O J.P. Morgan cortou as recomendações de Vale e Gerdau de compra para neutro e os preços-alvos de R$ 106 para R$ 93 e R$ 37 para R$ 32,50, respectivamente, potenciais de alta 4,7% e 4,2% sobre os fechamentos de ontem.
Os analistas Rodolfo Angele e Lucas Yang escrevem que as ações de Vale e Gerdau acumulam valorização de 40% e 35%, cada uma, desde suas últimas mínimas, superando os fundamentos do setor de minério e aço.
“Acreditamos que pontos de entrada melhores nesses papéis vão acontecer com a reabertura da China se tornando um gatilho mais relevante para as commodities”, apontam.
O banco pondera que a recuperação nos fundamentos do minério de ferro ainda não se materializou , com a demanda por aço da China ainda enfraquecida. No entanto, as ações da Vale são negociadas com múltiplos acima da média em 4,8 vezes o Ebitda.
“No curto prazo, os resultados do primeiro trimestre e anúncio de dividendos podem sustentar as ações, mas no médio prazo, os fundamentos do minério de ferro ganham prevalência”, comentam.
No caso da Gerdau, o J.P. Morgan acredita que os resultados devem se estabilizar em patamares elevados neste ano, após se sustentar nos últimos anos. Os múltiplos também estão esticados, a 4,8 vezes o Ebitda, acima da média histórica.
“Acreditamos que há pouco potencial nos preços atuais e com a deterioração nos resultados as cotações devem ir junto”, comentam. Maiores investimentos devem pressionar o fluxo de caixa da siderúrgica.
O banco também cortou a recomendação de Metalúrgica Gerdau de compra para neutro e o preço-alvo de R$ 15 para R$ 14, valor 5,73% menor que o fechamento de ontem dos papéis da holding da Gerdau.
Este conteúdo foi publicado originalmente no Valor PRO.