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Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

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Mudança ministerial de Bolsonaro incomoda empresariado

Presidente planeja desmembrar Ministério da Economia

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São Paulo

Bolsonaro elevou o desconforto de uma parte expressiva do empresariado com sua nova mudança ministerial, que cede poder ao centrão e desmembra a pasta de Paulo Guedes. O avanço da turbulência sobre o Ministério da Economia deixou uma sensação de que o presidente pode ter disposição de balançar uma ponte importante de seu governo com a Faria Lima em troca de amenizar as dificuldades políticas. O porte da reação de Bolsonaro para lidar com sua fragilidade é o que os alerta.

A reforma ministerial é vista como um sinal de que Bolsonaro está sendo engolido pelo centrão e Guedes vai perdendo força, conforme avaliou um grande representante empresarial em conversas reservadas nesta quarta-feira (21). Entre os mais alinhados ao governo ainda existe a interpretação de que o fortalecimento do centrão deve ajudar Guedes a passar as reformas.

Na avaliação de José Augusto de Castro, presidente da AEB (associação de comércio exterior), a mudança é mais uma preocupação que se soma à pandemia, à retomada e às reformas tributária e administrativa. “Economicamente não é favorável porque tem que fazer rearranjo. No terceiro ano do governo, tem que começar do zero”, afirma.

Para José Velloso, da Abimaq (do setor de máquinas), o Ministério da Casa Civil é de extrema confiança da Presidência. "Trata-se de cargo de muita importância e portanto o presidente deva fazer sua escolha pessoal", diz.

O nome de Bruno Bianco, cotado para a vaga de secretário do novo ministério desmembrado da Economia, é estimado, na opinião de Velloso.

"No atual governo, Bianco teve desempenho excelente durante a pandemia em 2020. Rapidamente entendeu às necessidades e agiu, com banco de horas, redução de jornada, lay off, diferimento do 13º salário e encargos como FGTS", afirma.

com Mariana Grazini e Andressa Motter

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