• Daniel Salles
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Enfrentar a crise climática exige metas ambiciosas – mas também resultados no curto prazo  (Foto: Getty images)

(Foto: Getty images)

Mais de 200 empresas aderiram ao Carbon Pledge (para se tornar “net zero” até 2040); mais de 1,1 mil adotaram metas baseadas em ciência para cortar e compensar emissões de gases causadores das mudanças climáticas.

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Conforme esses números (ainda pequenos diante do problema) crescem, o mercado se torna mais exigente com o detalhamento das estratégias. Diminui a tolerância com o anúncio de metas distantes e irreais.

+CEOs mostram otimismo em relação à economia, mas descaso com as questões climáticas

Confira os próximos passos de algumas pioneiras que anunciaram compromissos de longo prazo – mas que têm muito a mostrar ao longo do caminho.

AVANTIUM (Química)
Mudou o foco para além da mera eficiência: até 2025, pretende que todas as suas novas tecnologias sejam orientadas para a economia circular.

A companhia inteira visa a ser um “negócio circular” até 2030.
Meta final: ser “net zero” até 2030

INNOCENT (Bebidas)
A empresa B da Coca-Cola inaugurou em novembro “the Blender”, sua fábrica neutra em carbono em Roterdã – e deixou sua tecnologia (premiada) aberta ao mercado. A fábrica ajudará a empresa a cortar mais 10% de suas emissões em 2022.
Meta final: ser neutra em carbono até 2030

PEPSICO (Bebidas e alimentos)
Até o fim de 2022, todo o plástico das garrafas de Pepsi na Europa deve ser de reciclagem (a garrafa PET reciclada da marca tem pegada de carbono 30% inferior à nova). A meta seguinte é cortar emissões em 40% até 2030 no escopo 3*.
Meta final: ser “net zero” até 2040

SCANIA (Veículos)
Até 2025, visa a cortar em 50% as próprias emissões e em 20% as emissões de seus veículos  a combustão (em relação a 2015). Vende caminhões elétricos desde 2020 e prevê que representarão 50% de sua receita com veículos até 2030.
Meta final: ser “net zero” até 2040

HP (Hardware)
Busca, até 2025, 60% de corte de emissões nos escopos 1 e 2* (ante 2015). Até 2030, quer cortar 50% na emissão de toda a cadeia, no escopo 3*. Tem parceria com o WWF para preservar florestas e compensar o uso de papel de outras marcas em suas impressoras.
Meta final: ser “net zero” até 2040

SSAB (Siderúrgica)
Participa do projeto hybrit, criado em 2016, que produz aço “fossil free” em pequena escala em Luleå, na Suécia. Em 2021, um veículo Volvo foi feito com esse aço “verde”. A produção em escala industrial deve começar até 2026 na usina de Gällivare.
Meta final: ser “fossil free” até 2045

Fontes: carbon pledge, SBTi, WEF, empresas

Classificação de emissões de carbono segundo o GHG Protocol: escopo 1 = diretas, de fontes controladas pela organização; escopo 2 = indiretas, da energia comprada pela organização; escopo 3 = indiretas, ao longo de toda a cadeia dos produtos ou serviços da organização

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