Caoa Chery volta atrás e segue com plano de demissões em Jacareí

A Caoa Chery declinou do pacote de estabilidade aos trabalhadores da fábrica de Jacareí (SP) que havia sido acordado na semana passada com o sindicato dos metalúrgicos local. Mesmo sendo signatária da proposta, a empresa voltou atrás e no sábado, 14, emitiu nota afirmando que seguirá com seu plano de demissões na unidade, que teve sua produção suspensa até 2025.

"Buscando minorar a complexa situação, a empresa propôs à entidade sindical a negociação de uma indenização aos trabalhadores, adicional à integral quitação das verbas legais decorrentes das rescisões dos contratos de emprego", informou por meio de comunicado a montadora.

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Sobre o pacote de estabilidade, que não tratava da reversão das demissões, mas licença remunerada em maio e suspensão dos contratos de trabalho (lay-off) por cinco meses, a empresa argumenta que a medida é válida quando há pouco tempo de inatividade, o que não seria o caso da Caoa Chery em Jacareí, que pretende retomar a fabricação de veículos ali em três anos.

"Como não será possível retomar as atividades da fábrica da forma como ela se encontra, o sistema proposto [pelo sindicato] não corresponde à realidade fática em questão", seguiu o comunicado divulgado no sábado.

Como contraproposta, a montadora sugeriu, afora as rescisões trabalhistas, indenização adicional aos empregados, que poderá alcançar o teto máximo de 15 salários base para os empregados com sete anos ou mais de empresa. Para aqueles que têm menos tempo de casa, a oferta é de pagamento de 7 salários.

Procurado pela reportagem, o sindicato afirmou que está agendada para a quinta-feira, 19, uma reunião de conciliação no Ministério Público do Trabalho de São Paulo.