Dentro da equipe econômica, a criação do Bônus de Inclusão Produtiva (BIP) é vista como “porta de entrada” no mercado de trabalho e um piloto da Carteira Verde Amarela, política defendida desde a época da campanha de 2018 e que cuja ideia central é reduzir encargos trabalhistas sobre os salários dos empregados formais. Caso a fase inicial dê certo, o governo teria respaldo para ampliar a política sob novas bases.

Segundo um integrante da equipe econômica, o modelo ampliado pode prever o pagamento de uma ajuda pela empresa, que faria a contratação sem incidência de encargos trabalhistas, enquanto o governo passaria a contribuir com um Imposto de Renda negativo (em vez de o trabalhador pagar uma alíquota sobre seus ganhos, ele recebe esse valor do governo). Esse é um dos modelos em estudo para uma segunda fase.

A avaliação de integrantes da equipe econômica é que, em um primeiro momento, o governo precisará bancar a maior parte da ajuda ao trabalhador “para mostrar que o programa funciona”. Depois, haverá interesse natural das empresas na contratação dessa mão de obra, o que permitirá bancar maior número de admissões com o mesmo volume de recursos.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.