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Sindicato reconhece que saída da Toyota de São Bernardo é irreversível

Após esgotar negociações, metalúrgicos vão negociar as condições de transferência e instalação de PDV

Nilton Valentim
01/06/2022 | 10:43
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André Henriques/DGABC


 O Sindicato dos Metalúrgicos do ABC admitiu nesta quarta-feira (1° de junho) que a saída da Toyota de São Bernardo é irreversível. A entidade divulgou nota pela qual declara que “as negociações para a permanência da fábrica na cidade se esgotaram” após o posicionamento da montadora que, na segunda-feira, reiterou o fechamento da planta.

Segundo o presidente do sindicato, Moisés Selerges, a luta agora é para garantir as melhores condições possíveis no processo de saída e de transferência, inclusive a instalação de um PDV (Plano de Demissão Voluntária). “Desde o anúncio da decisão da montadora, o sindicato fez todos os esforços para garantir a permanência da empresa em São Bernardo, assim como dos empregos que ela gera, tanto diretos quanto indiretos”, afirmou o dirigente. 

Desde 5 de abril, quando a Toyota revelou os planos de transferir a produção de peças de São Bernardo para as unidades de Indaiatuba, Sorocaba e Porto Feliz, várias foram as reuniões realizadas com intuito de reverter a situação. A mudança será feita entre dezembro deste ano e novembro de 2023.

Em busca de alternativas, foram promovidos encontros entre representantes do sindicato e do poder público, entre eles o governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB), profissionais da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado de São Paulo e o prefeito de São Bernardo, Orlando Morando (PSDB) e até com o sindicato dos metalúrgicos no Japão.

Além disso, segundo o sindicato, foi elaborada, em conjunto com a subseção do Dieese, proposta de negociação trabalhista para os próximos três anos, que foi recusada pela direção da empresa. 

“Infelizmente, diante da decisão da Toyota, o sindicato continuará dispondo de toda força e luta para assegurar as melhores condições para os trabalhadores que optarem por ser transferidos e para aqueles que, porventura, decidirem ser desligados da empresa”, ressaltou o diretor administrativo do Sindicato, Wellington Messias Damasceno.




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