Gestamp analisa proposta de lay-off para fábrica de Taubaté

Fornecedora da Volkswagen e da General Motors estuda suspensão dos contratos de 1,3 mil funcionários

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Bruno de Oliveira
  • 19/11/2021 - 12:37
  • | Atualizado há 2 anos, 5 meses
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    Está na mesa da Gestamp a proposta dos trabalhadores da fábrica de Taubaté (SP) a respeito do lay-off que a fabricante pretende conceder na unidade em função da queda na demanda nas montadoras que atende. O pleito enviado pelo sindicato dos metalúrgicos local sugere que a medida envolva todos os 1,2 mil funcionários da unidade e outros 120 que trabalham em estrutura montada dentro da fábrica da Volkswagen no município.

    De acordo com Celso Ricardo dos Santos, secretário adjunto de administração e finanças do sindicato, há um prazo de duas semanas a partir desta sexta-feira (19) para que se estabeleça um acordo, ou não, com a fabricante de autopeças. “Fechamos na semana passada acordo de bancos de horas negativos, o que já vai nos ajudar muito”, disse o representante da entidade de classe.

    Por causa da crise dos chips, muitas montadoras estão reduzindo os seus volumes de produção e isto tem afetado diretamente os seus fornecedores, como é o caso da Gestamp que, afora a VW, também fornece componentes estampados para General Motors, Toyota, Nissan, Honda e Stellantis. Com a queda nas vendas, a empresa calculou que existe um contingente de 200 funcionários a mais em Taubaté.

    Caso a empresa concorde em trocar as demissões pela suspensão dos contratos de trabalho, haverá uma espécie de escalonamento das turmas de forma a manter a produção na unidade em um nível menor. Ainda que esteja em curso um processo de negociação com os trabalhadores, a Gestamp já promoveu cortes em seu quadro, o que acirrou os ânimos entre os trabalhadores.

    A fábrica opera atualmente em três turnos de segunda a sexta-feira, mas o ritmo deverá diminuir nos próximos dias, informou o representante do sindicato. A respeito de aplicação de um Plano de Demissão Voluntária (PDV) na unidade, o representante do sindicato afirmou que a empresa, ao contrário das montadoras, não tem caixa para isso.