Apesar da alta de 0,7% em fevereiro, a indústria brasileira se mantém abaixo do que se encontrava antes do início da pandemia, segundo os dados da Pesquisa Industrial Mensal Produção Física (PIM-PF) publicada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira.
Com os números divulgados hoje, o patamar de produção estava 2,6% inferior ao de fevereiro de 2020, dois anos antes e último mês sem impacto da crise sanitária no país. O nível da produção da indústria também encontra-se 18,9% abaixo do nível recorde da pesquisa, alcançado em maio de 2011.
Após uma recuperação inicial mais intensa após o período inicial da pandemia, no segundo semestre de 2020, a indústria enfrenta dificuldades para manter seu ritmo de produção.
Em 2021, ela encerrou com alta de 3,9%, compensando apenas em parte a queda de 4,5% de 2020. Além disso, registrou alta em apenas quatro dos doze meses do ano, na série com ajuste sazonal (frente ao mês imediatamente anterior).
Categorias
Todas as quatro grandes categorias do setor industrial pesquisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) tiveram alta na atividade em fevereiro frente a janeiro.
Os bens de capital tiveram alta de 1,9% em fevereiro, em relação a janeiro. Na comparação com fevereiro de 2021, a produção recua 5%.
Já a produção de bens intermediários apresentou alta de 1,6% na passagem entre janeiro e fevereiro. Na comparação com fevereiro de 2021, a atividade de bens intermediários recua 2,6%. A categoria representa 55% da indústria.
A produção de bens duráveis, por sua vez, subiu 0,5% em fevereiro, frente a janeiro. Na comparação com igual mês de 2021, o indicador teve queda de 17,6%.
O resultado de bens semi e não duráveis, por sua vez, foi de alta de 1,5% em fevereiro frente a janeiro. Na comparação anual, com fevereiro de 2021, houve queda de 4,9%.
Este conteúdo foi publicado originalmente no Valor PRO.