Setor Automotivo

Em 2022, 1,25 milhão de veículos deixarão de ser fabricados por falta de semicondutores

Entre as fabricantes de veículos, a mais impactada é a Stellantis, aponta a Auto Forecast Solutions

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Giovanna Riato
  • 21/02/2022 - 12:41
  • | Atualizado há 2 anos, 1 mês
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    A indústria automotiva começa a sentir uma melhora na crise dos semicondutores, com gradativa recuperação da oferta de chips eletrônicos para equipar veículos. Ainda assim, o cenário está longe de uma completa recuperação. Em 2022, 1,25 milhão de carros deixarão de ser fabricados por causa da escassez no componente.

    A informação é da Auto Forecast Solutions (AFS). Segundo a consultoria, este é impacto potencial para este ano com base nas projeções para a evolução do problema e nos volumes já estimados pelas montadoras, que admitem que a fabricação de 527 mil veículos será afetada. A empresa aponta que, no momento, 423 fábricas ao redor do mundo operam sob algum efeito da crise.

    Desde janeiro de 2021, quando a falta de semicondutores ganhou corpo e a AFS iniciou as medições, 6,3 milhões unidades deixaram de ser produzidas. A consultoria estima que o problema afete a montagem de 11,7 milhões de veículos leves ao redor do mundo, levando em conta os volumes já perdidos e a projeção para o médio prazo. A conjectura considera tanto produção que deixará de ser feita quanto volumes recuperáveis, que foram atrasados, mas ainda poderão ser retomados.

    Na América do Sul, as perdas desde o começo da crise somam 238 mil veículos.

    Stellantis, VW e GM são as mais afetadas

    Como é de se esperar, as maiores fabricantes de veículos são também as que registraram as perdas mais expressivas. Com exceção da Toyota que, apesar de ser líder global de produção, deixou de fazeer 400 mil veículos de forma irrecuperável com a crise – o volume é expressivo, mas não está entre as cinco maiores perdas projetadas pela AFS.

    A consultoria aponta que a Stellantis, a mais afetada pela falta de semicondutores, tem como saldo do problema a perda de produção de quase 900 mil veículos desde janeiro de 2021. Atrás dela, no ranking das empresas mais impactadas, aparecem Ford e General Motors, com quase 800 mil carros. A Volkswagen vem logo em seguida, com mais de 700 mil veículos perdidos, seguida da aliança Renault Nissan Mitsubishi, que deixou de fazer 400 mil carros.