São Paulo – Um projeto da Rudolph Usinados dentro do contexto da Indústria 4.0 foi aprovado pela Finep, Financiadora de Estudos e Projetos, por meio do edital do Rota 2030. A empresa de Timbó, SC, receberá recursos para adotar soluções de digitalização e de inteligência artificial em sua fábrica, mais um importante passo da inserção de conceitos da quarta revolução industrial.
Alex Marson, novo CEO do Grupo Rudolph, afirmou a Agência AutoData que a inteligência artificial conectará as áreas de produção e de planejamento em tempo real, gerando ganhos de gestão ao negócio. "Ainda não podemos revelar valores e outras informações. Mas haverá um aporte adicional da Rudolph para esse projeto".
A empresa de capital nacional deu seus primeiros passos na Indústria 4.0 com um projeto em parceria com a Bosch. Marson considera este segundo avanço importante, “um marco transformador que projeta ganho de relevância da Rudolph Usinados no mercado”.
A carteira de negócios da Rudolph é majoritariamente formada pela indústria automotiva: o CEO calcula que 80% dos contratos são com montadoras e sistemistas, metade para o segmento leve e metade para o pesado. Foi neste que a fornecedora avançou nos últimos três anos: representava apenas 10% da receita.
Marson projeta crescimento de 20% a 25% dos negócios em 2021, na comparação com 2019 – uma base mais justa, vez que no ano passado as atividades foram prejudicadas pela pandemia da covid-19. "A reformulação de portfólio e os novos negócios, que agregam mais valor, serão os principais fatores. O segmento pesado também será importante".
Para avançar no mercado a Rudolph ampliou sua operação para entregar mais: no passado o serviço de usinagem era ofertado ao mercado. Agora a empresa já tem a capacitação de desenvolver o componente, usiná-lo e pintá-lo, eliminando alguns processos da cadeia de produção para seus clientes.
Mesmo com projeções positivas para o ano Marson lembrou que existem alguns pontos de muita atenção, como o mercado de aço, que passou por aumentos relevantes, a dificuldade das empresas com semicondutores e a variação cambial.
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