ZF prepara oferta de conectividade para o mercado brasileiro

Conectividade é um dos pilares do planejamento de negócios da divisão de reposição da ZF para os próximos anos. E o mercado brasileiro está entre aqueles em que a fabricante de componentes e sistemas pretende atender com uma nova oferta de produtos.

De acordo com Reynaldo Contreira, presidente da área na América do Sul, a companhia já estuda a oferta de produtos no país ligados a esse tipo de demanda, que já é considerável na região, principalmente entre veículos comerciais e pesados.

"Nós estamos planejando em breve lançar alguns produtos ligados à conectividade na região com a marca da ZF, nos mesmos moldes como acontece hoje na Europa", disse o executivo. "Será um dos pilares do nosso negócio no mercado brasileiro."

Para marcar presença

A fabricante é fornecedora de módulos de conexão para caminhões para algumas montadoras que mantêm produção no país, mas os componentes não levam a marca ZF e são exclusivos para estas fabricantes. A ideia agora, segundo Contreiras, é criar um portfólio na reposição que leve a logomarca da companhia.

Na Europa o negócio está em estágio avançado. A empresa é fornecedora de componentes de conectividade para veículos autônomos que operam em ambientes urbanos e rurais. Naquele continente, segundo a companhia, há mais de 200 mil veículos conectados a alguma rede por meio de componentes ZF.

Boa parte desse avanço da companhia no universo da conectividade se deve à integração com o portfólio da Wabco, empresa que foi adquirida pela ZF em 2020 e que já tinha um extenso histórico de desenvolvimento de tecnologias de conectividade em caminhões.

Centro de distribuição moderno

Enquanto esses novos produtos não chegam, a divisão de aftermarket da ZF trata de realizar melhorias em sua operação no Brasil. Como, por exemplo, o investimento de R$ 18 milhões, que está sendo aplicado há cinco anos, na modernização do seu novo centro de distribuição de peças localizado em Itu (SP).

Na unidade a empresa implantou um sistema de comunicação via rádio, também chamado de RFDI, na área de recebimento de cargas de peças que são produzidas na fábrica de Sorocaba (SP) da ZF. O sistema agiliza o processo de conferência de itens que desembarcam no CD pelos caminhões.

De acordo com Bruno Silva, gerente de operações da ZF Aftermarket, trata-se de uma das maiores operações do mercado de reposição no Brasil atualmente, pois reúne um dos maiores portfólios, com a movimentação mensal de 5 milhões de autopeças, além de ser o primeiro centro de distribuição integrado da empresa no mundo.

Muitos dos equipamentos utilizados na operação são robotizados e permitem integração de dados. O armazém também tem cinco elevadores automáticos, que quadruplicaram a velocidade de atendimento dos pedidos, aplicando o conceito de Picking by Light de coleta, por indicações de lasers.

A unidade de Itu emprega mais de 250 colaboradores entre equipes operacionais e administrativas em uma área de  21 mil metros quadrados. Atualmente o CD opera com 40 linhas de produtos divididas em 16 mil part numbers, com uma movimentação diária de 100 toneladas de peças.