Importações de bens de capital crescem 11,4% entre janeiro e abril de 2021

As transações totalizaram US$10 736 milhões no período, ante US$ 9 637 milhões, registrados do primeiro ao quarto mês de 2020.

As importações de bens de capital totalizaram US$ 10 736  milhões nos quatro primeiros meses de 2021 e registraram avanço de 11,4%, ante o mesmo período do ano anterior, quando o montante chegou a US$$ 9 637 milhões, segundo dados do Ministério da Economia, compilados pela ABIMEI (Associação Brasileira dos Importadores de Máquinas e Equipamentos Industriais). 

O avanço nas importações de máquinas e insumos pela indústria neste período sinaliza perspectivas de crescimento nessa atividade nos próximos meses. Segunda a pesquisa, o volume de Peças e Equipamentos de Transporte (subcategoria que se enquadra em bens de capital) teve crescimento de 18,5%, passando de US$ 4 306 milhões, para US$5 100 milhões. Já nas importações classificadas como “exceto equipamentos de transporte”, houve alta de 12% entre janeiro e abril de 2021, na comparação com 2020, totalizando US$ 9 626 milhões, ante US$ 8 596 milhões. 

De acordo com o presidente executivo da ABIMEI (Associação Brasileira dos Importadores de Máquinas e Equipamentos Industriais), Paulo Castelo Branco, a China é o principal responsável pelo saldo positivo da balança comercial brasileira, tendo em vista que o comércio com os chineses resultou num superávit de US$ 13,7 bilhões para o Brasil. “Somente no primeiro quadrimestre de 2021, a participação do país nas importações do Brasil foi de 21,8%, confirmando a posição de principal parceiro comercial", explica. 

A indústria de Peças e Acessórios importou 21% mais bens de capital, passando de US$ 6 531 milhões em 2020 para US$ 7 902 milhões, no mesmo período de 2021. Já a atividade industrial aumentou ainda em 24,6% a compra de bens intermediários, obtendo US$ 40 434 milhões neste ano, ante US$ 32 460 milhões atingidos em 2020. 

O especialista explica que o avanço significativo no setor evidencia que esses segmentos enxergaram o poder de  minimizar os efeitos causados pela pandemia, repensando a estratégia e comprando mais bens de capital, tanto os que são disponíveis de fabricação nacional, como os com maior tecnologia, importados de vários países do mundo. Desta forma, a capacidade produtiva do mercado nacional aumenta e consegue abastecer o mercado interno local com produtos de alta qualidade, além de preços competitivos, gerando, inclusive, a possibilidade de exportação de produtos para outros países.