além das ações corporativas, de que forma o senhor fomenta individualmente a equidade de oportunidades para as mulheres na Renault?



    Diversidade e inclusão, mais do que compromissos corporativos, são valores, algo em que acredito pessoalmente. A Renault do Brasil tem atuado fortemente para estarmos alinhados com as cinco agendas de diversidade da ONU: gênero, pessoas com deficiência, LBGTQI+, a questão étnico-racial e as multigerações. O comitê executivo faz parte do comitê de diversidade e inclusão e acompanha de perto todas as iniciativas.