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Fusões e Aquisições: estratégia de crescimento não-óbvia

Allan Costa

Allan Costa

Allan Costa é empreendedor, investidor-anjo, mentor, escritor, motociclista e palestrante em dois TEDx e em mais de 100 eventos por ano. Co-fundador do AAA Inovação, da Curitiba Angels e Diretor de Inovação da ISH Tecnologia. Mestre pela FGV e pela Lancaster University (UK), e AMP pela Harvard Business School.

Mergers and Acquisitions

Fusões e Aquisições: uma estratégia de crescimento não-óbvia

22/02/2022 12:00
Uma das formas de crescimento mais utilizadas por algumas das principais empresas do mundo são as Fusões e Aquisições, termo derivado do original em inglês Mergers and Acquisitions (M&A). Apesar de ser uma estratégia amplamente conhecida no mundo dos negócios, esta é uma forma de crescimento ainda subutilizada pelas empresas brasileiras.
Embora tenhamos visto muitas empresas nacionais apostando em fusões e aquisições nos últimos anos, enxergo que ainda existe um gap muito grande para mais M&As ocorrendo por aqui.
A maioria dos especialistas defende que existem 3 grandes tipos de fusões e aquisições:

Horizontais

  • Esse tipo de M&A acontece quando duas empresas que atuam no mesmo mercado - ou seja, são competidoras diretas - se fundem ou uma decide comprar a outra. Um exemplo clássico disso foi a fusão da Brahma com a Antarctica, em 1999, para formar a Ambev. Um M&A horizontal pode acontecer também quando uma determinada empresa quer entrar em uma determinada geografia onde já existe um forte competidor atuante, como quando o Walmart comprou quase 80% da Flipkart, uma das principais empresas de varejo online da Índia, para conseguir ganhar mais tração no mercado indiano. Outro exemplo aconteceu quando o Facebook comprou o Instagram para aumentar a sua presença no mobile.

Verticais

  • Em uma compra ou fusão vertical, duas empresas do mesmo segmento estão focadas em momentos diferentes da jornada do consumidor. Esse tipo de M&A acontece quando uma empresa compra um produtor, vendedor, fornecedor, distribuidor ou outra empresa relacionada dentro do mesmo setor. Como exemplos, temos a compra da Strategy& pela PwC e da EMC pela Dell.

Conglomerados

  • Por fim, temos compras ou fusões para a formação de conglomerados, que acontece quando duas empresas que atuam em mercados diferentes decidem se unir para formar uma nova companhia. Foi isso que aconteceu quando a Apple comprou a empresa de carros autônomos Drive AI ou na fusão entre Kraft e Heinz.
Existem ainda outros tipos mais específicos de M&As, como o Acquiring (junção entre as palavras Acquisition e Hiring, Aquisição e Contratação). Esse tipo de fusão e aquisição acontece quando uma empresa adquire outra focada principalmente em trazer os talentos desta companhia para o seu ecossistema. Foi isso que aconteceu quando o Nubank comprou a empresa de software Cognitect, pois os times desta empresa eram especializados em linguagens de programação e de bancos de dados valiosos para o banco digital.
Fusões e Aquisições são um canal de crescimento ainda em desenvolvimento no Brasil e meu palpite é de que existem aí diversas oportunidades. Esta é uma estratégia com seus potenciais benefícios e riscos e vários pormenores devem ser levados em conta.
Adquirir ou se unir a uma outra companhia pode aumentar rapidamente a base de clientes e de tecnologia de uma empresa, mas pode também trazer grandes desafios de integração, foco e cultura.

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