Frankin de Freitas – Mortes por Covid-19: neste ano

Diante do aumento de casos de Covid-19, impulsionado pela circulação da variante Ômicron, o Paraná registrou no começo de 2022 um aumento expressivo nas mortes causadas pelo novo coronavírus em relação ao final de 2021. Os números, extraídos do Portal da Transparência dos Cartórios de Registro Civil, consideram a data de registro do óbito e mostram que os falecimentos decorrentes da infecção pelo novo coronavírus praticamente triplicaram nas primeiras semanas deste ano.

Nos primeiros 45 dias de 2022, entre 1º de janeiro e 14 de fevereiro, os cartórios do Paraná notificaram 1.142 mortes cuja causa suspeita ou confirmada foi a Covid-19. Isso representa um aumento de 185% na comparação com os últimos 45 dias de 2021 (entre os dias 17 de novembro e 31 de dezembro), quando 401 falecimentos haviam sido registrados no estado.

Analisando-se os dados mês a mês, verifica-se que o mês de janeiro concentrou 698 óbitos, enquanto o mês de fevereiro (até ontem) teve outras 444 vítimas do coronavírus. Já no final de 2021, o mês de dezembro havia registrado 227 mortes e o de novembro, 462.

Outra comparação interessante – e que evidencia a capacidade das vacinas em prevenir mortes – diz respeito aos registros no começo de 2021 e no mesmo período de 2022.

É que nos primeiros 45 dias do ano passado, quando a vacinação contra a Covid-19 ainda engatinhava no Paraná, 2.883 sucumbiram à infecção causada pelo novo coronavírus no Paraná. Já no começo deste ano, mesmo com o recorde de casos confirmados da doença, o patamar de óbitos está num nível 60% menor.

Estado vê um dos janeiros mais ‘mortais’ da história

Considerando-se as mais diversas causas de morte, o Paraná teve um total de 7.451 falecimentos ao longo do primeiro mês de 2022, que já é o segundo janeiro com mais mortes na série histórica iniciada em 2003, atrás apenas de 2021 – no primeiro mês do ano passado foram registradas 7.782 mortes em todo o estado, com 2.027 falecimentos (26,05% do total) tendo a Covid-19 como causa suspeita ou confirmada.

No Brasil como um todo, o mês passado foi de recorde, com 144.341 óbitos, alta de 5% ante o mesmo período do ano passado, quando o balanço foi de 137.431 mortes. Segundo a Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-BR), “a elevação de infectados pela Ômicron e seus diferentes reflexos no organismo humano” podem ser a provável explicação para o recorde.

“Os números dos cartórios de registro civil mostram, mais uma vez, em tempo quase que real, o retrato fidedigno do que acontece com a população brasileira”, diz Gustavo Renato Fiscarelli, presidente da Arpen/BR, em nota divulgada pela entidade. Embora haja diminuição clara nos óbitos por covid-19 na comparação com outras fases mais críticas da pandemia, destaca ele, ainda não se conhecem todos os efeitos das novas variantes e a Ômicron parece ter puxado a alta de vítimas neste momento.

Imunização

Com apenas 57,8% das crianças vacinadas, Curitiba mantém repescagem até quarta-feira
A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) de Curitiba manterá até quarta-feira (16/2) a repescagem da vacinação contra a covid-19 para todas as crianças que já foram convocadas e não compareceram na data.

A repescagem será feita com doses renascentes em estoque que são destinadas à imunização do público infantil. Segundo estimativa da SMS, até o último sábado (12/2), 52,8% das crianças elegíveis para a vacinação já haviam recebido a primeira dose.

A continuidade da repescagem para o público infantil depende da disponibilidade de vacinas em estoque ou da chegada de nova remessa. Quem já completou 12 anos pode buscar a repescagem contínua nos pontos de vacinação anticovid para adolescentes e adultos.
Onde vacinar
O atendimento para as crianças seguirá em dez Unidades de Saúde, das 8h às 17h. Confira os endereços no site Imuniza Já na aba “Locais de vacinação”.