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Peças feitas em impressão 3D devem substituir 40% das peças tradicionais de fabricante de máquinas

Por: Gabriela Pederneiras/CIMM      01/07/2021 

A manufatura aditiva é um dos pilares da Indústria 4.0 e traz benefícios como: maior personalização, menor desperdício de matéria-prima, maior adaptabilidade e economia de recursos. Entre tantos problemas, a tecnologia pode ajudar as indústrias em questões relacionadas à usinagem. 

Em um estudo de caso apresentado pela HP, a FICEP S3, empresa global na fabricação de máquinas e desenvolvimento de softwares de gerenciamento de produção para fabricantes de aço, usou a Impressora HP Jet Fusion 3D 4200 para resolver problemas de usinagem com impressão 3D. 

Nuno Neves, CEO da FICEP S3, contou no estudo que eles passaram muito tempo tentando descobrir como fazer algumas das peças. “Foi extremamente complicado [fabricar as peças] devido a limitações da tecnologia de usinagem atual”, disse. Quando o CEO conheceu a impressão 3D logo percebeu que poderia estar diante da solução de seus problemas. 

Algumas das peças fabricadas pela empresa para compor suas máquinas se mostravam muito complexas para usinagem. A começar pela matéria-prima: se fossem feitas de metal seriam muito pesadas e poderiam sobrecarregar o sistema em que seriam inseridas. Outra questão é que seriam necessários, no mínimo, 11 componentes diferentes para fazer um molde de uma peça.

O processo de melhoria contínua também era prejudicado, afinal, toda vez  que havia uma mudança na peça, os moldes precisavam ser refeitos, gastando tempo e dinheiro. Além disso, o processo tradicional de moldagem por injeção não era capaz de fazer peças fortes o suficiente para aguentar o uso diário.

“Para fazer a linha operar de forma tão eficiente quanto possível, precisávamos criar várias peças leves, permitindo movimentos mais rápidos e controle  mais preciso. As peças também precisavam ser mecanicamente fortes e resistentes aos produtos químicos e flutuações de temperatura que são comuns em um ambiente industrial”, destacou Nunes. 


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Após 3 meses fazendo testes de materiais e formatos com a impressão 3D, a empresa conseguiu solucionar seus problemas. As peças a partir da manufatura aditiva podiam ser fabricadas de materiais leves e resistentes às condições específicas necessárias, podiam ser menores e ter melhoramento contínuo, por conta da facilidade de fabricação e adaptação. 

Nunes comemora que com o uso da tecnologia Multi Jet Fusion da HP foi possível produzir as peças na velocidade necessária para atender às demandas. “Outras tecnologias levariam 12 horas para produzir uma peça, agora podemos produzir 100 peças nesse tempo”. 

As novas peças também trouxeram uma vantagem competitiva à empresa. Por serem menores e mais leves, diminuíram o peso geral da máquina, o que possibilitou uma redução de 72% do uso de energia frente aos concorrentes. 

Com a tecnologia de impressão 3D Jet Fusion da HP, eles pretendem substituir até 40% das peças tradicionalmente fabricadas da máquina.

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