Moradores trocam lixo por adubo orgânico em Curitiba

Em 2020, Curitiba inaugurou sua primeira “fazenda urbana”. Um espaço de mais de 4 mil m²,  no bairro Cajuru, dedicado à divulgação das práticas e técnicas da agricultura urbana livres de agrotóxicos. Desde então, sete projetos vêm sendo desenvolvidos no local. Um deles é o Compostroca: iniciativa que ajuda famílias a transformar lixo orgânico em adubo para hortas.

Cascas de legumes, frutas, ovos e até filtros de café são separados por 19 famílias que integram o projeto. Uma vez por semana, elas levam os resíduos coletados à fazenda urbana para serem compostados. O resultado deste processo é um rico adubo orgânico que pode ser usado nas hortas comunitárias da cidade. 

“Nosso projeto visa incentivar a população a fazer a compostagem em suas casas para evitar que os resíduos sejam encaminhados para os aterros sanitários contaminando o solo, lençol freático e produzindo gases que geram o efeito estufa”, afirma Maurício Gikoski, cofundador do Coletivo Ambiente Livre e responsável técnico do Compostroca.

As famílias também recebem orientações sobre plantio, compostagem, aproveitamento integral dos alimentos e tipos de hortas em pequenos espaços.

Composte você também

Dados da Associação Brasileira das Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais, aponta que, todos os anos, o Brasil produz quase 37 milhões de toneladas de lixo orgânico, mas apenas 1% do que é descartado é reaproveitado. O potencial de uso do resíduo é enorme. Uma cidade na Austrália, por exemplo, está gerando energia para abastecer casas. Mas, individualmente, o que se pode fazer é apostar na compostagem doméstica dos próprios resíduos orgânicos. Dependendo da técnica escolhida, você também poderá obter um potente adubo para suas plantinhas, como ocorre no Compostroca. 

O ebook do ECOlabora traz orientações sobre os métodos e benefícios da compostagem doméstica. E, para quem quiser ir além, acesse a cartilha traz dicas para implantar a compostagem comunitária.